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Exame físico geral EXAME FÍSICO GERAL (SOMATOSCOPIA OU ECTOSCOPIA) Por meio dele são obtidos dados gerais independente dos vários sistemas orgânicos. Avaliação subjetiva, pois, o paciente pode mascarar o que está sentindo É a denominação que se dá à avaliação global do doente. A ectoscopia é a primeira etapa do exame físico, devendo ser iniciada ao primeiro contato com o paciente Seu objetivo é a obtenção de dados gerais, independente da queixa do paciente. Ver o paciente em sua totalidade. Possíveis hipóteses diagnósticas, sem julgamento. AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL IDADE APARENTE: se a aparência está condizente com a idade, pois alguns pacientes pode não ter essa correspondência, devido ao tipo de trabalho, de tipo de vida. HIGIENE: condições sociais ou se tem alguma doença mental VESTUÁRIO: se a roupa está adequada para as condições climáticas do local. Essas características podem indicar febre, ou o paciente quer esconder sinais de agressão. A APARÊNCIA CONDIZ COM A IDADE BIOLÓGICA? Ex: lavradores que trabalham expostos ao sol; usuários de drogas ilícitas. HIGIENE E VESTUÁRIO ADEQUADO, CONDIZ COM O LOCAL? Ex: pacientes com distúrbios mentais podem apresentar um déficit nos cuidados corporais e com a vestimenta. OBS BEG LOTE AAA (bom estado geral, lucido e orientado no tempo e espaço e acianótico, anictérico e afebril) BOM ESTADO GERAL (BEG): Paciente que mantém o aspecto físico, intelectual e emocional compatível com sua idade e condição social; REGULAR ESTADO GERAL (REG): Paciente que manifesta sinais de doença, mas não se encontra prostrado, nem teve sua condição nutricional e consciência significativamente alterados; Mau Estado Geral (MEG): Paciente que apresenta manifestações da doença, com evidências clínicas de perda de peso, desidratação, alteração do nível de consciência, confusão mental; Para avaliar a perda de peso, temos que saber o fator desencadeante. Estágios do nível de consciência: Alerta: acordado, lúcido, orientado no tempo e no espaço. Sonolento/Confuso/Letárgico: tem certa confusão, mas se é chamado pelo nome, ele vai responder Obnubilado: ele está com distúrbios de ideias, não falam as palavras conexas, ele não responde a estímulos verbais, apenas a estímulos do toque. Torporoso: paciente com rebaixamento da consciência mas responde a estímulos álgicos como um belisco. Comatoso: não reage nem a esses estímulos álgicos, está em coma. Avaliação do estado nutricional: Nutrido Subnutrido Desnutrido POSTURA, ATITUDE E DECÚBITO Posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele, por comodidade, hábito ou com objetivo de conseguir alívio para algum padecimento. POSTURA ANTÁLGICA assume uma posição para não sentir dor POSTURA ATIVA posição assumida espontaneamente POSIÇÃO PASSIVA impossibilidade de mudar de posição sem auxílio de outra pessoa. Descrever a posição do paciente. BOA POSTURA Cabeça ereta, peito erguido, abdome inferior achatado ou levemente retraído, curvas posteriores nos limites normais POSTURA SOFRÍVEL Cabeça levemente inclinada, peito achatado, abdome protruso sendo a parte mais saliente do corpo, curvas posteriores exageradas MÁ POSTURA Cabeça acentuadamente inclinada para frente, peito deprimido ATITUDES VOLUNTÁRIA: Atitude Ortopnéica Respiração facilitada na posição vertical. Posição para aliviar a falta de ar, ou seja, melhorar o quadro de desconforto. Situações como insuficiência cardíaca, asma brônquica e ascites volumosas. Paciente na beira da cama, com os pés no chão, com as mãos apoiadas no colchão. Atitude Genupeitoral Também chamada de “prece maometana” O doente fica com joelhos e tronco fletido sobre as coxas, enquanto a