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Gostou do material e quer ele em PDF? Curte, salva e deixa seu e-mail nos comentários! Material elaborado por Beatriz Araujo com bases no Estatuto da Criança e do Adolescente e jurisprudência que envolve a matéria. Qual a definição de ato infracional? Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal, praticada por criança ou adolescente. Aqui ocorre o que chamamos de tipicidade delegada. O Estatuto da Criança e do Adolescente não diz quais são os atos infracionais que o infante pode praticar, apenas aduz que tudo aquilo que for crime ou contravenção será considerado ato infracional. Ou seja, o ECA delegou a definição de ato infracional para o legislador penal. Quanto ao tempo do ato infracional é aplicada a teoria da atividade: Art. 104, parágrafo único: Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato. A criança pratica ato infracional? Sim, mas NÃO RECEBE medida socioeducativa. Quando a criança pratica ato infracional é aplicada a ela tão somente medidas de proteção (também chamadas pela doutrina de medidas socioeducativas atípicas) dispostas no art. 101 do ECA. Por sua vez, quando o adolescente pratica ato infracional, podem incidir medidas socioeducativas, medidas de proteção ou, a depender do caso concreto, medida socioeducativa e medida de proteção (cumulativamente). O princípio da insignifância pode ser aplicado ao ato infracional? Sim, o STF possui entendimento no sentido de que é possível aplicar o princípio da insignificância a atos infracionais, desde que preenchidos os requisitos necessários (HC 98381 – STF). Há julgado do STJ no sentido de que também é possível aplicar as escusas absolutórias previstas no art. 181 do Código Penal a atos infracionais (HC 251.681/PR). Gostou do material e quer ele em PDF? Curte, salva e deixa seu e-mail nos comentários! Material elaborado por Beatriz Araujo com bases no Estatuto da Criança e do Adolescente e jurisprudência que envolve a matéria. Quais são as medidas de proteção? Estão dispostas no Art. 101 do ECA: I - Encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; II - Orientação, apoio e acompanhamento temporários; III - Matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; IV - Inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente; V - Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; VI - Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; VII - Acolhimento institucional; VIII - Inclusão em programa de acolhimento familiar; IX - Colocação em família substituta. Quais são as medidas de socioeducativas aplicadas ao adolescente? Estão dispostas no Art. 112 do ECA: I - Advertência; II - Obrigação de reparar o dano; III - Prestação de serviços à comunidade; IV - Liberdade assistida; V - Inserção em regime de semiliberdade; VI - Internação em estabelecimento educacional; VII - Qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI. A prescrição penal é aplicável às medidas socioeducativas? Sim, o STJ já sumulou o entendimento de que a prescrição penal é aplicável às medidas socioeducativas (Enunciado sumular 338 do STJ). Gostou do material e quer ele em PDF? Curte, salva e deixa seu e-mail nos comentários! Material elaborado por Beatriz Araujo com bases no Estatuto da Criança e do Adolescente e jurisprudência que envolve a matéria. O que é a remissão no Direito da criança e do adolescente? A remissão, no ECA, é o ato de perdoar o ato infracional praticado pelo adolescente e que irá gerar: a exclusão; a extinção; ou a suspensão do processo, a depender da fase em que esteja. Quando aplicada, não significa necessariamente que esteja se reconhecendo que o adolescente praticou aquela conduta, nem serve para efeito de antecedentes. Nenhuma remissão poderá ser cumulada com medidas socioeducativas que restrinjam a liberdade do adolescente.
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