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Esquemas de reforçamento

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Esquemas de reforçamento
Um comportamento não precisa ser
reforçado todas as vezes para
continuar a ocorrer. O conceito de
esquema de reforçamento diz
respeito, justamente, a quais
critérios uma resposta ou conjunto
de respostas deve atingir para que
ocorra o reforçamento. Em outras
palavras, descreve como se dá a
contingência de reforço
 
E S Q U E M A D E
R E F O R Ç A M E N T O C O N T Í N U O 
E S Q U E M A D E
R E F O R Ç A M E N T O
I N T E R M I T E N T E
Um exemplo comum diz respeito a
checar as notificações de sua rede
social, tendo como consequência
novas curtidas em uma fotografia
que você postou recentemente. Nem
sempre serão encontrados novos
likes
P R I N C I P A I S E S Q U E M A S D E
R E F O R Ç A M E N T O
I N T E R M I T E N T E
Existem quatro tipos principais
de esquemas de reforçamento
intermitente: razão fixa, razão
variável, intervalo fixo e intervalo
variável. Nos esquemas de razão,
isto é, razão fixa e razão variável,
o requisito para a liberação da
consequência reforçadora é o
número de respostas emitidas. Já
nos esquemas de intervalo, isto
é, intervalo fixo e intervalo
variável, o principal requisito é a
passagem de certo período de
tempo desde o reforçamento da
última resposta. O esquema de
razão fixa é representado pela
sigla FR, do inglês fixed ratio. Já
o esquema de razão variável é
representado pela sigla VR, do
inglês variable ratio. O esquema
de intervalo fixo, por sua vez, é
representado pela sigla FI, do
inglês fixed interval. O esquema
de intervalo variável, por fim, é
representado pela sigla VI, do
inglês variable interval. 
No esquema de reforçamento
contínuo, toda resposta é seguida da
apresentação de um estímulo
reforçador. Esse esquema é chamado
de esquema de reforçamento
contínuo, designado pela sigla CRF,
que deriva do termo em inglês
continuous reinforcement. Um
exemplo de reforçamento contínuo 
 é o caso de quem compra um carro
novo com bateria nova e tanque
cheio: toda vez que se gira a chave,
o motor começa a funcionar.
No dia a dia nem todos os
comportamentos que emitimos são
reforçados. Falamos, nesses casos,
de esquemas de reforçamento
intermitente. A característica
definidora desses esquemas é o fato
de que nem todas as respostas são
seguidas de consequências
reforçadoras, isto é, apenas algumas
respostas são reforçadas. 
Os esquemas de razão caracterizam-
se por exigirem certo número de
respostas para a apresentação de
cada estímulo reforçador. Ou seja,
para que o reforçador seja
apresentado, é necessário que o
organismo emita mais de uma
resposta. Conforme mencionado
anteriormente, existem dois tipos
principais de esquemas de razão:
razão fixa e razão variável
 
