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ATOS ADMINISTRATIVOS

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Atos administrativos
Atos jurídicos X atos administrativos
Fato jurídico capaz de produzir efeitos na ordem jurídica, de modo que dele se originem e se extingam direitos. Qualquer acontecimento. Ex. morte
Quando um acontecimento atinge a Administração Pública, trata-se de fato administrativo. Exemplo: morte de servidor público (efeitos).
O ATO ADMINISTRATIVO é a manifestação unilateral de vontade da Administração Pública e de seus delegatários, no exercício da função delegada, que, sob o regime de direito público, pretende produzir efeitos jurídicos com o objetivo de implementar o interesse público. (OLIVEIRA 293)
ATOS DA ADMINISTRAÇÃO traduz sentido amplo e indica todo e qualquer ato que se origine dos inúmeros órgãos que compõem o sistema administrativo em qualquer dos Poderes. Ex. a locação de um imóvel
Atos da administração
a) Atos de direito privado: quando a Administração Pública atua sem prerrogativas, em patamar de igualdade com o particular. Ex. locação.
 b) Atos materiais: quando da atuação da Administração não contêm manifestação de vontade, apenas execução. Ex. demolição (derivado de ato administrativo – formalidade anterior), apreensão de mercadoria.
c) Atos de conhecimento, opinião, juízo ou valor: não expressam uma vontade e não podem produzir efeitos jurídicos. Ex. atestados, certidões. 
d) Atos políticos ou de governo: praticados no exercício da função política (regime jurídico constitucional).
 Ex. Concessão de induto pelo Presidente da República. Podem ser exercidos também pelos membros do Legislativo (autorização do Congresso Nacional para que o Presidente da República se ausente do país) e do Judiciário (coisa julgada)
e) Contratos administrativos e convênios: são atos em que a vontade é manifestada de forma bilateral. Ex: contrato de concessão de serviços públicos.
Atos da Administração: necessariamente deve ter sido emanado pela Administração.
Os atos administrativos podem ser produzidos mesmo por quem e não pertença formalmente à Administração Pública:
• particulares em colaboração (agentes honoríficos, delegados e credenciados); 
• as empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos; e
 • os tabeliães, agentes delegados, no exercício da função notarial.
a) O ato é praticado pela administração e o regime é privado = Ato da administração (mas não ato administrativo).
b) O ato é praticado pela administração e o regime é público = é ao mesmo tempo ato da administração e ato administrativo. Ato da administração (porque quem pratica é administração) e Ato administrativo (está sujeito ao regime público).
c) O ato não foi praticado pela administração, está fora da administração (concessionárias, permissionárias de serviços públicos), porém é regido pelo regime público. Ato administrativo (regime público, mas fora da administração). Exemplo: Atos praticados por concessionárias ou permissionárias – corte de energia elétrica.
Ato administrativo e processo administrativo
Ato e processo administrativo não se confundem. O ato administrativo é a manifestação unilateral de vontade da Administração destinada à produção de efeitos jurídicos. O processo administrativo refere-se à sequência encadeada de atos instrumentais para obtenção da decisão administrativa.
Enquanto o ato administrativo é marcado pelo caráter estático, o processo é dinâmico, projetando-se no tempo.
SUJEITOS: pessoas que têm competência para praticar atos administrativos
• Agentes da Administração
aqueles que integram a estrutura funcional dos órgãos administrativos das pessoas federativas, em qualquer dos Poderes, bem como os que pertencem aos quadros de pessoas da Administração Indireta. Exceção: magistrados e parlamentares
➢ Função administrativa
• Agentes delegatários
aqueles que, embora não integrando a estrutura funcional da Administração Pública, receberam a incumbência de exercer, por delegação, função administrativa (função delegada. Ex. empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos e serviços sociais autônomos
silêncio administrativo
Viabilidade de o silêncio administrativo (omissão administrativa ou “não ato”): configurar forma legítima de manifestação de vontade administrativa.
