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Diabetes mellitus

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· Diabetes mellitus
Definição: doença metabólica que tem como característica a hiperglicemia resultante de defeitos na secreção e, ou também, na ação da insulina.
Critérios diagnósticos:
*TTOG = teste oral de tolerância à glicose
O diagnóstico deve ser confirmado com nova testagem em momentos distintos, podendo ser utilizado o mesmo teste já feito ou qualquer outro listado acima.
Hemoglobina glicada (HbA1c) é o resultado de uma reação não enzimática entre a glicose e a hemoglobina do paciente, então quanto maior a glicose maior a reação, medindo a glicemia não só no momento, mas no período de meia-vida das hemácias (aproximadamente 3 meses). Vale ressaltar que existem fatores capazes de alterar os valores de hemoglobina glicada.
Fatores que podem aumentar os valores de HbA1c: hemoglobinopatias, anemias carenciais (b12, ferro, folato), esplenectomia, doença renal, aumento de triglicérides, bilirrubinas, ureia
Fatores que podem diminuir os valores de HbA1c: hemoglobinopatias, anemia hemolítica, hemorragias, transfusão sanguínea, auto-hemoterapia, dapsona, gravidez, vitaminas C e E.
Qual a única situação que podemos fechar o diagnóstico de DM sem necessidade de confirmação do exame?
No caso de sintomas de diabetes com glicemia randômica acima de 200mg/dL. 
Sintomas mais comuns de DM descompensado:
“4Ps”: poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso. A falta de insulina leva à perda do anabolismo e consequentemente à perda de peso. 
Critérios de pré-diabetes: 
· Tipos de diabetes:
Auto-imune: DM1(necessidade do tratamento com insulina perto do aparecimento dos sintomas), LADA (diabetes auto-imune latente do adulto, ocorre uma demora entre o início dos sintomas e a necessidade do uso de insulina)
Gestacional
DM2
Outros tipos: MODY (diabetes monogênico, acontece por defeitos genéticos, geralmente de caráter dominante), insuficiência pancreática, hemocromatose
· Fisiopatologia
DM1:
Mediada pelos genes HLA DR3, DR4, DQ2, DQ8, associada a uma exposição ambiental (viral por exemplo) leva à formação de anticorpos contra antígenos próprios sendo os principais:
Anti-ilhota (ICA), anti-insulina (IAA), antidescarboxilase de ácido glutâmico (anti-GAD65), antitirosinofosfatases/ insulinoma (IA2 e IA2b), antitransportador de de zinco 8 (Zbt8).
No caso de DM1, recomenda-se o rastreio de outras doenças autoimunes:
- Doença celíaca: ao diagnóstico, após 2 e 5 anos do diagnóstico
- Hashimoto: ao diagnóstico e a cada 1 a 2 anos.
DM2:
Ocorre resistência à insulina, uma vez que o excesso de glicose leva à fosforilação da serina ao invés da tirosina, não aumentando a expressão de GLUT4 na membrana celular e consequentemente não aumentado a absorção de glicose. Pode haver destruição das células betas acarretando em uma (1) diminuição da secreção de insulina, levando à necessidade de reposição de insulina, pode haver também o (2) aumento da secreção de glucagon pelas células alfas, (3) diminuição da reabsorção de glicose, (4) aumento da produção de glicose hepática, (5) diminuição da incretina e (6) aumento da lipólise, todos esses fatores acarretam em hiperglicemia. Pode ocorrer ainda um (7) aumento da reabsorção renal da glicose, em um indivíduo saudável, a partir do aumento dos níveis de glicose no sangue acima de 200mg/dL ocorre a eliminação do excesso através da urina, nos com resistência a insulina o rim começa a absorver até 250mg/dL, diminuindo a excreção de glicose e também corroborando para hiperglicemia. E por fim, pode haver a (8) disfunção de neurotransmissores fazendo com que o paciente sinta mais fome, com a maior ingesta de nutrientes, a glicemia se eleva e corrobora para formação de resistência à insulina. Todos esses fatores são conhecidos como Octeto de Defronzo.
Vale lembrar que o pâncreas produz uma molécula chamada de pró-insulina, antes de secretá-la ele a quebra em insulina e peptídeo C e ambas irão passar pela circulação portal, sendo que o fígado capta muita insulina, podendo gerar um resultado subestimado da produção pancreática. Como o peptídeo C é pouco captado ao passar pela circulação portal, logo torna-se um bom biomarcador para o funcionamento pancreático. 
Diferenças entre os tipos de diabetes:
*Como a pele não tem resistência à ação da insulina, ocorre a hiper estimulação dos melanócitos, levando à acantose nigricans.

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