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Exame Físico Geral

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Exame físico geral 
EXAME FÍSICO GERAL (SOMATOSCOPIA OU 
ECTOSCOPIA) 
 Por meio dele são obtidos dados gerais 
independente dos vários sistemas orgânicos. 
 Avaliação subjetiva, pois, o paciente pode 
mascarar o que está sentindo 
 É a denominação que se dá à avaliação global do 
doente. 
 A ectoscopia é a primeira etapa do exame físico, 
devendo ser iniciada ao primeiro contato com o 
paciente 
 Seu objetivo é a obtenção de dados gerais, 
independente da queixa do paciente. 
 Ver o paciente em sua totalidade. 
 Possíveis hipóteses diagnósticas, sem julgamento. 
 
AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL 
IDADE APARENTE: se a aparência está condizente com a 
idade, pois alguns pacientes pode não ter essa 
correspondência, devido ao tipo de trabalho, de tipo de 
vida. 
HIGIENE: condições sociais ou se tem alguma doença 
mental 
VESTUÁRIO: se a roupa está adequada para as condições 
climáticas do local. Essas características podem indicar 
febre, ou o paciente quer esconder sinais de agressão. 
A APARÊNCIA CONDIZ COM A IDADE BIOLÓGICA? 
Ex: lavradores que trabalham expostos ao sol; usuários de 
drogas ilícitas. 
HIGIENE E VESTUÁRIO ADEQUADO, CONDIZ COM O 
LOCAL? 
Ex: pacientes com distúrbios mentais podem apresentar 
um déficit nos cuidados corporais e com a vestimenta. 
 
OBS  BEG LOTE AAA (bom estado geral, lucido e 
orientado no tempo e espaço e acianótico, anictérico e 
afebril) 
BOM ESTADO GERAL (BEG): Paciente que mantém o 
aspecto físico, intelectual e emocional compatível com sua 
idade e condição social; 
 
REGULAR ESTADO GERAL (REG): Paciente que manifesta 
sinais de doença, mas não se encontra prostrado, nem 
teve sua condição nutricional e consciência 
significativamente alterados; 
Mau Estado Geral (MEG): Paciente que apresenta 
manifestações da doença, com evidências clínicas de perda 
de peso, desidratação, alteração do nível de consciência, 
confusão mental; 
 
 
Para avaliar a perda de peso, temos que saber o fator 
desencadeante. 
Estágios do nível de consciência: 
 Alerta: acordado, lúcido, orientado no tempo e no 
espaço. 
 Sonolento/Confuso/Letárgico: tem certa 
confusão, mas se é chamado pelo nome, ele vai 
responder 
 Obnubilado: ele está com distúrbios de ideias, não 
falam as palavras conexas, ele não responde a 
estímulos verbais, apenas a estímulos do toque. 
 Torporoso: paciente com rebaixamento da 
consciência mas responde a estímulos álgicos 
como um belisco. 
 Comatoso: não reage nem a esses estímulos 
álgicos, está em coma. 
Avaliação do estado nutricional: 
 Nutrido 
 Subnutrido 
 Desnutrido 
 
 
 
POSTURA, ATITUDE E DECÚBITO 
Posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele, por 
comodidade, hábito ou com objetivo de conseguir alívio 
para algum padecimento. 
POSTURA ANTÁLGICA  assume uma posição para não 
sentir dor 
POSTURA ATIVA  posição assumida espontaneamente 
POSIÇÃO PASSIVA  impossibilidade de mudar de 
posição sem auxílio de outra pessoa. Descrever a posição 
do paciente. 
BOA POSTURA  Cabeça ereta, peito erguido, abdome 
inferior achatado ou levemente retraído, curvas 
posteriores nos limites normais 
POSTURA SOFRÍVEL  Cabeça levemente inclinada, 
peito achatado, abdome protruso sendo a parte mais 
saliente do corpo, curvas posteriores exageradas 
MÁ POSTURA  Cabeça acentuadamente inclinada para 
frente, peito deprimido 
 
ATITUDES VOLUNTÁRIA: 
 Atitude Ortopnéica 
 Respiração facilitada na posição 
vertical. 
 Posição para aliviar a falta de ar, 
ou seja, melhorar o quadro de 
desconforto. 
 Situações como insuficiência 
cardíaca, asma brônquica e ascites 
volumosas. 
 Paciente na beira da cama, com 
os pés no chão, com as mãos 
apoiadas no colchão. 
 
