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ARA0434 - AULA 9, 11 e 12

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ANTROPOLOGIA E EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL – ARA0434
Professora: Maria Cecília Santos
Campos dos Goytacazes
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - UNESA
O que é Educação  Onde acontece Educação  Educação dentro da Saúde  Educação como processo de transformação  Metodologias Ativas
1
Processo Educativo, Tendências Pedagógicas e a Prática nas Ciências da Saúde
Este material comtempla os temas das aulas 8,9 do plano de ensino
A educação é considerada um instrumento de transformação social, não só a educação formal, mas toda a ação educativa que propicie a reformulação de hábitos, aceitação de novos valores e que estimule a criatividade.
As práticas educativas são amplamente utilizadas na área da saúde, tanto na formação contínua dos profissionais que atuam nesta área quanto no campo da educação em saúde para a população em geral. A interseção destes dois campos de conhecimento humano se dá através do desenvolvimento de práticas educativas norteadas por um conjunto de representações de homem e de sociedade que se quer efetivar .
Academic paper insights: As tendências pedagógicas e a prática educativa nas ciências da saúde. Available from: https://www.researchgate.net/publication/26360117_As_tendencias_pedagogicas_e_a_pratica_educativa_nas_ciencias_da_saude [accessed Mar 31, 2017].
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A educação é considerada um instrumento de transformação social, não só a educação formal, mas toda a ação educativa que propicie a reformulação de hábitos, aceitação de novos valores e que estimule a criatividade.
As práticas educativas são amplamente utilizadas na área da saúde, tanto na formação contínua dos profissionais que atuam nesta área quanto no campo da educação em saúde para a população em geral. 
A interseção destes dois campos de conhecimento humano se dá através do desenvolvimento de práticas educativas norteadas por um conjunto de representações de homem e de sociedade que se quer efetivar .
Especificidades da Educação para... 
 Educação para Jovens e Adultos (EJA) 
Educação indígena
 Ensino à Distância (EAD)
Educação em espaços de internação socioeducativo e unidades prisionais, 
Quilombolas
Educação dos deficientes físicos e intelectuais
Educação para Jovens e Adultos (EJA), da educação indígena, educação em espaços de internação socioeducativo e unidades prisionais, quilombolas, o Ensino à Distância (EAD) e dos deficientes físicos e intelectuais.
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 1) EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS (EJA) 
Em nossa sociedade atual, falar de educação de Jovens e Adultos implicamos fazer uma retrospectiva e refletir sobre os diversos desafios que essa modalidade enfrentou e enfrenta até os dias atuais, principalmente no que se refere à ausência de políticas públicas, a falta de professores com formação específica e conteúdos e metodologias que nem sempre condizem com a realidade desse alunado. 
Com a criação da Constituição de 1988: EJA conquistou significativos avanços (ensino obrigatório e gratuito para aqueles que não tiveram acesso na idade própria)
Anos 90, a EJA perdeu espaço nas ações governamentais e passou a ser de responsabilidade dos estados e municípios e não mais da união. 
Especificidades da Educação para... 
Em nossa sociedade atual, falar de educação de Jovens e Adultos implicanos fazer uma retrospectiva e refletir sobre os diversos desafios que essa modalidade enfrentou e enfrenta até os dias atuais, principalmente no que se refere à ausência de políticas públicas, a falta de professores com formação específica e conteúdos e metodologias que nem sempre condizem com a realidade desse alunado. 
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 2) EDUCAÇÃO INDÍGENA
Seguindo a Constituição, a educação indígena deve ser bilíngue, intercultural, diferenciada e específica. Na prática, significa garantir aos indígenas o acesso a informações e conhecimentos produzidos no âmbito da sociedade nacional, respeitando as particularidades desses povos e, mais do que isso, possibilitando a reafirmação de suas identidades, a valorização de suas línguas e as condições para que recuperem suas histórias.
Desenvolvimento de currículos específicos, com calendários escolares que respeitem as atividades tradicionais dos diferentes grupos;
Viabilização de cursos para a formação especializada dos professores indígenas e publicação de materiais didáticos em línguas indígenas e em português. 
Especificidades da Educação para... 
Seguindo a Constituição, a LDB define que a educação indígena deve ser bilíngue, intercultural, diferenciada e específica. Na prática, significa garantir aos indígenas o acesso a informações e conhecimentos produzidos no âmbito da sociedade nacional, respeitando as particularidades desses povos e, mais do que isso, possibilitando a reafirmação de suas identidades, a valorização de suas línguas e as condições para que recuperem suas histórias.
6
 4) Educação dos deficientes físicos e intelectuais
Respeitar as limitações pessoais.; 
Atividades, especialmente as adaptativas, devem ser adaptadas para comportarem as especificidades. 
Ambiente escolar que possibilite sua integração.
Especificidades da Educação para... 
7
 5) Quilombolas
 Requer pedagogia própria e respeito à especificidade étnico-racial e cultural de cada comunidade;
Formação específica de seu quadro docente;
Materiais didáticos e paradidáticos específicos;
Devem observar os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica Brasileira;
Deve ser oferecida nas escolas quilombolas e naquelas escolas que recebem alunos quilombolas fora de suas comunidades de origem.
Especificidades da Educação para... 
8
 6) Ensino à Distância (EAD)
 Forte instrumento com capacidade de contribuir para a mudança do paradigma vigente de ensino e aprendizagem que entende como eficaz quando a escolarização é realizada presencialmente. 
A pedagogia dialógica e problematizadora de Freire (2003) propõe que haja uma participação ativa e dinâmica dos estudantes trabalhadores na sala de aula. Assim, é necessário considerar a experiência de vida dos estudantes, pois será a base para a construção dos novos conhecimentos destes estudantes jovens e adultos.
Uso de tecnologia;
Deve ser oferecida nas escolas quilombolas e naquelas escolas que recebem alunos quilombolas fora de suas comunidades de origem.
Especificidades da Educação para... 
A pedagogia dialógica e problematizadora de Freire (2003) propõe que haja uma participação ativa e dinâmica dos estudantes trabalhadores na sala de aula. Assim, é necessário considerar a experiência de vida dos estudantes, pois será a base para a construção dos novos conhecimentos destes estudantes jovens e adultos
9
APRENDER
ENSINAR
EDUCAR
Conceitos importantes
Inquirição=indagação, questionamento.
