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(não-invasiva e invasiva) − Essa ventilação substitui totalmente ou parcialmente a atividade ventilatória. − Quando pcte tá em apneia, sedado, bloqueado, etc – Por isso é necessário. − O aparelho empurra ar para dentro dos pulmões, por isso é pressão positiva − Pcte pode auxiliar ou não a atividade ventilatória. Formas de aplicação: Não invasiva: − Uso de mascaras (deve estar intimamente aderida a face do pcte, não apenas um cateter ou nebulização); − Mascara orofacial e facial total são muito usadas na IRA − Mascara orofacial, facial total e helmet (capacete), nasal (é mais leve, muito usada para apneia do sono) − Helmet no covid é superior ao cateter de alto fluxo. Invasiva: − 99.9% dos casos exigem intubação orotraqueal (IOT). Tem um tubo orotraqueal onde em uma extremidade se coloca o ventilador e a outra fica 1/2cm acima da carina da traqueia (é avaliado em Rx de torax pós intubação), bem posicionado há MV. Há um balonete que quando insuflado fica intimamente grudado na parede da traqueia, sua função é evitar o escape de ar e dar estabilidade para o tubo, é insuflado pelo caf(?) – 30cmH20, é graduado pelo aparelho. − No tubo há marcações que devem ser vistas para saber se o tubo mudo de posição − Também pode ser aplicado pela cricotireodostomia (não é traqueostomia), é um corte na membrana tireoide – é um procedimento de emergência (edema de laringe, trauma de face, etc) quando não é possível passar tubo orotraqueal, não é muito usado − Traqueostomia: Não é de emergência, é eletivo, indicado quando pcte fica mais de 2 semanas intubado – ventilação mecânica prolongado – se indica para evitar lesões orotraqueais. Região da fúrcula esternal. A cânula tem o caf e o balonete. Em casos o pcte pode estar com traqueo já na primeira semana, a equipe avalia a necessidade. Fases do ciclo ventilatório: − Fase 1: Fase inspiratória, quando o ar é empurrado para interior dos pulmões. − Fase 2: Transição da inspiração para expiração – Ciclagem. − Fase 3: Fase expiratória, quando o ar passivamente sai do interior dos pulmões. − Fase 4: Transição da expiração para inspiração – Disparo, trigger ou sensibilidade. Conceito: Disparo: − Como se dará o início da (um novo ciclo) inspiração Disparo fisiológico: − Centro respiratório (no bulbo) e vai até diafragma, 12-20 RPM − Quando pcte vai intubado, é pode ter pedido esse disparo fisiológico, logo, no ventilador mecânico deve ter um mecanismo para substituir (total ou parcial) esse disparo fisiológico. No ventilador: Disparo por tempo: − A cada X segundos ele vai disparar automaticamente. Depende da quantidade graduada pelo fisio. O pcte perdeu totalmente o fisiológico, por doença ou por sedação. Ex: Graduei 15, portanto, 15 vezes por minuto o ventilador vai disparar, sem que o pcte se esforce, por isso é por tempo. Disparo por fluxo e pressão: − O pcte já consegue iniciar a inspiração, um pequeno esforço, em seguida o ventilador dispara e empurra ar para os pulmões. É necessário o início pelo pcte. Disparo “Neural”: − Não é tão usado, sistema invasivo. Um cateter (colocado no estomago) verifica atividade elétrica do diafragma. Reduz o esforço inicial do pcte, usado em ventilação NAVA. Alto custo. Ciclagem dos ventiladores: − Representa a transição entre inspiração e expiração. Como se dará o encerramento da inspiração. O ventilador estará empurrando ar para dentro dos pulmões, mas em um dado momento precisa para der jogar ar para que o pcte possa expirar. Ciclagem por volume: − No ventilador graduamos um VC (400ml por ex), após entregar esse volume, o ventilador encerra a inspiração. Muito usado em VCV (ventilação controlada por volume) Ciclagem por tempo: − Graduamos um tempo de inspiração (TI), 1segundo por ex, durante esse tempo o ventilador empurra ar para os pulmões, chegando a final desse tempo, se