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Aula15_Apostila1_VPEJVNF3CW

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Administração Geral e Pública TRE-RJ 
Aula 15 
Prof. Marcelo Camacho 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Camacho 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 15 
Administração Geral e Pública 
Licitação 
Professor Marcelo Camacho 
 
 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br 
	Administração Geral e Pública TRE-RJ 
Aula 15 
Prof. Marcelo Camacho 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Camacho 2 
 
 
 
Olá, pessoal! 
Vamos a nossa décima sexta aula. Tratarei dos temas abaixo: 
 
Aula Conteúdo Programático Data 
15 
8 Licitac ̧ões e contratos administrativos (Leis no 
8.666/1993 e suas alterac ̧ões e no 10.520/2002): 
conceito, finalidade, princípios, objeto, 
obrigatoriedade, dispensa, inexigibilidade e vedac ̧ões, 
modalidades, procedimentos, anulac ̧ão e revogação, 
sanções, pregão presencial e eletro ̂nico, sistema de 
registro de prec ̧os. 
 
26/09 
 
 
 
 
 
Sumário 
1.	Conceito	de	Licitação	.................................................................................................................................	4	
2.	Princípios		Orientadores	da	Licitação	.........................................................................................................	8	
2.1.	Formalismo	.............................................................................................................................................	9	
2.2.	Publicidade	dos	Atos	.............................................................................................................................	10	
2.3.	Igualdade	entre	os	licitantes	.................................................................................................................	10	
2.4.	Sigilo	na	Apresentação	das	Propostas	...................................................................................................	13	
2.5.	Vinculação	ao	Instrumento	Convocatório	.............................................................................................	13	
2.6.	Julgamento	Objetivo	.............................................................................................................................	14	
2.7.	Adjudicação	Obrigatória	ao	Vencedor	..................................................................................................	16	
2.8.	Competitividade	....................................................................................................................................	18	
3.Fases	do	procedimento	Licitatório	............................................................................................................	18	
Aula 15 
	Administração Geral e Pública TRE-RJ 
Aula 15 
Prof. Marcelo Camacho 
 
 
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3.1	Abertura	.................................................................................................................................................	20	
3.2	Habilitação	dos	Licitantes	......................................................................................................................	26	
3.3.	Julgamento	das	Propostas	....................................................................................................................	31	
3.4.	Homologação	e	Adjudicação	ao	Vencedor	...........................................................................................	33	
4.	Modalidades	de	Licitação	.........................................................................................................................	34	
4.1	Concorrência	..........................................................................................................................................	36	
4.2.	Tomada	de	Preços	.................................................................................................................................	39	
4.3.	Convite	..................................................................................................................................................	41	
4.4.	Concurso	...............................................................................................................................................	44	
4.5.	Leilão	.....................................................................................................................................................	45	
4.6.	Pregão	...................................................................................................................................................	46	
5.	Tipos	de	Licitação	.....................................................................................................................................	54	
6.	Alienação	de	Bens	pela	Administração	Pública	........................................................................................	59	
7.	Inexigibilidade	e	dispensa	de	licitação	.....................................................................................................	60	
7.1.	Inexigibilidade	.......................................................................................................................................	61	
7.2.	Dispensa	de	Licitação	............................................................................................................................	66	
7.2.1.	Licitação		Dispensável	........................................................................................................................	67	
7.2.2.	Licitação	Dispensada	..........................................................................................................................	74	
8.	Anulação	e	Revogação	da	Licitação	.........................................................................................................	84	
9. Lista de Exercícios	...................................................................................................................................	88	
10. Gabarito	.................................................................................................................................................	99	
	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	Administração Geral e Pública TRE-RJ 
Aula 15 
Prof. Marcelo Camacho 
 
 
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1.	Conceito	de	Licitação	
 
Segundo Bandeira de Mello, “ licitação (...) é um certame que as entidades 
governamentais devem promover e no qual abrem disputa entre os 
interessados em com elas travar determinadas relações de conteúdo 
patrimonial, para escolher a proposta mais vantajosa às conveniências públicas. 
Estriba-se na idéia de competição, a ser travada isonomicamente entre os que 
preencham os atributos e aptidões necessários ao bom cumprimento das 
obrigações que se propõem assumir”. 
 
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo informam que licitação é “um 
procedimento administrativo, de observância obrigatória pela administração 
pública, no qual, observada a igualdade entre os participantes, deve ser 
selecionada a melhor proposta dentre as apresentadas pelos interessados em 
estabelecer determinadas relações de conteúdo patrimonial com essa 
administração pública, uma vez preenchidos os requisitos mínimos necessários 
ao bom cumprimento das obrigações a que eles se propõem”. 
 
A obrigatoriedade de licitação é expressa no art. 37, inciso XXI da Constituição 
Federal: 
XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, 
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que 
assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que 
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, 
nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e 
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
 
A competência para legislar sobre normas gerais de licitação é exclusividade da 
União, conforme o art. 22, XXVII, da CF: 
	Administração Geral e Pública TRE-RJ 
Aula 15 
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XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, 
para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para 
as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1o, 
III. 
 
 
ITEM 1. (CESPE/FUB/2010/ BIBLIOTECARIO) 
A obrigatoriedade de licitação é princípio expresso na Constituição Federal de 1988. 
 
Perfeito, conforme vimos, a obrigatoriedade de licitação está explícita no art. 37 
da Constituição Federal. A afirmativa está CERTA! 
 
Em obediência ao que é determinado no art. 37 da CF, a União editou a Lei 
8.666/93, que já no seu art. 1º, esclarece acerca de sua natureza e âmbito de 
aplicação: trata-se de uma lei de “normas gerais sobre licitações e contratos 
administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, 
alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios”. 
 
Estão subordinados a esta lei, conforme parágrafo único, do art. 1 “além dos 
órgãos da Administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as 
fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e 
demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios”. 
 
Vejam esta questão da CESPE 
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ITEM 2. (CESPE/FUB/2010/ BIBLIOTECARIO) 
Um órgão do Ministério Público estadual, ao realizar determinado certame licitatório, subordina-
se, no que couber, às normas gerais de licitação previstas na Lei n.º 8.666/1993. 
 
Pessoal, a lei 8.666/93 aplica-se a toda a administração pública brasileira. 
Desta forma a afirmação está CERTA! 
 
 
O art. 15 da lei 8.666 regulamenta genericamente as compras governamentais. 
Observem o dispositivo legal: 
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: (Regulamento) 
 
I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações 
técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, 
assistência técnica e garantia oferecidas; 
 
II - ser processadas através de sistema de registro de preços; 
 
III - submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado; 
 
IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades 
do mercado, visando economicidade; 
 
V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração 
Pública. 
 
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Observem agora como a FGV cobrou este artigo no concurso de 2208 para o 
Senado. 
 
ITEM 3. (FGV/ 2008/ SENADO FEDERAL/CONTADOR) 
De acordo com a Lei 8666/83, as compras, sempre que possível, deverão observar as 
disposições enunciadas nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a. 
 
a) atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações 
técnicas e de desempenho 
b) ser processadas por sistema de registro de tomada de preços 
c) submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado 
d) ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades do 
mercado, visando à economicidade 
e) balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração 
Pública. 
 
