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TIREÓIDE CLÍNICA MÉDICA – ENDÓCRINO (BEATRIZ 29/05/21) Interferentes: A doença aguda altera os hormônios tireoidianos (Ex: Covid19). Tireotoxicose amiodarona: um dos tipos pode ser tratado só por glicocorticóides. Biotina: suspender 72h antes da coleta do exame. No dia do exame: não usar o medicamento para tireoide até a coleta. HIPERTIREOIDISMO: - Olhos esbugalhados, aumento da tireoide. HD: Hipertireoidismo – emagrecimento, tabagista, calor excessivo, amenorreia (pode estar grávida?), bócio, tremor. TSH: 0,005 micro UI/mL T4 livre: 3,0 ng/dL Doença de Graves. Não são necessários anticorpos para fechar diagnóstico (anti-TPO e anti-TRAb). Controlar o hipertireoidismo para evitar complicações. Tempo de tratamento: 2 anos. Problemas: bócio muito grande e desejo de engravidar da paciente – pensar em um tto efetivo mais rápido. Tireoidite x Hipertireoidismo: é mandatório fazer cintilografia caso haja dúvida no diagnóstico. Beatriz: não usa dose alta no início, começa com 10 mg e vai progredindo para 20 mg... Principal preocupação: agranulocitose – febre, placas na garganta – suspender medicamento, colher hemograma e ir em consulta médica. O TSH só altera em 4 a 6 semanas, e pode demorar mais tempo para normalizar. T4 livre altera em 4 semanas. Propranolol é melhor que o Atenolol para os tremores de extremidades. Imagens de cintilografia. OFTALMOPATIA DE GRAVES: Antes, durante ou depois do quadro, pois depende da deposição de glicosaminas (anticorpo). Tratamento: glicocorticóide, oral ou venoso. Tireoidectomia pode ser tratamento, pois observa- se uma queda do anticorpo. Depois da iodoterapia: fazer o tto com glicocorticóide para oftalmopatia. Pode ocasionar perda ocular; Não é muito frequente. HIPERTIREOIDISMO APATÉTICO: Idoso sem sinais tóxicos com arritmia cardíaca ou fibrilação, quadro de cansaço e apatia – investigar função tireoidiana. HIPOTIREOIDISMO: Dose inicial: 0,25 mcg/kg/dia → 0,5 mcg/kg/dia → 0,7 mcg/kg/dia Síndrome de resistência ao hormônio tireoidiano: raro. NÓDULOS DA TIREOIDE: Nódulos > 2,5 cm sem características ruins – puncionar. SISTEMA BETHESDA: Tireoidectomia: cuidado com o hipoparatireoidismo. AULA MEDCURSO: CASO 1: Perda ponderal, apetite parece ter aumentado, “batedeira dentro do peito”, olhar fixo e assustado, PA 170 x 80 mmHg, cálcio de 11,0 mg/dl (normal = 8,5 – 10,5 mg/dl), aumento difuso da tireoide, sem nodulação, mas com frêmito palpável – manifestações adrenérgicas. Hipóteses diagnósticas: feocromocitoma, transtorno de ansiedade, hipoglicemia, tireotoxicose (?) Principal suspeita: Doença tireoidiana. TIREOIDE: Folículo tireoidiano – formado por células foliculares que se organizam de maneira circular (unidade morfofuncional). Hormônios T3 e T4 = tireoglobulina: produção de céls foliculares + iodo (dieta) (bócio endêmico – hipotireoidismo). Tireoperoxidase (TPO - enzima): “faz” o hormônio tireoidiano. Hormônio fica armazenado no folículo. O hormônio circulante já foi produzido anteriormente (2-3 semanas). T3 tem a meia vida muito curta. Tireoide lança 20x mais T4 e lança T3 – T4 desiodase I e II perde um iodo e vira T3 → esse T3 forma receptores beta adrenérgicos, estimula o metabolismo basal e produz calor (“acelerar a máquina”). T4 → desiodase III → tira um iodo de outra posição → transforma em rT3 (T3 reverso) → inibe a desiodase I. Para que isso funcione, é necessário ação de outras glândulas: Hipotálamo → TRH → Hipófise → TSH –→ estimula a tireoide → T4/T3. T4/T3 → feedback negativo com hipotálamo e hipófise. Primário: tireoide; Secundário: hipófise; menos comum. Terciário: hipotálamo; raro. FUNCIONAMENTO DA TIREOIDE: T4: principal hormônio lançado pela tireoide – T4 livre é a fração que exerce atividade biológica (vira T3). Baixo é hipo e alto é hiperfunção da glândula. Biologicamente ativo TSH: topografia (primário x secundário) – muito baixo é primário, muito alto é secundário. HIPER 1º: T4L ↑, TSH ↓ HIPER 2º: T4L ↑ E TSH ↑ HIPO 1º: T4L ↓ E TSH ↑ HIPO 2º: T4L ↓ E TSH ↓ O TSH é o hormônio que vai se alterar primeiramente, pois é mais sensível – rastreamento de doença do eixo tireoidiano. Pacientes em UTI: ↑ rT3 ↓T3 ↓TSH – eutireoideu doente (esperar 1 a 2 meses para avaliar função tireoidiano). BÓCIOS: Muito TSH: glândula cresce – forma o bócio. Pouco TSH: glândula atrofiada. EFEITO DE WOLFF-CHAIKOFF: Dá iodo e faz HIPOtireoidismo. FENÔMENO DE JOD-BASEDOW: Dá iodo e faz