Omissão: não é um ato administrativo, pois inexiste manifestação formal da vontade da Administração, razão pela qual deve ser configurada como fato administrativo.
Direito civil X Direito administrativo
No direito civil, o silêncio do particular representa, normalmente, consentimento tácito (art. 111 do Código Civil).
No Direito Administrativo, o silêncio não configura, em regra, consentimento estatal.
➢ o silêncio administrativo não representa a manifestação de vontade da Administração. 
➢ o silêncio é considerado um fato administrativo.
Silêncio administrativo
Situações:
✓ omissão ilegítima da Administração: não houve manifestação no prazo legalmente fixado ou durante prazo razoável de tempo, o interessado deve pleitear na via administrativa (ex.: direito de petição) ou judicial (ex.: ação mandamental) a manifestação expressa da vontade estatal.
 É vedado, todavia, ao Judiciário expedir o ato administrativo, substituindo-se à Administração omissa, tendo em vista o princípio da separação de poderes.
 O magistrado deve exigir que a Administração Pública manifeste a sua vontade (positiva: consentimento ou negativa: denegatória), dentro do prazo fixado na decisão judicial, sob pena de sanções (ex.: multa diária).
Elementos do ato administrativo 
COMPETÊNCIA
 FINALIDADE 
FORMA 
MOTIVO
 OBJETO
Lei n. 4.717/1965 – lei de ação popular (atos lesivos ao patrimônio)
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
 a) incompetência; 
b) vício de forma;
 c) ilegalidade do objeto;
 d) inexistência dos motivos;
 e) desvio de finalidade.
Lei de ação popular
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:
 a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; 
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; 
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo;
 d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; 
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
1. Agente público competente = sujeito (vinculado)
O sujeito é elemento de todo e qualquer ato jurídico. O sujeito é o agente público que a legislação define como competente para o exercício de determinada função administrativa.
 A competência é improrrogável (o agente incompetente não se transforma em competente) e irrenunciável (o agente tem o dever de exercer a função pública).
 a) delegação: é a transferência precária, total ou parcial, do exercício de determinadas atribuições administrativas, inicialmente conferidas ao delegante, para outro agente público; e
 b) avocação: é o chamamento, pela autoridade superior, das atribuições inicialmente outorgadas pela lei ao agente subordinado.
Agente público competente = sujeito
-Características:
1. Decorre sempre da lei
 2. Irrenunciável (competência do cargo e não do agente) 
3. Intransferível (delegação e avocação) 
• Delegação: independe de subordinação 
• Não pode delegar: (art. 13, 9.784/99)
 • Atos Normativos
 • Decisão de recurso administrativo
 • Competência Exclusiva
 • Avocação (poder hierárquico)
 • Depende de subordinação 
• Caráter excepcional (art. 15, 9.784/99)
 4. Imprescritível: não exercitou a competência; não deixa de ser competente
 5. Imodificável = definido em LEI.
 6. Improrrogável = o agente incompetente, se atuar, continua incompetente
a) em razão da matéria: as matérias são distribuídas entre os órgãos e entidadesda Administração Pública;
 b) em razão do território: as funções administrativas são descentralizadas/desconcentradas em razão do território;
 c) em razão da hierarquia: as atribuições podem ser distribuídas a partir da posição hierárquica do agente público; e 
d) em razão do tempo: determinadas funções somente podem ser desempenhadas durante determinado período de tempo (exemplo: exercício da função de Prefeito durante o mandato).