 
As alternativas estão na exata ordem dos incisos do art.15. Observem que a 
única alternativa em desacordo com este artigo é a alternativa B, pois o inciso 
II informa que as compras devem, sempre que possível, ser processadas em 
sistema de registro de preços, e não de tomada de preços. Portanto, o 
gabarito é a alternativa B. 
Abordaremos o sistema de registro de preços e a modalidade de licitação 
tomada de preços mais à frente nesta aula. 
 
A EC 19/98 ao § 1º do art. 173 da Constituição, autorizou o legislador ordinário 
a disciplinar em lei específica um estatuto de licitações e contratos próprio 
para as empresas públicas, sociedades de economia e suas subsidiárias 
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que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens 
ou de prestação de serviços, observados os princípios da Administração Pública. 
Portanto trata-se de um autorização para a instituição de um regime próprio 
para tais entidades, em vista da área em que atuam, tipicamente privada. Esta 
norma foi editada através da lei 13.303/2016. Esta lei estabelece uma série de 
mecanismos de transparência e governança para as estatais, requisitos 
mínimos para a nomeação de dirigentes e as normas de licitações e contratos 
específicas para empresas públicas e sociedades de economia mista. 
 
2.	Princípios		Orientadores	da	Licitação	
 
O art. 3º da Lei 8.666/93 enumera princípios a serem seguidos pela 
administração pública na realização de licitações. Muitos são princípios gerais, 
alguns destes assumem caráter peculiar quando aplicados para a licitação e 
outros são específicos 
 
Diz o art. 3o: 
 
A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, 
a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do 
desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita 
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação 
ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos 
 
 
Dentre os princípios arrolados na norma, percebemos que os seis primeiros 
aplicam-se à generalidade da atividade administrativa, sendo os dois últimos – 
vinculação ao instrumento convocatório e julgamento objetivo -, 
peculiares às licitações. Além desses dois, a doutrina considera que são 
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princípios diretamente aplicáveis às licitações o do procedimento formal, o do 
sigilo das propostas até sua abertura, o da adjudicação compulsória e o 
da competitividade. 
 
 
ITEM 4. (CESPE/STM/2010/ANALISTA JUDICIARIO-AREA ADMINISTRATIVA) 
De acordo com a legislação brasileira, a licitação deve seguir, obrigatoriamente, os princípios 
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da 
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e 
dos que lhes são correlatos. 
 
Pessoal, é a citação literal do art. 3 da lei 8.666/93. Portanto a afirmativa está 
CERTA! 
 
Vamos analisar alguns desses princípios. 
2.1.	Formalismo	
 
Consoante o art. 4º, parágrafo único, da Lei, “o procedimento licitatório 
previsto nesta Lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado 
em qualquer esfera da Administração Pública” (grifo nosso). 
Isso significa que foi estatuído um procedimento determinado para as licitações, 
devendo todas suas fases serem cumpridas nos exatos termos da Lei, sob pena 
de nulidade do certame. 
 
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2.2.	Publicidade	dos	Atos	
Segundo o art. 3º, § 3º, “a licitação não será sigilosa, sendo públicos e 
acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao 
conteúdo das propostas, até a respectiva abertura”. 
 
A norma tem a finalidade de permitir um efetivo controle sobre a lisura do 
procedimento, nãoapenas pelos licitantes, mas, sobretudo, pela população em 
geral. O art. 4º, em complemento à norma anterior, garante a qualquer cidadão 
o direito de acompanhar o desenvolvimento da disputa. 
Este princípio impõe que os motivos determinantes das decisões realizadas em 
qualquer etapa do processo licitatório sejam declarados. 
 
2.3.	Igualdade	entre	os	licitantes	
Esse princípio deve se compreendido em duas acepções: numa primeira, 
protege os licitantes, vedando a inclusão de critérios discriminatórios na fase de 
julgamento das propostas; numa segunda, protege os que desejam ser 
licitantes, vedando que a Administração estabeleça quaisquer requisitos para 
participação do certame que não tenham relevância frente ao objeto do futuro 
contrato. 
Não viola o princípio, o estabelecimento de requisitos mínimos que tenham por 
finalidade exclusivamente garantir a adequada execução do contrato. 
O § 1o do art. 3º, nos seus dois incisos, dá uma perfeita noção da significação 
do princípio da igualdade no que tange às licitações, vedando, no primeiro 
inciso, a inserção de cláusulas ou condições nos instrumentos convocatórios 
“que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive 
nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções 
em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer 
outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do 
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contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei 
no 8.248, de 23 de outubro de 1991” (compras de serviços de informática pela 
administração pública). 
 
O segundo inciso, por seu turno, proíbe o estabelecimento de tratamento 
diferenciado entre empresas brasileiras e estrangeiras. 
O § 2º do art. 3º, todavia, mitiga o rigor desse último dispositivo, ao prescrever 
que, como critério de desempate, será dada preferência, sucessivamente, aos 
bens e serviços: 
 
1) produzidos no País; 
2) produzidos ou prestados por empresas brasileiras. 
3) produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no 
desenvolvimento de tecnologia no País. 
 
Embora não esteja na lei 8.666/93, o Estatuto Nacional da Microempresa e da 
Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar 123/2006) estabelece 
preferência na contratação pelo poder público para estas empresas. Estas 
regras estão contidas nos art. 42 a 49 da LC 123/2006. 
 
A Lei também proíbe a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços 
sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, 
salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o 
fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de 
administração contratada, previsto e discriminado no edital (art. 7o, § 5o). 
 
Vejam esta questão da FGV 
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ITEM 5. (FGV/FIOCRUZ/2010/DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL) 
Segundo o art. 3º da Lei n. 8.666/93, a licitação destina-se a garantir a observância do 
princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a 
Administração Pública, que será processada e julgada em estrita conformidade com os 
princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da 
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do 
julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 
O § 2º estabelece que, em igualdade de condições, como critério de desempate, será 
assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: 
 
I. produzidos no País; 
II. produzidos ou prestados por empresas brasileiras; 
III. produzidos ou prestados por empresas brasileiras que invistam em pesquisa e no 
desenvolvimento de tecnologia no País. 
 
Assinale: 
(A) se somente III estiver correto. 
(B) se somente I e II estiverem corretos. 
(C) se somente I e III estiverem corretos. 
(D) se somente II e III estiverem corretos. 
(E) se I, II e III estiverem corretos. 
 
Vejamos as alternativas: 
 
I. CERTO. É o primeiro critério de desempate contido no parágrafo 20 do 
art. 3. 
II. CERTO. É o segundo critério de desempate. 
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III. ERRADO. Muita atenção pessoal! O critério de desempate é para 
empresas que invistam em tecnologia no Brasil, BRASILEIRAS OU 
ESTRANGEIRAS. 
 
Sendo Assim, o gabarito é a alternativa B. 
2.4.	Sigilo	na	Apresentação	das	Propostas	
Determina o § 3º do art. 3º da Lei que a licitação “não será sigilosa, sendo 
públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao 
conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.” 
 
É norma de entendimento singelo. Como já vimos, o princípio da publicidade 
norteia o procedimento licitatório. Apenas quanto ao conteúdo das propostas 
ele é temporariamente excepcionado, uma vez que o conhecimento por parte 
de um concorrente acerca do teor da proposta de outro, antes de apresentar a 
sua, inevitavelmente traria sério prejuízo tanto para os demais licitantes quanto 
para a Administração. 
Constitui crime a violação do sigilo das propostas, sendo o agente público que o 
fizer ou possibilitar a terceiro, apenado com detenção de dois a três anos e 
multa, conforme art. 94 da lei. 
Em vista disso, impõe-se o sigilo do conteúdo das propostas até a abertura dos 
respectivos envelopes pela Comissão de licitação. A partir deste momento, o 
teor de cada proposta é de conhecimento público. 
 