10
É adquirir um entendimento de como as inquirições (indagações, questionamentos) de um determinado indivíduo, se apropriadas, transforma a situação de aprendizagem como também a si próprio. 
Insignare (latim= instruir sobre, indicar assinalar, marcar, mostrar algo a alguém). Objetivo: (+) a imaginação→→→→ os alunos se tornem críticos, imaginativos e apreciativos, que sejam capazes de legítimos juízos críticos. É despertar para o conhecimento.
É uma ação que deve ser impregnada de amor pelo desconhecido e pelo educando. Educar é amar, eternamente, o inacabado (Freire).
O QUE É EDUCAÇÃO?
“Visa a capacitar o indivíduo para agir conscientemente diante de situações novas de vida, com aproveitamento da experiência anterior, tendo em vista a integração, a continuidade e o progresso social, segundo a realidade de cada um, para serem atendidas as necessidades individuais e coletivas.”
(Nérici, 1971)
O QUE É EDUCAÇÃO?
A educação = instrumento de transformação social.
Não só a educação formal, mas toda a ação educativa →→→a reformulação de hábitos, aceitação de novos valores e que estimule a criatividade. 
A educação = instrumento de transformação social., não só a educação formal, mas toda a ação educativa que propicie a reformulação de hábitos, aceitação de novosvalores e que estimule a criatividade1 . 
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Conservar e transmitir cultura; 
Desenvolver o senso de responsabilidade social do educando; 
Instrumentalizar o educando para que participe conscientemente do progresso social; 
Formar economicamente; 
Integrar na sociedade.
E quais são os objetivos da Educação?
Desenvolvimento Humano
Educar não significa simplesmente transmitir/adquirir conhecimentos. Existe, no processo educativo, um arcabouço de representações de sociedade e de homem que se quer formar. Através da educação as novas gerações adquirem os valores culturais e reproduzem ou transformam os códigos sociais de cada sociedade. Assim, não há um processo educativo asséptico de ideologias dominantes, sendo necessária a reflexão sobre o próprio sentido e valor da educação na e para a sociedade
13
PRÁTICAS EDUCATIVAS
ENSINO-APRENDIZAGEM
A interseção destes dois campos de conhecimento se dá através do desenvolvimento de práticas educativas norteadas por um conjunto de representações de homem e de sociedade que se quer efetivar. Essas representações são demonstradas através da discussão dos processos de ensino-aprendizagem utilizados nas tendências pedagógicas mais dominantes em nosso meio: a pedagogia tradicional, renovada, por condicionamento e a libertadora.
As práticas educativas são norteadas pelas tendências pedagógicas.
a forma pela qual é compreendido o processo de ensino-aprendizagem
A interseção destes dois campos de conhecimento humano se dá através do desenvolvimento de práticas educativas norteadas por um conjunto de representa- ções de homem e de sociedade que se quer efetivar. Essas representações são demonstradas através da discussão dos processos de ensino-aprendizagem utilizados nas tendências pedagógicas mais dominantes em nosso meio: a pedagogia tradicional, renovada, por condicionamento e a libertadora.
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PRÁTICAS EDUCATIVAS
ENSINO-APRENDIZAGEM
a forma pela qual é compreendido o processo de ensino-aprendizagem
A interseção destes dois campos de conhecimento humano se dá através do desenvolvimento de práticas educativas norteadas por um conjunto de representa- ções de homem e de sociedade que se quer efetivar. Essas representações são demonstradas através da discussão dos processos de ensino-aprendizagem utilizados nas tendências pedagógicas mais dominantes em nosso meio: a pedagogia tradicional, renovada, por condicionamento e a libertadora.
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Metodologias Ativas 
A proposta é que o estudante esteja no centro do processo de aprendizagem
Propõe-se uma dinâmica para estimular o diálogo sobre o assunto. Esta dinâmica de papéis sociais tem como princípio possibilitar impulsos de criatividade para que o aluno se coloque em um papel de alguém e sugira alguma ação pertinente ao que foi discutido até o momento sobre educação, no sentido de evitar que os alunos repitam o que já disseram nas outras aulas. O professor deve fazer frases começando com "Se eu fosse..." e continuar com uma situação em que o aluno deve se imaginar para que o aluno termine a frase. Por exemplo "Se eu fosse um menino de 13 anos, estudante de uma escola pública gostaria de ter uma educação alimentar que fosse/fizesse assim ..." Algumas ideias: (usar o público alvo discutido em aulas anteriores) * Uma menina de 15 anos de classe média com sobrepeso; * Senhora que mora sozinha e não consegue engordar; * Mãe que trabalha fora e quando deixa o filho na creche ele não se alimenta bem;
* Jovens obesos que só podem comprar alimentos muito baratos porque estão desempregados; * Pai que vive muito acelerado com trabalho cansativo demais. Cada aluno deve pegar uma frase, escrita em um papel dobrado, e terá somente 10 ou 15 minutos para completar a frase. Em seguida deve ler, um de cada vez, e se explicar para a turma em poucas palavras, a partir do que escreveu. Para evitar que algumas pessoas se alonguem muito, e que outras falem quase nada, o professor pode colocar algumas diretivas nessa dinâmica como por exemplo, cada aluno deve dizer apenas um motivo. O professor deve estar atento e fazer intervenções indicando material didático, leituras ou textos, para solucionar problemas e também para aprofundar assuntos que considere pertinentes. Deve, se possível, relembrar, perguntando ou colocando questões associadas a tudo que já foi discutido até o momento na disciplina, tentando operacionalizar, aplicar o conceito de educação nas questões práticas que forem aparecendo.
16
Metodologias Ativas 
O principal objetivo: incentivar os alunos para que aprendam de forma autônoma e participativa, a partir de problemas e situações reais. 
A proposta é que o estudante esteja no centro do processo de aprendizagem, participando ativamente e sendo responsável pela construção de conhecimento.
TIC= Tecnologias da Informação e Comunicação 
 As Metodologias Ativas se caracterizam pelo protagonismo e autonomia do aluno, que não deve depender apenas do que é dito em sala de aula para aprender, pois deve buscar o entendimento dos conteúdos fora da sala de aula. 
