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Cromossomopatias e Anomalias Numéricas

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Cromossomopatias 
Fernando Tavares Brasil Teixeira 
 
As células humanas diploides contêm 46 cromossomos - 44 
autossomos e dois cromossomos sexuais, que são XX no sexo 
feminino e XY no sexo masculino. 
São reconhecido pelo tamanho, formato e padrão de bandas. 
Pares homólogos são organizados em ordem decrescente de 
tamanho. O maior autossomo é o número 1, e o menor é o número 
21 (Por motivos históricos, o segundo menor cromossomo foi 
designado número 22). 
O cromossomo X tem tamanho intermediário, e o cromossomo Y 
tem aproximadamente o mesmo tamanho do cromossomo 22. 
O maior é o grupo A, o segundo maior como grupo B, e assim por 
diante, reconhecendo sete grupos diferentes. 
O centrômero divide cada cromossomo em braços longo e curto. O braço curto é designado pela letra p (do francês 
petite, que significa "pequeno") e o braço longo, pela letra q (porque sucede o "p" no alfabeto). Assim, por exemplo, pode-
se referir especificamente ao braço curto do cromossomo escrevendo apenas "5p". 
Em cada braço, regiões específicas são designadas por números, a partir do centrômero. Assim, no braço curto do 
cromossomo 5, temos a região 5pll, mais próxima do centrômero, seguida pelas regiões 5pl2, 5pl3, 5p14 e 5p15, que é a 
mais distante do centrômero. Dentro de cada região, cada banda é designada por números depois do ponto; por exemplo, 
13.1, 13.2 e 13.3 referem-se às três bandas que constituem a região 5p13. 
 
Poliploidia: presença de conjuntos extras de cromossomos 
Em animais, nos quais a reprodução é basicamente sexuada, a poliploidia é rara, porque interfere no mecanismo de 
determinação sexual. 
Um efeito geral da poliploidia é o aumento do tamanho da célula, porque existem mais cromossomos no núcleo. 
As espécies poliploides tendem a ser maiores e mais robustas que as diploides correspondentes. Essa vantagem é 
utilizada na agricultura. 
Conjuntos extras de cromossomos têm segregação irregular na meiose, com a produção de gametas muito desequilibrados. 
A inviabilidade dos zigotos explica por que muitas espécies poliploides são estéreis. 
Univalente: cromossomo que na meiose não tem par homólogo. 
Trivalente: sinapse dos três cromossomos parcialmente 
O acontecimento mais provável na meiose é que dois homólogos sigam para um polo e um homólogo para o outro, 
produzindo gametas com uma ou duas cópias do cromossomo. Os três homólogos, porém, podem ir para o mesmo polo, 
produzindo gametas com nenhuma ou com três cópias do cromossomo. 
Como essa incerteza acerca da segregação aplica-se a cada trio de cromossomos na célula, o número total de 
cromossomos de um gameta varia de zero a 3n. E quase certa a morte dos zigotos formados por fertilização desses 
gametas 
Em alguns organismos, determinados tecidos tomam-se poliploides durante o desenvolvimento. A poliploidização 
provavelmente é uma resposta à necessidade de várias cópias de cada cromossomo e dos genes nele existentes. A 
endomitose, processo que produz células poliploides, requer duplicação do cromossomo, seguida por separação das 
cromátides-irmãs resultantes. No entanto, por não haver divisão celular associada, ocorre acúmulo de cromossomos 
extranumerários no núcleo. No fígado e no rim humanos, por exemplo, um ciclo de endomitose produz células tetraploides. 
Às vezes, a poliploidização ocorre sem a separação das cromátides-irmãs. Nesses casos, os cromossomos duplicados 
acumulam-se próximo uns dos outros, formando um feixe de filamentos paralelos alinhados. Os cromossomos resultantes 
são denominados politênicos. Os seres humanos não têm cromossomos politênicos. 
 
Aneuploidia é a alteração numérica na dose de um único cromossomo. 
Indivíduos que têm um cromossomo a mais, um cromossomo a menos ou uma combinação dessas anomalias são 
aneuploides. 
Essa definição também inclui segmentos de cromossomos. Assim, um indivíduo com deleção do braço de um cromossomo 
também é considerado aneuploide. 
Hipoploide: um organismo com ausência de um cromossomo, ou um segmento de cromossomo. 
Hiperploide: um organismo com um cromossomo, ou um segmento de cromossomo, a mais. 
 
