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Ruptura prematura das membrana ovulares - AMNIORREXIS Prematura (RUPREME / RPMO) Introdução Ruptura das membranas antes do início do trabalho de parto Dx é clínico Parto é recomendado quando a idade gestacional é ≥ 34 semanas e é geralmente indicado em caso de infecção ou comprometimento fetal, independentemente da idade gestacional Pode ocorrer a termo > 37 semanas ou pré-termo < 37 semanas Em qualquer momento aumenta os riscos de infecção na mulher (corioamnionite), no bebê (sepse) ou em ambos, assim como o risco de apresentação fetal anormal e descolamento prematuro da placenta Estreptococos do grupo B e Escherichia coli são as causas mais frequentes de infecção Outros microrganismos vaginais também podem causar infecção Rotura Prematura das Membranas Ovulares (RPMO) pode aumentar o risco de hemorragia intraventricular em recém-nascidos; a hemorragia intraventricular pode resultar em deficiência do desenvolvimento neurológico (p. ex., paralisia cerebral) RPMO antes da viabilidade (em < 24 semanas) aumenta o risco de deformidades (p. ex., posicionamento articular anormal) e hipoplasia pulmonar devido ao extravasamento do líquido amniótico (chamado sequência ou síndrome de Potter) Sinais e sintomas A não ser que ocorram complicações, o único sintoma da RPMO é o extravasamento ou jorro súbito de líquido por via vaginal Febre, secreção vaginal intensa e fétida, dor abdominal e taquicardia fetal, particularmente se não houver correspondência com a temperatura materna, são fortes indicações de corioamnionite Dx Acúmulo vaginal de líquido amniótico ou verniz caseoso visível ou mecônio Avaliação do líquido vaginal, mostrando cristalização ou alcalinidade (cor azul) em papel de nitrazina Amniocentese às vezes guiada por ultrassom com tintura para a confirmação Efetua-se exame especular com material estéril para confirmar ruptura prematura das membranas, estimar a dilatação cervical, coletar líquido amniótico para culturas e testes de maturidade pulmonar fetal, bem como para obter amostras de culturas cervicais O exame pélvico digital, particularmente múltiplos exames, aumenta o risco de infecção e deve ser evitado, a não ser que um parto iminente seja antecipado A posição fetal deve ser avaliada Se uma infecção intra-amniótica subclínica é uma preocupação, a amniocentese (coleta de líquido amniótico com o uso de técnica estéril) pode confirmar essa infecção Confirmado se o líquido amniótico estiver saindo pelo orifício cervical ou forem visualizados verniz ou mecônio Outros indicadores menos acurados são: formação com aspecto de samambaia quando o líquido vaginal seca em lâmina de vidro ou papel de nitrazina azul (indicando alcalinidade e reforçando a presença de líquido amniótico; a secreção vaginal normal é ácida) Os resultados dos testes de nitrazina podem ser falso-positivos se o sangue, sêmen, antissépticos alcalinos ou urina contaminarem a amostra ou se a mulher tem vaginose bacteriana Oligoidrâmnios, detectados por ultrassonografia, sugerem o diagnóstico Se o diagnóstico for questionável, pode-se instilar índigo-carmim em um processo de amniocentese guiada por ultrassom O aparecimento do corante azul em um tampão ou absorvente vaginal confirma o diagnóstico Tto Parto, se houver comprometimento fetal, infecção ou idade gestacional > 34 semanas Caso contrário, repouso pélvico, monitoramento de perto, antibióticos e, algumas vezes, corticoides O controle do RPMO requer comparar o risco de infecção quando o parto é postergado com o risco de imaturidade fetal quando o parto é imediato A indução do trabalho de parto é recomendada quando a idade gestacional > 34 semanas Quando a conduta apropriada não estiver clara, pode-se realizar testes de líquido amniótico para avaliar a maturidade pulmonar fetal e, então, guiar a administração da situação; a amostra pode ser obtida da vagina ou por amniocentese Conduta expectante Quando se adota a conduta expectante, as atividades da mulher limitam-se ao repouso no leito, com