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TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO AULA 6 Profª Margarete Terezinha de Andrade Costa CONVERSA INICIAL Emprego da Expressão Escrita e a Oralidade Nesta aula vamos estudar a capacidade prática e teórica de utilização das técnicas de expressão oral; para isso, vamos começar conhecendo e identificando a imagem, a reputação e a ética da comunicação, elementos essenciais para uma efetivar e manter a conversação de maneira eficaz. Também é necessário entender as melhores maneiras de apresentação em público, visto que no universo acadêmico e laboral é um requisito importante e muito exigido. Da mesma maneira, dominar as técnicas de reuniões presenciais e on-line, assim como as ferramentas de soluções de problemas para as barreiras à comunicação não podem faltar na formação de quem pretende usá-la como ferramenta de interação. E finalmente vamos estudar os procedimentos de trabalhos em equipe para a criação da comunicação de excelência. Esperamos que apreciem a aula e que obtenham com isso uma formação mais aprimorada. TEMA 1 – IMAGEM, REPUTAÇÃO E ÉTICA DA COMUNICAÇÃO No cenário capitalista atual é evidente que as relações são permeadas por interesses financeiros, simbólicos, organizacionais, em que a busca de lucro pessoal é posta. Daí a necessidade de um olhar ético frente à subjetividade da comunicação oral. Está utilizado no cotidiano por todos nós, tanto no papel de falante quanto no de ouvinte. 1.1 Ética da comunicação Na área da comunicação algumas analogias com a ética são colocadas em destaque; entre elas podemos destacar a transparência, pois nas ações comunicativas é importante que fique claro as intenções de cada elemento envolvido; assim como a privacidade, o respeito com as informações pessoais deve ser levado em conta e as informações coletivas de interesse social devem ser divulgadas, pois nem toda informação está disponível para todos; nesse caminho de duplo viés cabe as relações morais. Esses e outros elementos estão atrelados, sem dúvida nenhuma à integridade e à moralidade dos seres humanos. Mas não uma moralidade do senso comum, mas sim fundada em 3 princípios tanto de liberdade quanto de racionalidade que se voltam para o respeito do indivíduo e do coletivo. Assim, devemos considerar a comunidade como um fator imprescindível entre a comunicação e a ética, é nela que as pessoas desenvolvem um ser social com relações com outros, que se dá principalmente por meio da comunicação. 1.2 Imagem e reputação Imagem é um atributo importante na comunicação, mesmo sendo pontual e individual. Esse elemento transmite informações sobre um objeto, uma pessoa ou um local, enviando uma mensagem de quem ou o que se é. Já a reputação é a percepção coletiva que se tem da imagem, é sua interpretação. Assim, a imagem e a reputação constituem elementos que estimulam ou não o interesse, a vontade de manter contato e ampliar as relações. Dessa forma, quando se volta para a comunicação oral, é necessário considerar a imagem que se está passando e a reputação que se cria com ela. Uma conversação oral frágil demonstra insegurança, falta de conhecimento e outros predicados negativos. TEMA 2 – APRESENTAÇÃO EM PÚBLICO Muitas situações exigem apresentação em público e algumas pessoas sofrem muito com isso. Assim, é necessário estudar técnicas para falar melhor e principalmente convencer o outro. Vamos estudar alguns caminhos que nos levam à melhoria das técnicas de oratória. 2.1 Atributos de um bom comunicador Todos, sem exceção, ficam nervosos em apresentações em público. Isso ocorre porque estamos nos expondo e correndo o risco de cometer erros na frente dos outros. Por sua vez, o nervosismo revela que há uma preocupação em buscar a assertividade, que é natural em pessoa responsáveis e envolvidas no que fazem. Portanto, antes de qualquer apresentação, é imperioso seguir alguns passos: primeiro, conhecer bem o assunto que será apresentado, pois é complicado exibir um assunto que não se domina ou fazê-lo de maneira improvisada; em seguida, planejar a maneira de apresentar as ideias, 4 preferenciamente de maneira encadeada, clara e esclarecedora para os ouvintes; também se faz necessário ensaiar a apresentação diversas vezes, buscando superar as falhas, cronometrando o tempo e melhorando em cada tentativa; e por último, deve-se procurar controle emocional, trabalhando com a autoestima, procurando apoio de pessoas positivas, cuidando da imagem pessoal e tendo a consciência de que ninguém é perfeito e de que falhas acontecem. Outro ponto importante é conhecer antecipadamente o local da apresentação e quem serão seus ouvintes. Isso traz mais tranquilidade e evita surpresas desagradáveis, como espaços muito grandes ou pequenos, e possiblita a adequação da fala a determinado público. 