 Atitude Genupeitoral 
 Também chamada de “prece 
maometana” 
 O doente fica com joelhos e 
tronco fletido sobre as coxas, enquanto a 
face anterior do tórax põe-se em contato 
com o solo ou colchão. O rosto descansa 
sobre as mãos. 
 Facilita o enchimento do coração 
nos casos de derrame pericárdico. 
 Atitude Cócoras 
 Observada em crianças 
com cardiopatias congênitas 
cianóticas, provavelmente 
uma má formação 
 A posição traz alívio da 
hipóxia (diminuição de 
oxigênio) generalizada que 
acompanha cardiopatias, em 
decorrência da diminuição do 
retorno venoso ao coração. 
 
 Atitude Parkinsoniana 
 Paciente com Parkinson 
ao se pôr em pé, apresenta 
semiflexão da cabeça, tronco, e 
membros inferiores, e ao 
caminhar parece estar correndo 
atrás do seu próprio eixo de 
gravidade. 
 
 Decúbito 
Lateral: 
 
 Decúbito 
dorsal e 
ventral: 
 
 
 
ATITUDES INVOLUNTÁRIAS: 
 
FÁCIES 
Alteração fisionômica ou anatômica que lembra alguma 
patologia 
Não apenas os elementos estáticos, mas também o olhar, 
os movimentos da asa do nariz e a posição da boca. 
NORMAL OU ATÍPICA: 
 Normal, habitual 
 Sem sinais de patologias 
 Comporta muitas 
variações 
 
HIPOCRÁTICA: 
 Olhos fundos, parados e 
inexpressivos 
 Lábios se tornam 
adelgaçados, o nariz afila-se 
e "Batimentos das asas do 
nariz" costumam ser 
observados. 
 Rosto está coberto de suor, palidez cutânea e uma 
discreta cianose labial 
RENAL: 
 Edema predomina ao redor 
dos olhos com palidez cutânea 
 Comum nas doenças difusas 
dos rins, pincipalmente na 
síndrome nefrótica e na 
glomerulonefrite difusa aguda 
LEONINA 
 A pele é de espessa, sede de 
grande número 
de lepromas de tamanhos 
variados e confluentes. 
 Os supercílios caem, o nariz 
se espessa e se 
alarga. Os lábios tornam-se mais grossos e 
proeminentes. As bochechas e o mento se 
deformam pelo aparecimento de nódulos. 
 A barba escasseia ou desaparece. 
 As alterações são produzidas pelas lesões do mal 
de Hansen. 
ADENOIDIANA: 
 Nariz pequeno e afilado e a 
boca sempre entreaberta. 
 Aparece nos indivíduos 
portadores de hipertrofia das 
adenoides, as quais dificultam 
a respiração pelo nariz ao 
obstruírem os orifícios 
posteriores das fossas nasais. 
. 
PARKINSONIANA 
 A cabeça inclina-se um 
pouco para frente e 
permanece imóvel nesta 
posição. 
 O olhar fixo, os supercílios 
elevados e a fronte 
enrugada conferem ao 
paciente uma expressão 
de espanto 
 Observada na síndrome ou na doença de 
Parkinson. 
 
BASEDOWIANA 
 Olhos são salientes 
(exoftalmia) e brilhantes, 
 Rosto magro 
 Algumas vezes tem um 
aspecto de espanto e 
ansiedade. 
 Presença de um bócio. 
 Indica hipertireoidismo/ doença de graves 
 
MIXEDEMATOSA 
 Rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele 
seca, espessada e com acentuação de seus sulcos. 
 Pálpebras tomam-se infiltradas 
e enrugadas. 
 Os supercílios são escassos e 
os cabelos secos e 
sem brilho.. Expressão de 
desânimo e apatia 
 Hipotireoidismo ou mixedema 
ACROMEGÁLICA 
 Saliência das arcadas 
supraorbitárias 
 Proeminência das maçãs 
do rosto e maior 
desenvolvimento do maxilar 
inferior. 
 Aumento do tamanho do nariz, lábios e 
orelhas, com olhos parecem pequenos 
 Presente na acromegalia, hiperfunção hipofisária 
do adulto 
 