2.5.	Vinculação	ao	Instrumento	Convocatório	
Segundo Hely Lopes Meirelles que o edital é a lei interna da licitação e, 
enquanto tal, vincula tanto os licitantes como a Administração que o expediu. 
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O art. 41 da Lei, no seu caput, dispõe a respeito: 
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se 
acha estritamente vinculada. 
Estas regras valem igualmente para a carta convite, instrumento convocatório 
da modalidade de licitação convite. 
 
 
ITEM 6. (FGV/2011/SEFAZ-RJ/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) 
A Comissão de Licitação de um órgão público estadual, em procedimento licitatório de Tomada 
de Preços, decidiu por inabilitar determinada licitante que havia descumprido norma editalícia 
pertinente à comprovação de sua habilitação jurídica para execução do objeto contratual. A 
decisão da Comissão de Licitação pauta-se no princípio setorial das licitações conhecido por 
 
 a) julgamento objetivo das propostas. 
 b) padronização. 
 c) vinculação ao instrumento convocatório. 
 d) lealdade processual. 
 e) instrumentalidade das formas. 
 
 
Pessoal, se o licitante não cumpre uma norma editalícia ele entra em desacordo 
com o princípio da vinculação ao instrumento convocatório, que é o edital. 
Portanto, o gabarito é a alternativa C. 
2.6.	Julgamento	Objetivo	
 
O art. 45 da Lei especifica o que deve entender-se como julgamento objetivo: 
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Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o 
responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os 
critérios previamente estabelecidos no ato convocatório, e de acordo com os fatores 
exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e 
pelos órgãos de controle. 
 
Desta forma, o julgamento objetivo das propostas vincula-seintimamente aos 
critérios de julgamento, definidos conforme o tipo de licitação adotado. O § 
1º do art. 45 estabelece quais são os tipos de licitação, aplicáveis a todas as 
modalidades de licitação com exceção do concurso. 
Nos seus termos, são assim considerados: 
 
1) a de menor preço: quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa 
para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a 
proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o 
menor preço; 
2) a de melhor técnica; 
3) a de técnica e preço; 
4) a de maior lance ou oferta – nos casos de alienação de bens ou concessão 
de direito real de uso. 
 
A doutrina ressalta o fato de que o tipo de licitação que mais se presta a um 
julgamento puramente objetivo é o de menor preço, ou, nas alienações 
(transferência de domínio de bens a terceiros), o de maior lance ou oferta. Já 
os tipos de licitação melhor técnica e técnica e preço dificilmente permitem um 
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julgamento puramente objetivo, fazendo-se presente, neste caso, uma certa 
dose de subjetivismo na escolha da proposta vencedora. 
2.7.	Adjudicação	Obrigatória	ao	Vencedor	
A adjudicação é o ato pelo qual a autoridade competente atribui ao 
vencedor da licitação o seu objeto. Não devemos confundir a adjudicação 
do objeto da licitação com a celebração do contrato a ele referente. A 
adjudicação é o ato unilateral pelo qual a Administração declara que, se for 
celebrar o contrato referente ao objeto da licitação, obrigatoriamente o fará 
com o licitante vencedor. A celebração do contrato, distintamente, é ato 
bilateral, pelo qual a Administração e o particular efetivamente dão formalizam 
o acordo concernente ao objeto da licitação. 
A adjudicação é ato vinculado, já que a Administração só poderá deixar de 
efetuá-la em caso de anulação do procedimento, por ilegalidade; ou sua 
revogação, em caso de interesse público decorrente de fato superveniente 
devidamente comprovado (Lei 8.666/93, art. 49). Ressalvados esses dois 
casos, o licitante vencedor tem direito a que lhe seja adjudicado o objeto da 
licitação. 
 
Já a celebração do contrato é ato discricionário, realizado pela Administração 
segundo seus exclusivos critérios de conveniência e oportunidade. Mesmo 
regular o procedimento licitatório e não ocorrido qualquer fato superveniente, 
ou seja, mesmo tendo se efetivado a adjudicação, a Administração, por 
intermédio da autoridade competente, pode simplesmente optar por não 
contratar. Esta posição não é pacífica na doutrina, mas é adotada pela maioria 
dos autores. Além disso, é possível que o próprio particular se recuse a firmar o 
acordo, mas nesse caso ficará sujeito às penalidades previstas na Lei 8.666/93, 
o que não ocorre com a Administração, que nessa mesma hipótese não sofre 
qualquer sanção. Para não deixar os licitantes sujeitos ao arbítrio da 
Administração, o art. 64, § 3º, fixa o prazo de sessenta dias, a contar da 
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entrega das propostas, para que a Administração resolva a respeito da 
contratação. Ultrapassado este prazo, ficam os licitantes liberados de qualquer 
compromisso. 
 
Apesar de não resultar necessariamente na celebração do contrato, a 
adjudicação, por si só, produz alguns efeitos, sendo o principal dentre eles a 
impossibilidade de a Administração, em se decidindo pela celebração do 
contrato, firmá-lo com outro licitante que não o vencedor da licitação, 
durante o prazo de validade da adjudicação. Outra consequência dela 
decorrente é a impossibilidade de se abrir nova licitação enquanto válida 
a adjudicação anterior. 
 
Segundo o art. 64, a Administração convocará o interessado para assinar o 
termo de contrato dentro do prazo e condições estabelecidos, sob pena de 
decair o seu direito à contratação, caracterizando a inércia do licitante 
descumprimento total das suas obrigações, sujeitando-o às penalidades da Lei. 
 
O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, 
quando solicitado pela parte antes do término do prazo inicial e desde que 
ocorra motivo justificado aceito pela Administração. 
 
Se o convocado não assinar o termo de contrato no prazo e condições 
estabelecidos, a Administração, discricionariamente, poderá convocar os 
licitantes remanescentes, segundo a ordem de classificação, para fazê-lo em 
igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro convocado, 
inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato 
convocatório. Poderá também a Administração, discricionariamente, decidir pela 
revogação da licitação. 
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ITEM 7. (CESPE/FUB/2010/ BIBLIOTECARIO) 
O vencedor de certame licitatório que, se convocado para celebrar o contrato, no prazo de 
validade de sua proposta, não o fizer, está sujeito às sanções administrativas previstas em 
legislação específica. 
 
Perfeito pessoal! É o que está disposto no art. 64 da lei 8.666/93, que vimos 
em aula. Sendo assim, a afirmativa está CERTA! 
2.8.	Competitividade	
A competitividade decorre da própria lógica do procedimento licitatório, que 
consiste exatamente numa disputa, numa competição sob condições iguais com 
vistas à escolha da proposta mais vantajosa para a Administração. 
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, a competitividade é princípio 
norteador da licitação pública. 
 