2.2 Recursos corporais Todos já devem ter ouvido falar que a transmissão da mensagem se dá mais pela imagem (aparência, postura, voz, movimentos, olhar, gestos) que o apresentador passa do que pelo que ele diz. Dessa maneira, é necessário refletir sobre os recursos corporais. Você também já dever ter ouvido falar que “a primeira imagem é a que fica”; assim, atente para a forma de se vestir. Escolher um traje mais apropriado para a situação reflete a preocupação do orador com o público; a adequação é primordial, assim, se o evento é formal o traje também deve ser; já se imperar a informalidade, os trajes devem acompanhar essa tendência. Obviamente a roupa deve ser discreta e elegante em todas as diferentes ocasiões. Atente para a postura, mantenha a coluna reta, o olhar no público, mantendo contato visual, caminhe firme e naturalmente. Inicie sua apresentação sem ser prepotente; se não houver atenção do público, pare e sorria de maneira simpática, indicando que você precisa de silêncio para começar e/ou continuar. Sua fisionomia indicam seu estado de espírito; mantenha um sorriso nos lábios, pois o bom humor é sempre a melhor estratégia de agradar; não fique de costas para o público e deixe as mãos à vista, não no bolso e nem nas costas. A voz deve ser ouvida por todos, não pode ser baixa e nem alta demais, o interessante é mudar o tom e dar ênfase a algumas sílabas ou termos importantes. O ritmo também deve ter variações, e não ser muito rápido e nem muito lento, pois isso cansa os ouvintes. Evite o uso de gírias, termos de baixo calão, chavões, frases feitas e preconceituosas. 5 TEMA 3 – REUNIÕES PRESENCIAIS E ON-LINE As reuniões são sempre necessárias e acontecem em diferentes situações, a fim de apresentar ideias, informações e opiniões entre seus participantes. Também são utilizadas para coletar informações sobre os processos, as operações e as implantações de projetos; contudo, elas precisam ser cada vez mais rápidas e assertivas, a fim de garantir maior eficiência de resultados. 3.1 Reuniões presenciais Para que uma reunião seja produtiva, é importante organizar alguns itens antes de sua realização. O primeira deles é estabelecer os objetivos da reunião, para que todos tenham a oportunidade de se preparar. Isso feito, é necessário selecionar as pessoas que realmente precisam participar dela, determinar o local e o horário. Uma boa dica é sempre começar no horário estipulado, cumprimentar os presentes e ressaltar a importância da pontualidade – essa é uma maneira simpática de mostrar que as pessoas que têm o costume de se atrasar prestarão mais atenção aos horários. Da mesma maneira, é bom programar o tempo de duração de cada reunião e seguir isso o mais próximodo determinado, tomando cuidado com o tempo da fala. Quanto ao local, este deve ser preparado para receber seus convidados, em relação ao número de lugares, água, ventilação, silêncio, recursos tecnológicos, entre outros. As falas devem ser diretas, sem uso exagerado de metáforas. Todos devem ter oportunidade de se expressar mas também de maneira pontuada, sem excessos. 3.2 Reuniões on-line Atualmente, o uso das tecnologias para realização de reuniões é muito eficiente, principalmente quando se faz necessária a participação de pessoas em diferentes lugares. É sempre bom ter cautela em relação à atenção dos participantes; assim, reuniões muito longas e com a participação de muitas pessoas precisam ser rigorosamente organizadas, a fim de evitar perda de foco e desvios na comunicação. É interessante começar com uma rápida introdução, 6 apresentando os objetivos do encontro e os resultados esperados. Cuidando para que duas pessoas não falem ao mesmo tempo. Se a reunião for apenas para comunicar ou informar, indique isso em seu início e repasse os itens por outros meios, como carta, ofício ou e-mail, assim garante-se o recebimento das informações. TEMA 4 – BARREIRAS DA COMUNICAÇÃO A comunicação não se volta somente para quem fala, mas também para o ouvinte. Saber ouvir é um exercício que precisa ser treinado constantemente, pois há barreiras na comunicação que atrapalham o processo e dificultam o entendimento da interpretação. 4.1 Problemas de comunicação A comunicação se dá quando há troca de informações entre seus participantes; mas algumas vezes a mensagem não é absorvida em sua totalidade, fragmentando seu entendimento e causando problemas. Outra vezes a mensagem pode ser mal interpretada e distorcida pelo seu receptor, ou até mesmo interrompida, sem a captação de sua totalidade. Tais problemas podem estar atrelados ao emissor, ao receptor, ao canal, ao contexto; enfim, pode acontecer em todas as instâncias do processo. Dessa forma, cabe prestar atenção nesses elementos, evitando falhas. Por exemplo, se há resistência no receptor em relação ao emissor ou à mensagem, esta certamente será distorcida ou mal recebida. Da mesma maneira, os variados tipos de preconceito atrapalham o processo, assim como uma postura defensiva, distrações e inibição são elementos que podem gerar comunicação com problemas. 