CUSHINGOIDE 
 Rosto arredondado, com 
atenuação dos traços 
faciais. Além de 
vermelhidão. 
 Secundariamente, 
aparecimento de acne. 
 É observado nos casos de síndrome de 
Cushing e nos pacientes que fazem uso de 
corticoides 
MONGOLOIDE 
 Fenda palpebral é seu 
elemento característico. 
Na qual apresenta uma 
prega cutânea (epicanto) 
que torna os olhos 
oblíquos, bem distantes 
um do outro. 
 Rosto redondo, boca quase sempre entreaberta. 
 Observado na síndrome de Down. 
 
DEPRESSÃO 
 Os olhos com pouco brilho 
e fixos em um ponto 
distante. 
 O sulco nasolabial se 
acentua, e o canto da boca 
se rebaixa. 
 Denota indiferença, tristeza, sofrimento moral e 
cabisbaixo. 
 Presente nos transtornos do humor 
PSEUDOBULBAR: 
 Súbitas crises de choro ou 
riso, involuntárias, masconscientes, que levam o 
paciente a tentar 
contê-las, dando um aspecto 
espasmódico. 
 Presente na paralisia 
pseudobulbar 
PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA 
 Assimetria da face, com 
impossibilidade de fechar as 
pálpebras 
 Repuxamento da boca para 
o lado e apagamento do 
sulco nasolabial. 
MIASTÊNICA OU DE HUTCHINSON 
 Caracterizada por ptose 
palpebral bilateral que obriga o 
paciente a franzir a testa e 
levantar a cabeça 
 Ocorre na miastenia gravis e 
em outras miopatias que 
comprometem os músculos 
da pálpebra superior. 
DEFICIENTE MENTAL 
 Os traços faciais são 
apagados e grosseiros; a boca 
constantemente entreaberta, 
às vezes com salivação. 
 O olhar é desprovido de 
objetivo, e os olhos se 
movimentam sem se fixarem em nada, traduzindo 
alheamento ao meio ambiente 
ESCLERODÉRMICA 
 Apresenta quase completa 
imobilidade facial. 
 A pele se torna 
pergaminhada, endurecida e 
aderente aos planos profundos, com 
repuxamento dos lábios, afinamento do nariz e 
imobilização das pálpebras. 
 A fisionomia é inexpressiva, parada, imutável. 
MUCOSAS – OCULAR E ORAL 
Facilmente examinadas a olho nu e sem auxílio de qualquer 
aparelho são as mucosas conjuntivais (olhos) e mucosas 
labiobucal, lingual e gengival. 
O método de exame é a inspeção com manobras que 
exponham as mucosas à visão do examinador 
É necessária uma boa iluminação e às vezes o uso de 
uma lanterna 
AVALIAR COLORAÇÃO, UMIDADE E INTEGRIDADE. 
COLORAÇÃO: 
 Normocoradas 
 Hipocoradas 
 Hipercoradas 
 Cianose 
 Icterícia (avaliar frênulo e palato também) 
UMIDADE: (estado de hidratação) 
 Úmidas (normal) 
 Secas (perda de brilho, aspecto ressequido) 
INTEGRIDADE (se tem alguma lesão) 
 
MUCOSA ORAL (OROSCOPIA) 
 Coloração, umidade e integridade 
 Dentes (32 dentes, vê se tem cárie) 
 Língua (Se tem saburra) 
 Mucosa sublingual (se esta corada, hidratada) 
 Frênulo lingual (olhar se está maior que o normal) 
 Inicia a avaliação desde os lábios até a parte 
interior. 
 