Correspondente à triplicação de um dos cromossomos 
Síndrome de Down: distúrbio causado por um cromossomo 21 extranumerário. As pessoas com síndrome de Down 
geralmente são baixas e têm hipermobilidade articular, sobretudo nos tornozelos; o crânio é largo, as narinas são amplas, a 
língua é grande e tem sulcos característicos e as mãos são curtas e largas com uma prega palmar. 
Hipermobilidade é quando você consegue mover suas articulações mais do que a maioria das pessoas. 
O período de vida das pessoas com síndrome de Down é muito menor que das outras pessoas. Além disso, quase sempre 
elas desenvolvem doença de Alzheimer. As pessoas com síndrome de Down, porém, desenvolvem essa doença na quarta 
ou quinta década de vida, muito mais cedo que as outras pessoas. 
A trissomia do 21 pode ser causada por não disjunção do cromossomo em uma das divisões meióticas 
O evento de não disjunção pode ocorrer em qualquer um dos pais, porém é mais 
provável no sexo feminino. Além disso, a frequência de não disjunção aumenta 
com a idade materna. Esse aumento do risco é causado por fatores que 
afetam adversamente o comportamento meiótico do cromossomo à medida 
que a mulher envelhece. 
Nas mulheres, a meiose começa na vida fetal, mas só é concluída depois da 
fertilização do ovócito. Durante o longo período antes da fertilização, as 
células meióticas permanecem na prófase da primeira divisão. Nesse 
estado de pausa, os cromossomos podem perder o par. Quanto maior é a duração da prófase, 
maior é a chance de que não haja pareamento nem disjunção subsequente do cromossomo. 
Cariótipo triplo-X, 47, XXX: Os indivíduos triplos X são do sexo feminino e têm fenótipo normal, ou quase; às vezes há leve 
comprometimento mental e diminuição da fertilidade. Eles sobrevivem porque dois dos três cromossomos X são 
inativados, reduzindo a dose do cromossomo X de maneira que 
se aproxime do nível normal de um. 
Cariótipo 47, XXY: o fenótipo é masculino, mas também podem 
apresentar algumas características sexuais secundárias 
femininas e geralmente são estéreis, denominado síndrome de 
Klinefelter; inclui testículos pequenos, mamas aumentadas 
(ginecomastia), membros longos, genuvalgo e menor 
desenvolvimento dos pelos corporais. O cariótipo XXY pode 
originar-se pela fertilização de um ovócito excepcional XX por 
um espermatozoide Y ou pela fertilização de um ovócito X por 
um espermatozoide excepcional XY. Todos os indivíduos com 
síndrome de Klinefelter têm um ou mais corpúsculos de Barr 
nas células, e aqueles que têm dois cromossomos X 
geralmente têm algum grau de comprometimento mental. 
Cariótipo 47, XYY: esses indivíduos são do sexo masculino e, 
exceto pela tendência a serem mais altos que os homens 46, 
XY, não apresentam uma síndrome constante de características. 
Todas as outras trissomias em seres humanos são letais no período embrionário 
 
Ocorre quando há ausência de um cromossomo em indivíduo diploide. 
Em seres humanos, só existe um monossômico viável, o cariótipo 45, X. Esses indivíduos têm um só cromossomo X e um 
complemento diploide de autossomos. 
Síndrome de Turner.: o fenótipo é feminino, mas, por terem ovários rudimentares, são quase sempre estéreis. Os indivíduos 
45, X geralmente são baixos; têm pescoço alado, deficiência 
auditiva e anormalidades cardiovasculares significativas. 
Os indivíduos 45, X podem originar-se de ovócitos ou 
espermatozoides sem um cromossomo sexual ou da perda de 
um cromossomo sexual na mitose algum tempo depois da 
fertilização 
Muitos indivíduos com síndrome de Turner são mosaicos 
somáticos. Essas pessoas têm dois tipos de células no corpo; 
algumas são normais e outras, 46, XX. Esse mosaicismo do 
cariótipo surge quando há perda de um cromossomo X durante 
o desenvolvimento de um zigoto normal. 
Todos os descendentes da célula em que houve perda são 45, 
X. Se a perda ocorrer noinício do desenvolvimento, uma fração 
considerável das células do corpo será aneuploide e o indivíduo 
apresentará características de síndrome de Turner. Se a perda 
ocorrer mais tarde, a população de células aneuploides será 
menor, e a intensidade da síndrome tende a ser menor. 
Não têm corpúsculos de Barr nas células, indicando que o único 
cromossomo X presente não foi inativado. 
Por que, então, as pacientes com síndrome de Turner, que têm o 
mesmo número de cromossomos X ativos que as mulheres XX 
normais, têm anormalidades fenotípicas? A resposta provável é 
que um pequeno número de genes permanece ativo nos dois 
cromossomos X em mulheres 46, XX normais. Aparentemente, 
esses genes não inativados são necessários em dose dupla para 
o crescimento e o desenvolvimento apropriados. Além disso, o 
cromossomo X que foi inativado nas mulheres normais é 
reativado durante a ovocitogênese, provavelmente porque a 
função ovariana normal requer duas cópias de alguns genes 
ligados ao X. Os indivíduos 45, X, que têm só uma cópia desses 
genes, não satisfazem essa exigência e, portanto, são estere1s. 
 