AGENTE PÚBLICO COMPETENTE = SUJEITO (vícios de competência)
a) A usurpação de função é crime = artigo 328 do CP: “usurpar o exercício de função pública”. Ocorre quando a pessoa que pratica o ato não foi por qualquer modo investida no cargo, emprego ou função; ela se apossa, por conta própria, do exercício de atribuições próprias de agente público, sem ter essa qualidade. Ato considera-se inexistente.
 b) A função de fato ocorre quando a pessoa que pratica o ato está irregularmente investida no cargo, emprego ou função, mas a sua situação tem toda aparência de legalidade. o ato praticado por funcionário de fato é considerado válido e eficaz perante terceiro de boa-fé, precisamente pela aparência de legalidade de que se reveste. 
c) excesso de poder: ocorre quando o agente extrapola os limites da competência outorgada pela lei, podendo configurar crime de abuso de autoridade. Causa: nulidade da atuação administrativa. É ato inválido.
 Obs: nem sempre obriga a anulação do ato (pode ser convalidado).
O vício de competência pode ser declarado nulo ou pode ser convalidado
 Se o vício for sobre a matéria (exemplo: Ministro da Fazenda edita uma portaria sobre matéria de competência do Ministério da Saúde),
 ou se tratar de competência exclusiva, não é possível a convalidação, e o ato terá que ser declarado nulo pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. 
Se o vício for de competência quanto à pessoa, desde que não seja competência exclusiva, a Administração poderá convalidar o ato.
2. Finalidade (vinculado)
A finalidade é o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do ato . Ex.: a finalidade do ato que apreende medicamentos estragados é proteger a saúde das pessoas. 
É o elemento pelo qual todo ato administrativo deve estar dirigido ao interesse público (CARVALHO FILHO)
 • desvio de finalidade ou desvio de poder: nulidade do ato administrativo. Ex.: superior hierárquico que determina a relocação do subordinado por simples desavença particular. 
É o legislador que define a finalidade que o ato deve alcançar, não havendo liberdade de opção para a autoridade administrativa.
Vícios de finalidade
O defeito passível de atingir o ato administrativo é o desvio de finalidade,
 Ato praticado visando interesse alheio ao interesse público: nulo por desvio de finalidade.
 ➢ O vício de finalidade não pode ser convalidado, e o ato que o contenha é SEMPRE NULO.
 CUIDADO/EXCEÇÃO: Tredestinação lícita (ato de desapropriação, se houver o desvio de finalidade específica, mantendo a genérica do ato: não haverá ilegalidade)
3. FORMA: é o meio pelo qual se exterioriza a vontade (vinculado). 
Deve ser pela forma prevista em lei. Sujeita ao princípio da solenidade. Formalidades específicas. 
Controle da legalidade: cumprimento da forma legal. Em regra: atos de forma escrita (solenidade)
 Podendo incluir: gestos, apitos e sinais luminosos no trânsito. 
Ex: processo administrativo é condição de forma. Ato realizado sem condições de forma do processo administrativo é nulo.
Lei n. 9.784/99
Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. 
§ 1 o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.
Vícios de forma
Consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato.
 Defeito= mera irregularidade. É um vício de padronização. Esse tipo de vício não compromete a validade do ato. 
Vício sanável = anulável. Admite convalidação.
 Vício insanável = Nulo. Não admite convalidação.
4. MOTIVO (DISCRICIONÁRIO)
É a situação de fato ou de direito que autoriza a prática do ato. É o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento para a prática do ato. É a causa imediata do ato administrativo. 
Motivo de Direito (situação de direito): quando a situação que produz à prática do ato é prevista em norma legal. Ato vinculado. Ex. aposentadoria compulsória – 75 anos.
 Motivo de Fato (situação de fato): a lei elenca diversos motivos que podem justificar a edição de determinado ato e o agente público, no caso concreto, elegerá o motivo mais conveniente e oportuno para a prática do ato. Ato discricionário. ex.: o art. 24 da Lei 8.666/1993
 ➢ A ausência de motivo ou a indicação de motivo falso invalidam o ato administrativo
 O motivo pode ser: Vinculado ou Discricionário
MOTIVO X MOTIVAÇÃO
Motivo é entendido como o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento para a edição do ato administrativo. É elemento do ato administrativo. 