4.2 Como evitar barreiras na comunicação Evidentemente não há como prevenir todos os tipos de barreiras na comunicação, mas há como minimizá-los. A primeira maneira de fazer isso é estar atento ao processo, verificar as possibilidades ou não de entendimento, isto é, es buscar realizar a comunicação sempre da melhor maneira possível. Isso se dá, por exemplo, com a utilização da uma linguagem apropriada e direta, buscando com ela ministrar as informações de forma clara, completa e 7 estimulante. Para que isso se realize de maneira mais eficaz, a utilização de canais diferenciados é interessante, tais como exemplos ilustrativos, imagens, sons, e outros elementos que chamem a atenção. Da mesma maneira, ter uma escuta ativa amplia o processo comunicativo. Muitas vezes as pessoas falam sem ouvir o que outro está dizendo; ao prestar atenção, nós estamos colando-nos no lugar do outro e ajudando o processo comunicativo. Além de criar uma relação empática entre os seus participantes. TEMA 5 – TRABALHO EM EQUIPE A comunicação é a melhor ferramenta para que os trabalhos em equipes sejam melhores, seja em casa, seja no ambiente educacional ou no trabalho. Seu bom uso une o grupo, agrega valor ao trabalho de cada um, cria uma relação de segurança e ajuda na busca de soluções para os problemas. Não há necessidade, no entanto, de elencar as dificuldades que a falta de comunicação ou sua falha resultam no trabalho coletivo, ele é evidente e comum durante os procedimentos de troca. 5.1 Organização do trabalho em grupo O passo mais importante em um trabalho em grupo é esclarecer o objetivo desse trabalho e tempo de sua execução. Em seguida, deve-se fazer a pesquisa sobre seu possível desenvolvimento, entender as habilidades de cada componente do grupo e executar a divisão de tarefas. Tudo muito simples, fácil e rápido... desde que haja entendimento de todos acerca de tais passos. É importante determinar um líder ou vários líderes para diferentes tarefas; ao passar a responsabilidade para alguém, este se sente importante no grupo e realiza sua atividade de maneira mais prazerosa. Sempre deve-se tomar muito cuidado com as relações interpessoais, e discutir em grupo como lidar uns com os outros traz bons resultados. Uma dica é realizar momentos de avaliação dos processos, no qual cada elemento da equipe expõe suas opiniões sobre o andamento dos trabalhos. Isso com respeito e honestidade. Criticar uma ideia não é criticar uma pessoa – isso deve ser o norte das relações. 8 5.2 União e produtividade A ideia do trabalho em grupos é que haja troca entre os elementos na busca de um resultado melhor. O convívio com pessoas que pensam de maneira diferente agrega valor ao resultado desde que haja troca, respeito e parceria entre elas. Assim, o exercício de se trabalhar com o outro é uma busca constante de crescimento, aprendizagem e principalmente a superação das barreiras de comunicação; especialmente porque são poucas as pessoas que trabalham sozinhas. Assim, a comunicação no trabalho em equipe exige paciência, tolerância e respeito com os espaços, as ideias e as dificuldades dos outros e de nós mesmos. NA PRÁTICA Este exercício é muito interessante. Você vai preparar uma palestra para uma pessoa muito importante, para você mesmo. Isso, você vai se apresentar, exibir um projeto, defendê-lo e aprová-lo, ou não, para você mesmo. Escolha uma situação muito formal, elabore uma fala interessante, arrume o cenário, determine um tempo mínimo e máximo e apresente oralmente as suas ideias, gravando esse momento. Refaça quantas vezes você achar necessário, e depois de sua aprovação peça a um ou mais amigos para assistir e avaliar rigorosamente seu desempenho. Se as críticas forem muito severas, marque uma reunião com você mesmo e arrume os pontos frágeis até ficar satisfeito com o resultado. Com esse exercício você vai treinar apresentações orais e estará mais preparado quando precisar realizá-las. FINALIZANDO Estudamos nesta aula a aptidão prática e teórica de utilização das técnicas de expressão oral; para isso tivemos como foco a ética, a apresentação oral em público, como conduzir reuniões e trabalhar em equipe. A intenção desta aula não é esgotar tais tópicos, pelo contrário, a ideia é apontar para novos caminhos que sejam buscados e traçados por você a fim de exercitar e aprimorar o uso da palavra. Desejamos muitas novas boas leituras e bons estudos. 9 REFERÊNCIAS DISCINI, N. Comunicação nos textos. São Paulo: Contexto, 2009. GUIMARÃES, T. de C. Comunicação e linguagem. São Paulo: Pearson, 2013. LUIZARI, K. Comunicação empresarial eficaz: como falar e escrever bem. Curitiba: Intersaberes, 2012. PLAISANCE, P. L. Ética na comunicação: princípios para uma prática responsável. Porto Alegre: Artmed, 2011. SILVA, L. A. e. Qualidade na comunicação escrita. Curitiba: InterSaberes, 2009. VALLE, M. L. E. Não erre mais: língua portuguesa nas empresas. Curitiba: InterSaberes, 2013. Conversa inicial Emprego da Expressão Escrita e a Oralidade Na prática FINALIZANDO REFERÊNCIAS
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