Buscar

Tumores Benignos e Malignos em Medicina Veterinária

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MEDICINA VETERINÁRIA INVESTIGATIVA - USJT - THAINÁ ZERBINATTI RAMOS  
Neoplasias 
 
● Tumor benigno  
 
● Formado por células bem 
diferenciadas (semelhantes às do do 
tecido normal); estrutura típica do 
tecido de origem. 
● Crescimento progressivo; pode 
regredir; mitoses normais e raras. 
● Massa bem delimitada, expansiva; 
não invade nem infiltra tecidos 
adjacentes. 
● Não ocorre metástase 
 
 
 
Características morfológicas dos 
tumores benignos: 
Encapsulação : Possuem pseudo 
cápsulas fibrosas que se formam em 
decorrência da compressão dos tecidos 
vizinhos pelo crescimento lento e 
expansivo do tecido tumoral. 
Crescimento : Exibem crescimento lento 
e expansivo, possuindo um estroma 
adequado, com um bom suprimento 
vascular, raramente mostrando necrose e 
hemorragia. 
 
Nomenclaturas: 
Os tumores benignos podem apresentar 
mais de uma linhagem celular e, neste 
caso, recebe via de regra o nome dos 
tecidos que o compõem, acrescido do 
sufixo “oma”. 
Exemplos: 
Tumor benigno do tecido cartilaginoso: 
condroma. 
Tumor benigno do tecido gorduroso: 
lipoma. 
Tumor benigno do tecido glandular: 
adenoma 
. 
● Tumor maligno (câncer)  
 
● Formado por células anaplásicas 
(diferentes da do tecido normal); 
atípico; falta diferenciação. 
● Crescimento rápido; mitoses 
anormais e numerosas. 
● Massa pouco delimitada, localmente 
invasiva; infiltra tecidos adjacentes. 
● Metástase frequentemente presente. 
 
 
 
Os tumores malignos originados dos 
epitélios de revestimento externo e interno 
são denominados carcinomas. Quando o 
epitélio de origem for glandular, passam a 
ser chamados adenocarcinomas. 
Exemplos: 
● Carcinoma basocelular da face 
● Adenocarcinoma de ovário. 
O nome dos tumores malignos originários 
dos tecidos conjuntivos (mesenquimais) é 
formado pelo nome do tecido mais a 
determinação sarcoma. 
Exemplos: 
Tumor maligno do tecido cartilaginoso: 
condrossarcoma. 
Tumor maligno do tecido gorduroso: 
lipossarcoma. 
Tumor maligno do tecido muscular liso: 
leiomiossarcoma. 
MEDICINA VETERINÁRIA INVESTIGATIVA - USJT - THAINÁ ZERBINATTI RAMOS  
Tumor maligno do tecido muscular 
estriado: rabdomiossarcoma. 
 
Características morfológicas dos 
tumores malignos: 
Encapsulação: O crescimento rápido, 
desordenado e infiltrativo do tecido não 
permite a formação das pseudo cápsulas. 
Crescimento: Os tumores malignos, ao 
contrário, pela rapidez e desorganização 
no crescimento, pelo caráter infiltrativo e 
pelo alto índice de multiplicação celular, 
geralmente apresentam uma 
desproporção muito grande entre o 
parênquima tumoral e o estroma 
vascularizado. Tal comportamento explica 
a razão por que, com frequência, esses 
tumores exibem áreas extensas de 
necrose ou hemorragia. 
 
Estádio do Câncer 
O sistema de estadiamento TNM (tumor 
primário (T), estado dos linfonodos 
regionais (N) e metástase distante (M) é o 
sistema de estadiamento preferido para o 
câncer colorretal. O uso da classificação 
de Duke é desencorajado. Esses três 
componentes combinados formam 
agrupamentos de estágios de I a IV. Os 
agrupamentos de estágios permitem 
estratificar o prognóstico, na qual é a base 
para selecionar o tratamento. As 
categorias T, N e M para o câncer de 
cólon são atribuídas com base em: 
● Se há sinais de câncer disseminados 
no exame físico ou nos exames de 
imagem radiográfica. 
● Resultados da ressecção cirúrgica e 
exame histológico dos tecidos 
ressecados. 
 
 
Importância da análise da borda do 
tumor 
A configuração do tumor na borda de 
avanço (ou seja, a borda do tumor) tem 
um significado prognóstico independente 
do estágio. Especificamente, um padrão 
de crescimento irregular e infiltrativo, em 
oposição a uma borda suave (expansível), 
demonstrou ser um fator prognóstico 
adverso. 
As seguintes características são 
indicativas de uma borda infiltrativa: 
● Incapacidade de definir os limites da 
invasão tumoral e/ou distinguir tecido 
normal do maligno pelo exame a olho 
nu de uma lâmina microscópica da 
borda; 
● No exame microscópico da borda do 
tumor, disseminação do tumor por 
toda a espessura da muscular 
própria. 
 
Como surge o câncer?  
 
 
 
O câncer surge a partir de uma mutação 
genética, ou seja, de uma alteração no 
DNA da célula, que passa a receber 
MEDICINA VETERINÁRIA INVESTIGATIVA - USJT - THAINÁ ZERBINATTI RAMOS  
instruções erradas para as suas 
atividades. As alterações podem ocorrer 
em genes especiais, denominados 
proto-oncogenes, que a princípio são 
inativos em células normais. 
 