Motivação, por sua vez, nada mais é do que a exposição dos motivos, por escrito, no corpo do ato administrativo. Requisito de forma do ato administrativo. Faz parte da formalidade do ato (ex. art. 50 da lei 9.874/99 – obrigatória.
Vícios de motivo 
Lei 4.717/95: d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;
 ocorre quando houver inexistência ou falsidade do motivo.
 a) Motivo deve ser verdadeiro: se alegar motivo falso ou inexistente o ato é considerado ilegal. Ex. nomeação de servidor comissionado no lugar do exonerado, sob o motivo de diminuição de despesas. MOTIVO: não verdadeiro; ilegal 
b) Falsidade do motivo ou Motivo ilegítimo: quando o motivo alegado não corresponde àquele efetivamente previsto em lei. Ex. se a Administração pune um servidor, mas este não praticou qualquer infração, o motivo é inexistente; se ele praticou infração diversa, o motivo é falso.
 Os atos desprovidos de motivos são nulos. Insanável.
Teoria dos movimentos determinantes
Vincula o administrador ao motivo declarado, isto é, vincula aos motivos indicados como seu fundamento. Não precisa de motivação, mas se ela for dada, vincula o administrador. Motivo ilegal viola a Teoria dos Motivos Determinantes. 
➢ de tal modo que, se inexistentes ou falsos, implicam a sua nulidade.
 ➢ quando a Administração motiva o ato, mesmo que a lei não exija a motivação, ele só será válido se os motivos forem verdadeiros. 
Se a lei não define o motivo, mas se a Administração praticar esse ato; o ato será nulo por vício quanto ao motivo.
5. Objeto ou Conteúdo (discricionário)
Objeto ou conteúdo é o efeito jurídico imediato que o ato produz. É o conteúdo material do ato (DI PIETRO)
 Ex. o objeto da licença para dirigir – CNH – é habilitar o exercício da condução de veículos
 O objeto tem que ser: 
Lícito = conforme a lei 
Possível = realizável no mundo dos fatos e do direito.
 Certo = definido quanto
: • ao destinatário
 • aos efeitos
 • tempo
 • lugar
 Moral = em consonância com os padrões comuns de comportamento
Vícios do objeto
a) Objeto materialmente impossível: ato exige uma conduta irrealizável. Ex. decreto proibindo
a morte.
a) É a causa de inexistência do ato administrativo.
b) Objeto juridicamente impossível: o resultado do ato importa violação de lei, regulamente
ou outro ato normativo.
a) É o defeito que torna nulo o ato: comportamento exigido contrário à ordem
jurídica.
b) Comportamento exigido constituir crime: ato torna-se inexistente.
Atributos
1. Presunção de Legitimidade e Veracidade
Presunção de Legitimidade (legalidade): conformidade do ato com a lei
Presunção de veracidade: diz respeito aos fatos; presumem-se verdadeiros os fatos alegados
pela Administração.
• Esse atributo gera a inversão do ônus da prova (particular: provar; Administração
alega)
Efeitos da Presunção de Legitimidade e Veracidade
1. Enquantonão decretada a invalidade do ato pela própria Administração ou pelo Judiciário, ele produzirá efeitos da mesma forma que o ato válido, devendo ser cumprido. 
2. O Judiciário não pode apreciar ex ofício a validade do ato; a nulidade só pode ser decretada pelo Judiciário a pedido da pessoa interessada
. 3. A presunção de veracidade inverte o ônus da prova; o juiz só apreciará a nulidade se arguida pela parte.
2. AUTOEXECUTORIEDADE
O ato administrativo pode ser posto em execução pela própria Administração Pública, sem
necessidade de intervenção do Poder Judiciário.
a) Quando expressamente prevista em lei.
b) Quando se trata de medida urgente que, caso não adotada de imediato, possa ocasionar
prejuízo maior para o interesse público.
Ex. fechamento de restaurante pela vigilância sanitária.