encerra a inspiração e pcte pode expirar. Muito usado em PCV (Ventilação controlada por pressão) Ciclagem por fluxo: − Encerra-se a inspiração ao atingir 25% do pico de fluxo. Ou seja, o pcte está inspirando (ajudado pelo ventilador), num dado momento se atinge o pico de fluxo (100% - velocidade máxima), ainda inspirando esse fluxo vai caindo, onde ao chegar ao 25% do pico, se encerra a ajuda do ventilador e o pcte expira. Muito usado na PSV (ventilação por pressão suporte, invasiva ou não) − 25% é um valor padrão, mas pode ser modificado Ciclagem por pressão: − Não é mais usado, usado no birdmark 7 (ventilava bem pcte sem problemas pulmonares, como pctes neurológicos), não funciona bem em pctes com baixa complacência, aumento de resistência de via aérea − Se gradua a pressão (30) ao atingir valor de pressão, podendo pcte expirar. Em pctes respiratórios, 30 de pressão é atingido precocemente, portanto não gera volume corrente − É mais usado para exercícios respira- tórios expansivos. ✓ Esses conceitos servem para ventilação invasiva e não invasiva − Utiliza-se interface (máscara) intima- mente aderida a face para pressurizar a via aérea do pcte; − Aplicação de pressão positiva de forma não invasiva; − Utilização da CPAP é desde 1930, onde era utilizada em pcte com IRA; − De 1930-1980 se desenvolveu a invasiva, portanto a não invasiva ficou meio abandonada, há um vácuo na literatura. − Sulivan em 1980, fundamentou CPAP na apneia do sono − 1990 ficou marcada pelo uso da VNI em pcte IRA (dpoc, asma, edema agudo) e evolução dos ventiladores mecânicos. Passou a ter VNI e VMI no mesmo ventilador Modalidades de VNI: CPAP − Pressão positiva continua nas vias aéreas: Pressão sempre será a mesma ao inspirar e expirar. Ex: Se CPAP é 10cmH2O, ao inspirar é 10 e expirar também 10. − Nos aparelhos é possível aplicar de 4- 20cmH2O de pressão, mas acima de 10 é mais desconfortável para o pcte, ainda é possível aplicar dependendo do caso. “Modalidade de VNI” entre aspas mesmo, pois é uma variação da CPAP: Auto-CPAP − idealizada para apneia obstrutiva do sono, para pctes que não se adaptam − com CPAP − No aparelho se gradua uma pressão mínima e uma máxima (5 e 12, por exemplo). O aparelho consegue perceber conforme a variação do fluxo aéreo quando é necessário aumentar ou diminuir a pressão. − Nível pressórico varia de acordo com a necessidade do pcte. Pressão bi-nivel – BiPAP − Pressão em dois níveis, utilizamos uma pressão inspiratória (IPAP ou BSV ou pressão de suporte), 12 cmH2O por exemplo e também graduamos uma EPAP (PEEP, pressão positiva no final da expiração), por ex 6 cmH2O, essa deve ser menor. − Todas as vezes que iniciar a inspiração, a pressão irá para o valor graduado, o mesmo ocorre na expiração. Inspirar a pressão aumenta, expirar a pressão reduz. O volume corrente gerado na BiPAP é melhor do que na CPAP, a redução da sobrecarga vai ser maior também − BiPAP consegue corrigir melhor as alterações gasométricas do pcte IRA, consegue evitar muito melhor a intubação orotraqueal em pcte IRA (por asma, dpoc, sara), por isso é muito indicada para esse tipo de pcte. − Passaram a perceber que é muito mais vantajoso não intubar o pcte, devido à suas complicações, dentre eles, pneumonia, etc. − Nessa pressão existe um sistema de disparo (pressão efuxo) e ciclagem (afuxo) − Geralmente não passamos de 15 em ipap e 8 de peep, dando ao pcte o que ele precisa, considerando o conforto também. RPPI − Respiração por pressão positiva intermitente. Uma pressão positiva aplicada somente na inspiração, na expiração a pressão retorna a 0. − Uma modalidadeusada para reexpansão pulmonar, em atelectasias localizadas por exemplo. Contraindicado para IRA. − A vantagem é aplicar uma pressão de até 35-40 cmH2O, podendo reabrir via aérea de maneira localizada. Modelo de aparelhos geradores de pressão positiva de forma