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28/04/2021 1 FEBRE AFTOSA Profa. Stephanie Tavares Branco Disciplina Doenças Bacterianas e Viróticas INTRODUÇÃO • Rápida disseminação, perdas econômicas. • Bovinos, ovinos, caprinos, suínos e búfalos. • Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA) – 1990: - Decisões políticas, técnicas de diagnóstico, vacina com adjuvante oleoso, estratégias regionais. • 2000-2001: Sul do Brasil, Argentina e Uruguai. • 2004: Pará. • 2005: Mato Grosso do Sul. 1 2 doença de grande atenção e controle mundial bovinos sao mais afetados domesticos e silvestres adjuvante oleoso = imunidade mais longa/melhor ] ]-----> SURTOS ] 28/04/2021 2 Fonte: www.oie.int ETIOLOGIA • Família: Pirconaviridae. • Gênero: Aphtovirus. • Vírus RNA, não envelopado. • Sete sorotipos imunologicamente diferentes. - A, O, C, SAT1, SAT2, SAT3 e ASIA1. Doença clínica indistinguível - Não há proteção cruzada entre os sorotipos 3 4 santa catarina= livre de FMD sem vacinação. parana, rio grande do sul, acre, rondonia e parte do amazonas e mato grosso serão validadas como zonas livres de FMD sem vacinação A,O,C, são os mais frequentes no brasil. todos ossorotipos causam a mesma manifestação clinica. 28/04/2021 3 RIEDER e BRUM, 2007. ETIOLOGIA • Predileção por células epiteliais. • Afeta produção proteica da células hospedeira. - Lise. 5 6 devido ao excesso de replicação é promovido a lise celular devido a exaustão celular = morte da celula 28/04/2021 4 RESISTÊNCIA • Variações de pH: pH < 6 ou > 9. • Altas temperaturas (> 60º C). • Dessecação e radiação solar. • Carcaça maturada após abate (2º C por 24 horas) – ácido lático inativa, exceto nos tecidos glandulares e medula óssea. • Comercialização carne maturada livre de ossos. • Protegido da dessecação e pH próximo ao neutro: dias a semanas. EPIDEMIOLOGIA • Doença mais impactante sobre o ponto de vista de defesa sanitária animal de bovinos. • OIE. • Biungulados. - Bovídeos (bovinos, búfalos e iaques), ovinos, caprinos, suínos, ruminantes selvagens e suídeos: lesões clínicas. - Camelídeos e elefantes: baixa susceptibilidade. • Equídeos, cães, gatos: refratários. 7 8 inativados abaixo de 6 e acima de 9 inativado acima de 60 graus baixa umidade e sol inativam tambem. em regioes suspeitas, para evitar que um animal positivo nao detectado seja comercializado. em ambiente ideal, sobrevive entre dias e semanas. notificação obrigatoria pata com dedos divididos em 2 sem lesao clinica. nao sao infectados. 28/04/2021 5 EPIDEMIOLOGIA • Alta transmissibilidade. • Rápida disseminação. • Todas secreções e excreções, lesões. • Água, alimento, fômites, vestimentas, instrumentos, veículos. • Rios, riachos. • 24 horas antes do início da manifestação. • Leite: até 4 dias antes da manifestação. • Subprodutos. • Sinais clínicos x excreção. EPIDEMIOLOGIA • Contato direto. • Aerossóis: bovinos e ovinos. • Digestivo: suínos. • Epitélio danificado. 9 10 secreção do virus podem contaminar excreção podem servir como fonte de contaminação. quando se tem sinais clinicos mais intensos apos 7 dias de infecção , o nivel de excressão cai frequencia mais alta de transmissao suinos sao grandes disseminadores, excretam bastante pelas vias respiratorias (hospedeiros amplificadores) vias de contaminação. pode trnasmitir atravez de epitelio danificado (lesionado). "nao tao frequente". 28/04/2021 6 EPIDEMIOLOGIA • Distância. • Baixa temperatura, alta umidade, ventos moderados. • Vírus em toda a carne e órgãos. • Leite: bezerros ou leitões (calor). • Sêmen e ovócitos. EPIDEMIOLOGIA • Bovinos, ovinos, caprinos. bubalinos*, outros ruminantes: portadores. • Palato mole e faringe de bovinos: 3 anos. • Ovinos: 9 meses. • Suínos: 3 a 4 semanas. • Caprinos: 4 meses. • Bubalinos: 7 anos. Altos títulos de anticorpos neutralizantes – vírus ativo 11 12 depende de alguns fatores favorece a disseminação serve de meio de contaminação para o bezerro, com processamento termico pode ser inativado. podem carrear o virus. após a recuperação, os animais podem se tornar portadores do virus.transmitindo mesmo sem manifestar tempo de permanencia detectavel do virus no animal: altos titulos de anticorpos neutralizantes nao impede que eles tenham o virus ativo, podendo continuar infectando outros animais. 