repouso pélvico total Níveis de PA, frequência cardíaca e temperatura devem ser mensurados ≥ 3 vezes/dia Atbs (normalmente, 48 h de ampicilina e eritromicina IV, seguidas por 5 dias de amoxicilina e eritromicina VO) são administrados; eles aumentam o período de latência e diminuem o risco de morbidade neonatal Nas gestações com < 34 semanas, os corticoides devem ser usados para acelerar a maturidade pulmonar fetal Sulfato de magnésio IV deve ser considerado em gestações < 32 semanas; a exposição in utero a essa droga parece reduzir o risco de disfunção neurológica grave (p. ex., devido à hemorragia intraventricular), incluindo paralisia cerebral, em recém-nascidos A administração de tocolíticos (drogas que podem interromper as contrações uterinas) para tratar ruptura prematura das membranas pré-termo é controversa; esse uso deve ser determinado caso a caso Questões �. [FMJ - 2017]. Na RPMO, a conduta depende, dentre outras questões, da IG por ocasião da rotura. Dentre as questões a seguir, a mais relevante para a conduta é: a. Paridade b. Idade materna c. Obesidade d. Presença de infecção e. Cesárea anterior �. [UFPI - 2017]. A avaliação da presença na corioamnionite, na RPMO, é fundamental para a conduta dos casos. Sobre o tema, assinale a alternativa incorreta: a. Após o dx de infecção, a conduta é resolutiva, independentemente da IG b. RPMO há mais de 24h aumenta a chance de corioamnionite c. Diminuição abrupta da quantidade de líquido amniótico é um sinal de alerta para a possibilidade de corioamnionite d. Febre materna >= 37,8 ºC é um sinal maior de infecção na RPMO e. Taquicardia fetal > 160 bpm é patognomônico de corioamnionite na RPMO �. [HSPE - 2016]. No que diz respeito à adm de atbs nos casos de conduta expectante em amniorrexis prematura de pré-termo, os dados da literatura mostram que os resultados maternos contemplam: a. Diminuição da corioamnionite e diminuição de tempo de latência para o parto b. Aumento de latência para o parto, mas não da frequência de corioamnionite c. Diminuição da frequência de corioamnionite e prolongamento de latência para o parto d. Aumento da frequência de corioamnionite devido à seleção de microorganismos, mas sem alterar o tempo de latência e. Aumento da frequência de corioamnionite devido à seleção de microorganismos, bem como do tempo de latência �. [PUC-RS - 2016]. Com relação à RUPREME, analise as afirmativas a seguir. Quais estão corretas: i. É a principal causa de TPP ii. O dx deve ser sempre confirmado por US iii. O uso de misoprostol está contraindicado na indução do parto a. I b. II c. III d. I e III e. I, II, III �. [UFRJ - 2017]. Paciente de 26 anos, na 23ª semana de gestação, refere secreção vaginal fétida, fluida, de coloração acinzentada, com ardência durante a micção. O exame especular demonstra conteúdo vaginal amarelado e bolhoso. Indicado creme vaginal durante sete dias, não utilizado. A complicação a ser temida neste caso é: a. Amniorrexe prematura b. Morte fetal intrauterina c. Abscesso tubo-ovariano d. Descolamento de placenta �. [SES–RJ - 2017]. A prematuridade é uma importante questão de saúde pública, responsável por morbidade e mortalidade neonatal elevada. Nesse contexto, a tocólise é empregada principalmente para administração de corticoterapia e/ou transporte para unidade terciária. Com relação à terapia tocolítica, é CORRETO afirmar que o (a): a. Atosibana é uma antagonista da ocitocina com potente ação tocolítica, cujos estudos mostram eficácia superior aos demais agentes b. Salbutamol deve ser mantido como tocólise oral até 34 semanas, visando a prevenção de novo episódio de ameaça de parto prematuro c. Indometacina é uma opção de agente tocolítico, especialmente indicado nos casos de oligodrâmnia por aumentar o volume de líquido amniótico d. Nifedipino é uma medicação segura e efetiva, tendo como uma das suas contraindicações a hipotensão materna e o bloqueio atrioventricular �. [ Gabarito 1 - D; 2 - E; 3 - C; 4 - A; 5 - A; 6 - D;
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