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Metodologias Ativas - benefícios 
São muitos os benefícios ao trazer as metodologias ativas para dentro da sala de aula. Entre os que pontuo a seguir, o principal é a transformação na forma de conceber o aprendizado, ao proporcionar que o aluno pense de maneira diferente (já ouviu falar em fora da caixa?) e resolver problemas conectando ideias que, em princípio, parecem desconectadas.
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TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
a forma pela qual é compreendido o processo de ensino-aprendizagem
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TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
Liberal não tem a ver com algo aberto ou democrático, mas com a instigação da sociedade capitalista que sustenta a ideia de que o aluno deve ser preparado para os papeis sociais de acordo com as suas aptidões, aprendendo a viver em harmonia com as normas deste tipo de sociedade, tendo uma cultura individual. 
Progressistas partem de uma análise crítica da realidade social. Sustentam a ideia de MUDAR a situação.
20
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
De acordo com Ministério da Educação e Cultura são dominantes no sistema educacional brasileiro:
Tais tendências referem-se à forma predominante pela qual se efetua o processo educativo, muitas vezes os professores ou os instrutores de um mesmo cenário educativo podem utilizar processos pedagógicos diferentes e, portanto, haver uma mescla de tendências utilizadas.
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Tradicional
Renovada
Tecnicista
Libertadora ou Crítica
TRADICIONAL
	CARACTERÍSTICAS	
	Papel da Escola	Transmitir conhecimentos disciplinares para a formação geral do aluno. A formação o levará a assumir o seu papel na sociedade, a optar por uma profissão valorizada.
	Conteúdos	Valores sociais inquestionáveis (verdades absolutas). Professor transmite → aluno absorve 
	Métodos	Exposição verbal. Demonstração feita pelo professor. Ênfase nas repetição
	Professor x Aluno	Professor autoridade máxima; 
Relação vertical
	Pressuposto da Aprendizagem	Ensino = repasse de conteúdo. 
Aprendizagem receptiva e mecânica.
Treino, retenção, reforço punitivo.
	Manifestação na prática escolar	Principalmente nas escolas religiosas e leigas. Desde os primeiros educadores jesuítas até hoje. 
Aprendizagem receptiva e mecânica. Não considera características próprias de cada idade. as ações de ensino estão centradas na exposição dos conhecimentos pelo professor. O professor assume funções como vigiar e aconselhar os alunos, corrigir e ensinar a matéria. É visto como a autoridade máxima, um organizador dos conteú- dos e estratégias de ensino e, portanto, o único responsável e condutor do processo educativo. Os conteúdos e procedimentos didáticos não estão relacionados ao cotidiano do aluno e muito menos às realidades sociais. embora a escola vise à preparação para a vida, não busca estabelecer relação entre os conteú- dos que se ensinam e os interesses dos alunos, tampouco entre esses e os problemas reais que afetam a sociedade. Baseada na memorização. Em nível individual: (a) hábito de tomar notas e memorizar; (b) passividade do alunoe falta de atitude crítica; (c) profundo “respeito” quantos fontes de informação, sejam elas professores ou textos; (d) distância entre teoria e prática; (e) tendência ao racionalismo radical; (f ) preferência pela especulação teó- rica; e (g) falta de “problematização” da realidade. • Em nível social: (a) adoção inadequada de informações científica e tecnológica de países desenvolvidos; (b) adoção indiscriminada de modelos de pensamento elaborado em outras regiões (inadaptação cultural); (c) individualismo e falta de participação e cooperação; e (d) falta de conhecimento da própria realidade e, conseqüentemente, imitação de padrões intelectuais, artístico e institucionais estrangeiros; submissão à dominação e ao colonialismo; manutenção da divisão de classes sociais (status quo).
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RENOVADA
	CARACTERÍSTICAS	
	Papel da Escola	Interação do indivíduo com o meio respeitando interesses e diferenças. Formação de atitudes.
	Conteúdos	Voltados para interesses dos alunos. 
O mais importante não é o ensino, mas o processo de aprendizagem (“Aprender a aprender”).
	Métodos	Adequados aos níveis de desenvolvimento dos alunos. Valoriza experiência prática, pesquisa, descoberta. 
	Professor x Aluno	Não há lugar privilegiado para o professor, atua como orientador. O aluno é o centro. 
	Pressuposto da Aprendizagem	Aprendizagem com atividades de descoberta, estimulação do ambiente e motivação interior (Busca de conhecimento pelos alunos).
	Manifestação na prática escolar	 Educação infantil e séries iniciais. Surge no final do século XIX em oposição à tradicional. ESCOLA NOVA.
Aprender a modificar as percepções da realidade. princípio norteador de valorização do indivíduo como ser livre, ativo e social O centro da atividade escolar não é o professor nem os conteúdos disciplinares, mas sim o aluno, como ser ativo e curioso. O mais importante não é o ensino, mas o processo de aprendizagem. “Trata-se de “aprender a aprender”, ou seja, é mais importante o processo de aquisição do saber do que o saber propriamente dito” (Luckesi, 1994:58). É uma tendência de ensino do início do sé- culo XX, na qual procurava estimular a curiosidade da criança para o aprendizado. Segundo o MEC (1997), a idéia de um ensino guiado pelo interesse dos alunos acabou, em muitos casos, por desconsiderar a necessidade de um trabalho planejado, perdendo-se de vista o que se deve ensinar e aprender. Essa tendência, teve grande penetra- ção no Brasil na década de 30, principalmente ensino pré-escolar (jardim de infância).
23
TECNICISTA OU POR CONDICIONAMENTO
	CARACTERÍSTICAS	
	Papel da Escola	Voltada para o desenvolvimento de habilidades técnicas.
	Conteúdos	Conhecimento: observação, comprovação e aplicação prática.
	Métodos	Procedimentos e técnicas baseados na transmissão e recepção de informações.
	Professor x Aluno	Professor organiza as condições de transmissão da matéria e o aluno recebe, aprende.
	Pressuposto da Aprendizagem	Aprender é uma questão de modificação de desempenho: Mudança no aluno de acordo com interesse do professor / escola
	Manifestação na prática escolar	Surge no governo militar 1964 até a década de 80. Aluno age de forma mecânica.
