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Lesões de tecidos moles

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Segundo Cesaretti (1998) os danos aos tecidos moles 
são representados pela interrupção da continuidade 
de um tecido corpóreo, em maior ou em menor 
extensão, causada por qualquer tipo de trauma 
físico, químico ou mecânico. 
Classificação de danos aos tecidos moles 
 Ferida abrasiva 
 Ferida puntiforme 
 Ferida cortante 
 Ferida pérfuro-cortante 
 Ferida perfuro-contusa 
 Ferida corto-contusa 
Ferida abrasiva 
Resulta na perda da camada superficial do tecido 
cutâneo.. Nesses casos, deve-se ter cuidado com a 
ferida, realizando limpeza com soro fisiológico 0,9% 
em temperatura ambiente, além de realizar 
cobertura com óleos e gaze. 
Ferida puntiforme 
São aquelas causadas por instrumentos pontiagudos, 
perfurantes com diâmetro geralmente uniforme. 
Nesse caso, devemos realizar a limpeza do local com 
soro fisiológico 0,9%, observar e remover presença 
de corpos estranhos. Vale ressaltar a importância de 
verificar se a vacina antitetânica está em dia, caso 
não, pode ser necessário reaplicá-la. 
Ferida cortante 
Causada por instrumentos afiados que deslizam 
sobre a pele. 
Ferida pérfuro-cortante 
Causadas por instrumentos de ação mista. 
Ferida perfuro-contusa 
Quando tem a ação de perfurar e contundir ao 
mesmo tempo. 
Ferida corto-contusa 
Instrumento não tem tanto poder de penetração. A 
capacidade de penetrar está na força da ação. 
 
 
Tratamento dos ferimentos faciais 
Para realizar o correto tratamento de 
ferimentos faciais, devemos classificá-los para 
escolher uma conduta. Esses são aspectos 
importantes para avaliar em caso de danos 
aos tecidos moles: 
 Extensão 
 Profundidade 
 Agente etiológico 
 Grau de contaminação 
 Tempo de trauma 
 Imunização 
Grau de contaminação das feridas 
Limpa 
Lesões feitas em condições assépticas e 
isentas de microorganismos patogênicos. São 
exemplos: incisões cirúrgicas, sem indícios de 
sinais flogísticos. 
Contaminada 
Lesões decorrentes de quebra da técnica 
asséptica em ato cirúrgico ou causadas por 
acidentes. São exemplos: feridas recentes e 
abertas, sem processo infeccioso local. 
Infectada 
São lesões colonizadas por microorganismos 
como parasitas, bactérias, vírus ou fungos. 
Possui intensa reação inflamatória, destruição 
de tecidos, presença de exsudação purulenta, 
odor fétido, edema, hiperemia, aumento da 
temperatura da pele e presença de sinais 
flogísticos. 
Limpeza e debridamento 
A limpeza deve ser realizada com o uso da 
técnica e fluido que minimiza o trauma 
mecânico e químico, sobre irrigação suave, 
abundante e pulsátil. As soluções utilizadas 
devem ser preferencialmente aquecidas a 
temperatura de 37º, estimulando a mitose durante a 
granulação e epitelização. Essas soluções devem ser 
soro fisiológico ou solução de papaína. Deve-se 
evitar o uso de anti-sépticos, pois estes retardam a 
cicatrização. 
Já o debridamento pode ser autolítico, químico, 
mecânico ou cirúrgico. No debridamento autolítico os 
leucócitos e enzimas fazem a degradação do tecido 
necrótico. É seletivo e confortável ao paciente, 
porém é de ação lenta.. No debridamento químico 
são utilizadas enzimas proteolíticas que estimulam a 
degradação do tecido necrótico. Também é seletivo 
e pouco agressivo, porém tem como desvantagem 
a manutenção do meio úmido. O debridamento 
mecânico é feito com a remoção de tecidos 
desvitalizados por meio da força física como na 
fricção de gazes. É de fácil realização, porém não 
se remove por completo os tecidos necróticos. Por 
fim, no debridamento cirúrgico são utilizadas lâmina 
de bisturi ou tesoura para remoção do tecido 
necrótico. É o método mais eficaz, porém há 
sangramento da região. 
Sutura das feridas 
 Fechamento por planos 
 Remover glândulas salivares menores 
 Avaliar os pontos anatômicos de referência 
 Suturas próximas as bordas e sem tensão 
tecidual 
As suturas em mucosas e tecidos musculares 
devem ser feitas com fios absorvíveis 3-0 ou 4-0. Já 
para pele, os fios devem ser de nylon 5-0 ou 6-0 e 
a remoção devem ser feita de 4 a 6 dias. Em 
região de lábio, a primeira sutura é colocada à 
junção mucocutânea. O lábio é fechado em três 
camadas: mucosa oral, músculo e derme. 
 
Produtos químicos usado em curativos 
Água oxigenada 
Efetiva contra bactérias anaeróbias, porém oferece 
certa citotoxicidade para os fibroblastos. 
 
Iodo 
É citotóxico para fibroblastos. Pode provocar 
reações alérgicas e problemas de rins e 
tireóide. 
Clorexidina 
Eficácia reduzida na presença de matéria 
orgânica. Contra indicada em feridas abertas. 
Soro fisiológico 0,9% 
Seguro e usado na grande maioria das feridas. 
Mantém o meio úmido. 
Imunização contra o tétano 
O agente causador é o clostridium tetani. 
Paciente com menos de 5 anos da vida não 
necessita de medicação antitetânica.. Já 
pacientes com 5 anos de vida ou mais e que 
ainda não foram vacinados, devem tomar a 
vacina. 
Mordida de animais 
 Irrigação abundante (lavar de imediato com 
água corrente e sabão neutro para eliminar a 
saliva do animal) 
 Debridamento (avaliar o aspecto da lesão 
Prescrição antibiótica) 
 Acompanhamento de 24 às 48h 
 Imunização anti-rábica (família rhabdoviridae) 
 Buscar informações necessárias sobre o animal 
 Observar comportamento do animal por 10 dias 
 Vacina antitetânica conforme esquema vacinal 
 Vacina antirrábica e soro (se o animal 
apresentar raiva, morrer ou desaparecer) 
Vítimas de PAF 
 Irrigação abundante. 
 Debridamento. 
 Redução aberta do osso. 
 Reposicionamento dos tecidos moles. 
 Remoção dos fragmentos. 
 Prescrição antibiótica. 
Tipos de cicatrização 
 Primeira intenção 
 Segunda intenção 
 Terceira intenção 
Fatores que influenciam a cicatrização 
 Isquemia 
 Tensão 
 Feridas secas 
 Corpo estranho 
 Tecido necrótico 
Problemas de cicatrização 
 Quelóide 
 Cicatrização incompleta 
Complicações nas feridas 
 Reação do corpo estranho 
 Deiscência de sutura 
 Infecção 
Cuidados pós-operatórios 
 Monitorar a ferida 
 Retalhos regionais e enxertos podem ser 
realizados secundariamente. 
 Limpeza diária com peróxido de hidrogênio 
diluido e curativos com antibiótico tópico. 
 Evitar sol nos primeiros seis meses. 
 Cicatrizes faciais se maturam em 12 a 18 meses. 
Conduta para danos de tecidos moles 
 Anestesia 
 Limpeza e debridamento 
 Eliminar processos infecciosos 
 Obliterar espaços mortos 
 Suturas sem tensão 
 Proteger a ferida de trauma e invasão bacteriana

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