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APX1 GeografianaEducação2 2021-1_nota10

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD 
AVALIAÇÃO PRESENCIAL 1 – 2021.1 
 
DATA LIMITE DE ENTREGA – 25/04 até às 13h 
 
Disciplina: Geografia na Educação 2 
Coordenador: Lincoln Tavares Silva 
 
Aluno(a): Jacqueline Dias da Silva dos Santos 
Matr.:19112080046 
Polo: Três Rios 
 
1ª Questão) Leia a reportagem a seguir e relacione-a ao que se pede na 
questão (2,5 ptos): 
Apagão no Censo: Como a falta de dados pode impactar a vida 
da população 
Redução de 88% no orçamento - Pesquisa pode ser adiada de novo 
Prejudica planejamento público 
LORENA FRAGA 17.abr.2021 (sábado) 
 
 Em 2019, o ministro Paulo Guedes (Economia) pediu que o número de 
perguntas do questionário do Censo Demográfico do IBGE fosse reduzido para 
contornar a falta de recursos. Na época, o orçamento era de R$ 4 bilhões. Sofreu 
um corte de 50% e caiu para R$ 2 bilhões em 2020. A expectativa era que o 
recenseamento fosse realizado no ano passado. Com a pandemia, acabou 
adiado para 2021. 
 Agora, um novo corte de R$1,7 bilhões coloca a pesquisa em risco. Com 
um orçamento de apenas R$ 71 milhões, pode ser postergada mais uma vez ou 
sequer acontecer. Isso afeta diretamente a vida da população. 
O QUE É O CENSO? 
 Desde 1872, a cada 10 anos, a pesquisa demográfica realizada pelo IBGE 
faz um raio-x completo do Brasil. Mede a quantidade de habitantes do país, faixa 
etária, gênero e as condições em que essas pessoas vivem. Dados sobre a 
população de cada Estado, cidade e bairro vêm daí. As informações baseiam a 
formulação de políticas públicas, sociais e econômicas. 
 Mas não é só isso. Quantos nomes iguais ao seu existem no país? A 
curiosidade pode ser respondida com uma breve consulta ao site Nomes no 
Brasil, que usa a base de dados do Censo Demográfico de 2010 para sanar a 
dúvida dos mais curiosos. 
PARA QUE SERVE? 
 Distribuição de renda do governo federal para Estados e municípios, 
planejamento urbano, campanhas de vacinação, políticas educacionais, controle 
migratório e até a indústria e o comércio dependem dos resultados do Censo. 
Mesmo dados de pesquisas de opinião, aprovação presidencial e pesquisas de 
mercado são desenhados em cima de uma população que o Censo identifica. 
 O levantamento de audiência dos meios de comunicação, o planejamento 
da recuperação do país no período pós-pandemia, o registro de imigrantes no 
país pela Polícia Federal e o número de beneficiários do INSS (Instituto Nacional 
do Seguro Social) também dependem da base de dados fornecida pelo Censo. 
 Até a dinâmica das eleições municipais é afetada. Uma cidade só pode 
realizar o 2° turno para vereador e prefeito se a população tiver mais de 200 mil 
habitantes. Quando não se sabe ao certo a população daquela região, os 
moradores podem perder esse direito. 
 “Nós sabemos que um município precisa ou não de mais um vereador, 
por exemplo, baseado na contagem populacional. Quando isso não acontece e 
as projeções estão desatualizadas, pode ser que aquele município esteja com 
a sua representação legislativa desatualizada, explica o professor Rogério 
Barbosa do IESP-UERJ (Instituto de Estudos Sociais e Políticos da 
Universidade do Estado do Rio de Janeiro). 
 No intervalo entre um Censo e outro, no meio da década, é realizada uma 
contagem populacional para atualização. A última, que seria em 2015, não 
aconteceu por causa de corte no orçamento. Tudo isso agrava a situação atual. 
As projeções de hoje já estão desatualizadas e se baseiam apenas no Censo de 
2010 e de anos anteriores. É como se o Brasil ficasse parado no tempo. 
QUAIS OS PROBLEMAS? 
 O IBGE tem afirmado que a redução orçamentária pode inviabilizar a 
realização da pesquisa em 2021. Em nota divulgada no dia 22 de março, a 
entidade disse que contava com o apoio da Comissão Mista de Orçamento para 
que o cenário de corte de verbas fosse revertido. 
file:///C:/Users/Cliente/Downloads/_blank
file:///C:/Users/Cliente/Downloads/_blank
https://www.poder360.com.br/brasil/corte-de-verba-no-ibge-pode-tornar-censo-2021-inviavel-diz-instituto/
https://www.poder360.com.br/brasil/corte-de-verba-no-ibge-pode-tornar-censo-2021-inviavel-diz-instituto/
 Mas durante a votação do Orçamento de 2021, o Censo sofreu o corte de 
R$ 1,7 bilhão. Com R$ 71 milhões disponíveis, os recursos previstos para o 
Censo Demográfico de 2021 foram reduzidos a apenas 3,5% do total 
anteriormente estabelecido pela União. 
 Na tarde de 26 de março, Susana Cordeiro Guerra pediu demissão da 
presidência do IBGE. Em 6 de abril, o Instituto suspendeu a realização das 
provas dos concursos para o Censo 2021. Mais de 204 mil vagas estavam à 
disposição para a realização da pesquisa. 
 A Comissão Consultiva do Censo Demográfico, entidade independente 
que auxilia o IBGE na elaboração da pesquisa, publicou uma carta no dia 4 de 
abril em defesa da integralidade do orçamento. Dizem que “se os recursos não 
forem aprovados agora, será impossível manter o trabalho contínuo” para a 
execução no 2º semestre deste ano. 
 Mesmo com a pandemia, a direção do órgão afirma que sempre houve 
situações desfavoráveis para a realização da pesquisa no país. Afirma que o 
IBGE já se preparou para garantir as medidas de prevenção contra o 
coronavírus, com EPIs e treinamento sobre protocolos de saúde. 