PELE 
Funções da pele: proteção, imunológica, termorregulação, 
percepção e secreção 
Exame da pele: é necessária uma iluminação adequada, 
desnudamento das partes a serem examinadas e 
conhecimento prévio dos procedimentos semiotécnicos 
COLORAÇÃO: 
 Palidez (sugere anemia, crise de ansiedade, susto) 
 Vermelhidão 
 Cianose 
 Icterícia 
 Albinismo, 
 Bronzeamento 
UMIDADE: apreciação da umidade começa com a 
inspeção, mas o método adequado é a palpação. 
(Movimento de pinça) 
 Umidade normal 
 Pele seca 
 Umidade aumentada ou sudoreica. (crise de 
ansiedade, climatério, medicações ou quadro febril) 
 
TEXTURA: disposição de elementos que constituem um 
tecido. Avaliando a disposição das tramas. Tem que ver a 
compatibilidade da idade e do trabalho 
 Textura normal 
 Pele lisa e fina (edemas, idosos e quadros de 
hipertireoidismo) 
 Pele áspera (quadros de hipotireioidismo) 
 Pele enrugada (fase final de um edema) 
ESPESSURA: pinçamento de uma dobra cutânea usando o 
polegar e o indicador. Local mais indicado seria nos 
membros superiores e inferiores. 
 Pele de espessura normal 
 Pele atrófica (processo de flacidez) 
 Pele hipertrófica (paciente exposto ao sol ou 
produtos químicos) 
 
TEMPERATURA: para avaliação, usa-se a palpação 
com a face dorsal da mão ou dos dedos. Avaliar em 
membros superiores e inferiores. 
 Temperatura normal 
 Temperatura aumentada (processos 
inflamatórios – edema, trombose venosa 
profunda) 
 Temperatura diminuída (hipotermia corporal – 
constrição vascular, DAP, doença arterial 
periférica) 
 
OBS  MID (membro inferior direito) 
MMII (membros inferiores) 
ELASTICIDADE: É a propriedade do tegumento cutâneo 
de se estender quando tracionado. Pinça-se uma prega 
cutânea com o polegar e o indicador, fazendo uma certa 
tração, ao fim da qual solta-se a pele. Sendo assim, a 
elasticidade é a capacidade de se estender no momento 
da tração 
 Normal 
 Aumento da elasticidade/hiperelástica 
(característica semelhante a de borracha) 
 Diminuição da elasticidade/hipoelástica (a pele volta 
vagarosamente, observado em pele de idosos, 
pacientes desnutridos, desidratação e abdome de 
multíparas) 
 
MOBILIDADE: Se refere a sua capacidade de movimentar 
os planos fundos subjacentes. Pousa-se a palma da mão 
sobre a superfície que se quer examinar e movimenta-se 
a mão para todos os lados, fazendo-a deslizar as estruturas. 
 Normal 
 Mobilidade diminuída ou ausente (musculatura mais 
estática, mais rígida) 
 Mobilidade aumentada 
 
TURGOR: Avalia-se pinçando com o polegar e o indicador 
uma prega da pele que engloba o tecido subcutâneo.. É a 
capacidade da pele de voltar para a capacidade de origem. 
 Normal: prega de pele ao se soltar se desfaz 
rapidamente 
 Diminuído: prega ao ser solta se desfaz 
lentamente (indica desidratação) 
INTEGRIDADE: 
 Presença de lesões 
 
 
 
 
 
 
 