face anterior do tórax põe-se em contato com o solo ou colchão. O rosto descansa sobre as mãos. Facilita o enchimento do coração nos casos de derrame pericárdico. Atitude Cócoras Observada em crianças com cardiopatias congênitas cianóticas, provavelmente uma má formação A posição traz alívio da hipóxia (diminuição de oxigênio) generalizada que acompanha cardiopatias, em decorrência da diminuição do retorno venoso ao coração. Atitude Parkinsoniana Paciente com Parkinson ao se pôr em pé, apresenta semiflexão da cabeça, tronco, e membros inferiores, e ao caminhar parece estar correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade. Decúbito Lateral: Decúbito dorsal e ventral: ATITUDES INVOLUNTÁRIAS: FÁCIES Alteração fisionômica ou anatômica que lembra alguma patologia Não apenas os elementos estáticos, mas também o olhar, os movimentos da asa do nariz e a posição da boca. NORMAL OU ATÍPICA: Normal, habitual Sem sinais de patologias Comporta muitas variações HIPOCRÁTICA: Olhos fundos, parados e inexpressivos Lábios se tornam adelgaçados, o nariz afila-se e "Batimentos das asas do nariz" costumam ser observados. Rosto está coberto de suor, palidez cutânea e uma discreta cianose labial RENAL: Edema predomina ao redor dos olhos com palidez cutânea Comum nas doenças difusas dos rins, pincipalmente na síndrome nefrótica e na glomerulonefrite difusa aguda LEONINA A pele é de espessa, sede de grande número de lepromas de tamanhos variados e confluentes. Os supercílios caem, o nariz se espessa e se alarga. Os lábios tornam-se mais grossos e proeminentes. As bochechas e o mento se deformam pelo aparecimento de nódulos. A barba escasseia ou desaparece. As alterações são produzidas pelas lesões do mal de Hansen. ADENOIDIANA: Nariz pequeno e afilado e a boca sempre entreaberta. Aparece nos indivíduos portadores de hipertrofia das adenoides, as quais dificultam a respiração pelo nariz ao obstruírem os orifícios posteriores das fossas nasais. . PARKINSONIANA A cabeça inclina-se um pouco para frente e permanece imóvel nesta posição. O olhar fixo, os supercílios elevados e a fronte enrugada conferem ao paciente uma expressão de espanto Observada na síndrome ou na doença de Parkinson. BASEDOWIANA Olhos são salientes (exoftalmia) e brilhantes, Rosto magro Algumas vezes tem um aspecto de espanto e ansiedade. Presença de um bócio. Indica hipertireoidismo/ doença de graves MIXEDEMATOSA Rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessada e com acentuação de seus sulcos. Pálpebras tomam-se infiltradas e enrugadas. Os supercílios são escassos e os cabelos secos e sem brilho.. Expressão de desânimo e apatia Hipotireoidismo ou mixedema ACROMEGÁLICA Saliência das arcadas supraorbitárias Proeminência das maçãs do rosto e maior desenvolvimento do maxilar inferior. Aumento do tamanho do nariz, lábios e orelhas, com olhos parecem pequenos Presente na acromegalia, hiperfunção hipofisária do adulto CUSHINGOIDE Rosto arredondado, com atenuação dos traços faciais. Além de vermelhidão. Secundariamente, aparecimento de acne. É observado nos casos de síndrome de Cushing e nos pacientes que fazem uso de corticoides MONGOLOIDE Fenda palpebral é seu elemento característico. Na qual apresenta uma prega cutânea (epicanto) que torna os olhos oblíquos, bem distantes um do outro. Rosto redondo, boca quase sempre entreaberta. Observado na síndrome de Down. DEPRESSÃO Os olhos com pouco brilho e fixos em um ponto distante. O sulco nasolabial se acentua, e o canto da boca se rebaixa. Denota indiferença, tristeza, sofrimento moral e cabisbaixo. Presente nos transtornos do humor PSEUDOBULBAR: Súbitas crises de choro ou riso, involuntárias, masconscientes, que levam o paciente a tentar contê-las, dando