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1 Maria Eduarda Teixeira Sepúlveda – Medicina – 3° semestre - OSSOS - PELVE, FÊMUR E COLUNA VERTEBRAL. - PELVE – No indivíduo pós- púbere, o cíngulo do membro inferior é formado por três ossos: Ossos do quadril (ossos coxais e ilíacos): direito e esquerdo, grande, irregular, formado pela fusão de três ossos (ílio, ísquio e púbis). Sacro: fusão de cinco vértebras sacrais. Nas crianças, os ossos do quadril são separados unidos pela cartilagem trirradiada no acetábulo (depressão do quadril que se articula com a cabeça do fêmur). Após a puberdade, eles se fundem. O osso do quadril é unido anteriormente na sínfise púbica e articula-se posteriormente com o sacro nas articulações sacroilíacas. ÍLIO: parte superior em forma de leque. Asa é a abertura do leque e o corpo ao cabo. Na face externa, o ílio participa da formação do acetábulo. Crista ilíaca (borda) tem uma curva entre as espinhas ilíacas anterossuperior e posterossuperior. Fossa ilíaca: face côncava anteromedial da asa. Posteriormente, a face sacropélvica do ílio tem uma face auricular e uma tuberosidade ilíaca para articulação e sindesmótica com o sacro. ÍSQUIO: Corpo ajuda a formar o acetábulo e o ramo forma parte do forame obturado. Túber isquiático: grande protuberância posteroinferior do ísquio. Espinha isquiática: pequena projeção posteromedial pontiaguda perto do corpo e do ramo. Incisura isquiática menor: concavidade entre a espinha isquiática e o túber. Incisura isquiática maior: superior à espinha isquiática e parcialmente formada pelo ílio. PÚBIS: Osso angulado que tem um ramo superior ajuda a formar o acetábulo, e um ramo inferior, que ajuda a formar o forame obturado. Crista púbica: espessamento na parte anterior do corpo do púbis, terminando lateralmente com uma elevação proeminente, a tubérculo púbico. Linha pectínea do púbis: parte lateral do ramo superior do púbis tem uma estria. 2 Maria Eduarda Teixeira Sepúlveda – Medicina – 3° semestre 3 Maria Eduarda Teixeira Sepúlveda – Medicina – 3° semestre A pelve é dividida em pelves maior (falsa) e menor (verdadeira) pelo plano oblíquo da abertura superior da pelve (entrada pélvica). Arco púbico: formado pelos ramos ísquiopúbicos, tendo esses na sínfise púbica e suas margens inferiores definem o ângulo subpúbico (largura do ângulo será definida pela distancia entre os túberes isquiáticos). Abertura inferior da pelve é limitada pelo: Arco púbico anteriormente; Túberes isquiáticos lateralmente; Margem inferior do ligamento sacrotuberal posterolateralmente; Extremidade do cóccix posteriormente. Pelve maior é a parte da pelve: Superior à abertura superior da pelve; Limitada pelas asas do ilíaco posterolateralmente e a face anterossuperior da vértebra S1 posteriormente; Ocupada por vísceras abdominais (ílio e colo sigmoide) Pelve menor: Entre as aberturas superior e inferior da pelve; Limitada pelas faces pélvicas dos ossos do quadril, sacro e cóccix; Maior significado para GO. - COLUNA VERTEBRAL - A coluna vertebral, coluna espinhal ou espinha dorsal é definida como a estrutura óssea que vai da região inferior do osso occipital do crânio até a ponta do cóccix. Por sua vez, a medula espinhal é o tecido nervoso tubular que transita no canal vertebral da coluna vertebral. Composta por 33 vértebras. Cervical (7) Torácica (12) Lombar (5) Sacro (S1-5) Cóccix (3-4 fundidas) - VERTEBRA TÍPICA: Corpo vertebral - a grande parte cilíndrica localizada anteriormente que dá força à coluna. Estão envolvidos na sustentação de peso. Seu tamanho aumenta à medida que se desce na coluna vertebral. Os corpos vertebrais adjacentes são separados por discos intervertebrais. Arco vertebral - a estrutura localizada posteriormente ao corpo. Consiste em dois pedículos