PERGUNTAS SEM RESPOSTA 
 O corte já se fez notar na estrutura do Censo em anos anteriores. Em 
2019, foi anunciada uma redução dos questionários aplicado pelos 
recenseadores. Em um deles, o básico, as perguntas caíram de 40 para 25. No 
mais completo, a redução foi de 102 para 76 perguntas. 
 Foram removidas perguntas essenciais para desenhar as condições de 
vida da população, como questões sobre casa própria e aluguel, condições de 
estudos, entre outros. Afeta diretamente os mais pobres. 
 Quantas pessoas têm acesso a televisão no Brasil? Questões como essa, 
e também sobre a posse de telefone, motocicleta e automóvel, também devem 
ser eliminadas do questionário da amostra. Agora, os recenseadores devem 
perguntar apenas sobre acesso a internet e geladeira. 
 Em 2019, ao defender os cortes no questionário, o ministro da Economia, 
Paulo Guedes, afirmou que o Censo brasileiro tinha 150 perguntas, enquanto em 
países desenvolvidos tem apenas 10. Mas, segundo um levantamento do 
economista Ricardo Paes de Barros obtido pelo jornal Folha de S.Paulo, o 
questionário básico brasileiro do Censo é um dos menores do mundo. 
 Considerando dados dos últimos censos mundiais, o questionário chinês 
teria o menor número de campos básicos, com 11 questões. Em seguida 
https://www.poder360.com.br/brasil/congresso-aprova-orcamento-de-2021-e-envia-a-sancao/
https://www.poder360.com.br/economia/congresso-reduz-de-r-2-bilhoes-para-r-71-milhoes-orcamento-do-censo/
https://www.poder360.com.br/economia/congresso-reduz-de-r-2-bilhoes-para-r-71-milhoes-orcamento-do-censo/
https://www.poder360.com.br/economia/presidente-do-ibge-pede-demissao-depois-de-corte-no-orcamento-do-censo/
https://www.poder360.com.br/economia/presidente-do-ibge-pede-demissao-depois-de-corte-no-orcamento-do-censo/
https://www.poder360.com.br/governo/corte-no-orcamento-faz-ibge-suspender-provas-para-agentes-do-censo-2021/
https://www.poder360.com.br/governo/corte-no-orcamento-faz-ibge-suspender-provas-para-agentes-do-censo-2021/
https://www.poder360.com.br/congresso/comissao-pede-ao-congresso-manutencao-de-orcamento-para-realizar-o-censo/
https://www.poder360.com.br/congresso/comissao-pede-ao-congresso-manutencao-de-orcamento-para-realizar-o-censo/
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-05/ibge-anuncia-reducao-dos-questionarios-do-censo-2020
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-05/ibge-anuncia-reducao-dos-questionarios-do-censo-2020
https://www.poder360.com.br/economia/censo-brasileiro-tem-o-16a-menor-questionario-do-mundo-diz-estudo/aparecem os EUA (13 questões) e o Canadá (16 questões). Os maiores são o 
da Holanda e o da Bélgica, com 147 questões cada um. 
AMEAÇA AOS MUNICÍPIOS 
 Segundo informações da Secretaria Especial de Fazenda, a distribuição 
dos recursos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) é feita de acordo 
com o número de habitantes. Com base nas estatísticas divulgadas anualmente 
pelo IBGE, o TCU (Tribunal de Contas da União) publica no Diário Oficial da 
União os coeficientes destinados a cada município. 
 “Tem município que cresceu, já outros diminuíram e isso prejudica essa 
transferência de recursos, torna a política pública ineficiente”, explica José 
Eustáquio Diniz, pesquisador titular da Escola Nacional de Ciências Estatísticas 
(Ence) do IBGE entre 2002 e 2019, lamentando a “falta tremenda” que a 
pesquisa faz no cenário nacional. 
 Também afeta a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), que 
mede, entre outras coisas, o desemprego. Também depende do Censo. “Se ela 
se baseia em um censo demográfico desatualizado, pode acabar errada, e logo 
os indicadores fundamentais para o planejamento econômico acabam afetados”, 
aponta Barbosa. 
2022 
 Neste cenário, o Censo Demográfico pode ficar para depois das eleições 
de 2022. “Para uma parte do mundo político, não interessa você conhecer a 
realidade. Mas, para a maioria da população é necessário saber a atual situação 
do país”, diz José Eustáquio Diniz. O pesquisador defende que o Censo em 2021 
é importante para pautar os debates do ano que vem. 
 Rogério Barbosa afirma que não acredita que existe uma “mera 
ideologização ou polarização” da pesquisa demográfica: “Acredito que existe 
uma agenda de ajuste fiscal que está sendo feita sem nenhum planejamento de 
custos e benefícios de curto, médio e longo prazo”. 
 “Cortar o Censo é politicamente pouco custoso porque é um assunto muito 
técnico, não é algo que causa uma comoção populacional”, diz. 
 “Boa parte do orçamento público é vinculado constitucionalmente, isso 
significa que tem coisas que não podem ser cortadas, que são obrigatórias”. O 
gasto com previdência, por exemplo, é definido constitucionalmente. “O que não 
acontece com o Censo e alguns programas sociais como o Bolsa Família, que 
acabam sendo as maiores vítimas”. 
http://www.fazenda.mg.gov.br/governo/assuntos_municipais/repasse_receita/informacoes/fpm.html
https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_14.12.2017/art_159_.asp
 Para Barbosa, a ausência do Censo Demográfico será sentida ao longo 
da década. “No que o Brasil é e vai ser na década de 2020, (a falta) é muito 
grande. Mas não necessariamente a população vai reconhecer isso 
imediatamente”. 
É POSSÍVEL ADMINISTRAR O PAÍS COM A AUSÊNCIA DO CENSO? 
 