Molda o comportamento humano através de técnicas específicas. Aprendizagem baseada no desempenho. “condicionar” o aluno a emitir respostas desejadas pelo professor. A prática pedagógica é altamente controlada e dirigida pelo professor, com atividades mecânicas inseridas em uma proposta educacional rígida e passível de ser totalmente programada em detalhes . Ten. costumes de dependência de uma fonte externa para o estabelecimento de objetivos, métodos e reforços: desenvolvimento da necessidade de um líder;tendência à robotização. tendência ao conformismo por razões superiores de eficiência e pragmatismo utilitário. O que é valorizado nessa perspectiva não é o professor, mas a tecnologia.
24
LIBERTADORA/ PROBLEMATIZADORA OU CRÍTICA
	CARACTERÍSTICAS	
	Papel da Escola	Prepara os alunos para uma participação social e ativa
Questionamento da realidade, visando às transformações
	Conteúdos	Acumulados pela humanidade e confrontados com a realidade do aluno; temas tirados da problematização
	Métodos	Partem de uma relação direta entre os conteúdos escolares e a experiência do aluno. 
Relação de diálogo.
	Professor x Aluno	 Democrática, horizontal, bilateral. O professor domina o que o aluno irá dominar.
	Pressuposto da Aprendizagem	Depende da capacidade do aluno em processar as informações trazidas pelo professor e relacionar com o que já sabe (codificação de um problema).
	Manifestação na prática escolar	O aluno se reconhece nos conteúdos e modelos sociais apresentados pelo professor. O conhecimento novo se apoia numa estrutura cognitiva já existente.
Há grupos de discussão, diálogos. a pedagogia libertadora ou da problematização por possibilitar uma prática educativa em saúde mais participativa, direcionada tanto à população, na educação em saúde, quanto a profissionais de saúde, na educação continuada. Nesta pedagogia, o método de ensino é realizado na forma de trabalho educativo, através dos grupo de discussão. O professor está ao mesmo nível de importância em relação aos alunos, visto que seu papel é animar a discussão. Dessa forma, o método de ensino se baseia na relação dialógica entre os atores da aprendizagem, tanto alunos quanto professor. Para Freire (2001), é através do diálogo que se dá a verdadeira comunicação, onde os interlocutores são ativos e iguais. A comunicação é uma
relação social igualitária, dialogal, que produz conhecimento.
25
LIBERTADORA/ PROBLEMATIZADORA OU CRÍTICA: MÉTODO DO ARCO DE MAGUEREZ
Criado por Charles Maguerez
Parte da realidade social e após análise, levantamento de hipóteses e possíveis soluções, retorna à realidade.
Teoria da problemitzação.
A Metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez, segundo Berbel (1996), tem como ponto de partida a realidade que, observada sob diversos ângulos, permite ao estudante ou pesquisador extrair e identificar os problemas existentes
Ao observar a realidade, os alunos expressam suas percepções pessoais, efetuando-se uma primeira leitura ingênua desta realidade.
Na segunda fase, os alunos separam dessa observação inicial o que é verdadeiramente importante do puramente superficial ou contingente,
identificando os pontos-chave do problema ou assunto em questão, as variáveis mais determinantes da situação.
Em um terceiro momento, os alunos passam à teorização do problema ao perguntar ao aluno o porquê das coisas observadas. Recorre-se, então, aos conhecimentos científicos. possibilitando a teorização a partir dos fatos contidos no dia-a-dia, no cotidiano do aluno.
Se a teorização é bem-sucedida, o aluno chega a “entender” o problema não somente em suas manifestações empíricas ou situacionais, mas também os princípios teóricos que o explicam. Essa etapa de teorização que compreende operações analíticas da inteligência é altamente enriquecedora e permite o crescimento mental dos alunos. Eis, então, outra razão da superioridade da pedagogia da problematização sobre as de transmissão e condicionamento.
Confrontada a Realidade com sua Teorização, o aluno se vê naturalmente movido a uma quarta fase: a formulação de Hipóteses de Solução para o problema em estudo. O aluno utiliza a realidade para aprender com ela, ao mesmo tempo que se prepara para transformá-la.
Na última fase, o aluno pratica e fixa as soluções encontradas como sendo mais viáveis e aplicáveis. Aprende a generalizar o aprendido para utilizá-lo em situações diferentes e a discriminar em que circunstâncias não é possível ou conveniente a aplicação, explica Bordenave (1999).
26
PRÁTICAS EDUCATIVAS
 EM SAÚDE
a forma pela qual é compreendido o processo de ensino-aprendizagem
27
PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE
ENSINAR E APRENDER
A prática educativa em saúde, aqui, referese tanto às atividades de educação em saúde, voltadas para o desenvolvimento de capacidades individuais e coletivas visando à melhoria da qualidade de vida e saúde; quanto às atividadesde educação permanente, dirigidas aos trabalhadores da área de saúde através da formação profissional contínua. Ao analisar a educação e a saúde verifica-se que ambas são espaços de produção e aplicação de saberes destinados ao desenvolvimento humano; onde é possível encontrar uma interseção entre estes dois campos, tanto nos níveis de atenção à saúde quanto na aquisição contínua de conhecimentos pelos profissionais de saúde. Assim, estes profissionais utilizam, mesmo que inconscientemente, um ciclo permanente de ensinar e de aprende
28
Educação em Saúde
Melhoria da Qualidade de Vida e Saúde
Educação Permanente
Atualização Contínua
ATENÇÃO, quanto as ações de saúde:
Não implicam somente o raciocínio clínico;
Diagnóstico;
Prescrição;
Avaliação terapêutica.
PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE
Tratam o cliente como objeto (ações são centradas no seu corpo, órgão afetado) e não como um sujeito. 
muitas práticas de saúde requerem práticas educativas
As ações de saúde não implicam somente a utilização do raciocínio clínico, do diagnóstico, da prescrição de cuidados e da avaliação da terapêutica instituída. Saúde não são apenas processos de intervenção na doen- ça, mas processos de intervenção para que o indivíduo e a coletividade disponham de meios para a manutenção ou recuperação do seu estado de saúde, no qual estão relacionados os fatores orgânicos, psicológicos, sócio-econô- micos e espirituais.
29
O doente é gente! E gente não é só corpo, só pedaço, só órgão (tratamento humanizado);
A especialidade é necessária: técnicos altamente qualificados, mas não se esquecer da dimensão humana. 
PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE
Necessidade de se considerar que doente é gente, que gente não é só corpo, que gente não é só pedaço, não é só órgão. O que estou reivindicando é o centro do pensamento médico seja a pessoa e não a especialidade em si. A especialidade é necessária, temos que ser técnicos altamente qualificados, mas tendo incorporado, como parte da atividade, a dimensão do humano, que deveria ser considerada nos currículos dos diferentes níveis de ensino”. Para isso, é necessário conhecer de forma mais objetiva o indivíduo ou a comunidade a quem se quer educar, e esse conhecer implica troca, proximidade e especialmente a consciência e conhecimento das crenças, comportamentos, medos, do modo de vida e tudo que permeia e forma o cotidiano do objeto de educação. Faz-se necessário o conhecimento da estrutura da personalidade, cada individuo é único, age e reage de forma peculiar a cada evento, isso em função da sua própria experiência de vida, suas motivações, seus anseios, bloqueios e toda estrutura pregressa de vida, desde a concepção, vida intra-uterina até o momento presente, importante é determinarmos de que forma poderemos ter acesso a esse indivíduo, quais os canais disponíveis e como acessá-los. 
30
PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE
Saúde não será só intervir na doença!
Processos de intervenção para que o indivíduo e a coletividade disponham de meios para a manutenção ou recuperação do seu estado de saúde.
Fatores Orgânicos
Fatores Psicológicos
Fatores Socioeconômicos
Fatores Espirituais
muitas práticas de saúde requerem práticas educativas
As ações de saúde não implicam somente a utilização do raciocínio clínico, do diagnóstico, da prescrição de cuidados e da avaliação da terapêutica instituída. Saúde não são apenas processos de intervenção na doen- ça, mas processos de intervenção para que o indivíduo e a coletividade disponham de meios para a manutenção ou recuperação do seu estado de saúde, no qual estão relacionados os fatores orgânicos, psicológicos, sócio-econô- micos e espirituais.
31
Profissional de Saúde: a necessidade de atualização constante! 
Aquisição de habilidade técnicas e desevolvimento de potencialidades para o trabalho e seu meio social.
PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE
Surgimento de novos conhecimentos sempre! 
Devido à crescente acumulação de conhecimentos e, como conseqüência, a necessidade de atualização constante do profissional de saúde, torna-se indispensável um processo de formação contínua que vise não somente à aquisição de habilidades técnicas, mas também ao desenvolvimento de suas potencialidades no mundo do trabalho e no seu meio social. 
32
Podem ser praticadas em qualquer espaço social: o campo da saúde é muito mais amplo do que o da doença.
PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE
Devido à crescente acumulação de conhecimentos e, como conseqüência, a necessidade de atualização constante do profissional de saúde, torna-se indispensável um processo de formação contínua que vise não somente à aquisição de habilidades técnicas, mas também ao desenvolvimento de suas potencialidades no mundo do trabalho e no seu meio social. 
33
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
“Parte da nutrição aplicada que orienta* seus recursos na aprendizagem, adequação e aceitação de hábitos alimentares saudáveis, em consonância com os conhecimentos científicos de nutrição, perseguindo o objetivo de promover a saúde do indivíduo ou coletividade”.
* Grifo nosso: palavra “orienta” no sentido de guiar e não de orientação educacional
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação em saúde é processo político pedagógico que requer o desenvolvimento de um pensar crítico e reflexivo.
exposição da realidade e sugestão de ações transformadoras
Sujeito 
Cuidar de si
Cuidar da sua família
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Você acha que o nutricionista é um educador? 
Você acha que o nutricionista é um educador?
 
Sim, por natureza é um educador em saúde. 
 
36
A influência da mídia 
na alimentação
INTRODUÇÃO
40
MÍDIA
Conjunto dos diversos meios de comunicação, com a finalidade de transmitir informações e conteúdos variados.
O universo midiático abrange uma série de diferentes plataformas que agem como meios para disseminar as informações, como os jornais, revistas, a televisão, o rádio e a internet, por exemplo. Na língua portuguesa, o termo “mídia” se originou a partir do inglês media, a versão simplificada de mass media, que consiste justamente na expressão utilizada para se referir aos meios de comunicação em massa.
O universo midiático abrange uma série de diferentes plataformas que agem como meios para disseminar as informações, como os jornais, revistas, a televisão, o rádio e a internet, por exemplo.
O universo midiático abrange uma série de diferentes plataformas que agem como meios para disseminar as informações, como os jornais, revistas, a televisão, o rádio e a internet, por exemplo.
41
MÍDIA
Atualmente, os comunicólogos dividem os tipos de mídia em duas principais categoriais: analógico e digital / eletrônico.
A principal diferença entre ambos os modelos é a possibilidade do feedback através da mídia digital, presente principalmente na internet e smartTV’s, por exemplo.
Na mídia analógica (ou também conhecida como “mídia tradicional”), o processo de comunicação é unilateral, ficando o receptor incapacitado de responder ou interagir com a informação ou conteúdo que recebe.
42
Analógica
“Mídia tradicional”
Comunicação é unilateral 
(não há interação)
Digital
“Mídia Eletrônica”
Existe a possibilidade do feedback
MÍDIA
PUBLICIDADE
tornar público um fato ou ideia.
PROPAGANDA
Ato de propagação de princípios e teorias; 
Objetivo de implantar uma ideia na mente.
MARKETING
• Descoberta e interpretação das necessidades dos consumidores; 
• Convencimento para aquisição e utilização;
• Promoção de vendas, distribuição dos produtos e assistência ao consumidor pós-venda.
MARKETING
• processo de descoberta e interpretação das necessidades dos consumidores; 
• convencimento quanto a adquirir e utilizar continuamente os produtos e serviços oferecidos;
• promoção de vendas, distribuição dos produtos e assistência ao consumidor pós-venda.
Convencimento quanto a adquirir e utilizar continuamente os produtos e serviços oferecidos;
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Mídia 
Publicidade
Propaganda
Marketing
MÍDIA
Os meios de comunicação influenciam muito o consumo dealimentos, pois a alimentação engloba tanto a necessidade, quanto o desejo do indivíduo.