Por isto a vedação da realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços 
sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, 
salvo quando for tecnicamente justificável (art. 7o , parágrafo 5o). 
3.Fases	do	procedimento	Licitatório	
Podemos dividir o processo licitatório em duas fases: interna e externa. 
Na fase interna são realizadas as ações que possibilitarão a divulgação do 
edital, como o projeto básico, por exemplo. 
O art. 38, menciona em seu caput esta fase interna: 
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O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, 
devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, 
a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa 
 
 
A fase externa se inicia a partir da divulgação do processo licitatório, conforme 
o art. 43, que enumera os atos desta fase externa: 
 
Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes 
procedimentos: 
I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação dos 
concorrentes, e sua apreciação; 
II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as 
respectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação; 
III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, 
desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido 
desistência expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos; 
IV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, 
conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial 
competente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quais 
deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a 
desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis; 
V - julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de avaliação 
constantes do edital; 
VI - deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação do 
objetoda licitação. 
 
Além destes atos, nas concorrências acima de cento e cinqüenta milhões de 
reais há a exigência de que o processo licitatório seja iniciado com a realização 
de uma audiência pública. 
A seguir, tratamos dos diversos atos que compõem, ou podem compor, o 
procedimento licitatório. 
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3.1	Abertura	
 
O edital é a “lei interna” da licitação, sendo de observância obrigatória não só 
para os licitantes, mas também e principalmente para a Administração. Nele 
devem estar regulados todos os aspectos referentes à licitação. Além disso, é 
por meio do edital que, à exceção do convite, a Administração convoca os 
interessados em participar do certame. 
Segundo o art. 40, caput, o edital é numerado, em séries anuais, devendo 
conter o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime 
de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida pela Lei no 
8.666/1993, o local, dia e hora para recebimento da documentação e da 
proposta, bem como para o início da abertura dos envelopes. A seguir, nos 
diversos incisos do art. 40, são relacionadas todas as informações que devem 
obrigatoriamente constar no edital. 
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome 
da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o 
tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para 
recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos 
envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte: 
I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; 
II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, 
como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do contrato e para entrega do 
objeto da licitação; 
III - sanções para o caso de inadimplemento; 
IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico; 
V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o 
local onde possa ser examinado e adquirido; 
VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os arts. 27 a 31 
desta Lei, e forma de apresentação das propostas; 
VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos; 
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VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em 
que serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação 
e às condições para atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu 
objeto; 
IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, 
no caso de licitações internacionais; 
X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, 
permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, 
critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência, 
ressalvado o dispossto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48;; 
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de 
produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data 
prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se 
referir, até a data do adimplemento de cada parcela; 
XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou 
serviços que serão obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, 
etapas ou tarefas; 
XIV - condições de pagamento, prevendo: 
a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir da data final do 
período de adimplemento de cada parcela; 
b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a 
disponibilidade de recursos financeiros; 
c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do 
período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo 
pagamentod) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e 
descontos, por eventuais antecipações de pagamentos; 
e) exigência de seguros, quando for o caso; 
XV - instruções e normas para os recursos previstos nesta Lei; 
XVI - condições de recebimento do objeto da licitação; 
XVII - outras indicações específicas ou peculiares da licitação. 
O art. 21, por sua vez, trata da publicação do aviso resumido do edital, nos 
seguintes termos: 
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Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas 
de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição 
interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez: 
I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou 
entidade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras 
financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por 
instituições federais; 
II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar, 
respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública 
Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal; 
III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em 
jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o 
serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, 
conforme o vulto da licitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar 
a área de competição. 
§ 1o O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessados poderão 
ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a licitação. 
 
ITEM 8. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO – ENGENHARIA CIVIL) 
Qualquer modificação no edital de licitação após a sua publicação deve ser divulgada em pelo 
menos um jornal de circulação nacional. 
 
Pessoal, atenção! A regra instituída na lei 8.6693 fala sobre publicação em 
jornal diário de grande circulação no Estado ou no município, conforme o caso. 
Desta forma a afirmativa está ERRADA! 
 
 
 
ITEM 9.(FGV/2009/MEC/DOCUMENTADOR) 
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O edital de licitação, na modalidade concorrência, feito por órgão ou entidade da Administração 
Pública federal deve ser publicado, nos termos da Lei Federal nº 8666/93, obrigatoriamente: 
 
 a) no Diário Oficial do Estado 
 b) no Diário Oficial da União, somente. 
 c) no Diário Oficial do Estado e no Diário Oficial da União. 
 d) no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação no Estado. 
 e) no Diário Oficial do Estado ou no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande 
circulação no Estado. 
 
Pessoal, chave para matar a questão está no enunciado: trata-se de órgão da 
administração pública federal. Diz o art. 21: 
Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas 
de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição 
interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez: 
I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da 
Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou 
totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais. 
 
III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de 
circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, 
alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conformeo vulto da licitação, 
utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição. 
 
Portanto, pessoal, o gabarito é a alternativa D. 
 
A norma não se reporta ao pregão, modalidade licitatória regulada em 
separado das demais (Lei 10.520/2002). A ele se aplicam, em linhas gerais, as 
disposições constantes do artigo acima transcrito, cabendo-se ressaltar que a 
Lei 10.520/2002 permite à Administração, facultativamente, publicar o aviso do 
pregão em meio eletrônico. 
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A Lei 8.666/93, no art. 21, e a Lei 10.520/2002, no art. 4º, V, estabelecem os 
prazos mínimos a serem observados entre a divulgação do ato 
convocatório da licitação e a apresentação das propostas pelos 
interessados. O prazo, em qualquer caso, só tem início com a última 
publicação do edital resumido ou a expedição do convite, ou ainda a efetiva 
disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, preponderando 
sempre a data posterior. 
 
A antecedência mínima entre a divulgação do ato convocatório e a 
apresentação das propostas é, pois, de: 
 
1) quarenta e cinco dias para as modalidades: 
a) concurso; 
b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de 
empreitada integral ou quando a licitação for do tipo melhor técnica ou 
técnica e preço; 
2) trinta dias para as modalidades: 
a) concorrência, nos casos não especificados na letra b acima; 
b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo melhor técnica ou 
técnica e preço; 
3) quinze dias para as modalidades: 
a) tomada de preços, nos casos não especificados na letra b acima; 
b) leilão; 
4) cinco dias úteis para a modalidade convite; 
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5) oito dias úteis para a modalidade pregão. 
 
Quando for realizada alteração no edital, é obrigatória a divulgação pela mesma 
forma utilizada quanto ao texto original. Em regra, nesse caso será reaberto o 
prazo para a apresentação das propostas, a não ser que a alteração no edital 
em nada afete sua formulação. 
 
 
ITEM 10.(CESPE/STM/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO) 
Caso seja feita qualquer modificação no edital, deve-se divulgar a modificação, da mesma 
forma que foi divulgado o texto original, e reabrir-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto 
quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas. 
 
Como vimos em aula, quando for realizada modificação no edital, reabre-se o 
prazo de contagem inicial, exceção feita quando a alteração não afetar a 
formulação da proposta. 
A afirmativa, portanto está CERTA! 
 
 
ITEM 11. (FGV/2010/PC-AP/DELEGADO DE POLÍCIA) 
Após a devida publicação do aviso contendo o resumo do edital de uma licitação na modalidade 
concorrência, do tipo técnica e preço, o administrador público estadual poderá realizar o 
certame, de acordo com a Lei Federal 8666/93, no prazo de: 
 
 a) 8 (oito) dias úteis. 
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 b) 10 (dez) dias. 
 c) 15 (quinze) dias. 
 d) 30 (trinta) dias. 
	e)	60	(sessenta)	dias.	
 