 Em 1990, por causa dos efeitos do plano Collor, o Censo foi adiado para 
1991. Mas a falta de estatísticas que dão nome, endereço e colocam no mapa 
as necessidades da população podem deixar gestores no escuro. Em alguns 
países desenvolvidos, é possível dispensar a pesquisa por já existirem sistemas 
mais abrangentes de bancos de dados, o que não acontece no Brasil. 
 Mesmo com a realização de pesquisas menores, como a Pesquisa 
Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad), os dados ficam defasados, uma 
vez que a maioria dessas pesquisas utiliza a base de dados do último Censo. De 
acordo com o professor da Ence, Paulo Jannuzzi, mesmo empresas de big data 
– conjuntos de dados processados por computadores – precisam da base de 
dados do órgão. 
Fonte: adaptada de https://www.poder360.com.br/brasil/apagao-no-censo-
como-a-falta-de-dados-pode-impactar-a-vida-da-populacao/, acesso em 
17/04/2021 
Após as leituras da reportagem e dos temas trabalhados nas aulas 10, 11 e 
12, aponte e relacione dois aspectos censitários citados importantes para 
a vida da população brasileira, que sejam comuns aos textos apresentados 
(reportagem e aulas). 
R: Dentre os aspectos censitários citados e que são importantes para a vida da 
população brasileira estão a migração populacional que pode ser influenciada 
por diversos fatores, dentre eles a questão econômica. Outro aspecto é a 
urbanização que pode influenciar a migração populacional devido a 
industrialização e a modernização da agricultura principais geradoras de 
emprego e estímulo ao consumo urbano. 
2ª Questão) 
Sobre a questão fundiária brasileira, relacionada à ocupação do território 
amazônico, leia a reportagem a seguir (2,5 pontos). 
Massacre de Eldorado dos Carajás completa 25 anos e mobiliza 
luta campesina 
Policiais militares coordenaram ação - Mataram 19 trabalhadores sem-terra 
PODER360 - 17.abr.2021 (sábado) 
 Há exatos 25 anos, em 17 de abril de 1996, uma 4ª feira, centenas de 
trabalhadores rurais acampavam com suas famílias no local conhecido como 
curva do S, na atual BR-155, município de Eldorado dos Carajás, região sudeste 
do Pará, quando foram cercados por policiais militares vindos do quartel de 
Parauapebas, de um lado, e do batalhão de Marabá, pelo outro. 
 O plano dos trabalhadores era marchar até Belém para reivindicar a 
desapropriação da Fazenda Macaxeira, no município vizinho de Curianópolis, 
apontada como improdutiva pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais 
Sem Terra). Naquele dia específico, com poucos alimentos para seguir viagem, 
eles decidiram bloquear a estrada em protesto. Por determinação do governo 
estadual, a Polícia Militar foi então enviada para liberar a via. 
 “Ficamos no fogo cruzado, bala de um lado, bala de outro, muito mato pra 
gente poder correr”, conta Maria Zelzuita, de 56 anos, sobrevivente do massacre 
de Eldorado dos Carajás. Ela disse à Agência Brasil que, ao virar para trás, antes 
de fugir, viu uma companheira de marcha com o maxilar sangrando: ao gritar 
“reforma agrária”, a mulher teria sido atingida por tiros. 
 A ação policial resultou em 19 mortos, alguns com característica de 
execução, segundo laudos oficiais posteriores. Outras 79 pessoas ficaram 
feridas, duas das quais acabariam morrendo no hospital. Registradas pelo 
cinegrafista Raimundo Osvaldo Araújo, da TV Liberal, imagens do massacre 
mostraram os trabalhadores rurais reagindo com foices e facões enquanto eram 
alvejados. Ao fundo, podia-se ouvir o apelo da repórter Marisa Romão, que aos 
gritos de “tem mulheres e crianças” tentou pedir aos policiais que parassem de 
atirar. 
 A comoção dentro e fora do país foi tamanha que o 17 de abril se tornou 
o Dia Internacional de Luta Camponesa. Todos os anos, desde o massacre, a 
Via Campesina, união camponesa internacional composta por 182 movimentos 
sociais, promove na data uma mobilização global. Neste ano, no contexto da 
pandemia de covid-19, o tema escolhido foi a defesa da soberania alimentar, 
com eventos previstos em dezenas de países. 
https://www.poder360.com.br/author/do-poder360/
