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Doença Cerebrovascular As doenças cerebrovasculares podem ser isquêmicas ou hemorrágicas A doença cerebrovascular possui 2 processos: - Hipóxia, isquemia e infarto, que vem da falta de suprimento sanguíneo ao SNC - Hemorragia pela ruptura de vasos no SNC Hipóxia, isquemia e infarto O encéfalo pode ter diminuição do oxigênio por 2 mecanismos: - Hipóxia(baixa PO2) - Isquemia(interrupção do fluxo sanguíneo) Quando uma parte do encéfalo recebe menor fluxo sanguíneo, essa parte depende da circulação colateral, duração da isquemia e da velocidade da diminuição no fluxo Com isquemia, há falta de ATP e perda do potencial de membrana, com isso, aumenta-se os níveis de Ca intracelular e inicia-se uma série de processos que causarão lesão celular Entre o tecido necrótico e tecido íntegro, há uma região chamada “zona de penumbra” Essa região pode ser resgatada através de intervenções antiapoptóticas Isquemia Cerebral Global → A isquemia cerebral global ocorre quando há uma redução na perfusão do cérebro de forma geral - Nas formas leves, há um estado de confusão pós isquêmico transitório seguido de uma boa recuperação Algumas células do SNC são mais sensíveis que as outras: os neurônios são os mais sensíveis, depois as células gliais Os neurônios mais sensíveis estão na camada de células piramidais do hipocampo, nas células de Purkinje do cerebelo e nos neurônios piramidais do córtex cerebral - Na forma grave, tem morte neuronal difusa, os pacientes que sobrevivem permanecem em estado vegetativo - Outros pacientes preenchem os critérios para “morte encefálica”, como lesão cortical difusa e lesão no tronco encefálico, como a ausência de movimentos respiratórios e de perfusão cerebral - Infartos em zona limítrofe ocorrem em áreas do encéfalo ou da medula espinal que se localizam em locais distais do suprimento sanguíneo arterial Morfologia O encéfalo se apresenta edematoso e intumescido Os aspectos microscópicos evoluem com o tempo decorrido - Alterações precoces: (ocorrem de 12 a 24h após o ocorrido) microvacuolização e eosinofilia - Alterações subagudas:(ocorrem de 24 horas até 2 semanas após o ocorrido) necrose tecidual e presença de macrófagos - Reparo:(ocorre após 2 semanas) remoção do tecido necrótico, perda da arquitetura normal e gliose Isquemia Cerebral Focal → A isquemia cerebral focal acontece após a redução/interrupção do fluxo sanguíneo para uma área encefálica, provocada pela obstrução arterial ou hipoperfusão Se a isquemia dura muito tempo, há infarto no território do vaso comprometido A principal forma de fluxo colateral é o polígono de Willis → A doença vascular oclusiva pode ocorrer devido a embolização por uma fonte distante, trombose in situ ou variadas formas de vasculite - A embolia encefálica pode ocorrer de várias formas. Os trombos murais cardíacos são os principais causadores. Em seguida, vem o tromboembolismo originário de artérias a partir de placas de ateromas nas artérias carótidas. Outras fontes incluem a embolia paradoxal, êmbolos associados a cirurgias cardíacas e outros.O território da artéria cerebral média é mais frequentemente afetado pelo infarto embólico. O êmbolo normalmente fica onde os vasos se ramificam ou em áreas de estenose luminal. A “chuva de êmbolos” pode surgir após fraturas→ as pessoas afetadas possuem disfunção cerebral generalizada sem localização específica - As oclusões trombóticas estão associadas à aterosclerose e ruptura de placa de ateroma. Os locais mais comuns são a bifurcação da carótida, a origem da artéria cerebral média, e em ambas as extremidades da artéria basilar. Os trombos causam o estreitamento na luz do vaso. A doença cerebrovascular aterosclerótica normalmente se associa com a hipertensão e diabetes - Processos inflamatórios nos vasos sanguíneos também podem levar ao estreitamento do vaso, oclusão e infartos cerebrais Os infartos cerebrais são divididos em 2 grupos: o infarto começa com a perda de aporte sanguíneo, então eles podem ser inicialmente não hemorrágicos. A hemorragia secundária pode acontecer a partir de lesões de isquemia-reperfusão, através de colaterais ou pela dissolução do material obstrutivo Morfologia Aparência macroscópica do infarto não hemorrágico: - Depois de 48h, o tecido fica pálido e intumescido - De 2 a 10 dias, o encéfalo se torna gelatinoso e friável - De 10 dias a 3 semanas, o tecido fica liquefeito Aspectos microscópicos: - Após as primeiras 12 horas, há alterações isquêmicas neuronais e edema citotóxico e vasogênico - Até 48h, há aumento de neutrófilos e depois diminuição - Após uma semana os astrócitos reativos podem ser observados - Após alguns meses, os astrócitos reduzem e deixam uma malha de fibras gliais. A evolução temporal dos infartos isquêmicos e hemorrágicos são parecidas, mas no hemorrágico há extravasamento de sangue Aspectos Clínicos Os danos causados pelo infarto são definidos pela distribuição da área infartada. Os sintomas aparecem em minutos e progridem em horas. Há melhora no quadro ao longo de meses
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