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DESENVOLVIMENTO DO OURIÇO-DO-MAR E DO ANFIOXO

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DESENVOLVIMENTO DO OURIÇO-DO-MAR E
DO ANFIOXO
De acordo com evolucionistas, os equinodermas (Echinodermata) e cordados
(Chordata) são da mesma corrente evolucionária de desenvolvimento. O
ouriço-do-mar possui simetria bilateral na sua fase larval, sendo no adulto radial,
com deuterostômio (originam primeiramente o ânus) e celoma bem desenvolvido.
Nesse viés, acredita-se que os cordados teriam surgido de larvas de
equinodermos que sofreram maturação imatura do sistema reprodutor
(pedomorfose). Dessa maneira, o anfioxo é um cordado e possui semelhanças com
os vertebrados, inclui-se a um dos subfilos de cordados inferiores, o
Cephalochordata. Algumas semelhanças desse animal com os vertebrados são:
tubo neural, dorsal, notocorda subjacente e área faríngea desenvolvida.
1. DESENVOLVIMENTO DO OURIÇO DO MAR:
O ouriço-do-mar é um invertebrado marinho, equinodermo que quando adulto
possui simetria radial, seu corpo tem formato arredondado e é envolto por espinhos
móveis. Apresenta sistema digestório completo e um sistema circulatório
incompleto.
A fêmea solta os óvulos para o lado externo, que são cobertos por uma camada
gelatinosa, assim, os óvulos, ao serem lançados, já estão com a meiose concluída.
A fecundação externa já pode acontecer de imediato. O ovo gerado é do tipo
oligolécito (também chamado de isolécito), sendo pobre em vitelo, mas já existe
uma distribuição polarizada de vitelo.
SEGMENTAÇÃO: A segmentação do ouriço-do-mar é holoblástica igual (que
produz blastômeros de tamanhos iguais) e radial. Depois da terceira clivagem, a
segmentação se torna desigual.
➔ Primeira clivagem: Plano de corte meridional e origina dois blastômeros
iguais.
➔ Segunda clivagem: Meridional e perpendicular à primeira, resultando quatro
blastômeros iguais.
➔ Terceiro plano de clivagem: Equatorial, resultando em oito blastômeros,
quatro no polo animal e quatro no pólo vegetativo.
➔ Quarto estágio: Meridional no polo animal, dando origem em oito mesômeros
(blastômeros iguais) e latitudinal no pólo vegetativo, que dá origem a quatro
macrômeros (primeira camada) e quatro micrômeros (segunda camada).
Nesta altura obtém-se a mórula, aglomerado de 16 células. Logo, os oito
2
mesômeros se dividem latitudinalmente e formam duas camadas ao pólo
animal, an1 e an2, isso para originar o embrião de 32 blastômeros.
Entretanto, os macrômeros e micrômeros no pólo vegetativo, são
clivados meridionalmente e cada um gera uma camada de oito células. A
partir daí, as clivagens irão acontecer para os dois polos e procederão no
total de 64 blastômeros.
Depois, se reorganizam em uma única camada ao redor da blastocele
(fase blástula), que irá passar por sucessivas clivagens, resultando em uma
blástula esférica oca.
GASTRULAÇÃO:
O início da gastrulação é a perda do formato arredondado da blástula, isso por
causa do achatamento do pólo vegetativo, formando a placa vegetal. Surgem cílios
vibráteis no polo animal. Os micrômeros migram para dentro da blastocele,
formando mesênquima primário. Os macrômeros veg 2 invaginam-se para dentro da
blastocele, formando o intestino primitivo (arquêntero). O mesênquima secundário é
formado quando o topo do blastóporo encosta na parede da blastocele, nisso,
origina a boca, que se fundirá a ele, formando tubo digestivo contínuo, e o ânus no
fim do tubo. Ao final, a gástrula terá 3 folhetos: ectoblasto (tecido de revestimento
externo), endoblasto (reveste o arquêntero e o mesênquima (fica entre os dois
folhetos).
2. DESENVOLVIMENTO DO ANFIOXO:
O anfioxo faz parte de um pequeno grupo, denominado de cefalocordados. São
dioicos e sua reprodução é sexuada, quando a primeira divisão meiótica é
completada, o gameta é lançado para fora do corpo, a metáfase II só é concluída
quando ocorre a fecundação externa.
SEGMENTAÇÃO:
Tal como o ouriço-do-mar, o ovo do anfioxo é oligolécito e radialmente simétrico.
O vitelo tem maior concentração no pólo vegetativo, já no pólo animal há maior
influência no citoplasma ativo. Além disso, o ovo possui a região do crescente
basófilo que formará a área mesodermal.
A primeira e segunda clivagem são meridionais e perpendiculares, originando
quatro células no mesmo plano. A terceira é supraequatorial, pois ocorre próxima ao
pólo animal, convertendo os quatro blastômeros em oito (quatro na região animal e
quatro no polo vegetal), na primeira camada são levemente menores. Manifesta-se
uma cavidade entre os blastômeros, chamada de blastocele, que irá aumentar de
volume e inicialmente é preenchida por substância gelatinosa.
A estrutura é denominada de blástula. Posteriormente, as divisões acontecem de
modo meridional e latitudinal, sendo alternados, além do mais, os blastômeros são
direcionados à periferia. No final, a blástula fica representativamente esférica e oca,
3
coberta por uma camada de células, micrômeros no pólo animal e macrômeros no
pólo vegetal.
GASTRULAÇÃO E NEURULAÇÃO:
A gastrulação é a mudança da blástula em gástrula. O primeiro movimento celular
é a epibolia das células blastodérmicas
sobre o vitelo.
Mais tarde, a camada de células do arquêntero fica completa com a camada que
forma a gastrocele, assim, o arquêntero se comunica para fora por meio de
blastóporo.
A parede externa é a ectoderme, a parte interna é o folheto mesendodérmico. A
ectoderme que está sobre a notocorda se transforma na placa neural, aparecendo o
sulco neural e pregas neurais. Logo, as pregas neurais se fundem e forma-se o tubo
neural oco.
A cavidade anterior do tubo neural dá origem aos ventrículos do cérebro, assim
vai acontecendo o processo de neurulação.

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