PANDEMIA 
 “O massacre do Eldorado dos Carajás foi o primeiro grande momento de 
popularização da questão agrária”, frisa João Paulo Rodrigues, integrante da 
direção nacional do MST. No Brasil, o 17 de abril impulsionou mobilizações que 
historicamente já eram realizadas no mês pelo movimento. Nos últimos 25 anos, 
a data foi marcada por marchas, bloqueios e ocupações de terras consideradas 
improdutivas. 
 É no aniversário do massacre que o movimento “dialoga com a sociedade 
as bandeiras da reforma agrária popular, as bandeiras da produção, as bandeiras 
de uma sociedade mais justa e igualitária”, disse Marina dos Santos, também da 
direção nacional do MST. Desde o ano passado, contudo, no contexto da 
pandemia de covid-19, a orientação é evitar aglomerações e “focar nas ações de 
solidariedade”, afirmou ela. 
 Para este sábado, estão programados atos de doação de alimentos em 
todos os estados. Desde o início da pandemia, o movimento afirma ter doado 
mais de 4 mil toneladas de comida para combater a insegurança alimentar, 
sobretudo em periferias de regiões metropolitanas.Outra parte da programação do 17 de abril migrou para a internet. O ato 
solene que costumava ocorrer todos os anos na curva do S, onde o “monumento 
das castanheiras queimadas” marca o ponto exato do massacre, neste ano 
voltará a ser realizado somente de modo virtual, com uma transmissão ao vivo 
pelas redes sociais. 
 “Neste ano de pandemia estamos em casa, mas o povo não tá calado, o 
movimento não tá calado”, assegurou a sobrevivente Maria Zelzuíta, que até hoje 
mora no assentamento 17 de abril, a pouco mais de 18 km da curva do S. Assim 
como faz há 25 anos, ela afirmou que irá ao local, mesmo que sozinha, para 
prestar homenagem às vítimas do massacre que, assim como ela, “tinham o 
sonho de uma terra, tinham um sonho de trabalhar”. 
SITUAÇÃO ATUAL 
 Passados 25 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, o advogado 
José Batista Afonso, que atua em nome da Comissão Pastoral da Terra (CPT) 
no sudeste do Pará, frisa que a violência na disputa pela terra segue bastante 
presente na região. “Aqui não passa um ano sem ter assassinato de 
camponeses”, afirmou ele à Agência Brasil. 
 “Continua tendo uma concentração muito grande de conflitos sem 
solução. Nós temos mais de 200 fazendas em situação de conflito pelo domínio 
da área. Tem fazendeiros, grileiros, madeireiros e, no meio, mais ou menos 16 
mil famílias de trabalhadores rurais”, disse o advogado. 
 Uma das razões para a continuidade das mortes é a impunidade, avalia a 
CPT. Segundo levantamento da entidade, que é ligada à Igreja Católica e 
também a outras denominações religiosas, de 1.468 assassinatos no campo, 
somente 117 foram analisados por algum juiz, de qualquer instância, entre os 
anos de 1985 e 2018. 
 Nesse quesito, mesmo tendo resultado em duas condenações, Eldorado 
dos Carajás ainda costuma ser citada como exemplo de impunidade. Para os 
movimentos sociais, a investigação do caso falhou por não ter individualizado as 
condutas dos policiais envolvidos e ter poupado a cúpula do governo do Pará. 
“Quantos realmente apertaram o gatilho e foram responsáveis pelas mortes? 
Além dos executores, quem é que determinou [a operação]?”, indagou José 
Batista Afonso. “Essa investigação não chegou nesse nível nunca”, afirmou ele. 
 O julgamento do caso levou quase duas décadas até que se esgotassem 
todos os recursos possíveis. Dos 155 policiais que tiveram participação no 
episódio, somente dois foram condenados: o major José Maria de Oliveira, 
comandante da operação, com pena de 158 anos e 4 meses de prisão; e o 
coronel Mário Colares Pantoja, comandante do batalhão de Marabá, com pena 
de 228 anos de prisão. Ambos foram presos em 2012, 16 anos após o massacre. 
 Pantoja, que após ser beneficiado por um habeas corpus cumpria prisão 
domiciliar, morreu em novembro do ano passado, vítima de covid-19. 
Fonte: adaptado de https://www.poder360.com.br/historia/massacre-de-eldorado-dos-
carajas-completa-25-anos-e-mobiliza-luta-campesina/, acesso em 17/04/2021. 
 