um aspecto espasmódico. Presente na paralisia pseudobulbar PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA Assimetria da face, com impossibilidade de fechar as pálpebras Repuxamento da boca para o lado e apagamento do sulco nasolabial. MIASTÊNICA OU DE HUTCHINSON Caracterizada por ptose palpebral bilateral que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça Ocorre na miastenia gravis e em outras miopatias que comprometem os músculos da pálpebra superior. DEFICIENTE MENTAL Os traços faciais são apagados e grosseiros; a boca constantemente entreaberta, às vezes com salivação. O olhar é desprovido de objetivo, e os olhos se movimentam sem se fixarem em nada, traduzindo alheamento ao meio ambiente ESCLERODÉRMICA Apresenta quase completa imobilidade facial. A pele se torna pergaminhada, endurecida e aderente aos planos profundos, com repuxamento dos lábios, afinamento do nariz e imobilização das pálpebras. A fisionomia é inexpressiva, parada, imutável. MUCOSAS – OCULAR E ORAL Facilmente examinadas a olho nu e sem auxílio de qualquer aparelho são as mucosas conjuntivais (olhos) e mucosas labiobucal, lingual e gengival. O método de exame é a inspeção com manobras que exponham as mucosas à visão do examinador É necessária uma boa iluminação e às vezes o uso de uma lanterna AVALIAR COLORAÇÃO, UMIDADE E INTEGRIDADE. COLORAÇÃO: Normocoradas Hipocoradas Hipercoradas Cianose Icterícia (avaliar frênulo e palato também) UMIDADE: (estado de hidratação) Úmidas (normal) Secas (perda de brilho, aspecto ressequido) INTEGRIDADE (se tem alguma lesão) MUCOSA ORAL (OROSCOPIA) Coloração, umidade e integridade Dentes (32 dentes, vê se tem cárie) Língua (Se tem saburra) Mucosa sublingual (se esta corada, hidratada) Frênulo lingual (olhar se está maior que o normal) Inicia a avaliação desde os lábios até a parte interior. PELE Funções da pele: proteção, imunológica, termorregulação, percepção e secreção Exame da pele: é necessária uma iluminação adequada, desnudamento das partes a serem examinadas e conhecimento prévio dos procedimentos semiotécnicos COLORAÇÃO: Palidez (sugere anemia, crise de ansiedade, susto) Vermelhidão Cianose Icterícia Albinismo, Bronzeamento UMIDADE: apreciação da umidade começa com a inspeção, mas o método adequado é a palpação. (Movimento de pinça) Umidade normal Pele seca Umidade aumentada ou sudoreica. (crise de ansiedade, climatério, medicações ou quadro febril) TEXTURA: disposição de elementos que constituem um tecido. Avaliando a disposição das tramas. Tem que ver a compatibilidade da idade e do trabalho Textura normal Pele lisa e fina (edemas, idosos e quadros de hipertireoidismo) Pele áspera (quadros de hipotireioidismo) Pele enrugada (fase final de um edema) ESPESSURA: pinçamento de uma dobra cutânea usando o polegar e o indicador. Local mais indicado seria nos membros superiores e inferiores. Pele de espessura normal Pele atrófica (processo de flacidez) Pele hipertrófica (paciente exposto ao sol ou produtos químicos) TEMPERATURA: para avaliação, usa-se a palpação com a face dorsal da mão ou dos dedos. Avaliar em membros superiores e inferiores. Temperatura normal Temperatura aumentada (processos inflamatórios – edema, trombose venosa profunda) Temperatura diminuída (hipotermia corporal – constrição vascular, DAP, doença arterial periférica) OBS MID (membro inferior direito) MMII (membros inferiores) ELASTICIDADE: É a propriedade do tegumento cutâneo de se estender quando tracionado. Pinça-se uma prega cutânea com o polegar e o indicador, fazendo uma certa tração, ao fim da qual solta-se a pele. Sendo assim, a elasticidade é a capacidade de se estender no momento da tração Normal Aumento da elasticidade/hiperelástica (característica