E S Q U E M A S D E
R E F O R Ç A M E N T O D E R A Z Ã O 
Quando dizemos que um
comportamento está sendo
reforçado em um esquema de razão
variável 30 (VR 30), estamos
afirmando que, em média, a cada 30
respostas, uma é reforçada. 
E S Q U E M A S D E
R E F O R Ç A M E N T O D E
I N T E R V A L O
Nos esquemas de reforçamento
de intervalo, o número de
respostas emitidas não é
relevante, bastando a ocorrência
de uma única para que o estímulo
reforçador seja apresentado. No
entanto, essa resposta somente
será reforçada de tempos em
tempos. Nos esquemas de
intervalo, portanto, o tempo
decorrido desde a apresentação
do último estímulo reforçador é
o principal critério para que uma
determinada resposta seja
reforçada. De forma similar aos
esquemas de razão, os esquemas
de intervalo podem ser fixos ou
variáveis
Razão fixa: nesse esquema, o número de
respostas exigido para a apresentação
de cada estímulo reforçador é sempre o
mesmo. Em outras palavras, o
organismo deve emitir um número
sempre igual de respostas para que o
seu comportamento seja reforçado. Por
exemplo, Joãozinho está na aula de
educação física. Para poder ser liberado
para beber água, ele deve dar 10 voltas
correndo ao redor da quadra de
basquete. Assim, toda vez que completa
as 10 voltas, o professor o autoriza a ir
ao bebedouro
Razão variável: nesse esquema de
reforçamento, o número de respostas
necessárias para a apresentação do
estímulo reforçador se modifica a cada
nova apresentação. Um típico exemplo
de comportamento mantido em
esquema de reforçamento de razão
variável é jogar em máquinas caça-
níqueis. Por exemplo, a pessoa puxa a
alavanca da máquina 117 vezes e ganha
algumas moedas. Depois disso, ela
talvez acione a alavanca outras 62 vezes
até ganhar novamente, e assim por
diante. Note que o número de respostas
de puxar a alavanca da máquina variou
entre a apresentação dos reforçadores
Intervalo fixo: nesse esquema, a
primeira resposta emitida após a
passagem de um período
específico de tempo é reforçada.
O intervalo entre a apresentação
do último reforçador e a
disponibilidade do próximo é
sempre o mesmo para todos os
reforçamentos. Daí o nome
intervalo fixo, ou seja, os
reforçadores estarão disponíveis
depois de transcorridos
intervalos fixos. 
Um exemplo cotidiano de um
comportamento reforçado em
esquema de intervalo fixo é o de um
adolescente que tem seus pedidos
de dinheiro atendidos pelos pais
somente após cinco dias desde a
última solicitação atendida. Se ele
recebeu dinheiro em um sábado, por
exemplo, o dinheiro estará
disponível, caso um novo pedido seja
feito, a partir da quinta-feira, isto é,
após cinco dias. Durante esse
ínterim, respostas de pedir dinheiro
não serão reforçadas. Podemos
dizer, assim, que o comportamento
de pedir dinheiro desse adolescente
é reforçado em um FI 5 dias. 
 
P A D R Õ E S
C O M P O R T A M E N T A I S
G E R A D O S P O R E S Q U E M A S
D E R E F O R Ç A M E N T O
I N T E R M I T E N T E 
Intervalo variável: é similar ao de
intervalo fixo, com a diferença de que
os intervalos entre a apresentação do
último estímulo reforçador e a do
seguinte não são os mesmos, ou seja,
são variáveis. Exemplos desse esquema
são mais comuns que os de intervalo
fixo. O comportamento de trocar de
estação do rádio do carro até encontrar
uma música de que você goste pode ser
considerado um exemplo de um
comportamento reforçado em esquema
de intervalo variável. Às vezes a
resposta de trocar de estação somente
é reforçada após se terem passado
cinco minutos desde a última música
que agradou, às vezes após 13 minutos,
e assim por diante
Nos experimentos com esquemas de
reforçamento, existem dois tipos de
dados principais: 
1. Dados de transição: são aqueles
observados quando o comportamento
do organismo acabou de ser submetido
a um novo esquema de reforçamento.
Nesse caso, o padrão comportamental
terá características da contingência
anterior e da nova contingência.
Dizemos, portanto, que o seu
comportamento ainda não está
adaptado ao novo esquema de
reforçamento, mantendo características
do padrão comportamental do esquema
anterior. Os dados de transição são
úteis para estudar os efeitos de história
de reforçamento. 
2. Dados em estado estável: são aqueles
observados quando há pouca diferença
entre os padrões comportamentais das
sessões experimentais nas quais o
mesmo esquema é utilizado. Para se
obter dados em estado estável é
necessário que o comportamento do
organismo seja submetido a várias
sessões com o mesmo esquema de
reforçamento. Os padrões
comportamentais apresentados a seguir
são observados em estado estável.
Razão fixa: o padrão comportamental
gerado por esquemas de razão fixa é
caracterizado por pequenas pausas
pós-reforçamento e alta taxa de
respostas
Razão variável: o padrão
comportamental gerado por esquemas
de razão variável é caracterizado por
altas taxas de respostas e pausas pós-
reforçamento praticamente ausentes
e/ou irregulares
 
