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Conceitos de administração de medicação

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A administração de medicamentos é uma das maiores responsabilidades dos 
profissionais de enfermagem, devendo ser exercida de modo adequado e seguro, por meio da 
prevenção de erros e falhas. 
O efeito terapêutico é a resposta fisiológica esperada ou previsível causada por uma 
medicação. Já os efeitos colaterais são efeitos secundários e não evitáveis produzidos durante 
a administração de doses terapêuticas usuais. Ademais, os efeitos adversos são respostas 
graves não pretendidas, indesejadas, e frequentemente imprevisíveis à medicação. 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
A via prescrita para administração de um medicamento depende de suas propriedades e 
do efeito desejado, assim como das condições físicas e mentais do paciente. As vias de 
administração podem ser classificadas em três categorias: percutânea, enteral e parenteral. 
 
ADMINISTRAÇÕES CUTÂNEA E PERCUTÂNEA 
Refere-se à aplicação de medicamentos na pele ou nas membranas mucosas para 
absorção. De uma forma geral agem localmente (aplicação tópica), mas podem ocorrer efeitos 
sistêmicos. Pode acontecer nas seguintes modalidades: 
Cremes: são emulsões semissólidas contendo agentes medicinais para aplicação externa; 
✓ Loções: são normalmente preparações aquosas que contêm matéria em 
suspensão; 
✓ Unguentos: são preparações semissólidas de substâncias medicinais numa 
base oleosa; 
✓ Emplastro transdérmico: proporciona a liberação controlada de um 
medicamento prescrito através de uma membrana semipermeável de várias horas 
até 3 semanas, quando aplicado à pele intacta; 
✓ Instilação nasal: as soluções nasais são usadas para tratar os distúrbios 
temporários que afetam as membranas mucosas nasais. As formas mais comuns 
são o spray e as gotas descongestionantes; 
✓ Instilação ocular: os medicamentos oftálmicos mais comuns são os colírios 
e as pomadas oftálmicas; 
 
 
✓ Instilação auricular: as medicações usadas na orelha são chamadas de óticas 
e geralmente estão sob a forma de gotas, formadas por uma solução contendo a 
substância desejada; 
✓ Instilação vaginal: as medicações vaginais estão disponíveis na forma de 
supositórios, geleias, espumas, irrigações (duchas), comprimidos ou cremes; 
✓ Administração intraocular: essas medicações assemelham-se a lentes de 
contato. Geralmente são posicionadas no saco conjuntival, onde permanecem por 
1 semana; 
✓ Administração bucal: está relacionada àqueles comprimidos projetados 
para serem mantidos na cavidade bucal (entre a bochecha e os dentes molares); 
 Administração sublingual: os comprimidos sublinguais são projetados para serem 
colados sob a língua para dissolução e a absorção se dá por meio da vasta rede de 
vasos sanguíneos dessa área (o efeito é sistêmico!). 
 
ADMINISTRAÇÃO ENTERAL 
Os fármacos são administrados diretamente no trato gastrintestinal (TGI) através dos métodos oral, retal, 
gastrostomia endoscópica percutânea ou nasogástrico/nasoenteral. 
A via oral (VO) é a mais fácil e desejada, na qual os pacientes normalmente são capazes 
de ingerir ou de autoadministrar os medicamentos. A principal contraindicação da VO inclui a 
presença de alterações no TGI, incapacidade do indivíduo em engolir alimentos ou fluidos e o 
uso de sucção gástrica. 
Os medicamentos são administrados por sonda nasogástrica em pacientes que estão 
impossibilitados de engolir, estão comatosos, ou com alguma desordem no esôfago. Toda vez 
que for possível, uma forma líquida de um medicamento deve ser utilizada para esse tipo de 
administração. A sonda deve ser lavada com ao menos 30 ml de água antes e após a 
administração de medicamentos. Quando um ou mais medicamentos são administrados no 
mesmo momento, uma lavagem entre cada medicação de 5 a 10 ml de água deve ser realizada. 
Vejamos a seguir as diversas apresentações disponíveis para a via enteral: 
Cápsulas: são pequenos recipientes cilíndricos gelatinosos que armazenam pó seco ou líquido do 
agente medicinal; 
✓ Pastilhas ou tabletes: são discos achatados contendo um agente medicinal 
em uma base com um sabor agradável; 
 