AGORA RESPONDA: 
Apresente duas razões geográficas geradoras de conflitos e disputas 
fundiárias no Brasil. Relacione pelo menos uma delas à devastação 
socioambiental na Amazônia. 
R: Dentre as razões geográficas geradoras de conflitos e disputas fundiárias no 
Brasil estão a concentração das terras nas mãos de grandes latifundiários e o 
agronegócio. Sobre esse último, a devastação da Amazônia ocorre em prol do 
enriquecimento de alguns enquanto prejudica outros, provocando impactos 
negativos não somente ao meio ambiente com o desmatamento, a erosão, 
contaminação das águas e do solo, mas das populações indígenas que vive no 
entorno e possuem uma relação de pertencimento com a natureza. 
3ª Questão) 
Com base nas leituras sobre o Complexo do Nordeste brasileiro e da 
reportagem a seguir, apresente suas explicações conforme solicitado (2,5 
pontos): 
Notícias 
24 de Março de 2021 | Atualizado em 17 de Abril de 2021 
Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com 
Consórcio Nordeste leva propostas de combate 
ao coronavírus para reunião com Bolsonaro 
As propostas são chamadas de “Pacto pela Vida”. O consórcio 
será representado pelo governador de Alagoas, Renan Filho. 
 O Consórcio Nordeste, que representa os nove governadores da região, 
vai apontar soluções de combate ao coronavírus durante a reunião que será 
realizada, nesta quarta-feira (24), com os líderes do Executivo, Legislativo e 
Judiciário brasileiros para discutir a crise sanitária que o Brasil enfrenta. As 
propostas são chamadas de “Pacto pela Vida”. O consórcio será representado 
pelo governador de Alagoas, Renan Filho. 
 O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington 
Dias, informou que a primeira proposta ao presidente Jair Bolsonaro é que seja 
mantido o cronograma inicial de entrega da vacina Oxford/AstraZeneca, oriundas 
do consórcio global Covax Facility/OMS. 
 Segundo o gestor, o Brasil receberia 2.997.000 doses na primeira etapa e 
só foi entregue 1 milhão no último fim de semana. O restante (1.997.000), a 
Fiocruz e a OMS estão querendo adiar para abril. “A nossa proposta é manter o 
calendário, que prevê completar a entrega ainda em março, e o restante em abril 
(3 milhões) e em maio (3,1 milhões), totalizando 9,1 milhões de doses previstas 
desde o início”, comentou Dias. 
 Um dos argumentos que o consórcio utilizará para manter o cronograma 
é o risco que o Brasil representa hoje para o mundo, como uma possível fábrica 
de novas variantes do coronavírus. “Para todos os países e autoridades nosso 
argumento é: o Brasil é centro da pandemia no mundo? É risco de propagação 
de variantes para a América e para o mundo? Então ajudem o Brasil, e assim 
ajudam o mundo a sair do colapso na rede de saúde e elevada mortalidade e 
controlar variantes. A saída é mais vacinas”, frisa Wellington. 
 Outro ponto que será abordado pelo colegiado na reunião é a 
recomposição do orçamento da Saúde para 2021, pois a proposta do Orçamento 
Geral da União enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional chegou com R$ 
43 bilhões a menos do que o previsto. A ideia é manter o valor inicial para 
suportar a pandemia da Covid-19 e outras doenças. 
 Ainda sobre a saúde, os governadores do Nordeste cobrarão que o 
Palácio do Planalto faça sua parte e assuma a coordenação da crise, usando 
toda a máquina do governo federal para combater a pandemia. A proposta é que 
o Ministério da Saúde fique à frente, com apoio do Ministério das Relações 
Exteriores, da Economia, Casa Civil, além de um governador de cada uma das 
cinco regiões do país e ainda líderes da Anvisa, Fiocruz, Butantan, União 
Química, Câmara dos Deputados e Senado Federal. 
 Entre as medidas que podem ser tomadas por meio dessa coordenação, 
está a antecipação de feriados nacionais, que ajudaria a reduzir a circulação de 
pessoas em todo o país. Outra ação é uma comunicação centralizada e 
integrada, com atualização diária sobre casos confirmados, internados e óbitos, 
sobre cronograma diário e semanal de entrega e aplicação de vacina por estados 
e municípios. “Um portal nacional mais completo e integrado com estados e 
municípios e laboratório”, sugere Wellington Dias. 
Economia 
 A integração de órgãos do governo federal também servirá para execução 
de medidas econômicas, como a liberação de auxílio emergencial para a 
população mais vulnerável e apoio às micro e pequenas empresas. Nesse setor, 
a proposta do consórcio é retomar um grupo de trabalho com os Ministérios da 
Economia, Agricultura e Infraestrutura, com a colaboração de um governador de 
cada região sugerindo alternativas para o desenvolvimento do país. “Inclusive, 
temos disposição de tratar da reforma tributária com o projeto apresentado pelo 
Comitê Nacional de Secretarias de Fazenda (Consefaz)”, explica o governador 
do Piauí. 
 O presidente do Consórcio Nordeste quer uma reunião com objetivos 
claros, medidas concretas para que até a Semana Santa o governo federal adote 
ações restritivaspara redução da circulação da população, a única maneira de 
barrar o crescimento do vírus enquanto a vacinação não avança. “Não queremos 
uma reunião só para fotografia e discurso”, afirmou Wellington. 
 O governador lamenta que o vírus e a morte estejam vencendo a batalha 
contra o Brasil, com quase 300 mil óbitos até agora, e por isso a reação dos 
governantes precisa ser forte. “Queremos que o governo federal garanta mais 
vacina, faça um esforço nacional para agilizar a imunização, propicie recursos 
para que a rede hospitalar de todo o país seja abastecida com insumos e consiga 
atender a população. É isso que o Brasil espera”, concluiu Dias. 
 A reunião desta quarta terá a presença dos presidentes da República, Jair 
Bolsonaro; do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux; da Câmara, Arthur Lira; e do 
Senado, Rodrigo Pacheco; além de cinco governadores representando cada 
região brasileira: Wilson Lima (Região Norte), Renan Filho (Nordeste), Ronaldo 
Caiado (Centro-Oeste), Cláudio Castro (Sudeste) e Ratinho Jr. (Sul). 
Fonte: adaptado de http://www.saude.pi.gov.br/noticias/2021-03-24/10531/consorcio-
nordeste-leva-propostas-de-combate-ao-coronavirus-para-reuniao-com-
bolsonaro.html, acesso em 17/04/2021. 
 