não-invasiva: • Características técnicas • Modalidades • Parâmetros graduados • Vantagens • Desvantagens Gerador de fluxo de CPAP: − Gradua a fração inspirada de O2 (FiO2), a PEEP, o fluxo − Utiliza uma máscara de duas portas, onde a de cima entra o fluxo inspiratório e na de baixo sai a expiração e tem a peep − Gradua FiO2 de cerca de 21-100% − Peep de 0-20 cm de H2O − A FiO2 do ar ambiente é de 21%, isso é fisiológico, com a máquina podemos aumentar se necessário, de acordo com a oximetria de fluxo. − Não é mais utilizado − Necessita rede de O2, portanto é nível hospitalar: rede de O2 ou O2 cilindro Reanimador de Muller: − Ainda usado − Tem uma válvula de pressão onde é regulada a pressão − Tem um circuito com disparo manual − Tem um sistema de Venturi (misturador gasoso: parte do ar esterno Fio2 21% e parte do ar é fornecido pelo O2 =100%, dando ao pcte 40%) – promove FiO2 de 40%, não muda essa porcentagem, é fixa. Acima do fisiológico − Tem inalador: possível por broncodilatador, soro fisiológico, etc − Compatível com rede de O2 ou cilindro − O disparo permite utilizar CPAP ou RPPI − Ao usar com ar comprimido FiO2 é somente 21%, ou seja, o ar ambiente. Pcte eupneico, que não está saturando, cuja finalidade é expansiva ou de higiene brônquica. CPAP “eletrônico” − Gera a pressão dentro do aparelho, não precisa de rede de ar comprimido. Puxa o ar ambiente, aumenta a pressão e passa para pcte. Portanto, pode ser utilizado em qualquer lugar. − Extremamente silencioso, pois foi projetado para pcte dormir − FiO2 é de 21% − Tem umidificador − Se pcte está dispnéico, saturando, plugamos no cilindro de O2 e ofertamos mais O2. − Possível graduar pressão, rampa, etc − Ainda é pouco usado em nível hospitalar, pois é muito econômico, sem necessitar de rede de O2, apenas energia elétrica BiPAP: − Neste caso também é eletrônico − Pode ser usado a nível hospitalar, em casa (muito usado por pctes neuros) − Devemos evitar bipap em apneia do sono − Graduar ipap e epap, VC BiPAP sem “módulo NIV” − Ventilador mecânico convencional usado até hoje − Niv é modulo especifico para não invasiva, configuramos por: PSV/CPAP BiPAP com “modulo NIV”: − Modulo niv compensa fuga de fluxo − Tem sistema de ciclagem dupla, por fluxo e por tempo. Ex: Fluxo 25% e tempo 1,5 seg, se tiver um vazamento na máscara, não vai ciclar por fluxo, mas cicla por tempo. Bird Mark 7: − Era muito usado para RPPI Quando indicar Ventilação Não Invasiva: VNI na Exacerbação da DPOC (com IRA, exacerbado): − Pulmão hipertransparente, hiperinflado − Neste caso, um dos maiores objetivos é reduzir chances de intubação orotraquel, pois para extuba-lo será difícil. − A VNI consegue corrigir os gases sanguíneos (acidose respiratória e hipoxemia), reduz sobrecarga ventilatória, melhora troca gasosa e ventilação pulmonar − Indicado o Bipap, CPAP não é indicado − Reduz a necessidade de IOT (intubação orotraqueal) − Diminuição do tempo de internação − Redução da mortalidade Controle: Cateter nasal Utilização de reanimador de Muller - CPAP: − Pctes já melhores, não exacerbados, então como desfecho secundário, houve melhora, mas devido à pcte já ter saido da IRA. Efeitos fisiológicos: − Reduz sobrecarga ventilatória − Melhora ventilação pulmonar − Melhora troca gasosa − Pode reduzir PEEP intrinsica (PEEPi) – Peep fisiológica 3-5cm H2O, volume de ar normal. Pcte dpoc tem alvéolos hiperinflado devido a PEEPi, desinsuflando alveolo para devolver a condição próxima a realidade Do meio é o normal, o 3 é dpop (hiperinflado) Alvéolos normais, fisiológicos Alvéolo enfisematoso – hiperinflado VNI na crise asmática: − Bronco espasmo, edema de muscosa e hipersecreção – Ocorrem na asma Efeitos Fisiológicos: − Melhora a obstrução ao fluxo aéreo − Reduz o esforço respiratório − Reduz a hipoxemia − Reduz a necessidade de intubação − Uso da Bipap Reduz a hipersuflação pulmonar, CRF (peep intrinsica) – Evita o colapso precoce das vias aéreas, através da aplicação de pressão positiva BiPAP pelo efeito da PEEP – Aumenta volume corrente de ar expiratório Alvéolo hiperinflado é desinflado através da PEEP. Alvéolo hiperinflado pode causar hipertensão pulmonar pois comprime os vasos VNI no edema agudo de pulmão cardiogênico − CPAP ou BIPAP pode reduzir necessidade de intubação e mortalidade − Reduz a necessidade de IOT (Intubação orotraqueal) − Redução da mortalidade hospitalar − Edema alveolar – transudação de liquido do meio vascular para interior dos alvéolos. Congestiona sangue no VE, AE, VP e migram para os alvéolos. − Distúrbio de natureza restritiva, colapso dos alvéolos – por isso a CPAP é muito indicada, uma vez que recruta alvéolos VNI no EAP: VNI na SARA − BiPAP − Na SARA leve, faz uma conta da relação PA02/FIO2 entre 200 e 300 associada a opacidade bilateral do RX − Normalidade: 80 (PA normal) / 0,21 (21% de ar ambiente) = 380, maior que 300, portanto normal − 55/0,21= 261, caso de SARA leve, mas deve estar associada a opacidade bilateral. − Não usar com PaO2 /FiO2 < 140 e/ou SAPS II >35, se classificando como SARA moderada. Redistribui a água extravascular Recrutamento alveolar VNI na COVID-19: Não se tem muito bem definido, mas tá ganhando maior espaço. Critérios de indicação: − Alteração na mecânica respiratória (Sinais típicos: mm acessória, tiragem, batimento asa de nariz) − FR > 24 − SpO2 < 94% − PaCO2 > 50 − pH < 7,2 − Exige o filtro EPA para evitar aerolização do vírus − Usa-se CPAP e BiPAP Sucesso: − Adaptação ao dispositivo − Melhora da mecânica respiratória − FR < 24 − SpO2 > 94 − FiO2 < 50% VNI Pós-extubação: − Imediatamente após a extubação nos pacientes de risco − Evita a IRpA − Evita reintubação Pacientes com risco de falha de extubação VNI em Pós-operatório: − Nas cirurgias abdominais e torácicas − Melhora a troca gasosa − Reduz atelectasias − Diminui trabalho respiratório − Reduz necessidade de IOT − Se utiliza preventivamente Ventilação com pressão positiva adjuvante a higiene brônquica Principalmente pctes que não atendem a comando verbal (a ventilação pulmonar é muito reduzida), visando higiene mais eficiente Ventilação não-invasiva no exercício físico: Muito usado em DPOC Exercicio em esteira, cicloergometro, MMSS Pcte realiza com menos cansaço e dispneia Indicação da RPPI: − Atelectasias localizadas Contraindicações relativas e absolutas: Forma de Classificar: − Assistido / Controlado (A/C ou assist/control): Pcte perdeu o disparo fisiológico. − Ventilação com pressão de suporte (PSV): Uma pressão de dois níveis, como se fosse a BiPAP, uma maior e uma menor, aplicada invasivamente. Modo espontâneo assistido, pcte tem comando da respiração e pode iniciar sozinho a inspiração. − Ventilação mandatória intermitente sincronizada com PS (SIMV - Synchronized Intermitent Mandatory Ventilation): SIMV + PSV = modo hibrido, com parte mandatória e espontânea. Pouco usado. Modo Controlado − Ventilador mecânico controla todos os ciclos da respiração • VCV: Ventilação controlada a volume • PCV: Ventilação controlada a pressão Ventilação Controlada a Volume (VCV):Ventilação Controlada a Pressão (PCV): Modo Assisto-controlado − Uma parte controlada, dada pelo ventilador mecânico e parte espontânea que depende do pcte Modo Assistido: Modo Assistido PSV/ CPAP: − Só dispara com o esforço do pcte. Por isso é necessário que pcte tenha o controle da inspiração PSV/CPAP: Parâmetros iniciais: É um check list: − FiO2 para SpO2 entre 93% e 97% (colocamos FiO2 100% de início, se for aumentando a saturação, com isso vamos abaixnado a FiO2) − VC 6 ml/Kg (do peso predito, esperado conforme altura) − Modo / modalidade − FR entre 12 e 16 rpm − PEEP 3 a 5 cmH2O (segundo a diretriz) − Pressão máxima 40 cmH2O − Gasometria após 30 minutos − Graduamos o ventilador e testamos