e duas lâminas. Os pedículos contêm incisuras vertebrais (superiores, inferiores) que formam o forame intervertebral. Este permite a passagem dos nervos espinhais que saem da medula espinhal. Os pedículos, as lâminas e o corpo de cada vértebra formam uma cavidade (forame vertebral). O canal vertebral é o espaço através da coluna vertebral que é delimitado pelos forames vertebrais. Processos vertebrais - no total há sete processos vertebrais se projetando a partir do arco vertebral: um processo espinhoso (pósteroinferior), dois processos transversos (pósterolaterais) e quatro 4 Maria Eduarda Teixeira Sepúlveda – Medicina – 3° semestre processos articulares. Estes últimos contêm facetas articulares. Os processos vertebrais servem como pontos de fixação para ligamentos e músculos do dorso. Eles também participam das articulações. TIPOS DE VÉRTEBRAS: Vértebras cervicais As sete vértebras cervicais formam a coluna cervical no pescoço. Elas estão localizadas entre o crânio e as vértebras torácicas, e têm os discos intervertebrais menores e mais finos. Entretanto, são as mais móveis. As vértebras cervicais têm características específicas, como o forame transverso, dois tubérculos (anterior e posterior) e processos espinhosos divididos (bífidos). Três vértebras cervicais são atípicas. O atlas (C1) consiste em dois arcos (anterior e posterior) e contém duas massas laterais. As massas articulam com os côndilos occipitais do crânio, sustentando o seu peso. O axis (C2) contém uma projeção em formato de dente direcionada para cima e duas facetas articulares superiores. Estas facilitam a articulação com o atlas e a rotação da cabeça. A proeminência vertebral (C7) tem o processo espinhoso mais longo. É a ponta óssea que mais se sobressai na região posterior do pescoço. Vértebras torácicas As doze vértebras torácicas formam a segunda região da coluna vertebral, a coluna torácica (dorso superior). Elas têm um papel na formação da caixa torácica. As vértebras torácicas contém várias características específicas: facetas costais que articulam com as costelas, corpos vertebrais em formato de coração, forames vertebrais menores e processos transversos e espinhosos longos e resistentes que apontam para baixo. As primeiras quatro (T1-T4) e as últimas quatro (T9-T12) vértebras torácicas compartilham algumas características com a coluna cervical e a coluna lombar, respectivamente. As quatro vértebras do meio (T5-T8) são vértebras torácicas típicas. 5 Maria Eduarda Teixeira Sepúlveda – Medicina – 3° semestre Vértebra lombar: As cinco vértebras lombares formam a coluna lombar (dorso inferior). Elas possuem os maiores corpos vertebrais, facilitando a sustentação de peso. Os pedículos e as lâminas são espessos e fortes. Seus processos espinhosos são curtos e resistentes para a fixação de fortes músculos lombares. A coluna lombar também contém processos acessórios e mamilares. L5 é a maior vértebra de todo o corpo humano - ela sustenta e transmite o peso corporal para a base do sacro. A medula espinhal termina como o cone medular ao nível das vértebras L1 / L2. Sacro: O sacro consiste em cinco vértebras sacrais fundidas. Está localizado entre a coluna lombar (ângulo lombossacral) e o cóccix e faz parte da pelve. Seu principal papel é transmitir todo o peso da parte superior do corpo à pelve para que daí alcance os membros inferiores. Dentro de seu centro está o canal sacral que é a continuação do canal espinhal. O canal sacral contém a cauda equina da medula espinhal. Os forames sacrais (anterior, posterior) permitem a saída dos nervos espinhais. As cristas sacrais (média, intermédia, lateral) representam os processos fundidos das vértebras sacrais. cervical Dorsal ou torácica Lombar 6 Maria Eduarda Teixeira Sepúlveda – Medicina – 