LESÕES ELEMENTARES: Modificações do tegumento 
cutâneo por processos inflamatórios, degenerativos, 
circulatórios, neoplásicos, por distúrbios do metabolismo ou 
por defeito de deformação. Emprega-se a palpação e 
inspeção. 
 Classificação: 
 Primária: aparecem sem serem 
precedidas de outras alterações 
macroscópicas. Resultam de alterações 
anatômicas da epiderme, derme ou tecido 
subcutâneo 
 Secundária: resultam da evolução de 
lesões primárias. 
LESÕES ELEMENTARES COM MODIFICAÇÃO DA PELE 
SEM RELEVO OU ESPESSAMENTO: 
 Mácula ou mancha – área circunscrita de 
coloração diferente da pele que a circunda, no 
mesmo plano do tegumento e sem alteração da 
superfície. Faz-se pela palpação. 
 Pigmentares (devidas a alterações de 
melanina) – mancha pode ser hipocrômica 
ou acrômica, quando resulta da 
ausência de melanina, sendo verificada no 
vitiligo, pitiríase, hanseníase, ou 
hipercrômicas, quando resulta de 
aumento do pigmento, acontece em 
pelagra, processo de cicatrização, 
melanose senil. Efélides são as manchas 
de sarda 
 Vasculares – decorrem de transtornos da 
microcirculação da pele. São diferenciadas 
das hemorrágicas por desaparecem após 
a compressão. 
 Telangiectasia – dilatações dos 
vasos terminais, isto é, arteríolas, 
vênulas e capilares (desaparecem 
com puntipressão no ponto 
central). 
 Mancha hiperêmica ou 
eritematosa – decorre de 
vasodilatação, tem cor rósea ou 
vermelho-viva e desaparece com 
digitopressão (sarampo, varicela, 
rubéola, sífilis, moléstia reumática, 
septicemias, alergias cutâneas). 
 Hemorrágicas – Não desaparece por 
compressão, diferença básica do eritema. 
 Petéquias: quando são puntiformes 
com até 1cm de diâmetro 
 Víbices: quando formam uma linha 
 Equimose: quando em placa, maiores 
que 1cm de diâmetro. 
 Púrpura: são causadas por 
traumatismo, alterações capilares e 
discrasias sanguíneas 
 Hematomas: extravasamento 
sanguíneo suficiente para produzir 
elevação da pele 
 Deposição pigmentar – Pode ser deposição 
de hemossiderina, bilirrubina, pigmento 
carotênico, corpos estranhos e pigmentos 
metálicos. 
 
LESÕES ELEMENTARES SÓLIDAS: 
 Pápulas – Pequeno tamanho (até 1cm de 
diâmetro), superficiais, bem delimitadas, com borda 
facilmente percebida quando se desliza polpa digital 
sobre a lesão. Causada por picada de inseto, 
leishmaniose, blastomicose, verruga, erupções 
medicamentosas, acne, hanseníase. 
 Tubérculos – Diâmetro maior que 1cm. Estão 
situados na derme, podendo ser mole ou firme. 
Observados em sífilis, tuberculose, hanseníase, 
esporotricose, sarcoidose e tumores. 
 Nódulos, nodosidade ou goma – Formados na 
hipoderme. Quando pequenos são nódulos, se 
mais volumosos, são nodosidades. Gomas são 
nodosidades que tendem ao amolecimento e 
ulceração com eliminação de substância gomosa. 
Limites são imprecisos, e a consistência pode ser 
firme, elástica ou mole. Pode ser dolorosa ou não.Ocorre em furúnculo, eritema nodoso, hanseníase, 
cistos, epiteliomas, sífilis, bouba, cisticercose. 
Gomas em sífilis, tuberculose e nas micoses. 
 Lesão urticada – São formações sólidas, 
achatadas, de forma variável, frequentemente 
eritematosa. Urticária é causa maior. 
 Queratose – Modificação circunscrita ou difusa da 
espessura da pele, que se torna mais consistente, 
dura e inelástica, em consequência de 
espessamento da camada córnea. O calo é 
exemplo mais comum. Afecções que 
acompanham são: queratose senil, queratodermia 
palmoplantar, ictiose. 
 Vegetações – São sólidas, salientes, cônicas, 
lobulares, filiformes ou em couve-flor, de 
consistência mole e agrupadas em maior ou 
menor quantidade. Acontece em verrugas, bouba, 
sífilis, leishmaniose, tuberculose. 
 Espessamento ou infiltração – Aumento da 
consistência e da espessura da pele que se 
mantém depressível e sem acentuação 
das estrias. Hanseníase lepromatosa. 
 Liquenificação – Espessamento da pele com 
acentuação das estrias, resultando em um 
quadriculado em rede como se apele 
estivesse sendo vista através de uma lupa. A pele 
se torna de cor castanho-escura. É encontrada em 
eczemas liquenificados. 
 Esclerose – Aumento da consistência da pele, que 
se torna mais firme, aderente aos planos 
profundos e difícil de ser pregueada 
entre os dedos. Ocorre na esclerodermia. 
 Edema – Acúmulo de liquido no espaço intersticial. 
A pele torna-se lisa e brilhante. 
 