para estar pronto para o pcte. O que é desmame da VM? − É um processo que se inicia após o pcte fica no mínimo 24h em VMI se encerra após pcte ser aprovado no teste de respiração espontânea ainda ventilado mecanicamente. − Desmame não é extubação (esse é o processo de tirar o tubo). Desmame é o processo que pode levar vários dias, até que se aprove no TRE (teste de respiração espontânea) − Poucas horas de ventilação não entra em desmame. O que é sucesso de desmame? − O pcte ser aprovado no TRE − Ou seja, fez toda a retirada gradual da participação do ventilador, dando liberada para pcte respirar ativamente e se faz o TRE, onde após aprovação = sucesso de desmame Teste de Respiração Espontânea - TRE: − Deixar o pcte respirando espontaneamente sem ajuda do ventilador mecânico − Deixamos o pcte de 30 a 120 minutos respirando sem ajuda do ventilador e sem nenhum tipo de instabilidade (ventilatória, hemodinâmica) para que pcte seja aprovado. − A partir de 30 minutos já é possível comprovação no TRE. Como faz TRE: − O padrão de uso em pcte entubado é aplicar PSV (pressão de suporte) = 7cm de H20 - Serve para evitar sobrecarga ventilatória que seria importa pelo aumento do espaço morto do circuito do ventilador mecânico e tubo orotraqueal, ou seja, não está ajudando o pcte respirar. − A outra forma é uso da peça T, atualmente não se usa mais essa e sim a anterior, algo parecido com isso é usado em pcte com traqueostomia, é uma máscara. Tem função de manter a SPO2 maior que 90% (a máscara de traqueo - desconecta o ventilador da traqueo e coloca uma fonte de O2) − Pcte pode ficar horas fora do ventilador e acabar voltando = desmame complicado, por fraqueza muscular, complicação etc. Pcts elegíveis para TRE: − Nem todos pctes podem ir para TRE, devemos fazer um checklist. − Todos os itens dessa tabela precisam estar com “sim” para fazer TRE. − Resolução da descompensação respiratória: Ex: pcte foi entubado por crise asmática, se se resolveu, houve resolução da descompensação. Devemos avaliar se a causa que levou a intubação se resolveu ou minimamente resolveu. − Estabilidade hemodinâmica: Circulação sanguínea - FC e PA. Sem necessidade de drogas vasopressoras em dose alta. − Ausência de ICO ou arritmia grave: Não se pode fazer em forma alguma − PaO2 maior que 60 e FiO2 menor ou igual a 40% − Capacidade para iniciar inspiração: Sem isso é impossível, uma vez que exige o disparo fisiológico, precisa da retirada da sedação − PEEP de 8 para baixo − Após todos os itens com sim, aplicamos PSV=7 e monitoramos os sinais de intolerância, ao apresentar qualquer um, imediatamente se interrompe o TRE. Critérios de Interrupção para o TRE: − Ao interromper, pcte volta para ventilação mecânica − Tem pcte que descompensa logo de cara, outros ficam 15 min e descompensam, outros passam os 30 min tranquilos e podem ser entubados, e outros podem passar horas fora do ventilador e depois apresentar desconforto. Depende de vários fatores (tempo de ventilação, etiologia, condições do pcte, etc) − Pcte aprovado no TRE = sucesso de desmame, devemos considerar um novo checklist antes de extubá-lo, considerando toda a clínica. Fatores considerados antes da extubação: − Todos os itens dessa tabela devem ser “sim” para pode extubar − Mas devemos reunir a equipe e considerar alguns fatores para dar uma chance ao pcte, uma vez que certos pctes se não extubar com precocidade, podem se tornar mais difícil extubar. Bom senso sempre. − São parâmetros que atestam o mínimo para pcte respirar espontaneamente − Após isso ainda não se pode extubar, devemos fazer o Leak test Teste de permeabilidade da traqueia: − Vamos analisar o VCexp (volume corrente expirado) pré e pós desinsuflação do balonete − Por ex: Pré tava 400 e pós 200, está aprovado pois a diferença deve ser mais que 110 ml ou 10%. − Após isso se faz a extubação e geralmente