3° semestre Cóccix: O cóccix se articula com o sacro e é composto por três a quatro vértebras coccígeas fundidas. Tem duas superfícies (pélvica, posterior), processos transversoscurtos e cornos coccígeos. O cóccix é um ponto de fixação para os músculos glúteos máximo e coccígeo. O filum terminale da medula espinhal termina ao nível da primeira vértebra coccígea (Co1). - FÊMUR - Osso mais longo e pesado do corpo humano. Compreende ¼ da altura da pessoa. Transmite o peso do corpo do quadril para a tíbia quando a pessoa está de pé. O fêmur possui um corpo e duas extremidades, uma superior e uma inferior. Extremidade superior (proximal) é dividida em cabeça, colo e dois trocanteres. A cabeça do fêmur é redonda e coberta por cartilagem, exceto pela depressão medial, a fóvea da cabeça do fêmur. O colo do fêmur é trapezoide, a extremidade estreita sustenta a cabeça e a base mais larga é continua com o corpo. A região proximal é curva (L) de forma que o eixo longitudinal da cabeça e do corpo. Esse ângulo de inclinação diminui com o envelhecimento da pessoa (adulto é em media 126°), sendo menor nas mulheres por conta da maior largura do acetábulo. Esse ângulo permite maior mobilidade do fêmur na articulação do quadril, pois coloca a cabeça e o colo mais perpendiculares ao acetábulo. Bem como, assegura a obliquidade do fêmur na coxa, o qual permite que os joelhos situem-se adjacentes e inferiores ao tronco. Sendo vantajoso para marcha bípede. Ângulo de torção ou de declinação (7° homens e 12° mulheres) quando associado ao ângulo de inclinação permite os movimentos giratórios da cabeça do fêmur, como flexão, extensão, abdução e adução e movimentos giratórios da coxa. Trocanter menor: abrupto, cônico e arredondado estende-se medialmente da parte posteromedial da junção do colo com o corpo e serve de local de fixação tendínea para o flexor primário da coxa. Trocanter maior: massa óssea, lateral, se projeta superior e posteriormente onde o colo se une ao corpo do fêmur, oferecendo fixação e alavanca para abdutores e rotadores da coxa. Linha intertrocantérica = local de união do colo e corpo, uma estria áspera. Inicia-se no maior, espirala-se no menor e continua em sentido posterior e inferior, a linha medial. Crista intertrocantérica = une-se aos trocanteres posteriormente. A elevação na crista é o tubérculo quadrado. Fossa trocantérica = depressão profunda medialmente. O corpo do fêmur é um pouco curvo (convexo) anteriormente. A maior parte do corpo é arredondada e lisa e o local de origem dos extensores do joelho é larga e rugosa, linha áspera, proporcionando fixação aponeurótica para os adutores da coxa. Linha espiral: estende-se em direção ao trocanter menor, depois segue ate a superfície anterior do fêmur (conhecida como linha intertrocantérica). 7 Maria Eduarda Teixeira Sepúlveda – Medicina – 3° semestre Linha pectínea: estende-se da parte central da linha áspera até a base do trocanter menor. Inferiormente, a linha áspera divide-se em linhas supracondilares medial e lateral. Côndilos medial e lateral formam quase toda extremidade inferior (distal) do fêmur. Os côndilos femorais articulam-se com os meniscos e côndilos tibiais para formar a articulação do joelho. Os côndilos são separados posterior e inferiormente por uma fossa intercondilar, mas se fundem anteriormente formando uma depressão longitudinal rasa, a face patelar. Epicôndilos (lateral e medial) são locais de fixação proximal dos ligamentos colaterais medial e lateral das articulações do joelho. Testando conhecimento Nomeie as estruturas a seguir 8 Maria Eduarda Teixeira Sepúlveda – Medicina – 3° semestre 9 Maria Eduarda Teixeira Sepúlveda – Medicina – 3° semestre Imagem 1: Imagem 2 e 3: Imagem 4:
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