 
LESÕES ELEMENTARES CONTENDO LIQUIDO: 
 Vesícula – Não ultrapassa 1 cm de diâmetro. 
Diferença entre pápula e vesícula se dá por 
coleção líquida. É observada na varicela, herpes 
zoster, nas queimaduras. 
 Bolha – Elevação de pele contendo substância 
liquida em seu interior. Tem diferenciação maior 
que 1 cm de diâmetro. É encontrada nas 
queimaduras e em alergias medicamentosas. 
 Pústula – Vesícula ou bolha com conteúdo 
purulento. Surge na varicela, herpes zoster, 
queimaduras e acne pustulosa. 
 Abcessos – São coleções purulentas de 
proporções variáveis, de localização subcutânea. 
Ocorre em furunculose, hidradenite, blastomicose, 
abcesso tuberculoso. 
 
.SOLUÇÕES DE CONTINUIDADE: 
 Erosão ou exulceração – É o simples 
arrancamento da parte mais 
superficial da pele, atinge apenas epiderme. 
Quando traumática se chama escoriação. Não 
traumática é causada por ruptura de 
vesículas, bolhas ou pústulas. 
 Ulceração ou ulcera – Perda delimitada das 
estruturas que constituem a pele e que chegam a 
atingir a derme. Deixa cicatriz. Causada por úlcera 
crônica da perna, cancro mole, cancro duro, lesões 
malignas da pele 
 Fissuras ou rágades – Perdas de substância linear, 
superficial ou profunda e não determinada pela 
interveniência de qualquer instrumento cortante. 
Compromete-se todo epitélio e situam-se 
mais frequentemente no fundo de dobras 
cutâneas ou ao redor de orifícios naturais. 
 Fístulas – São pertuitos cutâneos em conexão 
com focos de supuração através dos quais flui 
líquido purulento, serossanguinolento ou gomoso. 
Ocorre em fístulas da tuberculose 
ganglionar, da blastomicose, da actinomicose. 
 
 
LESÕES ELEMENTARES CADUCAS: 
 Escamas – Lâminas epidérmicas secas que 
tendem a desprenderse da superfície cutânea. 
Têm-se aspecto de farelo são 
furfuráceas, em tiras, laminares ou foliáceas. 
Podem acompanhar descamação. Caspa, pitiríase 
versicolor, psoliase ou queimadura da pele por rios 
solares pode levar a lesão. 
 Crostas – Formação proveniente do 
ressecamento de secreção serosa, sanguínea, 
purulenta ou mista que recobre uma área 
cutânea previamente lesada. Ocorre em final de 
processo de cicatrização, nos eczemas e na 
psoríase. 
 Escara ou esfacelo – Porção de tecido cutâneo 
necrosado. Área mortificada torna-se insensível, de 
cor escura e separada de tecido 
sadio por um sulco. Tamanho muito variável. 
 
SEQUELAS: 
 
 Atrofias – São adelgaçamentos da pele, tornando-
se fina, lisa, translúcida e pregueada. Pode ser 
fisiológica na atrofia senil e estrias atróficas. As 
estrias são linhas de cor cinzenta ou róseo 
avermelhada. Aparecem em qualquer parte do 
corpo onde a pele tenha sido mecanicamente 
forçada. 
 Cicatriz – Reposição de tecido destruído pela 
proliferação do tecido fibroso circunjacente. Possui 
tamanho e forma variados, podendo ser 
deprimidas ou exuberantes. As exuberantes são 
representadas pela cicatriz hipertrófica ou queloide 
 
 
 
 
 
ANEXOS (FÂNEROS) 
CABELOS 
 Tipo de implantação – Varia conforme sexo. 
Mulher tem mais baixa e homem mais alta e 
existem as “entradas” laterais. Diversos transtornos 
endócrinos acompanhados de hipogonadismo no 
homem determina implantação feminóide. Na 
mulher a hiperprodução de substâncias 
androgênicas invertem a implantação. 
 Normoimplantado 
 Distribuição – É uniforme, quando aparecem 
áreas desprovidas de pelo são denominadas 
alopecia. Uma das alterações é a calvície. 
 Normodistribuido 
 Quantidade – A constatação de interesse é a 
queda de cabelos. 
 Coloração – Varia conforme raça e em função 
genética. Modificações podem ser artificiais 
ou por enfermidades, como a desnutrição proteica 
grave (nos meninos gera cabelos ruivos). 
 Podem perder brilho e ficar quebradiços e secos. 
Alterações ocorrem no mixedema, nos 
estados carências e outras afecções. 
 