Pessoal, boa questão esta! O gabarito é a alternativa E. Por quê? Vejam que 
a lei 8.666 estabelece que o prazo mínimo entre a publicação do edital e a 
realização do certame na modalidade concorrência, do tipo técnica e preço é de 
45 dias. Ora, não há prazo máximo. Se a administração decidir realizar o 
certame em 90 dias ou 60 dias ela poderá fazê-lo. Sendo assim, a única 
alternativa que se encaixa no requisito legal é a alternativa E, 60 dias. 
3.2	Habilitação	dos	Licitantes	
 
A fase de habilitação destina-se a aferir se o interessado em firmar um 
contrato com a Administração possui os requisitos necessários para a 
adequada execução de seu objeto. Esta etapa, salvo no pregão, ocorre em 
momento anterior ao da análise das propostas. Na verdade, o envelope 
contendo a proposta do licitante considerado inabilitado pela comissão de 
licitação nem mesmo é aberto, sendo-lhe devolvido lacrado. 
 
Com a exigência de habilitação objetiva a Administração assegurar a 
adequada execução do objeto contratado, o que seria posto em risco caso 
o licitante vencedor não dispusesse de condições para cumprir a contento suas 
obrigações. Este fim – a garantia do cumprimento do contrato – determina 
quais as exigências que podem ser feitas ao licitante, vedando a Lei 8.666/93 
todas aquelas desnecessárias ou inúteis frente a tal finalidade. 
Podemos entender a habilitação como a fase subjetiva da licitação, quando são 
analisadas as condições pessoais dos interessados em contratar com a 
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Administração. Ultrapassada ela, segue-se a fase objetiva, em que são 
analisadas as propostas dos concorrentes cujas condições de habilitação foram 
reconhecidas pela Administração. 
 
O art. 27 da Lei prescreve que só pode ser exigido do candidato, para 
comprovar sua habilitação, documentação concernente a: 
- habilitação jurídica; 
- qualificação técnica; 
- qualificação econômico-financeira; 
- regularidade fiscal; 
- cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição (que 
veda o trabalho noturno, perigoso ou insalubre ao menor de 18 anos, e de 
qualquer trabalho ao menor de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir 
dos 14 anos). 
 
Tal documentação sempre é exigida no caso de tomada de preços ou 
concorrência, ressalvada a hipótese de fornecimento de bens para pronta 
entrega. Pode ser ela dispensada, no todo ou em parte, nos casos de convite, 
concurso ou leilão. 
 
Após a fase de habilitação o licitante não pode mais desistir da proposta 
apresentada, salvo em função de fato superveniente considerado pela 
Administração como motivo justo para a desistência (art. 43, § 6º). 
A Administração, de forma similar, não poderá, uma vez ultrapassada a fase de 
habilitação e abertas as propostas, desclassificar o licitante em função de 
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problemas com sua documentação, salvo em razão de fatos supervenientes 
ou só conhecidos após o julgamento das propostas (art. 43, § 5º). 
Como a inabilitação acarreta a exclusão do interessado da licitação, o recurso 
interposto contra ela possui efeito suspensivo. 
A documentação exigência para a habilitação está elencada nos art. 28 a 31 da 
Lei de Licitações. 
O art. 28, acerca da documentação concernente à habilitação jurídica, dispõe 
nos seguintes termos: 
Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o caso, consistirá 
em: 
I - cédula de identidade; 
II - registro comercial, no caso de empresa individual; 
III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, 
em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades por ações, 
acompanhado de documentos de eleição de seus administradores; 
IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de 
prova de diretoria em exercício; 
V - decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em 
funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para funcionamento 
expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir. 
Quanto à documentação exigida para a comprovação da regularidade fiscal, a 
mesma encontra-se prescrita no art. 29 da Lei 8.666/93, nos seguintes termos: 
Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal, conforme o caso, consistirá 
em: 
I - prova de inscrição no Cadastrode Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Geral de 
Contribuintes (CGC); 
II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se 
houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de 
atividade e compatível com o objeto contratual; 
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III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do 
domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei; 
IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por 
Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no cumprimento dos 
encargos sociais instituídos por lei. 
Há regras mais favoráveis para as Micro e Pequenas empresas, elencadas pela 
Lei Complementar 123/2006, ns art. 42 e 43. 
Quanto à documentação exigida para a comprovação da qualificação técnica 
(art. 30): 
Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a: 
I - registro ou inscrição na entidade profissional competente; 
II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível 
em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das 
instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a 
realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos 
membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos; 
III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos, e, 
quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das 
condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação; 
IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso. 
 
ITEM 12. (CESPE/FUB/2010/ BIBLIOTECARIO) 
Na fase de habilitação de uma licitação, a qualificação técnica do licitante é verificada mediante 
comprovação da inscrição do licitante no órgão de classe correspondente. 
 
Esta é um dos itens referentes à qualificação técnica, enumerada no art. 30 da 
lei 8.666/93. Desta forma a afirmativa está CERTA! 
 
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Por fim, quanto à documentação exigida para a comprovação da qualificação 
econômico-financeira, reza o art. 31: 
Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a: 
I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, já 
exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação financeira 
da empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços provisórios, 
podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrado há mais de 3 
(três) meses da data de apresentação da proposta; 
II - certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo distribuidor da sede 
da pessoa jurídica, ou de execução patrimonial, expedida no domicílio da pessoa 
física; 
III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1o do 
art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da 
contratação. 
Nos termos do art. 32, caput, os documentos necessários à habilitação poderão 
ser apresentados em original, por qualquer processo de cópia autenticada por 
cartório competente ou por servidor da administração ou publicação em órgão 
da imprensa oficial. O § 5º do mesmo artigo, por sua vez, veda a exigência de 
recolhimento de taxas ou emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do 
edital, quando solicitado, com os seus elementos constitutivos, limitados ao 
valor do custo efetivo de reprodução gráfica da documentação fornecida. 
 
 
ITEM 13. (CESPE/STM/2010/ ANALISTA JUDICIARIO-AREA ADMINISTRATIVA) 
No processo licitatório, a desistência de proposta após a fase de habilitação só é permitida por 
motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela comissão de licitação. 
 
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Pessoal é exatamente o que diz o art. 43, § 6º. Depois da fase de habilitação, o 
licitante não pode desistir da proposta, exceto se a comissão de licitação julgar 
justo o motivo. Portanto, a afirmativa está CERTA! 
 
Aos concorrentes inabilitados cabe recurso, conforme expressa o art. 109: 
Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem: 
I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da 
lavratura da ata, nos casos de: 
a) habilitação ou inabilitação do licitante; 
b) julgamento das propostas; 
§ 1o A intimação dos atos referidos no inciso I, alíneas "a", "b", "c" e "e", deste 
artigo, excluídos os relativos a advertência e multa de mora, e no inciso III, será 
feita mediante publicação na imprensa oficial, salvo para os casos previstos nas 
alíneas "a" e "b", se presentes os prepostos dos licitantes no ato em que foi 
adotada a decisão, quando poderá ser feita por comunicação direta aos 
interessados e lavrada em ata. 
§ 2o O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo terá efeito 
suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões 
de interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais 
recursos. 
§ 3o Interposto, o recurso será comunicado aos demais licitantes, que poderão 
impugná-lo no prazo de 5 (cinco) dias úteis 
3.3.	Julgamento	das	Propostas	
 
Superada a fase de habilitação, os licitantes nela qualificados terão suas 
propostas julgadas pela Comissão de licitação. 
O Julgamento consiste no confronto das propostas, classificação das propostas 
e determinação do vencedor, ao qual deverá ser adjudicado o objeto da 
licitação. 
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O julgamento das propostas terá por base os critérios objetivos definidos no 
edital ou convite, conforme o tipo de licitação adotado, sendo vedada: 
 
1º) a utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso, secreto, 
subjetivo ou reservado que possa, de qualquer forma, violar o princípio da 
igualdade entre os licitantes; 
 
2º) a consideração de qualquer oferta ou vantagem não prevista no edital ou 
no convite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido, e preço 
ou vantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes. 
 