 
✓ Pílulas: são uma forma obsoleta de apresentação que não são mais 
fabricadas em razão do desenvolvimento das cápsulas e comprimidos. Contudo, o 
termo é ainda utilizado para se referir a comprimidos e cápsulas; 
✓ Comprimidos: são medicamentos secos e em pó que foram comprimidos 
até formarem pequenos discos; 
✓ Elixires: são líquidos claros constituídos pelo medicamento dissolvido em 
álcool e água; 
✓ Emulsões: são disseminações de pequenas gotas de água em óleo ou de 
óleo em água; 
✓ Suspensões: são apresentações líquidas que contêm partículas sólidas e 
insolúveis de drogas disseminadas em uma base líquida; 
✓ Xaropes: possuem agentes medicinais dissolvidos em uma solução 
concentrada de açúcar, usualmente e sacarose; 
Supositórios: são uma forma sólida de medicamentos para serem introduzidos em um orifício do corpo. Na 
temperatura do corpo, a substância se dissolve e é então absorvida pelas membranas da mucosa; 
ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL 
O termo parenteral significa administração por qualquer via que não a enteral. Nesse tipo 
de administração o início da ação é geralmente mais rápido e de menor duração, a dose quase 
sempre é menor e o custo do tratamento, em geral, é maior. 
Normalmente a rota parenteral se refere às injeções intradérmica (ID), subcutânea (SC), 
intramuscular (IM) ou intravenosa (IV). Cada via de injeção difere em relação ao tipo de tecido 
em que o medicamento será aplicado, cujas características influenciam na velocidade de 
absorção do medicamento e no início da sua ação. 
Via intradérmica (ID): são aplicadas na derme, logo baixo da epiderme. São injetados 
pequenos volumes, geralmente 0,1 ml. Sua absorção é lenta, sendo a via preferida para 
realização de testes de alergia, injeções dessensibilização, aplicação de anestésicos locais e 
vacinas. Os locais mais comumente usados são a parte superior do tórax, a região escapular e 
a face interna dos antebraços. O ângulo de inserção da agulha deve ser de 15º com o bisel 
voltado para cima. 
✓ Via subcutânea (SC): consiste na colocação de medicamentos no tecido 
conjuntivo frouxo sob a derme (hipoderme). O tecido subcutâneo não é tão 
ricamente suprido com sangue quanto os músculos, por isso a absorção dos 
medicamentos é mais lenta do que a via IM. O volume máximo suportado por essa 
 
 
via é de 1,5 ml. Os medicamentos comumente utilizados por essa via incluem a 
heparina, enoxaparina e insulina. O comprimento da agulha é o que define seu 
ângulo de inserção. A agulha 13x4,5 é preferível e o ângulo de inserção é de 90º. 
Por outro lado, as agulhas 25x7 e 25x6mm devem ser introduzidas a um ângulo de 
45º. Os locais mais usados incluem braços, face anterior das coxas e abdome. As 
áreas usadas com menor frequência são as nádegas e a porção superior do dorso 
ou a região escapular. 
✓ Via intramuscular (IM): fornece uma absorção mais rápida que a SC por ser 
mais ricamente vascularizada. Deve-se utilizar uma agulha mais longa e calibrosa 
para atravessar o tecido subcutâneo e penetrar no tecido muscular profundo. O 
músculo é menos sensível a medicamentos irritantes e viscosos. O ângulo de 
inserção deve ser de 90º. O volume máximo a ser administrado depende do sítio de 
aplicação da injeção, conforme veremos a seguir: 
▪ Deltoide: embora não seja bem desenvolvido em muitos adultos, é utilizado 
frequentemente devido ao seu fácil acesso com o paciente sentado, ereto e em 
decúbito dorsal, ventral ou lateral. O volume administrado varia de 2 a 3 ml em 
adultos. É utilizado usualmente para aplicação de vacinas. 
 
▪ Vasto lateral: localizado na região anterolateral da coxa, longe de vasos 
sanguíneos e nervos. O local de aplicação da injeção situa-se em seu terço médio 
(a um palmo do trocanter maior e um palmo acima do joelho). É o local de escolha 
para lactentes, visto que representa a suamaior massa muscular. O volumem a ser 
administrado varia de 3 a 4 ml. 
▪ Reto femoral: está localizado medialmente ao músculo vasto lateral e a 
delimitação do local de aplicação é feita da mesma maneira que o vasto lateral 
(terço médio). Suporta até 5mL de volume administrado. 
▪ Ventroglúteo: corresponde ao glúteo médio e situa-se em local profundo e 
afastado dos nervos e vasos importantes. Possui fácil acesso com o paciente em 
decúbito ventral, dorsal ou lateral. É localizado colocando a palma da mão na 
porção lateral do trocanter maior, o dedo indicador na espinha ilíaca 
anterossuperior e estendendo o dedo médio até a crista ilíaca. A injeção é aplicada 
no centro do V formado pelos dedos médio e indicador. Pesquisas tem 
 
 
demonstrado que é o local preferido para a maior parte das infusões em qualquer 
idade com menor número de complicações. Suporta um volume de até 4mL. 
▪ Dorsoglúteo: para usar este local o paciente deve estar em decúbito ventral. O 
local é identificado desenhando-se uma linha imaginária que vai da espinha ilíaca 
posterossuperior até o trocanter maior do fêmur. A injeção deve ser aplicada em 
qualquer ponto entre essa linha e a curva da crista ilíaca. Não deve ser utilizada em 
crianças com menos de 3 anos de idade, pois como elas deambulam há pouco 
tempo, o músculo ainda não está desenvolvido e há maior risco de que se atinja o 
nervo ciático. O volume máximo a ser administrado é de 5mL. 
 Via intravenosa (IV): se refere à introdução de fluidos diretamente na corrente 
sanguínea. Possui como vantagens o grande volume que pode ser administrado 
rapidamente na veia e geralmente com menos irritação. Isto posto, é a via de ação mais 
rápida. Os fármacos são administrados diretamente na veia por uma agulha de modo 
intermitente ou através de um acesso venoso periférico ou central já estabelecido para 
infusões contínuas.

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