semelhante a de borracha) Diminuição da elasticidade/hipoelástica (a pele volta vagarosamente, observado em pele de idosos, pacientes desnutridos, desidratação e abdome de multíparas) MOBILIDADE: Se refere a sua capacidade de movimentar os planos fundos subjacentes. Pousa-se a palma da mão sobre a superfície que se quer examinar e movimenta-se a mão para todos os lados, fazendo-a deslizar as estruturas. Normal Mobilidade diminuída ou ausente (musculatura mais estática, mais rígida) Mobilidade aumentada TURGOR: Avalia-se pinçando com o polegar e o indicador uma prega da pele que engloba o tecido subcutâneo.. É a capacidade da pele de voltar para a capacidade de origem. Normal: prega de pele ao se soltar se desfaz rapidamente Diminuído: prega ao ser solta se desfaz lentamente (indica desidratação) INTEGRIDADE: Presença de lesões LESÕES ELEMENTARES: Modificações do tegumento cutâneo por processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, neoplásicos, por distúrbios do metabolismo ou por defeito de deformação. Emprega-se a palpação e inspeção. Classificação: Primária: aparecem sem serem precedidas de outras alterações macroscópicas. Resultam de alterações anatômicas da epiderme, derme ou tecido subcutâneo Secundária: resultam da evolução de lesões primárias. LESÕES ELEMENTARES COM MODIFICAÇÃO DA PELE SEM RELEVO OU ESPESSAMENTO: Mácula ou mancha – área circunscrita de coloração diferente da pele que a circunda, no mesmo plano do tegumento e sem alteração da superfície. Faz-se pela palpação. Pigmentares (devidas a alterações de melanina) – mancha pode ser hipocrômica ou acrômica, quando resulta da ausência de melanina, sendo verificada no vitiligo, pitiríase, hanseníase, ou hipercrômicas, quando resulta de aumento do pigmento, acontece em pelagra, processo de cicatrização, melanose senil. Efélides são as manchas de sarda Vasculares – decorrem de transtornos da microcirculação da pele. São diferenciadas das hemorrágicas por desaparecem após a compressão. Telangiectasia – dilatações dos vasos terminais, isto é, arteríolas, vênulas e capilares (desaparecem com puntipressão no ponto central). Mancha hiperêmica ou eritematosa – decorre de vasodilatação, tem cor rósea ou vermelho-viva e desaparece com digitopressão (sarampo, varicela, rubéola, sífilis, moléstia reumática, septicemias, alergias cutâneas). Hemorrágicas – Não desaparece por compressão, diferença básica do eritema. Petéquias: quando são puntiformes com até 1cm de diâmetro Víbices: quando formam uma linha Equimose: quando em placa, maiores que 1cm de diâmetro. Púrpura: são causadas por traumatismo, alterações capilares e discrasias sanguíneas Hematomas: extravasamento sanguíneo suficiente para produzir elevação da pele Deposição pigmentar – Pode ser deposição de hemossiderina, bilirrubina, pigmento carotênico, corpos estranhos e pigmentos metálicos. LESÕES ELEMENTARES SÓLIDAS: Pápulas – Pequeno tamanho (até 1cm de diâmetro), superficiais, bem delimitadas, com borda facilmente percebida quando se desliza polpa digital sobre a lesão. Causada por picada de inseto, leishmaniose, blastomicose, verruga, erupções medicamentosas, acne, hanseníase. Tubérculos – Diâmetro maior que 1cm. Estão situados na derme, podendo ser mole ou firme. Observados em sífilis, tuberculose, hanseníase, esporotricose, sarcoidose e tumores. Nódulos, nodosidade ou goma – Formados na hipoderme. Quando pequenos são nódulos, se mais volumosos, são nodosidades. Gomas são nodosidades que tendem ao amolecimento e ulceração com eliminação de substância gomosa. Limites são imprecisos, e a consistência pode ser firme, elástica ou mole. Pode ser dolorosa ou não.Ocorre em furúnculo, eritema nodoso, hanseníase, cistos, epiteliomas, sífilis, bouba, cisticercose. Gomas