Atualmente, a questão do consumo se apresenta como um processo social e como estratégia. Como processo social o consumo diz respeito às múltiplas configurações de aquisições de bens e serviços, e de diferentes maneiras de acesso a esses diferentes bens. A mídia, por estratégias mercadológicas, possibilita que o consumidor, faça associações objetivas, relacionadas ao desempenho do produto, e subjetivas, articuladas aos seus desejos, permitindo assim, uma identificação de pessoas com grupos, locais e marcas que consomem no cotidiano (DADALTO; FREITAS, 2008). 
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Mídia
Objetiva
Desempenho do produto
Subjetiva
Desejo do consumidor
MÍDIA
Publicidade, nas últimas décadas: apresenta-se textos menos verbais e mais estratégias visuais. 
Imagens e mensagens que poden mascarar a realidade para se atingir seu objetivo: VENDER!
Compra de produtos desnecessários e até maléficos à saúde. 
Atualmente, a questão do consumo se apresenta como um processo social e como estratégia. Como processo social o consumo diz respeito às múltiplas configurações de aquisições de bens e serviços, e de diferentes maneiras de acesso a esses diferentes bens. A mídia, por estratégias mercadológicas, possibilita que o consumidor, faça associações objetivas, relacionadas ao desempenho do produto, e subjetivas, articuladas aos seus desejos, permitindo assim, uma identificação de pessoas com grupos, locais e marcas que consomem no cotidiano (DADALTO; FREITAS, 2008). publicidade, nas últimas décadas:, apresenta-se configurada basicamente através de textos menos verbais e com mais estratégias visuais. 
Indústria midiática.
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MÍDIA
Transmite os novos conhecimentos (reflexos da vida social moderna). 
Além de vender, induz consumismo por:
apelos emocionais; 
criação de valores e 
estilos de vida.
Atualmente, a questão do consumo se apresenta como um processo social e como estratégia. Como processo social o consumo diz respeito às múltiplas configurações de aquisições de bens e serviços, e de diferentes maneiras de acesso a esses diferentes bens. A mídia, por estratégias mercadológicas, possibilita que o consumidor, faça associações objetivas, relacionadas ao desempenho do produto, e subjetivas, articuladas aos seus desejos, permitindo assim, uma identificação de pessoas com grupos, locais e marcas que consomem no cotidiano (DADALTO; FREITAS, 2008). publicidade, nas últimas décadas:, apresenta-se configurada basicamente através de textos menos verbais e com mais estratégias visuais. a publicidade está ligada à venda, ao capitalismo e ao lucro. Ela atua no processo final da comercialização, conduzindo o produto ao cliente por meio de informações de caráter persuasivo veiculadas nos meios de comunicação.” Afirma, ainda, que a publicidade está ligada aos interesses capitalistas, e que os publicitários estudam formas de motivar as pessoas a consumirem os produtos divulgados. Na nova ordem mundial do capitalismo, os apelos publicitários têm potencial para incitar pessoas a comprar produtos que podem ser desnecessários e até maléficos à saúde. 
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MÍDIA
PUBLICIDADE DE ALIMENTOS: 
Artifícios que encobrem o mal que o consumo de determinados produtos pode fazer às pessoas.
Consumo indiscriminado e inconsciente: lanches prontos e rápidos.
A publicidade de alimentos usa de artifícios que encobrem o mal que o consumo de determinados produtos pode fazer às pessoas→→→→ o aumento do consumo indiscriminado e inconsciente, predominantemente, de lanches prontos e rápidos, e muito diferentes dos alimentos tradicionais. 
Ramalho (2009) assegura que a mídia utiliza “novas tecnologias discursivas, que consistem na manipulação estratégica da linguagem como forma de dissimular propósitos promocionais em textos publicitários e, assim, alcançar o (a) consumidor (a) potencial”. 
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PLANEJAMENTO PUBLICITÁRIO
Determina o número de vezes que um comercial é exibido, a frequência e intensidade de inserção dos comerciais de televisão;
Obedece às recomendações quanto:
 mercado a ser atingido;
 veículos de divulgação;
 apelos a serem empregados;
mensagens adequadas para o meio escolhido e 
verba disponível.
Estratégias de marketing utilizadas em peças e anúncios publicitários: 
Importância dos nutrientes e calorias; 
Suplementos substituindo comida; 
Família;
Corpo feminino; 
Personalidades; 
Humor; 
Personagens infantis;
Brindes; 
Promoções; 
Cores;
Slogans; 
Datas comemorativas; 
Prática de esportes; 
Jogos educativos; 
Publicidade de alimentos in natura. 
MECANISMOS DE CONTROLE 
Apesar das políticas públicas existentes, o que se percebe é que ainda é necessário um movimento da população para que muitas propagandas abusivas sejam denunciadas e retiradas dos meios de divulgação. 
Atualmente, a questão do consumo se apresenta como um processo social e como estratégia. Como processo social o consumo diz respeito às múltiplas configurações de aquisições de bens e serviços, e de diferentes maneiras de acesso a esses diferentes bens. A mídia, por estratégias mercadológicas, possibilita que o consumidor, faça associações objetivas, relacionadas ao desempenho do produto, e subjetivas, articuladas aos seus desejos, permitindo assim, uma identificação de pessoas com grupos, locais e marcas que consomem no cotidiano (DADALTO; FREITAS, 2008). publicidade, nas últimas décadas:, apresenta-se configurada basicamente através de textos menos verbais e com mais estratégias visuais. 
CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) através da Resolução nº 163 de 13.03.2014, considerou abusiva a publicidade e comunicação mercadológica dirigidas à criança (pessoa de até 12 anos de idade, conforme Art. 2o do ECA), definindo especificamente as características dessa prática, como o uso de linguagem infantil, de pessoas ou celebridades com apelo ao público infantil, de personagens ou apresentadores infantis, dentre outras. 
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Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 408/2008
Aponta diretrizes para a promoção da alimentação saudável. 
Lei nº: 8985/2012
Legislações que limitam a comercialização de lanche acompanhado de brinde ou brinquedo. 
Resolução nº 163/2014 do Conanda
Dispõe sobre a prática abusiva do direcionamento de publicidade e de comunicação mercadológica à criança e ao adolescente. 