C O M P A R A Ç Ã O E N T R E
E S Q U E M A S D E
R E F O R Ç A M E N T O
I N T E R M I T E N T E E
C O N T Í N U O
Modelagem e manutenção de um novo
comportamento: o CRF é mais eficaz
para a modelagem de um novo
comportamento do que os esquemas
intermitentes. Por exemplo, se, no
procedimento de modelagem da
resposta de pressão à barra, a água
fosse apresentada após 10 pressões,
dificilmente esse comportamentoseria
aprendido. É provável que o animal
parasse de pressionar a barra antes de
emitir a décima resposta que produziria
o reforçamento, isto é, observaríamos o
processo de extinção
Razão fixa: o padrão comportamental
gerado por esquemas de razão fixa é
caracterizado por pequenas pausas
pós-reforçamento e alta taxa de
respostas
Intervalo fixo: o padrão
comportamental gerado pelo esquema
de reforçamento de intervalo fixo é
caracterizado por baixas taxas de
respostas e por longas e consistentes
pausas pós-reforçamento. Além disso,
após a pausa, a taxa de respostas
aumenta rapidamente e, então, se
mantém estável até a apresentação do
estímulo reforçador. Esse aumento na
taxa de resposta é chamado de scallop.
Intervalo variável: o padrão
comportamental gerado pelo esquema
de reforçamento de intervalo variável é
caracterizado por taxas moderadas e
constantes de respostas e ausência de
pausas pós-reforçamento.
Resistência à extinção: os esquemas de
reforçamento intermitente,
principalmente os variáveis, são ideais
para a manutenção do comportamento,
ou seja, aumentam a sua resistência à
extinção. O termo resistência à
extinção, como visto anteriormente,
descreve o número de respostas
emitidas sem reforçamento até que o
comportamento volte ao seu nível
operante (ou o tempo necessário para
isso ocorrer). Em termos cotidianos,
refere-se ao quanto insistimos em fazer
algo que não dá mais certo. Se uma mãe
que, por exemplo, reforçava as birras de
seu filho intermitentemente (às vezes
sim, às vezes não) decidir não mais
atender à criança quando faz birras,
isto é, decidir colocar o comportamento
de fazer birra em extinção, seu filho
demorará mais tempo para parar de
fazer birras em comparação a uma
criança cuja mãe reforçava esse
comportamento continuamente (todas
as vezes).
 
E S Q U E M A S N Ã O
C O N T I N G E N T E S E O
C O M P O R T A M E N T O
S U P E R S T I C I O S O
Há dois tipos principais de esquemas
em que não há a relação de
contingência entre resposta e
apresentação do estímulo
potencialmente reforçador. Nesse caso,
qualificamos os estímulos reforçadores
de potenciais porque, na realidade, não
é correto denominar um estímulo de
reforçador na ausência de uma relação
de contingência
Contenção limitada (limited hold): no
dia a dia, estímulos reforçadores que
são liberados em esquemas de
reforçamento intermitente às vezes não
ficam disponíveis por tempo
indeterminado. É comum que sua
disponibilidade tenha duração limitada.
Esse tempo é chamado de contenção
limitada ou, em inglês, limited hold
(LH). Por exemplo, se o estímulo
reforçador em questão é um dado
programa de televisão que passa apenas
uma vez por semana e tem duração de
30 minutos, estamos falando de um
esquema de reforçamento intermitente
de FI de uma semana com uma
contenção limitada de 30 minutos
Intervalo fixo: o padrão
comportamental gerado pelo esquema
de reforçamento de intervalo fixo é
caracterizado por baixas taxas de
respostas e por longas e consistentes
pausas pós-reforçamento. Além disso,
após a pausa, a taxa de respostas
aumenta rapidamente e, então, se
mantém estável até a apresentação do
estímulo reforçador. Esse aumento na
taxa de resposta é chamado de scallop
Nos esquemas intermitentes não
contingentes o reforçador é
apresentado de tempos em tempos, sem
a necessidade de ocorrência de uma
resposta. Os dois principais esquemas
de reforçamento não contingente são o
de tempo fixo e o de tempo variável
Esquemas de intervalo, fixo e variável, e
de razão, fixa e variável, são esquemas
de reforçamento contingente. Ou seja,
neles, mesmo nos de intervalo, o
estímulo reforçador é sempre
apresentado contingente à ocorrência
de pelo menos uma resposta
Tempo fixo (FT, do inglês fixed time):
este esquema é caracterizado pela
apresentação dos reforçadores em
intervalos de tempo regulares, mesmo
que nenhuma resposta ocorra. 
Tempo variável (VT, do inglês variable
time): quando os reforçadores são
apresentados em intervalos irregulares
de tempo, independentemente da
ocorrência de uma resposta específica,
temos um esquema de tempo variável
(VT)
Comportamento supersticioso:
exemplos cotidianos de esquemas
intermitentes não contingentes de FT e
VT estão geralmente relacionados ao
que chamamos, em Análise do
Comportamento, de comportamento
supersticioso.

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