Podemos dividir a etapa de julgamento em duas sub-fases: verificação da 
conformidade das propostas com os requisitos do edital, sendo desclassificadas 
as não conformes; e classificação das propostas restantes, conforme critérios 
do edital. 
 
Os artigos 48 e 44, § 3º, por sua vez, estabelecem que serão desclassificadas 
as propostas: 
 
1) que não atendam às exigências do ato convocatório da licitação (edital ou 
carta-convite, conforme o caso); 
2) com valor global em patamar superior ao limite estabelecido, quando a 
Administração fixar preço máximo para a contratação; 
3) com preços manifestamente inexequíveis, assim considerados aqueles 
que não comprovarem sua viabilidade por meio de documentação 
comprobatória de que os custos dos insumos são coerentes com os do mercado 
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e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do 
objeto do contrato; 
4) com preços global ou unitário simbólicos ou de valor zero, 
incompatíveis com os preços dos insumos e salários do mercado, acrescidos dos 
respectivos encargos (na verdade, esta hipótese está incluída na terceira); 
 
Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem 
desclassificadas, a Administração poderá,a seu critério, estabelecer para os 
licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova 
documentação ou de outras propostas sem as irregularidades anteriormente 
apuradas (no caso de convite esse prazo pode ser reduzido para três dias 
úteis). Mantendo-se inalterada a situação, será admitida a adjudicação direta 
dos bens ou serviços (hipótese de licitação dispensável), por valor não superior 
ao constante do registro de preços, ou dos serviços (art. 48, § 3o, e 24, VII). 
 
3.4.	Homologação	e	Adjudicação	ao	Vencedor	
 
O julgamento das propostas dos licitantes e a escolha, dentre elas, da 
vencedora, encerra o trabalho da comissão de licitação. Após isso, os autos do 
processo são remetidos à autoridade competente para a homologação da 
licitação e a adjudicação de seu objeto ao licitante vencedor. 
Se houver irregularidades no julgamento ou em momento a ele anterior a 
autoridade não procederá à sua homologação. Deve, então, devolver o processo 
à comissão para novo julgamento, corrigido o vício anterior. Se isso não for 
possível, a autoridade deve determinar a anulação dos atos do procedimento 
posteriores ao surgimento do vício, retornando-se a partir daí o trâmite regular 
da licitação. 
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Se homologado o procedimento pela autoridade competente, deve esta 
adjudicar seu objeto ao licitante vencedor. Com a adjudicação encerra-se o 
procedimento de licitação. 
 
 
ITEM 14. (CESPE/STM/2010/TÉCNICO JUDICIÁRIO-AREA ADMISTRATIVA) 
Após a homologação de licitação, ocorre a adjudicação, que consiste na atribuição, ao vencedor 
da licitação, do objeto da contratação. 
 
Perfeito Pessoal! Após a homologação temos a adjudicação que é a atribuição 
ao vencedor do objeto da contratação. É o direito de, caso a administração 
decida contratar, que o vencedor poderá assinar o contrato. Sendo assim, a 
afirmativa está CERTA! 
 
4.	Modalidades	de	Licitação	
 
De acordo com a Lei 8.666/93, a contratação de compras, obras e serviços 
pelos entes administrativos pode ser efetuada sob três modalidades de 
licitação: concorrência, tomada de preços e convite. 
 
Além destas, temos como modalidades de licitação o concurso, utilizado para a 
contratação de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a 
estipulação de prêmios ou remuneração aos vencedores; o leilão, que é 
modalidade de licitação pela qual a Administração realiza a venda de bens 
móveis inservíveis, produtos legalmente apreendidos ou penhorados e 
bens imóveis integrados ao patrimônio público por meio de 
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procedimento judicial ou dação em pagamento; e o pregão, modalidade 
de licitação instituída pela Medida Provisória 2.026/2000 a atualmente regulada 
na Lei 10.520/2002, destinada à aquisição de bens e serviços comuns, 
qualquer que seja o valor estimado da contratação. 
Quanto às três primeiras modalidades de licitação aqui referidas – a 
concorrência, a tomada de preços e o convite -, são elas hierarquizadas na Lei 
8.666/93 a partir de dois critérios objetivos: o valor estimado do contrato e 
a complexidade do procedimento licitatório. 
 
É importante enfatizar que é expressamente vedada a criação de outras 
modalidades de licitação ou a combinação das modalidades referidas, segundo o 
art. 22, parágrafo 8o da lei 8.666/93. Esta, no entanto, é uma vedação dada à 
Administração Pública. O entendimento é que o legislador pode criar novas 
modalidades de licitação, como foi o caso do pregão. 
 
ITEM 15. (CESPE/PREVIC/2010/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CONTABILIDADE) 
O gestor público, mesmo visando maior garantia de concorrência e lisura entre os possíveis 
interessados, não pode combinar as modalidades de licitação existentes para torná-las mais 
eficientes e eficazes. 
 
Como vimos, a combinação das modalidades de licitação é proibida pela lei 
8.666/93. Assim, a afirmativa está CERTA! 
 
Vejamos as modalidades de licitação. 
 
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4.1	Concorrência	
 
Esta é a mais complexa das modalidades de licitação, pode ser utilizada para 
contratação de obras e serviços de qualquer valor. É a modalidade exigida para 
celebração de contratos de concessão, para os contratos de parcerias público-
privadas, para compra de imóveis e para a alienação de imóveis públicos (regra 
geral), para a concessão de direito real de uso (regra geral) e para as licitações 
internacionais (regra geral) 
A definição legal de concorrência consta no art. 22, § 1º, da Lei 8.666/93: 
 
§ 1º Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na 
fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de 
qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. 
 
Uma das características da concorrência é a fase de habilitação preliminar, 
após a abertura do procedimento. Além desta, a outra característica básica da 
concorrência é sua ampla publicidade. 
 
ITEM 16. (CESPE/FUB/2010/ BIBLIOTECARIO) 
Para que possa participar de licitação na modalidade concorrência, o licitante deve ser 
cadastrado até três dias úteis antes da habilitação preliminar. 
 
Pessoal este é o requisito para a Tomada de Preços. Vimos na modalidade 
Concorrência que a habilitação é preliminar à abertura dos procedimentos, ou 
seja, logo após a publicação do resumo do edital. Sendo assim, a afirmativa 
está ERRADA! 
 