em sífilis, tuberculose e nas micoses. Lesão urticada – São formações sólidas, achatadas, de forma variável, frequentemente eritematosa. Urticária é causa maior. Queratose – Modificação circunscrita ou difusa da espessura da pele, que se torna mais consistente, dura e inelástica, em consequência de espessamento da camada córnea. O calo é exemplo mais comum. Afecções que acompanham são: queratose senil, queratodermia palmoplantar, ictiose. Vegetações – São sólidas, salientes, cônicas, lobulares, filiformes ou em couve-flor, de consistência mole e agrupadas em maior ou menor quantidade. Acontece em verrugas, bouba, sífilis, leishmaniose, tuberculose. Espessamento ou infiltração – Aumento da consistência e da espessura da pele que se mantém depressível e sem acentuação das estrias. Hanseníase lepromatosa. Liquenificação – Espessamento da pele com acentuação das estrias, resultando em um quadriculado em rede como se apele estivesse sendo vista através de uma lupa. A pele se torna de cor castanho-escura. É encontrada em eczemas liquenificados. Esclerose – Aumento da consistência da pele, que se torna mais firme, aderente aos planos profundos e difícil de ser pregueada entre os dedos. Ocorre na esclerodermia. Edema – Acúmulo de liquido no espaço intersticial. A pele torna-se lisa e brilhante. LESÕES ELEMENTARES CONTENDO LIQUIDO: Vesícula – Não ultrapassa 1 cm de diâmetro. Diferença entre pápula e vesícula se dá por coleção líquida. É observada na varicela, herpes zoster, nas queimaduras. Bolha – Elevação de pele contendo substância liquida em seu interior. Tem diferenciação maior que 1 cm de diâmetro. É encontrada nas queimaduras e em alergias medicamentosas. Pústula – Vesícula ou bolha com conteúdo purulento. Surge na varicela, herpes zoster, queimaduras e acne pustulosa. Abcessos – São coleções purulentas de proporções variáveis, de localização subcutânea. Ocorre em furunculose, hidradenite, blastomicose, abcesso tuberculoso. .SOLUÇÕES DE CONTINUIDADE: Erosão ou exulceração – É o simples arrancamento da parte mais superficial da pele, atinge apenas epiderme. Quando traumática se chama escoriação. Não traumática é causada por ruptura de vesículas, bolhas ou pústulas. Ulceração ou ulcera – Perda delimitada das estruturas que constituem a pele e que chegam a atingir a derme. Deixa cicatriz. Causada por úlcera crônica da perna, cancro mole, cancro duro, lesões malignas da pele Fissuras ou rágades – Perdas de substância linear, superficial ou profunda e não determinada pela interveniência de qualquer instrumento cortante. Compromete-se todo epitélio e situam-se mais frequentemente no fundo de dobras cutâneas ou ao redor de orifícios naturais. Fístulas – São pertuitos cutâneos em conexão com focos de supuração através dos quais flui líquido purulento, serossanguinolento ou gomoso. Ocorre em fístulas da tuberculose ganglionar, da blastomicose, da actinomicose. LESÕES ELEMENTARES CADUCAS: Escamas – Lâminas epidérmicas secas que tendem a desprenderse da superfície cutânea. Têm-se aspecto de farelo são furfuráceas, em tiras, laminares ou foliáceas. Podem acompanhar descamação. Caspa, pitiríase versicolor, psoliase ou queimadura da pele por rios solares pode levar a lesão. Crostas – Formação proveniente do ressecamento de secreção serosa, sanguínea, purulenta ou mista que recobre uma área cutânea previamente lesada. Ocorre em final de processo de cicatrização, nos eczemas e na psoríase. Escara ou esfacelo – Porção de tecido cutâneo necrosado. Área mortificada torna-se insensível, de cor escura e separada de tecido sadio por um sulco. Tamanho muito variável. SEQUELAS: Atrofias – São adelgaçamentos da pele, tornando- se fina, lisa, translúcida