PELOS 
 Hirsutismo ou hipertricose é observado em 
alterações na quantidade e distribuição. O 
hirsutismo é o aparecimento de pelos mais longos, 
mais duros e mais espessos nos locais 
onde costumam existir em condições normais. 
Costuma estar relacionado com distúrbios 
endócrinos, seja de suprarrenal, dos testículos, do 
ovário, da hipófise ou metabólicos. 
 A virilização (“mulher barbada”) está associada ao 
aprofundamento da voz e aumento do 
clitóris. O aumento da produção de androgênios é 
responsável pelo fenômeno. 
 Queda de pelos pode ser gerada por desnutrição, 
hepatopatias crônicas, mixedema, colagenoses, 
quimioterapia. 
 
 
 
UNHAS 
 Forma ou configuração – Alterações que podem 
ser notadas em estados carências, onicomicoses, 
nefropatia e hepatopatias crônicas, na psoríase e 
em pessoas que lidam com substâncias cáusticas. 
 Espessura – Aumentar o diminuir 
 Superfície – Pode tornar-se irregular 
 Consistência – Pode estar diminuída 
 Brilho – Pode desaparecer 
 Coloração – podem se pálidas (anêmicas) ou 
cianóticas. Ocorrência de manchas brancas é 
comum em pessoas sabias e são chamadas de 
leuconiquias. 
 Sinais de onicofagia devem ser observados, são 
sinais de ansiedade 
 PERFUSÃO CAPILAR: ver se a oxigenação está 
boa sem oxímetro. Apertar o dedo e notar quanto 
tempo demora para voltar a cor inicial. Menor ou 
igual a 2 segundos está boa. 
 
TELA SUBCUTÂNEA 
A hipoderme ou tela subcutânea está situada logo abaixo 
da pele e é formada por tecido conjuntivo. 
Pode ter uma camada variável de tecido adiposo 
dependendo da região do corpo. 
Além da função de reservatório energético, a hipoderme 
apresenta a função de isolamento térmico, modelagem da 
superfície corporal, absorção de choques e preenchimento 
para a fixação de órgãos. 
Pinça-se prega de pele com tecido celular subcutâneo. 
Com as polpas digitais e a palma, palpa-se procurando 
deslizar a pele contra as estruturas subjacentes. Essas 
manobras são executadas rotineiramente no abdome, no 
tórax e na raiz dos membros. Pode se avaliar, então a 
quantidade de panículo adiposo. 
 TURGOR – avaliar no abdome 
 DISTRIBUIÇÃO 
 Normal 
 Acúmulo especial em determinadas áreas 
 
 
 
EDEMA 
Excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no 
interior das próprias células 
Comprimir sob estrutura óssea (fóvea) 
 +  desaparece instantaneamente, afunda até 
2mm 
 ++  desaparece em até 15seg, afunda até 4mm 
 +++  desaparece em até 60seg, afunda até 
6mm 
 ++++  desaparece de 2 a 5 min,afunda até 
8mm 
 
 ANASARCA  edema generalizado 
 
BIOTIPOS 
 Longilíneo: 
 Pescoço longo e delgado 
 tórax afilado e chato 
 Membros alongados com franco 
predomínio sobre o tronco 
 Ângulo de Charpy menor que 90° 
 Musculatura delgada e panículo adiposo 
pouco desenvolvido 
 Tendência para estatura elevada; 
 Mediolíneo 
 Equilíbrio entre os membros e o tronco 
 Desenvolvimento harmônico da 
musculatura e do panículo adiposo 
 Ângulo de Charpy em torno de 90° 
 Brevilíneo: 
 Pescoço curto e grosso 
 Tórax alargado e volumoso 
 Membros curtos em relação ao tronco 
 Ângulo de Charpy maior que 90° 
 Musculatura desenvolvida e panículo 
adiposo espesso 
 Tendência para baixa estatura. 
 