Guincha mento de carro em local proibido.
3. EXIGIBILIDADE: atributo que permite à Administração aplicar punições aos particulares por
violação da ordem jurídica, sem necessidade de ordem judicial. Poder de aplicar sanções
administrativas, como multas, advertências e interdição de estabelecimentos comerciais.
4. IMPERATIVIDADE ou COERCIBILIDADE
Os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua concordância.
A imperatividade não existe em todos os atos administrativos, mas apenas naqueles que
impõem obrigações.
• ato que confere direitos solicitados pelo administrado (como na licença, autorização,
permissão, admissão)
• ato apenas enunciativo (certidão, atestado, parecer),
➢ esse atributo inexiste.
5. TIPICIDADE (DI PIETRO)
O ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas
a produzir determinados resultados. Para cada finalidade que a Administração pretende
alcançar existe um ato definido em lei.
Extinção dos atos administrativos
FORMAL: quando produz seus efeitos ou no advento do prazo nele estipulado.
SUBJETIVA: quando desaparece o destinatário/sujeito do ato.
OBJETIVA: quando desaparece o objeto da relação jurídica.
EXTINÇÃO POR VONTADE DO PARTICULAR:
renúncia: extinção do ato administrativo por vontade unilateral do particular.
recusa: extinção do ato administrativo, a pedido do interessado, antes da produção de
seus efeitos.
EXTINÇÃO POR ATO DA ADMINISTRAÇÃO:
a) CADUCIDADE: superveniência de uma norma jurídica que é com ele incompatível. Ex. bingo
b) CONTRAPOSIÇÃO: um ato foi emitido com fundamento em competência diversa que gerou o
ato anterior, mas cujos efeitos são contrapostos aos daqueles, isto é, o segundo elimina os efeitos
do primeiro. O ato posterior tem efeitos contrários ao anterior. Ex. exoneração contrapõe a
nomeação
c) CASSAÇÃO: descumprimento das condições inicialmente estabelecidas. Ex. alvará /execução
d) INVALIDAÇÃO/ANULAÇÃO: é o desfazimento do ato administrativo por razões de ilegalidade.
Produz efeitos: ex tunc . Pela própria Administração (De Ofício) Pelo Judiciário (por provocação)
Súmula n. 473: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial.
Prazo para anulação: 5 anos (Lei n.9.784/99) para rever os atos.
Obs: mesmo sendo nula a nomeação de servidor sem concurso público, os atos praticados são
válidos.
Lei no 9.784, de 29-1-99:
Art. 53. “à Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade”.
Art. 55. “em decisão na qual se evidenciem não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela
própria Administração”.
• em vez de anular o ato, a Administração pode convalidá-lo;
• somente possível quando os atos inválidos não acarretarem prejuízo a terceiros (nem ao
erário)
➢ caso contrário, a anulação será obrigatória
LIMITES AO DEVER DE ANULAR (Di Pietro) – Manutenção do Ato Inválido.
• Segurança Jurídica
• Boa – fé
• Prejuízo resultante da anulação for maior do que manter o ato ilegal.
e) REVOGAÇÃO: razões de oportunidade e conveniência. Ato discricionário. Efeitos ex nunc
A revogação pode ser total ou parcial, expressa ou tácita.
revogação total é chamada de ab-rogação (extinção integral dos efeitos próprios do ato);
revogação parcial, derrogação (parte do ato é mantida íntegra).
Convalidação
Convalidação ou saneamento é o ato administrativo pelo qual é suprido o vício existente em um
ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que este foi praticado. Ex tunc.
A convalidação ou saneamento “é o ato administrativo pelo qual é suprido o vício existente em um
ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que este foi praticado”. DI Pietro
Lei 9.784/99
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração.
• Ausência de má-fé
Convalidação ou saneamento é o ato administrativo pelo qual é suprido o vício existente em um
ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que este foi praticado. Ex tunc.