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Há diversas hipóteses na Lei 8.666/93 em que a utilização da concorrência é 
obrigatória. São elas: 
 
1) obras e serviços de engenharia cujo valor estimado ultrapasse R$ 
1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), segundo o art. 23, I, c; 
2) compras e serviços que não sejam de engenharia cujo valor estimado seja 
superior a R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais), de acordo com o 
ar. 23, II, c; 
3) compra e alienação de bens imóveis, independente do seu valor, ressalvados 
os imóveis adquiridos mediante procedimento judicial ou dação em pagamento, 
que podem ser alienados, por concorrência ou leilão (art. 23, § 3º) 
4) concessões de direito real de uso (art. 23, § 3º); 
5) licitações internacionais, com exceção dos casos em que pode ser utilizada a 
tomada de preços ou o convite (art. 23, § 3º), de acordo com o valor estimado 
do contrato; 
 
6) alienação de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em valor 
superior a R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais), conforme o 
disposto no art. 17, § 6º. Se de valor igual ou inferior, os bens poderão ser 
licitados por leilão; 
 
ITEM 17. (CESPE/PREVIC/2010/ ANALISTA ADMINISTRATIVO/CONTABILIDADE) 
É possível ao gestor público realizar concorrência para aquisição de um bem de valor inferior a 
R$ 50.000,00. 
 
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Pessoal, a modalidade de licitação Concorrência é a mais complexa de todas as 
modalidades e pode ser utilizada para aquisição de qualquer bem ou serviço. 
Mesmo podendo usar modalidades que tornariam o processo mais célere, nada 
impede que a administração use a modalidade concorrência. Portanto a 
afirmativa está CERTA. 
 
 
ITEM 18. (CESPE/STM/2010/CONHECIMENTOS BÁSICOS - ANALISTA JUDICIÁRIO) 
A aquisição de bens e serviços mediante registro de preços deve ser realizada por meio de 
tomada de preços ou convite, conforme o valor do bem ou serviço. 
 
O sistema de registro de preços foi previsto no art. 15 da lei 8.666/93 eregulamentado pelo Decreto 3931 de 2001. 
Diz o referido decreto que Sistema de Registro de Preços ( SRP) é “um conjunto 
de procedimentos para registro formal de preços relativos à prestação de 
serviços e aquisição de bens, para contratações futuras”. 
O art.. 3º diz que “a licitação para registro de preços será realizada na 
modalidade de concorrência ou de pregão, do tipo menor preço, nos termos das 
Leis nos 8.666, de 21 de julho de 1993, e 10.520, de 17 de julho de 2002, e 
será precedida de ampla pesquisa de mercado”. 
 
A metodologia para elaboração de um processo de licitação para Registro de 
Preços, deve ser a seguinte: 
 
1. Levantar o histórico de consumo dos itens de material ou serviço a serem 
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registrados; 
2. Selecionar os itens a terem preços registrados; 
3. Definir os quantitativos dos itens a serem licitados, estimando o seu 
consumo para o prazo de vigência do Registro de Preços; 
4. Atualizar as especificações dos itens selecionados; 
5. Compor processo administrativo e encaminhá-lo para licitação. . 
O prazo para manter registrados os preços dos materiais ou serviços é de até 
12 meses, contados a partir da data de assinatura da Ata de Registro de Preços, 
podendo ser revisados a cada 90 dias. 
A administração não tem obrigação de contratar com os fornecedores 
vencedores do registro de preços, pois é previsto no Edital de licitação que as 
quantidades licitadas representam estimativas de consumo 
 
Portanto, a afirmação está ERRADA! 
 
4.2.	Tomada	de	Preços	
 
O art. 22, § 2º, da Lei 8.666/93, define tomada de preços como “a 
modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que 
atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia 
anterior à data de recebimento das propostas, observada a necessária 
qualificação”. 
Conclui-se, portanto, que a tomada de preços comporta duas espécies de 
participantes: os cadastrados, que já comprovaram em momento anterior ao 
da licitação o preenchimento dos requisitos previstos no edital para a execução 
do contrato; e os não cadastrados, que têm a oportunidade de apresentar a 
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documentação comprobatória em até três dias da data determinada para o 
recebimento das propostas. 
A tomada de preços é utilizada para a celebração de contratos relativos a obras, 
serviços e compras de menor vulto do que os que exigem a concorrência. Seu 
procedimento é basicamente idêntico ao da concorrência, diferenciado-se 
principalmente pela possibilidade de não haver fase de habilitação no 
procedimento, o que ocorre quando dele participam somente licitantes 
cadastrados, que já comprovaram antecipadamente os requisitos de habilitação. 
De qualquer forma, como vimos, mesmo os não cadastrados previamente 
têm oportunidade de participar da tomada de preço, desde que se inscrevam 
até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, e comprovem 
possuir as condições de qualificação exigidas no edital. Em vista disso, 
considera-se que também se aplica à tomada de preços o princípio da 
universalidade, pois todos que comprovarem possuir os requisitos de 
habilitação dentro do prazo legal poderão participar da licitação. A tomada de 
preços é modalidade de licitação passível de utilização nas seguintes hipóteses: 
 
1) obras e serviços de engenharia cujo valor estimado seja de até R$ 
1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); 
2) compras e outros serviços cujo valor estimado seja de até R$ 650.000,00 
(seiscentos e cinqüenta mil reais); 
3) nas licitações internacionais, quando o órgão ou entidade dispuser de 
cadastro internacional de fornecedores e desde que o valor estimado do 
contrato a ser celebrado esteja dentro dos limites de valor estabelecidos acima. 
 
 
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ITEM 19. (CESPE/STM/2010/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO) 
Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu 
objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade 
administrativa responsável pelo certame. 
 
Pessoal, esta é a definição da modalidade de licitação Convite. Tomada de 
preços é modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados 
ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o 
terceiro dia anterior à data de recebimento das propostas, observada a 
necessária qualificação. 
 
Portanto a afirmativa está ERRADA! 
4.3.	Convite	
 
Segundo ensinamentos de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino: 
Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao 
seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo 
de três pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia 
do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na 
correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com 
antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas. 
 
Já vimos que o instrumento de convocação utilizado na modalidade convite é a 
carta-convite, enviada diretamente aos interessados. É interessante notar que a 
Lei fala, num primeiro momento, em interessados cadastrados ou não, para o 
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fim de ser enviada a carta-convite. No caso do convite não há publicação em 
diário oficial, mas é necessário, além do envio da carta-convite aos 
interessados, afixação de cópia do instrumento em local apropriado para que os 
demais cadastrados não originalmente convidados possam participar, 
habilitando-se até 24 horas antes do prazo para entrega das propostas (esta 
possibilidade de que aqueles que não foram convidados possam habilitar-se até 
24 horas antes do prazo para entrega das propostas alcança somente os 
interessados cadastrados!). 
 
ITEM 20. (CESPE/PREVIC/2010/ ANALISTA ADMINISTRATIVO/CONTABILIDADE) 
Para participar da modalidade de licitação denominada convite, os participantes devem ser 
prévia e formalmente convidados pela administração pública. 
 
Atenção pessoal! Na modalidade convite a participação é assegurada a todos os 
cadastrados, mesmo que não tenham recebido convite, desde que manifestem 
interesse com 24 horas de antecedência da realização do certame. Para isto a 
Administração de vê providenciar a divulgação da licitação. Portanto, a 
afirmativa está ERRADA! 
 