HIPERtireoidismo. Cuidado com pacientes que perdem função tireoidiana depois de TC com contraste iodado ou uso de amiodarona. HIPERTIREOIDISMO TIREOTOXICOSE: Síndrome do excesso de hormônio tireoidiano. QUADRO CLÍNICO: ↑ receptores beta adrenérgicos – insônia, tremor, taquicardia, sudorese, HAS divergente (Psistólica maior que Pdiastólica). ↑ metabolismo basal: polifagia, emagrecimento, hipercalcemia (acelera metabolismo ósseo). ↑ produção de calor: intolerância ao calor e ↑ da temperatura corporal. CAUSAS: Com hipertireoidismo: Doença de Graves; bócio multinodular tóxico (T4L ↑, TSH ↓ com nódulos); Adenoma tóxico (Doença de Pummer – 1 nódulo) – Hiper 1º. Hiper 2º: tumor hipofisário produtor de TSH Sem hipertireoidismo: tireotoxicose factícia (uso inadvertido do hormônio); tireoidite (tireoide inflamada libera hormônios na circulação). Como diferenciar: Índice de captação do iodo radioativo (RAIU) – cintilografia quantitativa. • Normal = 5-30% de captação. • Com hiper: 35-95% de captação. • Sem hiper: < 5% de captação (ou 0% de captação – em provas). Para avaliação de nódulo tireoidiano: cintilografia com contraste iodado venoso, para ver se é quente (captou o iodo) ou frio (não captou o iodo), paciente já é levado imediatamente para câmara de análise. DOENÇA DE GRAVES (BÓCIO DIFUSO TÓXICO – BDT): Autoimune que causa hipertireoidismo, oftalmopatia e dermopatia. Hipertireoidismo primário. Hiperfunção da glândula devido ao anticorpo anti- TRAb (estimulador), funciona como o TSH. Anti-TPO: mostra a presença de uma doença autoimune contra a tireoide. QUADRO CLÍNICO: Tireotoxicose, bócio difuso com frêmito e/ou sopro (TSH baixo), mixedema (rico em proteoglicanos, inflamatório, sem cacifo), exoftalmia. DIAGNÓSTICO: Clínica + T4L ↑, TSH ↓ Na dúvida: Anticorpos / RAIU TRATAMENTO: Medicamentoso: beta-bloqueador para controle de sintomas adrenérgicos + Tionamidas: Metimazol (1ª escolha) ou Propiltiuracil (1º trimestre da gestação); Iodo radioativo: recidiva ou reação tóxica as drogas; contraindicado em grávidas, grandes bócios e oftalmopatia grave (corticóide). Tireoidectomia (total ou subtotal): sem melhora farmacológica + contraindicação ao iodo radioativo. TIREOIDITE: Inflamação da tireoide → tireotoxicose → hipotireoidismo (subaguda). Ex: Granulomatosa Subaguda – de Quervain (dor que vem): infecção de via área superior que ataca a tireoide posteriormente → dolorosa na região anterior do pescoço / pós-viral / VHS elevado. Nem toda tireoidite evolui dessa forma → tireoidite crônica → já abre o quadro com hipotireoidismo. Ex: Doença de Hashimoto (linfocítica crônica) autoimune – anti-TPO. Clínica: tireotoxicose (hashitoxicose) não é o padrão. O padrão é o excesso de TSH - hipotireoidismo com bócio. Risco de linfoma de tireoide. - Principal causa de hipotireoidismo. TRATAMENTO: Na fase de tireotoxicose: beta bloqueador; pra dor analgésico ou anti-inflamatório. Na fase de hipotireoidismo: Levotiroxina. CASO 2: Quadro demencial, constipação, rarefação da sobrancelha, PA 130 x 108 mmHg, FC 55 bpm, força muscular 3+/5+, Hb 10 g/dl, plaquetas 100.000 mm3, CT 280 mg/dl, TC de crânio normal – paciente lentificada.HIPOTIREOIDISMO: ↓ dos receptores beta adrenérgicos: bradicardia, HAS convergente. ↓ do metabolismo basal: dislipidemia, ganho de peso, anemia. ↓ produção de calor: intolerância ao frio e ↓ da temperatura corporal. Outros: hiperprolactinemia, mixedema. DIAGNÓSTICO: Dosar TSH e T4L: - HIPO 1º: T4L ↓ E TSH ↑ - HIPO Central: T4L ↓ E TSH ↓ (mais comum é o secundário) - Subclínico: TSH ↑ T4L normal (o TSH é o hormônio é o mais sensível e se altera primeiro; é um estado inicial de hipo primário; ainda não deu tempo de alterar o T4L). CAUSAS: HIPO 1º: • Hashimoto • Outras tireoidites • Iatrogênica/droga • Carência de iodo HIPO 2º: • Doença hipofisária ou hipotalâmica. CONDUTA: HIPO 1º: anti-TPO – se positivo: Hashimoto; se negativo: outras tireoidites. HIPO 2º: RM de sela túrcica ou RM de crânio. Subclínico: anti-TPO. TRATAMENTO: Reposição de T4. Levotiroxina 1,6 mcg/kg/dia – 1x ao dia pela manhã em jejum. Doenças coronarianas: cuidado com o hormônio, pois o medicamento acelera a FC; risco de IAM; o hipotireoidismo nesses casos acaba sendo fator protetor. Idoso e coronariopata: iniciar com 23-50 mcg/kg/dia e subir gradativamente. Quando tratar o subclínico: grávida – fazer reposição hormonal; TSH ≥ 10; paciente sintomático; infertilidade.
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