A convalidação ou saneamento “é o ato administrativo pelo qual é suprido o vício existente em um
ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que este foi praticado”. DI Pietro
Lei 9.784/99
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração.
• Ausência de má-fé
Podem ser convalidados os atos nos elementos competência e forma:
Vício na competência: em regra, é convalidável. Exceto competência exclusiva e
competência quanto à matéria;
vício na forma: em regra, é convalidável. Exceto se se tratar de forma
essencial à validade do ato.
Moralidades e Convalidação 
convalidação é o ato administrativo que suprime um defeito de ato administrativo anteriormente
editado, retroagindo seus efeitos a partir da data da edição do ato administrativo convalidado.
ratificação é o ato por meio do qual é expurgado ou corrigido um defeito relativo a competência,
declarando-se sua validade desde o momento em que foi editado.
conversão, converter um ato inválido em ato de outra categoria, com efeitos retroativos à data do
ato original. Diferentemente do que ocorre na convalidação, dá-se qualificação jurídica diversa a
dois atos de efeitos semelhantes. Exemplo: conversão de uma concessão de uso de bem público
para permissão de uso de bem público, se o ato não demandar a realização de licitação. (Noraha)
a) Competência ou sujeito: se o ato for praticado com vício de incompetência (ratificação). Pode
convalidar exceto nos casos de exclusividade e em razão da matéria
Exceto nos casos de:
• Exclusividade: art. 84, CF – competência exclusiva do Presidente da República
• Em razão da matéria: quando um Ministério pratica ato de competência de outro Ministério
b) Finalidade: (não pode convalidar)
O ato foi praticado contra o interesse público ou com finalidade diversa da que decorre da lei.
c) Motivo: : (não pode convalidar)
Corresponde a situação de fato que ou ocorreu ou não ocorreu. Aposentadoria compulsória antes
de completar a idade mínima.
d) Objeto: (não pode convalidar)
O objeto ou conteúdo ilegal não pode ser objeto de convalidação.
Ex. uma concessão de uso feita sem licitação, quando a lei a exige.
Classificação dos atos administrativos 
A): QUANTO ÀS PRERROGATIVAS COM QUE ATUA A ADMINISTRAÇÃO
a) Atos de império - seriam os praticados pela Administração com todas as prerrogativas e
privilégios de autoridade e impostos unilateral e coercitivamente ao particular independentemente
de autorização judicial
b) Atos de gestão - são os praticados pela Administração em situação de igualdade com os
particulares, para a conservação e desenvolvimento do patrimônio público e para a gestão de
seus serviços.
B) QUANTO AOS DESTINATÁRIOS
a) Atos gerais: atingem toda a coletividade; erga omnes; atos normativos praticados pela
Administração,como portarias, resoluções, circulares etc.
b) Atos individuais: produzem efeitos concretos com destinatário determinado.
I- Ato individual singular: um destinatário certo (desapropriar o imóvel de Maria)
II-Ato individual plúrimo: tem vários destinatários certos (desapropriar os imóveis da
Lagoa)
C) QUANTO À FORMAÇÃO DA VONTADE
a) Ato simples: é aquele que se torna perfeito, acabado com uma única manifestação
de vontade; declaração de vontade de um único órgão. Ex. nomeação pelo
Governador.
b) Ato complexos: é aquele que se torna perfeito, acabado com duas manifestações de
vontade independentes, que acontece em órgãos diferentes e em igualdade, cuja
vontade se funde para formar um ato único. Ex. aposentadoria; controle do TC
c) Ato composto é aquele que se torna perfeito, acabado com uma única manifestação
de vontade, em que a vontade de um é instrumental em relação a de outro, que
edita o ato praticado com o objetivo de ratificar, aprovar, autorizar ou homologar o
ato. Praticam-se dois atos, um principal e um acessório. Ex. nomeação do procurador
geral da república (art. 128, § 1º da CF)
D) QUANTO AO ALCANCE
a) Atos internos: produzem efeitos dentro da Administração; Operacionalização.