Disseminação Metastática (metástase) 
 
 
A metástase acontece devido à baixa 
eficiência do organismo no que diz 
respeito à eliminação das células 
anormais. Assim, as células malignas 
passam a proliferar de forma autônoma e 
descontrolada, podendo passar pelas 
paredes dos nódulos linfáticos e dos 
vasos sanguíneos, sendo transportadas 
pelo sistema circulatório e linfático para 
outros órgãos, podendo estar próximo ou 
distante do local primário do tumor. 
No novo órgão, as células cancerígenas 
vão se acumulando até formar um tumor 
semelhante ao original. Quando estão em 
grande número, as células conseguem 
levar o organismo a formar novos vasos 
sanguíneos para trazer mais sangue para 
o tumor, favorecendo a proliferação de 
mais células malignas e, 
consequentemente, o seu crescimento. 
 
 
 
Importância da análise da borda do 
tumor no exame histopatológico: 
Tumores são retirados com uma borda de 
tecido ao redor, chamada de margem 
cirúrgica. 
O patologista examinará o tecido para 
determinar se todas as células 
cancerosas daquela área desapareceram 
ou se é necessário tratamento adicional. 
Se as células cancerosas forem 
encontradas em qualquer lugar entre o 
próprio tumor e a borda externa da 
margem, uma cirurgia adicional pode ser 
recomendada. 
 
  
Nomenclaturas  
 
Regra geral: 
 A designação dos tumores baseia-se na 
sua histogênese e histopatologia. Para os 
tumores benignos, a regra é acrescentar o 
sufixo "oma" (tumor) ao termo que 
designa o tecido que os originou. 
Exemplos: 
tumor benigno do tecido cartilaginoso – 
condroma; 
tumor benigno do tecido gorduroso – 
lipoma; 
tumor benigno do tecido glandular – 
adenoma. 
Quanto aos tumores malignos , é 
necessário considerar aorigem 
embrionária dos tecidos de que deriva o 
tumor. Quando sua origem for dos tecidos 
de revestimento externo e interno, os 
tumores são denominados carcinomas. 
Quando o epitélio de origem for glandular, 
MEDICINA VETERINÁRIA INVESTIGATIVA - USJT - THAINÁ ZERBINATTI RAMOS  
passam a ser chamados de 
adenocarcinomas. Já os tumores 
malignos originários dos tecidos 
conjuntivos ou mesenquimais será feito o 
acréscimo de "sarcoma" ao vocábulo que 
corresponde ao tecido. Por sua vez, os 
tumores de origem nas células blásticas, 
que ocorrem mais frequentemente na 
infância, têm o sufixo "blastoma" 
acrescentado ao vocábulo que 
corresponde ao tecido original. 
Exemplos: 
Carcinoma basocelular de face – tumor 
maligno da pele; 
Adenocarcinoma de ovário – tumor 
maligno do epitélio do ovário; 
Condrossarcoma - tumor maligno do 
tecido cartilaginoso; 
Lipossarcoma - tumor maligno do tecido 
gorduroso; 
Leiomiossarcoma - tumor maligno do 
tecido muscular liso; 
Hepatoblastoma - tumor maligno do tecido 
hepático jovem; 
Nefroblastoma - tumor maligno do tecido 
renal jovem. 
 
Exceções: 
Apesar de a maioria dos tumores 
incluírem-se na classificação pela regra 
geral, alguns constituem exceção a ela. 
 
Os casos mais comuns: 
 
Tumores embrionários : Teratomas 
(podem ser benignos ou malignos, 
dependendo do seu grau de 
diferenciação), seminomas, 
coriocarcinomas e carcinoma de células 
embrionárias. São tumores malignos de 
origem embrionária, derivados de células 
primitivas totipotentes que antecedem o 
embrião tridérmico. 
 
Epônimos: São tumores malignos que 
receberam os nomes daqueles que os 
descreveram pela primeira vez: linfoma de 
Burkitt, Doença de Hodgkin, sarcoma de 
Ewing, sarcoma de Kaposi, tumor de 
Wilms (nefroblastoma), tumor de 
Krukenberg (adenocarcinoma mucinoso 
metastático para ovário). 
Morfologia tumoral: Os carcinomas e 
adenocarcinomas podem receber nomes 
complementares (epidermóide, papilífero, 
seroso, mucinoso, cístico, medular, 
lobular etc.), para melhor descrever sua 
morfologia, tanto macro como 
microscópica: cistoadenocarcinoma 
papilífero, carcinoma ductal infiltrante, 
adenocarcinoma mucinoso, carcinoma 
medular, etc. 
 
Epitélios múltiplos : Os tumores, tanto 
benignos como malignos, podem 
apresentar mais de uma linhagem celular. 
Quando benignos, recebem o nome dos 
tecidos que os compõem, mais o 
sufixo "oma": fibroadenoma, 
angiomiolipoma, etc. O mesmo é feito 
para os tumores malignos, com os nomes 
dos tecidos que correspondem à variante 
maligna: carcinossarcoma, carcinoma 
adenoescamoso, etc. Outras vezes 
encontram-se ter componentes benigno e 
maligno, e os nomes estarão relacionados 
com as respectivas linhagens: 
adenoacantoma (linhagem glandular 
maligna e metaplasia escamosa benigna). 
 
Sufixo indevido: Algumas neoplasias 
malignas ficaram denominadas como se 
fossem benignas (ou seja apenas pelo 
sufixo "oma") por não possuírem a 
correspondente variante benigna: 
melanoma, linfomas e sarcomas (estes 
dois últimos nomes representam classes 
de variados tumores malignos). 
 
Outros: Algumas vezes, a nomenclatura 
de alguns tumores escapa a qualquer 
critério histogenético ou morfológico: mola 
hidatiforme (corioma) e micose fungóide 
(linfoma não Hodgkin cutâneo). 
 
 
MEDICINA VETERINÁRIA INVESTIGATIVA - USJT - THAINÁ ZERBINATTI RAMOS  
 
 
 
Características Histológicas de 
neoplasias:

Outros materiais