e pregueada. Pode ser fisiológica na atrofia senil e estrias atróficas. As estrias são linhas de cor cinzenta ou róseo avermelhada. Aparecem em qualquer parte do corpo onde a pele tenha sido mecanicamente forçada. Cicatriz – Reposição de tecido destruído pela proliferação do tecido fibroso circunjacente. Possui tamanho e forma variados, podendo ser deprimidas ou exuberantes. As exuberantes são representadas pela cicatriz hipertrófica ou queloide ANEXOS (FÂNEROS) CABELOS Tipo de implantação – Varia conforme sexo. Mulher tem mais baixa e homem mais alta e existem as “entradas” laterais. Diversos transtornos endócrinos acompanhados de hipogonadismo no homem determina implantação feminóide. Na mulher a hiperprodução de substâncias androgênicas invertem a implantação. Normoimplantado Distribuição – É uniforme, quando aparecem áreas desprovidas de pelo são denominadas alopecia. Uma das alterações é a calvície. Normodistribuido Quantidade – A constatação de interesse é a queda de cabelos. Coloração – Varia conforme raça e em função genética. Modificações podem ser artificiais ou por enfermidades, como a desnutrição proteica grave (nos meninos gera cabelos ruivos). Podem perder brilho e ficar quebradiços e secos. Alterações ocorrem no mixedema, nos estados carências e outras afecções. PELOS Hirsutismo ou hipertricose é observado em alterações na quantidade e distribuição. O hirsutismo é o aparecimento de pelos mais longos, mais duros e mais espessos nos locais onde costumam existir em condições normais. Costuma estar relacionado com distúrbios endócrinos, seja de suprarrenal, dos testículos, do ovário, da hipófise ou metabólicos. A virilização (“mulher barbada”) está associada ao aprofundamento da voz e aumento do clitóris. O aumento da produção de androgênios é responsável pelo fenômeno. Queda de pelos pode ser gerada por desnutrição, hepatopatias crônicas, mixedema, colagenoses, quimioterapia. UNHAS Forma ou configuração – Alterações que podem ser notadas em estados carências, onicomicoses, nefropatia e hepatopatias crônicas, na psoríase e em pessoas que lidam com substâncias cáusticas. Espessura – Aumentar o diminuir Superfície – Pode tornar-se irregular Consistência – Pode estar diminuída Brilho – Pode desaparecer Coloração – podem se pálidas (anêmicas) ou cianóticas. Ocorrência de manchas brancas é comum em pessoas sabias e são chamadas de leuconiquias. Sinais de onicofagia devem ser observados, são sinais de ansiedade PERFUSÃO CAPILAR: ver se a oxigenação está boa sem oxímetro. Apertar o dedo e notar quanto tempo demora para voltar a cor inicial. Menor ou igual a 2 segundos está boa. TELA SUBCUTÂNEA A hipoderme ou tela subcutânea está situada logo abaixo da pele e é formada por tecido conjuntivo. Pode ter uma camada variável de tecido adiposo dependendo da região do corpo. Além da função de reservatório energético, a hipoderme apresenta a função de isolamento térmico, modelagem da superfície corporal, absorção de choques e preenchimento para a fixação de órgãos. Pinça-se prega de pele com tecido celular subcutâneo. Com as polpas digitais e a palma, palpa-se procurando deslizar a pele contra as estruturas subjacentes. Essas manobras são executadas rotineiramente no abdome, no tórax e na raiz dos membros. Pode se avaliar, então a quantidade de panículo adiposo. TURGOR – avaliar no abdome DISTRIBUIÇÃO Normal Acúmulo especial em determinadas áreas EDEMA Excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células Comprimir sob estrutura óssea (fóvea) + desaparece instantaneamente, afunda até 2mm ++ desaparece em até 15seg, afunda até 4mm +++ desaparece em até 60seg, afunda até 6mm ++++ desaparece de 2 a 5 min,afunda até 8mm ANASARCA edema generalizado