MECANISMOS DE CONTROLE 
Atualmente, a questão do consumo se apresenta como um processo social e como estratégia. Como processo social o consumo diz respeito às múltiplas configurações de aquisições de bens e serviços, e de diferentes maneiras de acesso a esses diferentes bens. A mídia, por estratégias mercadológicas, possibilita que o consumidor, faça associações objetivas, relacionadas ao desempenho do produto, e subjetivas, articuladas aos seus desejos, permitindo assim, uma identificação de pessoas com grupos, locais e marcas que consomem no cotidiano (DADALTO; FREITAS, 2008). publicidade, nas últimas décadas:, apresenta-se configurada basicamente através de textos menos verbais e com mais estratégias visuais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) defende o fim da publicidade de alimentos não saudáveis para as crianças e em processo de elaboração de um documento, instruindo aos governos a investir em políticas públicas que reduzam o impacto das campanhas publicitárias sobre alimentos e bebidas com baixo teor nutricional e altos índices de sódio, açúcares e gorduras, principalmente direcionados ao público infantil
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CONAR – Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (www.conar.org.br)
OMS - Organização Mundial de Saúde (/www.who.int/en/) 
Consumers International (CI) (www.consumersinternational.org/) 
ONG que a tua a partir de denúncias: cumprimento do “Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária” 
63ª Assembleia Mundial da Saúde: países restrinjam e regulamentem a publicidade de alimentos em função da epidemia de obesidade. 
Possui diversas publicaçõesem consonância com as recomendações da OMS, baseados em 8 direitos do consumidor
MECANISMOS DE CONTROLE 
a publicidade de alimentos é um dos obstáculos para que a população tenha hábitos alimentares saudáveis pois “A publicidade de alimentos ultraprocessados domina os anúncios comerciais de alimentos, frequentemente veicula informações incorretas ou incompletas sobre alimentação e atinge, sobretudo, crianças e jovens.”
O processo de regulação da publicidade e propaganda de alimentos busca aliar o direito à informação com a proteção do consumidor de práticas abusivas. A grande maioria dos comerciais veiculados na televisão brasileira é relacionada aos alimentos de baixo ou nenhum valor nutricional, ricos em sódio, gorduras e açúcar e destinados prioritariamente às crianças e adolescentes, que formam um público mais vulnerável. Cria-se, portanto, um ambiente obesogênico, que atua diretamente contra o direito a uma alimentação adequada e favorável à saúde nutricional e ao bem-estar das crianças.”
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Guia Alimentar Brasileiro (2014)
COORDENAÇÃO GERAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (CGAN) 
A publicidade de alimentos é um dos obstáculos para que a população tenha hábitos alimentares saudáveis.
O processo de regulação da publicidade e propaganda de alimentos busca aliar o direito à informação com a proteção do consumidor de práticas abusivas.
MECANISMOS DE CONTROLE
Em Junho de 2010, após uma grande consulta pública, com todos os setores da sociedade, foi publicada a RDC 24/2010.
Restringe a publicidade de alimentos ricos em gordura, açúcar, sal e aditivos químicos. 
A Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), entrou com um recurso jurídico no Tribunal Regional Federal sustentando que “a publicidade é uma forma de liberdade de expressão e só pode ser restringida por uma lei aprovada pelo Congresso Nacional”. Em 2013 a Resolução foi suspensa.
Ao redor do mundo, a legislação é mais rígida:
MECANISMOS DE CONTROLE
“Programa preliminar da Comunidade Europeia, para uma política de proteção e de informação dos consumidores”, direitos fundamentais: 
direito à saúde e à segurança;
direito à proteção de seus interesses econômicos;
direito à reparação de danos;
direito à representação; 
direito à educação e à informação.
primeira iniciativa da União Europeia em relação à proteção do consumidor foi adotada em 1975, com a edição do “Programa preliminar da Comunidade Europeia, para uma política de proteção e de informação dos consumidores”, por meio do qual os consumidores foram agraciados com cinco direitos fundamentais: 
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“a publicidade está ligada à venda, ao capitalismo e ao lucro. Ela atua no processo final da comercialização, conduzindo o produto ao cliente por meio de informações de caráter persuasivo veiculadas nos meios de comunicação.” Afirma, ainda, que a publicidade está ligada aos interesses capitalistas, e que os publicitários estudam formas de motivar as pessoas a consumirem os produtos divulgados. Na nova ordem mundial do capitalismo, os apelos publicitários têm potencial para incitar pessoas a comprar produtos que podem ser desnecessários e até maléficos à saúde. 
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A TELEVISÃO
Assistir à televisão excessivamente ainda é um fato alarmante: 25% de prevalência (VIGITEL, 2016). 
A TV aberta é a maior fonte de lazer e informação da maioria da população, moldando a visão de nós mesmos e da vida à nossa volta (FISCHER, 2005). Como fonte de informação, a TV goza de “fé pública”, o que acaba por revestir os comerciais e as informações, mesmo incorretas e contraditórias, de uma confiança da qual não são merecedores. Por isso, ao mesmo tempo em que a TV pode transmitir importantes mensagens sobre a promoção de saúde e prevenção de doenças, a exposição excessiva à mesma parece ser um indicador de aumento nos riscos à saúde. Somos sobrecarregados com diversas informações sobre os mais variados assuntos, e nem sempre essas informações são confiáveis.
As crianças são um alvo importante de campanhas publicitárias, por vários motivos, entre eles por escolherem o que os pais consomem (pesquisa mostra que 80%9 das crianças possuem participação nas compras dos pais) e também porque, por serem impactadas desde jovens, tenderem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é de fato imposto.
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O que influencia a escolha do consumidor?
E o conteúdo nutricional? 
valor agregado está diretamente relacionado à percepção do cliente sobre o diferencial do produto, serviço ou solução ofertada.
Socialização é a assimilação de hábitos característicos do seu grupo social, todo o processo através do qual um indivíduo se torna membro funcional de uma comunidade, assimilando a cultura que lhe é própria.
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Praticidade
Custo
Sabor
Valor agregado
Socialização
Motivação pessoal ou induzida
MARKETING NUTRICIONAL
Explora a característica nutricional dos alimentos (consumidor pode avaliar as diferenças nutricionais);
Propaganda nutricional: está mais relacionada a informações expressas nos rótulos dos alimentos. 
