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ILUMINISMO a mulher e o Iluminismo

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@maari330 
 
 
A mulher e o Iluminismo 
“Não existem instituições públicas para a educação de mulheres, não havendo, 
portanto, nada de inútil, absurdo ou fantástico no curso normal de sua formação. 
Aprendam o que seus pais ou tutores consideram necessário ou útil que 
aprendam, e nada mais do que isso” (Adam Smith – A riqueza das nações) 
 
No início do século XVIII, vários filósofos iluministas 
franceses começaram a fazer reflexões sobre as mulheres e a sua 
condição social. Na cidade de Paris, diversas mulheres da elite parisiense 
passaram a organizar reuniões de intelectuais e pensadores para debater 
ideias, autores e pensamentos políticos e filosóficos. Os debates 
propostos pelas mulheres intelectuais de Paris tiveram o caráter de 
debate livre (temas, ideias). 
Muitos intelectuais e políticos não concordavam com a 
participação feminina nas discussões políticas e filosóficas. Um grande 
exemplo dessa intolerância em relação ao gênero feminino foi o barão de 
Holbach, que exerceu grande influência entre os intelectuais de Paris. O 
barão liderou por muito tempo um dos mais famosos círculos intelectuais 
da década de 1770 na capital francesa. Mary Wollstonecraft (1759-1797) 
 
O principal argumento utilizado por Holbach era que as mulheres baixavam o tom e a seriedade e responsabilidade das 
discussões, ou seja, com a presença feminina nos salões intelectuais, o debate estaria fadado a não acontecer ou a acontecer 
de forma “rasa”, sem profundas reflexões. Outro filósofo iluminista que tecia duras críticas às mulheres era Jean-Jacques 
Rousseau. Segundo ele, as mulheres não estavam presentes no contrato social, assim, os homens teriam o domínio sobre as 
mulheres e as crianças, ou seja, Rousseau defendeu a tese da família patriarcal como a família natural. Immanuel Kant, um dos 
maiores filósofos iluministas, defendeu uma tese próxima a de Rousseau, pois acreditava que a diferença entre sexo masculino 
e feminino era simplesmente natural. Para ele, as mulheres lidavam com trivialidades, pois não foram feitas para raciocinar, mas 
para sentir. 
Uma das principais feministas do século XVIII foi a inglesa Mary Wollstonecraft. Ela defendeu a revolução dos costumes 
femininos para garantir a dignidade feminina que havia sido perdida. Wollstonecraft ridicularizava e criticava veementemente as 
ideias e pensamentos sobre as mulheres dos filósofos iluministas. Seu principal objetivo era demonstrar que a sociedade 
patriarcal havia corrompido e ridicularizado as mulheres e que dos homens surgiu grande parte das “loucuras” femininas. 
 
Mary Wollstonecraft (1759-1797) foi testemunha e protagonista da cena iluminista, para a qual contribuiu com a 
inclusão da temática da igualdade de gênero, debatendo publicamente com escritores como Jean-Jacques Rousseau sobre o 
direito da mulher à educação. Precursora do feminismo e também uma aguerrida militante antiescravagista, foi uma mulher à 
frente de seu tempo em vários aspectos: era solteira quando teve sua primeira filha; defendeu o amor livre e a não obrigatoriedade 
do casamento; foi uma escritora reconhecida já em vida, autora de uma série de romances, tratados, narrativas de viagens e, 
inclusive, uma história da Revolução Francesa; conviveu com intelectuais como o editor Joseph Johnson e os escritores William 
Blake e William Godwin, com o qual veio a se casar e que se tornou pai de sua segunda filha, Mary Shelley (autora de 
Frankenstein). Sua obra mais importante é Reivindicação dos direitos da mulher (1792), considerada uma das peças inaugurais 
da literatura feminista. 
 
Referências: 
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/o-iluminismo-lugar-mulher.htm 
https://www.preparaenem.com/historia/mulheres-as-ideias-iluministas.htm 
https://netnature.wordpress.com/2019/03/06/mulheres-da-ciencia-no-iluminismo/ 
 ILUMINISMO parte 6 
Resumo para 
ENEM / Concurso 
Público/ Vestibular 
 Filosofia e sociologia 
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/o-iluminismo-lugar-mulher.htm
https://www.preparaenem.com/historia/mulheres-as-ideias-iluministas.htm

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