Conforme levantamentos sobre mortes proporcionais divulgados em 10 
abril, em nosso país, há 1.647 vítimas de covid por milhão de habitantes, 
segundo cruzamento de dados do Ministério da Saúde com a última 
estimativa populacional divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística). A existência de um consórcio para lidar coma 
Pandemia parece estar surtindo efeito. Só o Nordeste (1.286) está abaixo 
da média nacional. Na análise por Estados, apenas o Maranhão (910) tem 
menos de 1.000 vítimas por milhão. Apesar de números menos negativos, 
é grande a apreensão dos habitantes da região e dos governos estaduais 
e locais sobre a disseminação da COVID-19. 
EM SUA RESPOSTA, apresente dois fatores geográficos da realidade 
nordestina, anteriores à Pandemia, que justificam preocupação com a 
população do Nordeste brasileiro, assim como a atuação consorciada dos 
governantes sobre os impactos da Covid-19 na região. 
R: Dentre os fatores geográficos da realidade nordestina anteriores à pandemia que 
justificam a preocupação com o Nordeste brasileiro estão a alta mortalidade infantil e o 
baixo nível de renda e escolaridade da população. Os fatores geográficos mencionados 
contribuíram para a visão que se tem do Nordeste até os dias de hoje, tida como região 
da fome, da seca e da repulsa da sua população. Muito do que se tem das imagens 
criadas dessa região são mantidas e difundidas por muitos, especialmente por elites e 
políticos que enxergam na fome e na seca uma importante justificativa para angariar 
recursos. 
 