28/04/2021 7 PATOGENIA Porta de entrada na mucosa e tecido linfoide do TRS, derme/epiderme ou mucosa (lesões) – replicação Circulação sanguínea (livre ou célula mononucleares) Tecidos granulares e locais de predileção no estrato espinhoso – replicação secundária (palato duro, língua, gengiva, espaço interdigital, tetos) Degeneração das células – aftas e bolhas MANIFESTAÇÃO CLÍNICA • Suspeita diagnóstica. • Bovinos: 2 a 14 dias. • Ovinos e caprinos: 3 a 8 dias. • Suínos: 1 a 9 dias. 13 14 trato respiratorio superior: principal porta de entrada, mas pode entrar por outras lesoes devido a replicação viral em animais jovens: durante a disseminação, pode invadir o miocardio, especialmente o ventriculo esquerdo, sendo este o principal local afetado. mascroscopicamente contem areas escuras, configurando "coração tigrado" podem desenvolver uma miocardite levando ao obito. importante para: periodo de incubação. ] ] ]----> ] ] outros fatores podem afetar o periodo de incubação e manifestação clinica: sorotipo e cepa, via de infecção, carga viral (maior a carga viral = pior evolução), susceptibilidade individual, especies diferentes, idade, ambientes que favorecem a disseminação, vacinação previa terao uma evolução melhor quando comparados com animais nao vacinados. 28/04/2021 8 MANIFESTAÇÃO CLÍNICA • Bovinos leiteiros de alta produção e suínos em criação intensiva. • Lesões vesiculares (0,5 – 1cm). • Mucosa oral, nasal, língua, região coronária dos cascos, espaço interdigital. • Bezerros, jovens cordeiros e cabritos: óbito antes de lesões. BOVINOS • Hipertermia (40º C) – 2 dias. • Vesículas (língua, palato duro, gengiva, lábios, focinho e interdigital). • Tetos. • Epitélio da língua desprende. • Infecção aguda: descarga oral e nasal intensa; sialorreia*. • Pus e material necrótico. • Rápida cura das lesões vesiculares,e erosões recobertas por fibrina. 15 16 ocorrencia maior principal lesao principais locais afetados animais podem ir a obito antes de manifestar as lesoes. ***morbidade proxima de 100% mortalidade em animais adultos é baixa manifestação clinica: inicialmente em animais de alta produção, (vacas leiteiras) ao examinar salivação excessiva proveniente de infecção secundaria mais lenta em casos de infecção secundaria 28/04/2021 9 BOVINOS • Vesículas interdigitais (contaminação). • Claudicação crônica. • Debilidade. • Queda na produção de leite, mastite bacteriana secundária. PEQUENOS RUMINANTES • Claudicação*. • Febre. • Isolamento. 17 18 leva a lesoes mais graves. fraqueza, perda de mobilidade e diminuição da alimentação. tendem a ter manifestações mais leves, discretas e transitorias (pode dificultar identificação) 28/04/2021 10 SUÍNOS • Mais evidentes. • Claudicação discreta, inflamação. • Necrose região coronária e interdigital. • Lesões vesiculares no casco, focinho, queda da unha. • 39 a 40º C. • Letárgicos, amontoados, anorexia, • Debilidade. DIAGNÓSTICO • Diagnóstico laboratorial é imprescindível. • Estomatite vesicular, exantema vesicular, doença vesicular dos suínos. • Rinotraqueíte infecciosa bovina, língua azul. • Laboratórios com estrutura de biossegurança nível 3. 19 20 manifestações mais intensas e evidentes sinais: pouca alimentação, mobilidade baixa, enfraquecendo. manifestação similar em estagio diferente, outras doenças podem manifestar similarmente 28/04/2021 11 DIAGNÓSTICO • Veterinários do Serviço de Defesa Animal do estado coletam as amostras. • Identificação viral. • Epitélio de vesículas íntegras (2g ou 2cm) ou que romperam recentemente (meio de Vallée a pH 7,6 ou tampãode glicerina fosfatada). • Fluido das vesículas. • Fluido esofágico-faríngeo (coletores Probang) – congelado. • Fragmentos glândula mamária, tecido podal, outros tecidos afetados. • Subclínicos: sangue (total e/ou soro). • Limpeza somente com água. DIAGNÓSTICO • Refrigeradas, identificadas, seguras. • Tipificação viral: - Isolamento viral. - Fixação de complemento. - ELISA indireto. - RT-qPCR. • Líquido esofágico-faríngeo: - Inoculação. - Fixação de complemento. • Identificação de anticorpos: - ELISA. - Soroneutralização. • Detecção de anticorpos contra Ag não estruturais: - Cautela 21 22 IMA ***notificação obrigatoria e imediata*** principal forma de diagnostico amostras de eleição. pode ser utilizado,, pode coletar de areas diferentes quando a coleta nao é possivel: quando nenhuma outra opção é possivel, se utiliza : alem do fluido exofagico. nas lesões. recomendações: quando o virus nao replica no organismo (apos vacinação) ele nao expressam antigenos, ou seja, teste de antigeno nao estruturais, ele detecta antigenos expressos de animais que foram contaminados. vacinados dessa forma podem se contaminar e expressar a doença. 