 
 
 
MARCHA 
 Marcha do Idoso – Marcha lentificada, com passos 
curtos e diminuição do movimento dos membros 
superiores. Alterações no equilíbrio, coordenação, 
sensibilidade e força muscular. Aumenta-se risco 
de queda. 
 Marcha hemiplégica, ceifante ou helicópode – 
Paciente com membro superior 
fletido em ângulo reto no cotovelo e em adução 
e a mão fechada em leve pronação. O membro 
inferior do mesmo lado é espástico, e o joelho não 
flexiona.. Devido a isso, a perna se arrasta no chão, 
descrevendo um semicírculo quando paciente 
troca o passo, lembrando foice em ação. Aparece 
em pacientes com hemiplegia, cuja causa mais 
comum é AVC. 
 Marcha anserina ou do pato – O paciente para 
caminhar acentua a lordose lombar e vai inclinando 
o tronco ora para a direita, ora para esquerda, 
alternadamente, lembrando o andar de pato. É 
encontrada em doenças musculares e traduz 
diminuição da força dos músculos pélvicos e das 
coxas. 
 Marcha parkinsoniana - O doente anda enrijecido, 
como um bloco, sem o movimento automático 
dos braços. A cabeça se mante inclinada para 
frente e os passos são miúdos e rápidos, dando a 
impressão de que o doente “corre atrás do 
seu centro de gravidade” e que vai cair para frente. 
Ocorre na doença de Parkinson. 
 Marcha cerebelar ou marcha do ébrio – Ao 
caminhar o doente ziguezagueia como 
um bêbado. Este tipo de marcha traduz 
descoordenação de movimentos em decorrência 
de lesões do cerebelo. 
 Marcha Tabética – Para se locomover o paciente 
mantém olhar fixo no chão; membros inferiores 
são levantados ab-rupta e explosivamente e, ao 
serem recolocados no chão, os calcanhares tocam 
o solo pesadamente. Com os olhos fechados a 
marcha piora acentuadamente, ou se trona 
impossível. Indica perda de sensibilidade 
proprioceptiva por lesão do cordão posterior da 
medula. Aparece na tabes dorsalis (neurolues). 
 Marcha de pequenos passos – Caracterizada pelo 
fato de o paciente dar passos muito curtos e ao 
caminhar arrasta os pés como se estivesse 
dançando “marchinha”. Aparece na paralisia 
pseudobulbar e pode ocorrer em idosos 
normais sem outros sinais de lesão neurológica. 
 Marcha vestibular – Paciente com lesão vestibular 
(labirinto) apresenta lateropropulsão quando anda; 
como se fosse empurrado para o lado quando 
tenta se mover em linha reta. Se o paciente é 
colocado em um ambiente amplo e 
solicitado a ir de frente e voltar de costas, com os 
olhos fechados, descreverá uma figura semelhante 
a uma estrela, daí pode ser chamada de marcha 
em estrela. 
 Marcha escarvante – Quando doente tem paralisia 
do movimento de flexão dorsal do pé, ao tentar 
caminhar toca com a ponta do pé o solo e tropeça. 
Para evitar, levanta acentuadamente o membro 
inferior, lembrando “passo de ganso” dos soldados 
prussianos. 
 Marcha em tesoura ou espástica – Os dois 
membros inferiores enrijecidos e espásticos 
permanecem semifletidos, os pés se arrastam, e 
as pernas se cruzamuma na frente da outra 
quando o paciente tenta caminhar. O movimento 
lembra uma tesoura em funcionamento. É 
frequente nas formas espásticas da paralisia 
cerebral. 
 Marcha claudicante – Ao caminhar o paciente 
marca para um dos lados. Ocorre na 
insuficiência arterial periférica e em lesões do 
aparelho locomotor

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