No convite há, assim, dois tipos de participantes: os convidados pela 
Administração, que podem ser cadastrados ou não; e os não convidados, 
necessariamente cadastrados, que demonstrarem seu interesse com 
antecedência de até vinte e quatro horas da apresentação das propostas (Lei 
8.666, art. 22, § 3º). 
A diferença, portanto, entre os convidados e os não convidados, é que aqueles 
não têm sua participação na licitação condicionada ao prévio 
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cadastramento; ao contrário destes, que só podem ingressar na disputa 
quando previamente cadastrados. 
Das diversas disposições da Lei 8.666/93 a respeito do convite, três cabem ser 
ressaltadas: 
1ª) o convite tem que ser feito a pelo menos três possíveis interessados, 
salvo quando, no lugar de realização da licitação não houver este número de 
pessoas físicas ou jurídicas atuantes na área objeto do contrato, ou, 
independentemente deste fato, quando houver manifesto desinteresse dos 
possíveis convidados. Neste caso,devidamente justificada a ocorrência de uma 
dessas circunstâncias, é admissível o envio do convite a menos de três pessoas 
(art. 22, § 7º); 
2º) se existirem na praça mais de três possíveis interessados, a cada novo 
convite para objeto idêntico ou similar é obrigatório o convite a, pelo menos, 
mais um interessado, enquanto houver cadastrados que não tenham sido 
convidados em licitações anteriores (art. 22, §6º); 
3º) as diversas modalidades de licitação são realizadas, em regra, por uma 
Comissão de licitação, permanente ou especial. Em se tratando de convite, nas 
pequenas unidades administrativas em que houver carência de pessoal, poderá 
o procedimento ser realizado por um servidor formalmente designado pela 
autoridade competente (art. 51, § 1°). 
O convite pode ser utilizado nas seguintes hipóteses: 
1) obras e serviços de engenharia cujo valor estimado seja de até R$ 
150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais); 
2) compras e outros serviços cujo valor estimado seja de até R$ 80.000,00 
(oitenta mil reais); 
3) nas licitações internacionais, quando não houver fornecedor do bem ou 
serviço no Brasil, observados os limites de valor acima indicados. 
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Em se tratando de consórcios públicos, os limites de uso das modalidades 
concorrência, tomada de preços e convite são duplicados, e, no caso de 
consórcios formados por três ou mais entes políticos, triplicados. 
 
Vejam abaixo um mapa mental das três modalidades de licitação vistas acima 
 
 
4.4.	Concurso	
 
Segundo o art, 22, § 4º, concurso “é a modalidade de licitação entre quaisquer 
interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a 
instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios 
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constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 
45 dias”. 
 
Em regra as comissões de licitação são compostas por no mínimo 03 membros, 
sendo que ao menos 02 deles servidores pertencentes aos quadros 
permanentes do órgão ou entidade responsável pela licitação (art. 51, caput). 
No concurso essa regra é excepcionada, pois o julgamento é feito por uma 
comissão especial, formada por pessoas com conduta ilibada e comprovado 
conhecimento da matéria objeto do certame, independente do fato de serem 
servidores públicos (art. 51, § 5º). 
 
Ao concurso não se aplicam os tipos de licitação fixados no art. 45 da Lei, 
pois nessa modalidade de licitação o vencedor recebe um prêmio ou 
remuneração, previamente estipulado pela Administração. Não há nessa 
modalidade, portanto, proposta de preço. 
 
É válido ressaltar, ainda, o art. 13, § 1º, da Lei, o qual dispõe que “os contratos 
para a prestação de serviços técnicos profissionais especializados 
deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de 
concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração”. 
4.5.	Leilão	
 
A última modalidade de licitação prevista na Lei 8.666/93, em seu art. 22, § 5º, 
é o leilão, passível de utilização para a venda, a qualquer interessado que 
oferecer o maior lance, desde que superior ao valor da avaliação, de: 
 
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1º) bens móveis inservíveis para a Administração; 
 
2º) produtos legalmente apreendidos ou penhorados; 
3º) bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de 
procedimentos judiciais ou de dação em pagamento. 
 
Essa modalidade de licitação é tratada no art. 53 da Lei, sob os seguintes 
termos:: 
Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela 
Administração, procedendo-se na forma da legislação pertinente. 
§ 1o Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela Administração para 
fixação do preço mínimo de arrematação. 
§ 2o Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual estabelecido no 
edital, não inferior a 5% (cinco por cento) e, após a assinatura da respectiva ata 
lavrada no local do leilão, imediatamente entregues ao arrematante, o qual se 
obrigará ao pagamento do restante no prazo estipulado no edital de convocação, sob 
pena de perder em favor da Administração o valor já recolhido. 
§ 3o Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à vista poderá ser feito em 
até vinte e quatro horas. 
§ 4o O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, principalmente no município 
em que se realizará. 
 
4.6.	Pregão	
 
Pregão é modalidade de licitação com finalidade taxativamente estabelecida: 
aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor 
estimado da contratação. 
 
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Inicialmente restrita a nova modalidade à esfera federal, foi ela ampliada para 
todos os demais entes federativos: Estados, Municípios e Distrito Federal. 
 
A Lei 10.520/2002 regula essa sexta modalidade de licitação. 
O pregão apresenta diversas características peculiares, em comparação com as 
demais modalidades de licitação. Arrolamos a seguir aquelas que reputamos as 
mais importantes: 
 
1ª) o pregão destina-se à aquisição de bens e serviços comuns, assim 
entendidos aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser 
objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no 
mercado (art. Art. 1º, parágrafo único, da Lei 10.520/2002); 
2ª) o pregão pode ser utilizado para qualquer valor de contrato; 
3ª) no pregão há uma inversão das fases do procedimento, com a 
habilitação ocorrendo após o julgamento das propostas. Nas demais 
modalidades de licitação a habilitação, quando realizada, é sempre anterior ao 
julgamento, não sendo nem mesmo abertas as propostas dos licitantes 
considerados inabilitados. Já no pregão analisa-se inicialmente as propostas de 
preço, abre-se espaço para lances verbais, até se chegar à eleição da melhor 
proposta. Apenas após tal escolha é que se analisa se o eleito possui realmente 
as condições exigidas no edital; 
 
Cabe ressaltar que esta inversão da etapa de habilitação e julgamento também 
pode ocorrer para as concorrências que precedam contratos de PPP e contratos 
de concessão de serviços públicos. No entanto, enquanto no pregão a inversão 
é obrigatória, nas referidas concorrências este é um critério exclusivo da 
administração. 
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4ª) o pregão é realizado por um servidor denominado pregoeiro, que conta 
com o auxílio de uma Comissão de apoio. Não há uma comissão de licitação 
(um órgão colegiado), como nas demais modalidades de licitação, pois as 
competências decisórias relacionadas às fases de habilitação e julgamento são 
próprias e exclusivas do pregoeiro; 
5ª) Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino expõe didaticamente a sistemática do 
pregão, afirmando que o procedimento “é realizado mediante propostas e 
lances em sessão pública. O autor da oferta de valor mais baixo e os das 
ofertas com preços até dez por cento superiores a ela poderão fazer novos 
lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor, sempre pelo 
critério menor preço. Não havendo pelo menos três ofertas com diferença de 
até dez por cento em relação à mais baixa, poderão os autores das melhores 
propostas, até o máximo de três, oferecer novos lances verbais e sucessivos, 
quaisquer que sejam os preços oferecidos. Examinada a proposta classificada 
em primeiro lugar, quanto ao objeto e valor, caberá ao pregoeiro decidir 
motivadamente a

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