 NUTRICIONISTA: auxílio no desenvolvimento, implantação e avaliação de resultados das pesquisas de marketing, no lançamento ou análise de produto existente no mercado.
Consumidor em contato com as diferenças nutricionais dos produtos 
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Importância da Embalagem
Cerca de 66% das decisões de compra dos consumidores são tomadas nos pontos de venda;
A embalagem e o rótulo de um produto alimentício constituem importantes fontes de informação: 
Abordam aspectos nutricionais e sensoriais do produto; 
Geram expectativa no consumidor e permitem que o mesmo faça sua escolha entre as diversas alternativas disponíveis.
MARKETING NUTRICIONAL
Gordura Trans < 0,2 g
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MARKETING NUTRICIONAL
Consumidor: maior acesso ao conhecimento (nutrição e saúde);
Busca por um estilo de vida saudável: seleção dos alimentos objetivando a saúde e/ou culto ao corpo;
 
Foco: PROMOÇÃO DA SAÚDE
MARKETING NUTRICIONAL
Empresas alimentícias e profissionais de marketing têm absorvido tais tendências das preferências e necessidades da população, elaborando produtos e serviços que atendam a tais expectativas.
As crianças são um alvo importante de campanhas publicitárias:
 80% das crianças são responsáveis por escolherem o que os pais consomem; 
por serem impactadas desde jovens, tendem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é de fato imposto.
PUBLICIDADE PARA O PÚBLICO INFANTIL
A TV aberta é a maior fonte de lazer e informação da maioria da população, moldando a visão de nós mesmos e da vida à nossa volta (FISCHER, 2005). Como fonte de informação, a TV goza de “fé pública”, o que acaba por revestir os comerciais e as informações, mesmo incorretas e contraditórias, de uma confiança da qual não são merecedores. Por isso, ao mesmo tempo em que a TV pode transmitir importantes mensagens sobre a promoção de saúde e prevenção de doenças, a exposição excessiva à mesma parece ser um indicador de aumento nos riscos à saúde. Somos sobrecarregados com diversas informações sobre os mais variados assuntos, e nem sempre essas informações são confiáveis.
As crianças são um alvo importante de campanhas publicitárias, por vários motivos, entre eles por escolherem o que os pais consomem (pesquisa mostra que 80%9 das crianças possuem participação nas compras dos pais) e também porque, por serem impactadas desde jovens, tenderem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é de fato imposto.
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As razões que mais influenciam o consumo de produtos infantis:
Publicidade televisiva (73%);
Personagens famosos (50%);
Embalagens (48%). 
PUBLICIDADE PARA O PÚBLICO INFANTIL
Os produtos mais consumidos: embalagens coloridas e atraentes; brindes; cupons para sorteio de prêmios e personagens famosos/ da moda.
A TV aberta é a maior fonte de lazer e informação da maioria da população, moldando a visão de nós mesmos e da vida à nossa volta (FISCHER, 2005). Como fonte de informação, a TVgoza de “fé pública”, o que acaba por revestir os comerciais e as informações, mesmo incorretas e contraditórias, de uma confiança da qual não são merecedores. Por isso, ao mesmo tempo em que a TV pode transmitir importantes mensagens sobre a promoção de saúde e prevenção de doenças, a exposição excessiva à mesma parece ser um indicador de aumento nos riscos à saúde. Somos sobrecarregados com diversas informações sobre os mais variados assuntos, e nem sempre essas informações são confiáveis.
As crianças são um alvo importante de campanhas publicitárias, por vários motivos, entre eles por escolherem o que os pais consomem (pesquisa mostra que 80%9 das crianças possuem participação nas compras dos pais) e também porque, por serem impactadas desde jovens, tenderem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é de fato imposto.
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O que é publicidade abusiva? 
I - linguagem infantil, efeitos especiais e excesso de cores; 
II - trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de criança; 
III - representação de criança; 
IV-pessoas ou celebridades com apelo ao público 
infantil;
 V-personagens ou apresentadores infantis; 
PUBLICIDADE PARA O PÚBLICO INFANTIL
O que é publicidade abusiva? 
VI - desenho animado ou de animação; 
VII - bonecos ou similares;
VIII - promoção com distribuição de prêmios ou de brindes colecionáveis ou com apelos ao público infantil; 
 IX - promoção com competições ou jogos com 
apelo ao público infantil. 
PUBLICIDADE PARA O PÚBLICO INFANTIL
PUBLICIDADE PARA O PÚBLICO INFANTIL
Consequências:
Formação de hábitos alimentares inadequados;
Crianças expostas a um ambiente obesogênico;
Obesidade Infantil.
A TV aberta é a maior fonte de lazer e informação da maioria da população, moldando a visão de nós mesmos e da vida à nossa volta (FISCHER, 2005). Como fonte de informação, a TV goza de “fé pública”, o que acaba por revestir os comerciais e as informações, mesmo incorretas e contraditórias, de uma confiança da qual não são merecedores. Por isso, ao mesmo tempo em que a TV pode transmitir importantes mensagens sobre a promoção de saúde e prevenção de doenças, a exposição excessiva à mesma parece ser um indicador de aumento nos riscos à saúde. Somos sobrecarregados com diversas informações sobre os mais variados assuntos, e nem sempre essas informações são confiáveis.
As crianças são um alvo importante de campanhas publicitárias, por vários motivos, entre eles por escolherem o que os pais consomem (pesquisa mostra que 80%9 das crianças possuem participação nas compras dos pais) e também porque, por serem impactadas desde jovens, tenderem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é de fato imposto.
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Estudos
Borzekowsi e Robinson (2001): 
1 ou 2 exposições com duração entre 10 a 30 segundos de comercial para crianças de 2 a 6 anos é capaz de influenciar a preferência por produtos específicos. 
O que agrava o problema?
Mais de 90% dos atores ou modelos destes comerciais são magros ou muito magros e anunciam produtos ricos em calorias; 
Este tipo de estratégia pode influenciar as pessoas a pensarem que o consumo de tais alimentos não as levará ao excesso de peso.
Exemplos
“A mídia não deveria educar tanto a sociedade. Hoje, a TV educa mais que um professor em sala de aula. Na aula, por mais que o professor se esforce a TV é como se fosse uma verdade. Quem está na TV é porque chegou lá e aquilo forma a nossa opinião”.
Professor João Brito

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