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SCA sem Supra de ST

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MEDICINA DE EMERGÊNCIA 
Laura Borges 
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA SEM SUPRA DE ST: 
 Principal mecanismo fisiopatológico é a erosão de placa aterosclerótica, seguido de ruptura da placa 
 ocorre uma desvitalização tecidual não transmural pois a coronária está subocluída ou ocluída 
mas com presença de colaterais 
o Na angina instável há desequilíbrio entre a oferta e demanda causando sintomas, mas sem 
causar necrose dos cardiomiócitos 
 Fatores de risco: 
o Idade > 55 anos para homens e > 65 anos para mulheres 
o HAS 
o Diabetes Mellitus 
o Dislipidemia: triglicérides ≥ 150mg/dl/ LDL > 100mg/dl/ HDL < 40mg/dl 
o História familiar prematura de doença cardiovascular: homens < 55 anos e mulheres < 65 
anos 
o Tabagismo 
 Diagnóstico e Classificação: 
o Angina instável: definida como Angina Pectoris ou equivalente anginoso com pelo menos 
uma das seguintes características: 
 Ocorre em repouso ou com o mínimo esforço, com duração em geral de 20 minutos 
(se não for interrompida por nitrato ou outro analgésico) 
 Ser grave e descrita como dor franca 
 Ocorre em crescendo (dor com cada vez menos esforço, cada vez pior, que passa a 
acordar o paciente) 
o A dor torácica é o principal sintoma de isquemia, mas pode se apresentar apenas com 
equivalente anginoso: dor epigástrica, dispepsia, dispneia, náuseas e vômitos, sudorese, 
hipotensão e síncope. 
 Mais comum em idosos (>75 anos), mulheres, portadores de DM, doença renal 
crônica ou demência 
o SCA sem Supra de ST, dor torácica com uma das características: 
 Dor prolongada em repouso 
 Angina de início recente classificada como III ou IV pela classificação da Canadian 
Cardiovascular Society (CSS) 
 Recente 
desestabilização de 
angina estável prévia, 
com pelo menos 
classificação III da CSS – 
angina em crescendo 
 Angina pós-IAM 
o Classificação de risco: 
 GRACE Score 
 TIMI – NSTEMI: cada marcador vale 1 ponto 
 ≥ 65 anos 
 Pelo menos 3 fatores de risco para doença aterosclerótica coronariana 
 Estenose coronariana de pelo menos 50% conhecida 
 Recorrência da dor nas últimas 24 horas 
 Uso de aspirina nos últimos 7 dias 
 Desvio de ST na apresentação 
 Elevação de marcadores cardíacos 
 
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MEDICINA DE EMERGÊNCIA 
Laura Borges 
 Killip: 
 
 
 
 
 Pacientes com Dor torácica e risco muito baixo podem receber alta precoce, aqueles com risco baixo 
ou intermediário podem fazer exames não invasivos que podem excluir o diagnóstico de SCA como 
um teste de estresse ou angiotomografia coronariana. 
 Pacientes com confirmação de IAM devem ser internados e submetidos a estratificação coronariana 
invasiva. 
 Pacientes com baixo risco para desenvolver arritmias cardíacas requerem monitorização do ritmo 
cardíaco < 24 horas ou até a revascularização coronariana, já indivíduos com alto risco de 
desenvolver arritmia cardíaca precisam de monitorização do ritmo > 24 horas em uma unidade de 
cuidados intensivos. 
o São considerados de baixo risco para desenvolver arritmias aqueles que não apresentam 
nenhum dos critérios: 
 Instabilidade hemodinâmica 
 Arritmia na apresentação 
 Fração de ejeção do VE < 40% 
 Reperfusão incompleta 
 Estenose coronariana crítica de vasos principais ou complicações relacionadas à 
revascularização percutânea 
 Tratamento: 
o MOV + ECG de 12 derivações 
o Terapia farmacológica: 
 Dupla antiagregação plaquetárica: AAS 150-300mg VO na admissão  100mg VO 
1x/dia + Inibidor do receptor P2Y12: 
 Clopidogrel: 600mg se ICP, 300mg se Fibrinólise  75mg VO 1x/dia 
 Ticagrelor: 180mg VO se ICP  90mg VO 2x/dia: 
 EA: dispneia, aumento frequência de pausas ventriculares 
assintomáticas e aumento do ácido úrico 
 Prasugrel: 60mg VO se ICP  10mg VO 1x/dia: 
 Contraindicação: >75 anos, peso corporal < 60kg, história de AVC ou 
AIT 
 Anticoagulação: 
 Enoxaparina: 
 < 75 anos: bolus de 30mg  1mg/kg SC 12/12 horas 
 > 75 anos: 0,75mg/kg 12/12 horas 
 Heparina não fracionada: 
 60-70 UI/kg EV, seguido por infusão de 12-15U/kg/hora ajustável 
para manter TTPA entre 1,5-2,5x o controle 
 Fondaparinux: 2,5mg SC 1x/dia – alternativa em pacientes com 
trombocitopenia induzida por heparina 
o Terapia anti-isquêmica: diminuição da demanda miocárdica de oxigênio ou aumentar o 
suprimento de oxigênio do miocárdio  se mesmo após o tratamento mantiver dor intensa 
ou equivalente isquêmico  angiografia coronariana em 2 horas independentemente dos 
achados de ECG e dos níveis de troponina 
 Nitratos: 
 Sublinguais: 
 
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Laura Borges 
 Mononitrato de Isossorbida 5mg 
 Dinitrato de Isossorbida 5mg 
 Nitroglicerina 0,4mg 
 Nitroglicerina IV 25mg/5ml 10ml + SG5% 240ml correr em BIC dose inicial de 
5-10mcg/min ou 1,5-3ml/hora 
 Não deve ser administrado em pacientes hipotensos, em uso de Sildenafil, 
Tadalafil e Infarto do VD 
 Betabloqueadores: 
 Metotpolol 25-100mg VO 1x/dia – pode ser usado IV 
 Atenolol 
 Não usar em pacientes com contraindicações: FC <40, BAV, broncoespasmo, 
PAS < 120, ICC evidente, uso de Cocaína 
 Morfina: pode ser usada em pacientes que não tiveram melhora dos sintomas com 
Nitrato e Betabloqueador. 2-3mg IV 
 Estatinas: Atorvastatina 40mg VO 1x/dia ou Rosuvastatina 
 IECA ou BRA 
o Cateterismo cardíaco:

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