BIOTIPOS Longilíneo: Pescoço longo e delgado tórax afilado e chato Membros alongados com franco predomínio sobre o tronco Ângulo de Charpy menor que 90° Musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido Tendência para estatura elevada; Mediolíneo Equilíbrio entre os membros e o tronco Desenvolvimento harmônico da musculatura e do panículo adiposo Ângulo de Charpy em torno de 90° Brevilíneo: Pescoço curto e grosso Tórax alargado e volumoso Membros curtos em relação ao tronco Ângulo de Charpy maior que 90° Musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso Tendência para baixa estatura. MARCHA Marcha do Idoso – Marcha lentificada, com passos curtos e diminuição do movimento dos membros superiores. Alterações no equilíbrio, coordenação, sensibilidade e força muscular. Aumenta-se risco de queda. Marcha hemiplégica, ceifante ou helicópode – Paciente com membro superior fletido em ângulo reto no cotovelo e em adução e a mão fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico, e o joelho não flexiona.. Devido a isso, a perna se arrasta no chão, descrevendo um semicírculo quando paciente troca o passo, lembrando foice em ação. Aparece em pacientes com hemiplegia, cuja causa mais comum é AVC. Marcha anserina ou do pato – O paciente para caminhar acentua a lordose lombar e vai inclinando o tronco ora para a direita, ora para esquerda, alternadamente, lembrando o andar de pato. É encontrada em doenças musculares e traduz diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas. Marcha parkinsoniana - O doente anda enrijecido, como um bloco, sem o movimento automático dos braços. A cabeça se mante inclinada para frente e os passos são miúdos e rápidos, dando a impressão de que o doente “corre atrás do seu centro de gravidade” e que vai cair para frente. Ocorre na doença de Parkinson. Marcha cerebelar ou marcha do ébrio – Ao caminhar o doente ziguezagueia como um bêbado. Este tipo de marcha traduz descoordenação de movimentos em decorrência de lesões do cerebelo. Marcha Tabética – Para se locomover o paciente mantém olhar fixo no chão; membros inferiores são levantados ab-rupta e explosivamente e, ao serem recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo pesadamente. Com os olhos fechados a marcha piora acentuadamente, ou se trona impossível. Indica perda de sensibilidade proprioceptiva por lesão do cordão posterior da medula. Aparece na tabes dorsalis (neurolues). Marcha de pequenos passos – Caracterizada pelo fato de o paciente dar passos muito curtos e ao caminhar arrasta os pés como se estivesse dançando “marchinha”. Aparece na paralisia pseudobulbar e pode ocorrer em idosos normais sem outros sinais de lesão neurológica. Marcha vestibular – Paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropropulsão quando anda; como se fosse empurrado para o lado quando tenta se mover em linha reta. Se o paciente é colocado em um ambiente amplo e solicitado a ir de frente e voltar de costas, com os olhos fechados, descreverá uma figura semelhante a uma estrela, daí pode ser chamada de marcha em estrela. Marcha escarvante – Quando doente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Para evitar, levanta acentuadamente o membro inferior, lembrando “passo de ganso” dos soldados prussianos. Marcha em tesoura ou espástica – Os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam, e as pernas se cruzamuma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. O movimento lembra uma tesoura em funcionamento. É frequente nas formas espásticas da paralisia cerebral. Marcha claudicante – Ao caminhar o paciente marca para um dos lados. Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor
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