 
Deleção ou deficiência: ausência de um segmento cromossômico. 
Síndrome do miado do gato ou cri-do-chat: é causada por deleção no braço curto do cromossomo 5. 
Cariótipo 46 del(5) (p14): os termos entre parênteses indicam a ausência de bandas na região 14 do braço curto (p) de 
um dos cromossomos 5. Esses indivíduos podem apresentar grave comprometimento mental e físico; o choro queixoso, 
semelhante ao miado de gato na infâ11cia, dá nome à síndrome. 
Duplicação: presença de um segmento cromossômico extra. 
O segme11to extra pode estar unido a um dos cromossomos ou pode constituir um novo cromossomo separado. 
As técnicas moleculares tornaram possível detectar duplicações consecutivas muito pequenas em uma grande variedade 
de organismos. Por exemplo, os genes que codificam as proteínas da hemoglobina passaram por duplicação consecutiva 
em mamíferos. As duplicações gênicas parecem ser relativamente comuns e garantem variação significativa para a 
evolução. 
 
Esses rearranjos podem modificar a posição de um segmento do cromossomo, ou podem unir segmentos de diferentes 
cromossomos. Em qualquer caso, a ordem dos genes é alterada. 
Alguns rearranjos predispõem ao desenvolvimento de certos 
tipos de câncer. 
 
Ocorre quando um segmento do cromossomo se desprende, 
gira cerca de 180º e se fixa novamente ao restante do 
cromossomo; logo, há uma inversão da ordem dos genes no 
segmento. 
Também podem ser provocadas pela reunião de fragmentos do cromossomo gerados por cisalhamento mecânico, talvez 
em razão do entrelaçamento de cromossomos no núcleo. 
As inversões pericêntricas incluem o centrômero e as inversões paracêntricas, não. 
A consequência disso é que uma inversão pericêntrica pode alterar os comprimentos relativos dos dois braços do 
cromossomo, enquanto a inversão paracêntrica não tem esse 
efeito. 
Assim, se um cromossomo acrocêntrico sofre uma inversão com 
um ponto de quebra em cada braço, pode ser transformado em 
um cromossomo metacêntrico. 
Um indivíduo no qual há inversão de um cromossomo, mas não 
de seu homólogo, é um heterozigoto para inversão. 
Durante a meiose, há pareamento ponto a ponto dos 
cromossomos invertido e não invertido ao longo de seu 
comprimento. Entretanto, por causa da inversão, os cromossomos 
precisam formar uma alça para permitir o pareamento na região em que a ordem dos genes foi invertida. 
 
Ocorre quando um segmento de um cromossomo se desprende e se une a outro cromossomo (i. e., não homólogo). 
O significado genético é a transferência dos genes de um cromossomo para outro. 
Translocação recíproca: troca de fragmentos de dois 
cromossomos não homólogos sem perda de material 
genético. 
Durante a meiose, espera-se que haja pareamento 
cruciforme entre esses cromossomos com translocação 
e seus homólogos sem translocação. 
Os dois cromossomos translocados ficam de frente um para o outro no centro da cruz, e os dois cromossomos não 
translocados fazem o mesmo; para maximizar o pareamento, os cromossomos translocados e não translocados alternam-
se, formando os braços da cruz. Essa configuração de pareamento é diagnóstica de um heterozigoto para translocação. 
Disjunção adjacente: os centrômeros que estavam próximos uns dos outros no padrão cruciforme vão para o mesmo polo. 
Quando os centrômeros que vão para o mesmo polo são de cromossomos diferentes (i. e., heterólogos), a disjunção é 
denominada adjacente I; quando os centrômeros que vão para o mesmo polo são do mesmo cromossomo (i. e., 
homólogos), a disjunção é denominada adjacente II. 
Disjunção alternada: produz apenas gametas euploides, embora metade deles tenha apenas cromossomos translocados 
Cromossomo composto: cromossomo 
que atua como uma unidade genética 
única formada a partir da fusão dos 
cromossomos homólogos ou de duas 
cromátides-irmãs. 
Um pode ser estável em uma célula 
desde que tenha apenas um 
centrômero ativo; se houver dois centrômeros, cada um deles pode se 
mo,rer para um polo diferente durante a divisão, separando o 
cromossomo composto. 
O cromossomo composto também pode ser formado pela união de 
segmentos de cromossomos homólogos. 
Chama-se também de isocromossomo, porque seus dois braços são 
equivalentes. 
A diferença entre o cromossomo composto e a translocação é que o 
primeiro é a fusão de segmentos de cromossomos homólogos. Já a 
translocação é a fusão de cromossomos não homólogos. 
Os cromossomos não homólogos também podem se fundir em seus centrômeros, com criação de uma estrutura chamada 
translocação robertsoniana. 
A fusão de dois cromossomos acrocêntricos produz um cromossomo metacêntrico; os diminutos braços curtos dos 
cromossomos participantes são perdidos nesse processo. 
Teve importância evolutiva.

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