se utiliza não invasiva (bipap) ou no mínimo cateter ou nebulização de O2. − Outro ex: Pré 400 e pós 380, não está aprovado − Após desinsuflar o balão o ar deve vazar, por isso cai o valor, se não vaza o ar é devido à algum problema ventilatório (edema, traqueomalacia, etc) e não pode ser extubado. Entra-se com tratamento (geralmente medicamentoso com corticoide) e tenta depois de 12-24h. Índices fisiológicos que predizem fracasso do desmame: − São várias, mas o de mais importância é: FR/VC (índice de Tobin), pois tem maior acurácia como preditor de sucesso ou fracasso do desmame. O fracasso é dito por valores maiores que 104, concluído que pcte tem sobrecarga ventilatória. − Ex: 18 (FR)/0,40L (400ml de VC) = 45 ou seja teve sucesso - menor que 104. − Ex: 28/0,20 = 140 ou seja fracasso, pois maior que 104. − Tobin acima de 80 não tá legal O que é sucesso da Extubação? − Pcte que não é reentubado antes de 48h pós extubação = sucesso de extubação O que é VM prolongada? − Pcte fica em ventilação mecânica por no mínimo 3 semanas com pelo menos 6h por dia. VM em Condições Especificas: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: − A cânula maior gera menor resistência na entrada do ar − FiO2 para manter SPO2 de 92-95 (em muitos casos 90 já é suficiente) − Modo/modalidade se dão bem com VCV (vent controlado por volume) − FR de 8 a 12 para aumentar tempo de expiração = aumenta também o volume corrente = reduz a hipersuflação e retenção de CO2. − PEEP para maior volume corrente. Ex: Peep de 6 VCExp 200, Peep de 3 VC 300, logo a melhor é a segunda, e tem resposta rápida. − Não é receita de bolo, vai de acordo com as respostas do pcte aquilo graduado. Doente de SARA: − Vias aéreas colabadas, edema alveolar e infiltração. − A SARA é uma doença restritiva, sendo um processo fisiopatológico agudo que leva presença de infiltração difusa nas V.A e alvéolos. É caracterizada pela opacidade bilateral e PaO2/FiO2 < 300 − Pulmão com baixa complacência pois não distende devido ao acúmulo de líquido − Nesses pctes é necessário pensar em recrutamento alveolar, reabrir as vias aéreas colabadas e melhorar as trocas gasosas − VC pode ser baixo devido à pressão de distensão que deve ser menor ou igual a 15 = maior chance de sair da VMI e menor mortalidade. − Modo modalidade: PCV (pressão controlada volume) dá muito certo, mas pode se vcv − FR de 20 a 45 para compensar volume corrente baixo − Peep baixa x Fio2 − Peep em pcte com SARA deve ser alta para recrutar alvéolos Para achar o ponto de melhor complacência de PEEP − PEEP alta para recrutar, na segunda imagem já se pode reduzir FIO2 pois PaO2 normal já é 80. Manobra de Recrutamento Alveolar: − É para o doente respiratório crônico = Tem dispneia aos esforços (até em repouso), perde condicionamento físico, portanto, deve ser recondicionado fisicamente − A doença respiratóriacrônica é irreversível, portanto, pensamos no recondicionamento, não na reversão da doença. Conceito: “A reabilitação pulmonar representa uma série de serviços dirigidos a pessoas com doença pulmonar e suas famílias, geralmente por uma equipe interdisciplinar de Reabilitação Pulmonar conceito especialidades, com o objetivo de alcançar e manter o nível máximo de independência e funcionamento do indivíduo na comunidade “(National Institutes of Health) − Manter o pcte ativo e independente mesmo com doença pulmonar grave, isso é possível, mas pcte deve colaborar com o tratamento. Candidatos à reabilitação pulmonar: − Pacientes com alteração respiratória crônica que, apesar da máxima terapêutica medicamentosa, apre- sentam dispneia e têm baixa tolerância ao exercício. − Os pacientes também devem ser capazes e estarem dispostos a aprenderem sobre sua doença, além de motivado a dedicar tempo e esforço necessários para o seu benefício. − Doenças obstrutivas, como DPOC, asmático com DPOC (os sem