28/04/2021 12 https://www.iagro.ms.gov.br TRATAMENTO Contraindicado. Abate sanitário. 23 24 A, O e C principais no brasil proibido no brasil devido ao risco de disseminação. https://www.iagro.ms.gov.br/programa-nacional-de-erradicacao-e-prevencao-de-febre-aftosa-pnefa/ 28/04/2021 13 PROFILAXIA E CONTROLE • Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) do MAPA. • Vacinação, controle/erradicação dos focos. • Notificação obrigatória. • Suspeitos isolados e identificados. 25 26 e imediata. 28/04/2021 14 PROFILAXIA E CONTROLE • Vacinação. • Duas vezes ao ano (bovinos e bubalinos). • Vacinas com adjuvante oleoso, rigoroso controle. • > 24 meses: 1x ao ano (exceto livres). • Cepas virais. • Brasil: trivalentes, inativadas: - O1 Campos, A24 Cruzeiro, C3 Indaial. • Terço médio do pescoço – IM/SC. • Subclínica. CONTROLE • Notificação obrigatória. • Comunicação á OIE em até 48 horas. • Interdição. • Interrupção imediata de tráfego. • Abate sanitários dos confirmados, contactantes e susceptíveis. • Incineração ou enterro. • Bloqueio de estradas e rodovias de acesso ao local. • Desinfecção de veículos, instalações, pedilúvios. • Vacinação emergencial. 27 28 melhor medida de controle em areas nao erradicadas. ovinos suinos e caprinos geralmente nao sao incluidos precisa ter multiplas cepas nas vacinas. 3 cepas de AOC local de vacinação, tabua do pescoço. vacina nao impede desenvolvimento de doença subclinica. 28/04/2021 15 http://www.iagro.ms.gov.br/ CONTROLE • Hidróxido de sódio, formalina 2%, carbonato de sódio 5%, carbonato de cálcio 4%, ácido cítrico. • Medidas de quarentena. • Livres de animais susceptíveis por 6 meses. • Sentinelas (especialmente suínos). • Manutenção da vigilância epidemiológica. 29 30 Desinfecção: sempre indicadas. +- 30 dias nas areas onde foi confirmada e teve abate sanitario para confirmar se a area esta livre. mesmo nas areas livres da febre aftosa. 28/04/2021 16 SAÚDE PÚBLICA • Zoonose de baixa frequência. • Hospedeiros acidentais. • Sorotipo O. • Menos frequentemente, A e C. • Acidentes em laboratório, ordenhadores. • Conteúdo da vesícula. • Ingestão de leite e carne. • PI: 2 a 8 dias. • Febre, dor de cabeça, mialgia, inapetência, vesículas e aftas na boca, mãos e pés. • Evolução geralmente benigna x infecções secundárias. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • JUNIOR, J.P.A. Febre Aftosa. In.: MEGID, J., RIBEIRO, M.G., PAES, A.C. Doenças infecciosas de animais de produção e de companhia. Rio de Janeiro, RJ: Roca: RJ, Rio de Janeiro. 2016. p.657-665. • RIEDER, E., BRUM, M.C.S. Picornaviridae. In.: FLORES, E.F. Virologia Veterinária. Ed. da UFSM: Santa Maria. 2007. p.546-557. • https://www.iagro.ms.gov.br/programa-nacional-de-erradicacao-e-prevencao-de-febre-aftosa- pnefa/ • https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/50227/9788599851654_por.pdf?sequence=1&is Allowed=y • https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude- animal/programas-de-saude-animal/febre-aftosa/programa-nacional-de-erradicacao-de-febre- aftosa-pnefa • https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude- animal/programas-de-saude-animal/febre-aftosa 31 32 humano = hospedeiro acidental mais frequente. manipulação de amostras e contato com animal positivo exposição e contato. potencial forma de infecção. nos homens https://www.iagro.ms.gov.br/programa-nacional-de-erradicacao-e-prevencao-de-febre-aftosa-pnefa/ https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/50227/9788599851654_por.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/febre-aftosa/programa-nacional-de-erradicacao-de-febre-aftosa-pnefa https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/febre-aftosa
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