4ª Questão – 2,5 pontos) 
'Tragédia anunciada': os fatores que levaram a região Sul ao 
colapso com mortes por covid. 
5 março 2021 
 
 No dia 2 de março, o Rio Grande do Sul bateu seu recorde de óbitos por 
covid-19 desde o início da pandemia: 184 pessoas morreram em 24 horas. Um 
dia depois, foram mais 179 vítimas, o segundo pior dia desde março do ano 
passado. 
 Em Santa Catarina, 86 pessoas morreram de covid-19 no dia 2. No dia 
seguinte, foram mais 94 mortes — as piores 24 horas desde outubro. 
 O 2 de março também marcou o segundo pior dia da pandemia em todo 
o Sul, incluindo o Paraná. Foram 504 óbitos. 
 A região vive um cenário catastrófico nas últimas semanas: além da 
explosão das transmissões por coronavírus e das mortes em decorrência da 
doença, as populações do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina enfrentam 
falta de vagas em unidades de terapia intensiva (UTI) em várias cidades. 
https://www.bbc.com/portuguese/topics/clmq8rgyyvjt
 A ocupação de leitos em Porto Alegre, por exemplo, já ultrapassa os 
100%. Segundo um levantamento feito pela campanha "Unidos pela Saúde 
Contra o Colapso", até a última quinta-feira (04/03), os hospitais operavam com 
103,7% de sua capacidade. Em alguns deles, como o Hospital São Lucas e o 
Hospital Moinhos de Vento, a taxa está acima dos 130%. 
 De acordo com os números compilados até 5 de fevereiro pelo Conselho 
Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Rio Grande do Sul tem 676 mil 
casos confirmados e 13.188 mortes causadas pela covid-19. 
 Já Santa Catarina contabilizou 7.816 óbitos e 700 mil casos. 
 No Paraná, 12.196 pessoas morreram de covid-19, e 672 mil infecções 
foram registradas. 
 
O que explica esse cenário? 
 
 Para pesquisadores que estudam a disseminação da covid-19 pelo país, 
desde o fim do ano passado já havia indícios de que os três Estados enfrentariam 
um aumento exponencial da covid-19. 
 "Essa é uma tragédia anunciada. Desde novembro, os cientistas já 
avisaram que o Sul passaria por uma onda devastadora de covid. Mas nada foi 
feito, houve um total desprezo pelos alertas que vínhamos dando", diz Domingos 
Alves, professor de Medicina Social da Faculdade de Medicina da Universidade 
de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto. 
 