asma geralmente fogem), mucovicidose (fibrose cística do pâncreas, muito morrem na infância), bronquoectasico − Doentes restritivos, como as doenças intersticial pulmonar – DIPS (granulomatose, sarcoidose, bop, ETC), doente neuromuscular, obeso mórbido (IMC maios que 45), cifoescoliose severa, etc. − Atualmente se destaca o pcte pós covid, o mais grave fica com distúrbio restritivo, os mais leves ficam com fraqueza muscular periférica. Limitação Fisiológica ao Esforço: O pcte com doença pulmonar crônica pode vir a apresentar de uma a todas: • Limitação ventilatória: Tem queda do volume corrente, como consequência, pode cair o volume minuto, onde tenta aumentar a frequência respiratória, mas ainda assim não consegue. Gera retenção de CO2. Tem dispneia • Limitação de troca gasosa: Na membrana alvéolo-capilar, gera diminuição da PaO2, diminui a SaO2. Gera hipoxemia. Menor superfície de contato do vaso com o alvéolo, como no DPOC, por exemplo. • Limitação cardiovascular: A doença pulmonar pode gerar doença cardíaca, como a cor pulmonale – insuficiência cardíaca direita – ICD. Reduz a densidade capilar na musculatura periférica – menor volume de capilares sanguíneos nos músculos, nas fibras tipo 1 (resistentes a fadiga, perde endurace) – pcte tem fadiga e cansaço precoce. • Limitação muscular periférica − O que predomina depende da condição e vai modificar o padrão de AVDs. Mudança do padrão de vida diária − Individuo com DPOC: Reduz tempo em pé, mais tempo sentado, mais tempo deitado e caminha por menor tempo. – Gera descondicionamento físico, mas fazem isso pela falta de ar e cansaço aos esforços. Reduz proporção de fibras tipo 1 pela inatividade − Indivíduos saudáveis tem decréscimo fisiológico do VO2max com o passar dos anos, mas não gera sintomas − Já o DPOC tem decréscimo mais rápido e patológico do VO2max com o passar dos anos, passando a ter sintomas (cerca de 60% do VO2max), perdendo funções e tendência a óbito − Reabilitação pulmonar diminui a velocidade de queda do VO2max, por isso o ideal é a reabilitação no inicio da doença. − Inatividade prolongada leva ao óbito, por isso nos hospitais têm mobilidade precoce. Um indivíduo DPOC para varrer a cara equivale a 55% do VO2max, já o normal é menos de 20. Isso indica que pcte DPOC tem menor capacidade de VO2max, ou seja, tem menor resistência, menor fibras tipo, etc. Efeitos Fisiológicos: − Composição corporal: Musculatura é muito atrofiada, por isso devemos ganhar trofismo muscular − Fibras dos músculos dos MMII: Queremos aumentar a proporção de fibras tipo 1, condicionamento aeróbio. − Capilarização: Aumenta a densidade capilar, fibra mais vermelha e resistente a fadiga − Capacidade metabólica muscular: Reconstituição da composição de enzimas oxidativas – Aumenta quantidade e volume de mitocôndrias − Atividade metabólica do repouso e após exercício − Atividade inflamatória: Atividade inflamatória gera mais exacerbação fazendo com que perca mais capacidade pulmonar, portanto queremos reduzir atividade inflamatória Benefícios da Reabilitação Pulmonar − Evidência Ia • Melhora na tolerância ao exercício • Redução na sensação de dispneia • Melhora melhora na qualidade de vida − Evidência Ib • Melhora na força muscular periférica e trofismo • Redução no número de dias no hospital − O pcte deve aderir ao tratamento, à medicação, se necessário um psicólogo e nutricionista O SUS usa a terminologia DRC – Doente respiratório crônico Queixas Comuns dos pctes com doença pulmonar crônica − Dispneia / fadiga e sintomas respiratórios crônicos − Piora na qualidade de vida − Redução nas funções − Redução na performance ocupacional − Dificuldades nas AVD’s − Maior frequência na busca por assistência médica − Dificuldade alimentar Avaliação: − HMP / HMA − Exame físico − Teste de esforço – TC6’ − Teste de esforço − Manovacuometria − Espirometria − Avaliação