ex. normatização da vestimenta. F) QUANTO À EXEQUIBILIDADE
a) Perfeito - aquele que está em condições de produzir efeitos jurídicos, porque já completou todo
o seu ciclo de formação.
b) Imperfeito - é o que não está apto a produzir efeitos jurídicos, porque não completou o seu ciclo
de formação. Por exemplo, quando falta a publicação, a homologação, a aprovação, desde que
exigidas por lei como requisitos para a exequibilidade do ato.
c) Pendente - o que está sujeito a condição ou termo para que comece a produzir efeitos
d) Consumado - é o que já exauriu os seus efeitos
b) Atos externos: produz efeito fora e dentro da Administração. Ex. horário de funcionamento
do órgão.
E) QUANTO AO GRAU DE LIBERDADE
a) Ato vinculado: aqueles que a Administração pratica sem margem alguma de liberdade de
decisão, pois a lei previamente determinou o único comportamento possível a ser
obrigatoriamente adotado sempre que se configure a situação objetiva definida em lei.
b) Ato discrionário: são aqueles que a Administração pode praticar com certa liberdade de
escolha, nos termos e limites da lei, quanto ao seu conteúdo, seu modo de realização, sua
oportunidade e sua conveniência administrativas.
E) QUANTO AOS EFEITOS:
a) Ato constitutivo: é aquele pelo qual a Administração cria, modifica ou extingue um direito. Ex.
permissão, autorização, dispensa, aplicação de penalidade, revogação.
b) Ato declaratório: é aquele em que a Administração atestar um fato ou reconhece um direito ou
obrigação que já existia antes do ato. Ex. certidão negativa.
c) Ato enunciativo: é aquele pelo qual a Administração atesta determinados fatos ou direitos,
ocasionalmente com juízo de valor Ex. certidão de tempo de serviço.
Espécies dos atos administrativos 
A- NORMATIVOS (de comando geral e abstrato); é exercício de poder regulamentar ou normativo. Traz
um comando geral para concreta aplicação da lei. Regulamentos regimentos, deliberações,
resoluções. Ex.
Decreto: competência exclusiva do Presidente da República. Poder de polícia. Efeitos externos.
Regimento: visa especificar mandamentos previstos ou não em leis. Regras de organização e
funcionamento. Editado: autoridade administrativa. Poder disciplinar. Efeitos internos.
Resolução e Instruções Normativas: expedidos pelas altas autoridades do executivo para regulamentar
matéria exclusiva ou pelos presidentes dos Tribunais e órgãos legislativos, para disciplinar matéria de sua
competência específica
B – ORDINATÓRIOS: (ordenam o funcionamento da administração); é exercício de poder hierárquico.
Visa disciplinar o funcionamento da Adm. e a conduta funcional dos agentes. Escalonar. Estruturar.
Organizar. Instruções, circulares, ordens de serviço.
Portarias: trazem determinações gerais ou especiais aos que a elas se submetem. Ex. designação de
comissão de sindicância.
Circulares internas: utilizadas para transmitir ordens internas para uniformizar o tratamento dado a certa
matéria;
Avisos: atos de titularidade de Ministros em relação ao Ministério
Ofícios: comunicações oficiais realizadas pela Administração a terceiros
C – NEGOCIAIS: encerram uma declaração da Administração conjugada com a vontade do particular,
como licenças, autorização. Ex. alvará, autorização, permissão (uso de bem público). Licença (atividade
prestada pelo particular).
D – ENUNCIATIVOS: enunciam situação existente, sem manifestação material da Administração. – Aquele
que se limita a certificar, atestar ou emitir uma opinião. Ex. certidão, atestado, parecer, apostilamento ou
averbação.
E – PUNITIVOS: contêm uma sanção aplicada a infratores de normas administrativas. Poder disciplinar e
poder de polícia.

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