Menos isolamento, mais casos 
 
 Segundo ele, no começo de dezembro, os três Estados já apresentavam 
uma alta taxa de transmissão do coronavírus, além de uma média móvel de 
casos superior ao registrado desde o início da pandemia. 
 Por outro lado, em dezembro, por exemplo, o governador do Rio Grande 
do Sul, Eduardo Leite (PSDB), flexibilizou medidas de restrição de circulação de 
pessoas, reabrindo as praias, e aumentando o período em que o comércio 
poderia funcionar, com vistas às vendas do Natal. 
 Também em dezembro, entre outras medidas, o governador de Santa 
Catarina, Carlos Moisés (PSL), autorizou a lotação máxima de pousadas e 
hotéis, mesmo que, à época, as UTIs da rede pública de saúde já estivessem 
com 88% das vagas preenchidas. A ocupação de praias, lagoas e rios também 
foi liberada pelo governador. 
 "Em janeiro, esses Estados também começaram a registrar mais mortes 
diárias do que na primeira onda de covid. O que estamos vendo agora, com todo 
esse colapso, já era esperado. Foi avisado", diz Alves. 
 Para o cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede de 
Análise da Covid-19, o aumento da circulação de pessoas, em desrespeito às 
orientações de distanciamento social para frear a disseminação do vírus, é o 
principal fator para explicar a explosão de infecções. 
 O índice de isolamento social no Rio Grande do Sul, por exemplo, 
atualmente gira em torno de 34% da população. Para Schrarstzhaupt, o número 
ideal para frear a proliferação do vírus seria de 60%, ao menos. 
 "No final de setembro, os casos de covid no Rio Grande do Sul estavam 
em queda, mas a mobilidade das pessoas começou a aumentar, revertendo a 
curva. No fim do ano, boa parte da população de Porto Alegre viajou para a praia, 
no período que chamamos de veraneio: a gente viu praias e bares lotados", 
explica. 
 Para ele, além do aumento da circulação de pessoas, há a influência da 
nova variante do coronavírus, surgida no Brasil e que algumas pesquisas 
científicas têm mostrado ser mais transmissível. 
 "Estudos têm mostrado que essa nova cepa tem mais carga viral. Com as 
pessoas circulando mais, essa nova variante caiu como um foguete e se 
espalhou muito rapidamente", diz. 
 Para Domingos Alves, da USP, a nova variante do vírus só se proliferou 
porque não houve ação do poder público para detê-la. 
 "Estão criando uma narrativa de que a culpa é apenas da nova cepa do 
vírus. Isso não é verdade. A nova cepa só se espalhou e se tornou predominante 
porque não foram criadas barreiras sanitárias para impedir que isso 
acontecesse. Pelo contrário, houve um relaxamento das medidas de contenção", 
diz. 
 Já Leonardo Bastos, estatístico e pesquisador em saúde pública da 
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), acrescenta que o negacionismo de parte do 
poder público e da população sobre os efeitos da pandemia também explicam o 
aumento acelerado de casos no Sul. 
 "O negacionismofavorece muito a pandemia. Isso está cada vez mais 
claro. Se medidas necessárias não forem tomadas para ontem, veremos um 
cenário ainda pior nas próximas semanas", diz. 
 Os especialistas são unânimes ao recomendar um reforço de medidas de 
isolamento social na região Sul e no restante do país para tentar diminuir a 
incidência do coronavírus enquanto a vacinação avança no país, mesmo que a 
passos lentos, como vem ocorrendo. 
 As medidas, no entanto, deveriam ser mais restritivas do que as adotadas 
recentemente pelos três Estados da região. 
 "Precisamos seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde 
sobre o que é umlockdown. Precisamos fazer umlockdown severo de 15 a 21 
dias. Se não fizermos isso, veremos cada vez mais casos e mais mortes, a 
situação vai piorar não só no Sul. Teremos colapso do sistema de saúde em 
vários Estados, inclusive em São Paulo e no Rio de Janeiro", diz Alves. 
"Hoje, no Sul e em outros Estados, não há vagas nas UTI. As pessoas estão 
morrendo esperando na fila por um leito. Mas, daqui a poucas semanas, não 
teremos mais vagas em cemitérios. Se nada for feito, os governadores terão que 
lidar com vagas em cemitérios, é disso que estamos falando." 
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-56302373, acesso em 17/04/2021. 
 
Após a leitura do texto anterior e da aula sobre o Complexo do Centro-Sul, 
em relação à Região Sul do Brasil, para além dos aspectos conjunturais 
elencados na reportagem, há uma característica demográfica 
(populacional) que não deve ser desprezada ao tratarmos da região e dos 
possíveis impactos da COVID sobre a sua população. 
RESPONDA: 
 
a) Qual seria esta característica ou aspecto demográfico? 
R: A característica demográfica é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 
superior 0,8 na Região Centro-Sul, sendo o maior na escala nacional. 
 
b) Que implicações a perda por morte da população em idade mais elevada, 
pela disseminação da COVID-19, pode gerar nos indicadores geográficos? 
R: A expectativa de vida da população pode baixar, impactando o IDH e 
consequentemente o setor previdenciário e a renda média familiar. 
 
 
 
Referências Bibliográficas: 
 
DE BRITO REIS, Carla. Geografia na Educação 2. v.1 e 2. Rio de Janeiro: 
Fundação CECIERJ, 2014.

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