da qualidade de vida − Imagem Recomendações baseadas em evidências da ACCP / AACVPR ✓ Treinamento da extremidade inferior ✓ Treinamento da extremidade superior ✓ Treinamento dos MM. Ventilatórios Treinamento de MMII Nível de Evidência − Melhora o desempenho ao exercício, a sensação de dispneia e a qualidade de vida relacionada ao estado da saúde • Duração: Mínimo 8-10 semanas • Frequência: 2-5x, na UNOSTE é 2x. • Tempo de treinamento: Para MMII, mínimo 20’, média 30’. • Intensidade do esforço: FC treinamento = (FC máx – FC repouso) X % + FC repouso FCT = (FCMÁX – FCREP) x % + FCREP − FC máx prevista: 220 – idade − FC submáx prevista: 195 – idade − Na reabilitação usamos a submáx prevista (195- idade). Não usamos o máx para não levar à exaustão. − FC máx atiginda em teste de esforços (FCmáx atingida TE) − %= Pode ser de 50 a 85% Exemplo: %= 60% = 0,6 FCREP= 80 bpm 65 anos FCT = (FCmáx – FCREP) x % + FCREP Como usamos a submáx = 195-65 = 130 FCT = (130 – 80) x % + FCREP FCT = 50 X 0,6 + 80 FCT = 110 O que fazer com esse valor? − Não se pode fazer um esforço físico nem maior nem menor que este valor − Então se colocar o pcte na esteira ele anda numa velocidade que chega a 110 bpm por 20-30 minutos (podendo ser 5 a mais ou a menos bpm) − É o valor que produz treino aeróbio para o pcte sem fadigar − Para alguns pcte FC não dá certo, podendo sobrecarregar, por isso usamos a escala Borg. • Tipo de exercício: Usamos mais aquilo que o pcte se adapta, mais usado é esteira e circloergometro − No mínimo 8-10 semanas para ter o benefício, mas o ideal é pcte não parar − Trabalhamos BORG de 10 a 13 Treinamento da extremidade inferior Efeitos: − Aumento do VO 2máx − Aprimoramento dos níveis de lactato − Redução dos níveis de FC − Aumento de enzimas oxidativas − Efeitos psicológicos do exercício Treinamento da extremidade inferior (idade = 63,1 / VEF1 = 37,6%) Treinamento de MMSS: − Treinamento aumenta a capacidade de realizar as atividades com os braços, diminui o VO 2 para a mesma intensidade de trabalho. Dessensibilização da dispnéia, melhor coordenação de MMSS dos músculos e adaptação metabólica. • Duração: 5-10 semanas no mínimo • Frequência: 2-5x por semana • Tempo de treinamento: 15-20min • Intensidade do esforço: Trabalhamos a tolerância do pcte, quanto ele aguenta • Tipo de exercício: Trabalhar as diagonais como um todo, associando com o tronco, mas ainda pode trabalhar isolado, o que demandará mais tempo • Tempo 20 minutos é o ideal Treinamento de extremidade superior:Efeitos: − O foco principal é melhora da resistência física para atividades com menor dispneia − Decréscimo da demanda ventilatória − Decréscimo da demanda metabólica − Incremento da resistência − Melhora da insuflação da CT? (nos doentes restritivos é mais interessante, nos obstrutivos hiperinflados não se tem efeito) − Facilita a realização das AVD’s Treinamento dos Mm Ventilatórios: (Idade = 64,8 / VEF1 = 33,6%) tabela para treinamento endurace − O treinamento isolado tanto para MMSS e MMII é importante devido à dificuldade de realizar exercícios associados ms+mi − Isoladamente se usa mais no início do tratamento, usando MS com tronco. − Exercício de força tem efeito psicológico também, pois paciente se sente mais útil podendo fazer ‘academia’ − Sempre visar segurança no exercício, por isso muitas vezes pensamos ao colocar o pcte na esteira, principalmente em histórico de quedas, tonturas, muito idoso. Pensar em alternativas, cicloergômetro, bicicleta, ativo livre, etc. − Possível usar CPAP na esteira Técnicas de Mobilização: Objetivos: − Melhora da amplitude e qualidade da extensão e rotação torácica − Aumento da mobilidade das costelas Procedimentos: − Mobilização da extensão torácica − Mobilização da rotação torácica − Mobilização das costelas * Pcte sob VM: ombro + coluna
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