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WBA0063_v2.0 NEGOCIAÇÃO E MARKETING EMPRESARIAL APRENDIZAGEM EM FOCO 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Autoria: Emerson Carlos Gomes Leitura crítica: Marcela Bortotti Favero Prezado estudante, convidamos você para conhecer o universo da negociação e do marketing empresarial e para compreender os conceitos e principais estratégias que norteiam estes dois temas tão importantes dentro do contexto mercadológico. Estamos cotidianamente negociando ideias, projetos e bens, e na maior parte do tempo, estamos, também, envolvidos em situações de troca, que promovem a necessidade de entendimento e conquista constante. Para isso, além dos conceitos básicos de marketing e negociação, você estudará nesta disciplina como lidar em situações de conflito, bem como a melhor forma de comunicar para o alcance de resultados positivos baseados sempre nas relações do ganha-ganha. Verá, também, os princípios de diferenciação e posicionamento de produtos e serviços, compreendendo os mercados e as suas segmentações. Descobrirá, ainda, que identificar e satisfazer necessidades é uma constante no trabalho do marketing, e que construir uma eficaz estratégia de marketing significa pensar no cliente o tempo todo. Para tanto, perceberá o quanto o ambiente e o composto mercadológico devem ser adaptados às expectativas dos públicos de interesse para que as relações de troca se efetivem de modo satisfatório para todos os envolvidos no processo. 3 INTRODUÇÃO Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. Vem conosco! TEMA 1 Conceitos básicos de administração e negociação ______________________________________________________________ Autoria: Emerson Carlos Gomes Leitura crítica: Marcela Bortotti Favero 5 DIRETO AO PONTO Por muito tempo, as teorias da administração ignoraram as relações das empresas e organizações com seus públicos, principalmente, em ambientes externos. Enquanto Frederick Taylor, dentro do contexto da administração científica, considerava a administração basicamente sobre o processo de seleção de trabalhadores e condições de trabalho, Henry Fayol, com sua teoria clássica, ampliava a integração de várias tarefas de forma administrativa. Em um processo de evolução, Elton Mayo desenvolve a teoria de relações humanas, considerando a empresa dentro de um contexto mais social e com olhar especial para as relações interpessoais. Em sinergia com esta teoria, Mary Follet complementa a análise propondo a redução do conflito por meio da integração de interesses. Com a evolução da tecnologia e com a disseminação da concorrência, deixando os mercados e clientes cada vez mais disputados, com meios de comunicação cada vez mais populares e de fácil acesso, os conceitos precisaram ser revistos. Desta forma, interagir, negociar e comunicar com todos os públicos de interesse, passaram a ser fatores de sucesso. Dentro deste processo, logicamente, encontram-se as pessoas. Considerando que as pessoas são diferentes, com perspectivas ímpares e com crenças, valores e hábitos distintos, se faz necessário negociar, ou seja, um processo de comunicação bilateral que envolva elementos de permuta e barganha, nos quais os envolvidos realizem uma relação de troca, visando, ao final, uma decisão conjunta e a satisfação de todos os envolvidos, denominada negociação do ganha-ganha, assim como descrevem Fischer e Ury (1985). 6 Para isso, a negociação precisa ser tratada de uma forma mais sistemática, com um olhar processual que permita trabalhar as variações necessárias. Dentro deste escopo, importante entender que a negociação possui entradas, ou seja, possíveis influências que a negociação está sujeita e as saídas, que podemos considerar os possíveis resultados e acordos que serão frutos desta negociação. Nesta abordagem, Martinelli (2012) considera como pontos de observação nas entradas as diferenças e valores pessoais dos envolvidos, quem são os agentes relevantes, quais assuntos devem ser discutidos, os itens comuns que devem ser priorizados e os comportamentos e participação dos negociadores no processo. Uma vez analisadas estas entradas iniciais, é somado ao processo a avaliação de como estão os fatores que são considerados as variáveis básicas da negociação, sendo elas o poder, o tempo e a informação. Embora falar de poder hoje remeta a um cenário negativo de algo que envolva manipulação e coerção, o verdadeiro sentido de poder remete à habilidade de influenciar pessoas, sem utilizar, necessariamente, de artimanhas negativas. Segundo Fischer e Ury (1985) é possível conseguir tudo o que se deseja do outro em um processo de negociação, desde que dentro de limites razoáveis, ambos estiverem cientes das condições, riscos e com informações sólidas. E os poderes, de forma simplificada, podem ser distinguidos de duas formas de acordo de sua origem: pessoais e circunstanciais. Já quando analisamos a variável tempo, é fundamental compreender sua influência e como afeta todo o processo. Por isso, essencial que ele sirva como base para projetar a estratégia de negociação e a consequente ação dos envolvidos. Em determinado momento, o tempo pode ser favorável a um dos 7 envolvidos, pela urgência da outra parte. Mas, em uma próxima negociação, o fator tempo pode ser diferente, modificando a atuação deles. Analisando a última variável básica, a informação, ela acaba por ser a questão central de um processo de negociação, pois, quanto mais informações um dos agentes possuir sobre o outro, como seus objetivos e necessidades, maior a possibilidade de os fatores tempo e poder, estarem, também, ao seu favor. Dessa maneira, quanto mais um negociador souber sobre pontos de resistência e motivações dos demais envolvidos, mais capacitado se estará para chegar a um acordo favorável. Dentro do processo, a barganha, a comunicação e a flexibilidade podem contribuir para o sucesso da negociação e devem ser formuladas, basicamente, na tentativa de transformar as entradas em saída positivas, ou seja, as negociações de ganha- ganha. Segundo Martinelli (2012), para que isso se efetive, o negociador deve estar atento ao ambiente em que a negociação se realizará, os objetivos e metas da negociação e a administração e controle do processo, com as devidas adaptações, se necessárias. Importante considerar, durante todo esse processo, o planejamento nas ações e os princípios éticos para conduzir as conversas e decisões. Não existe uma receita específica para ser um bom negociador, pois cada pessoa possui uma experiência distinta, uma formação específica, um perfil psicológico ímpar. No entanto, algumas habilidades podem ser consideradas fatores críticos de sucesso, dentre elas as resoluções de conflitos e o entendimento de quando a situação possa engessar os envolvidos na negociação, a presença de uma terceira pessoa pode ser fundamental para a conquista dos resultados da negociação. 8 Negociar bem, também pode ser compreendida pela habilidade de persuadir as pessoas para conquistar algo que se deseja. E de maneira bem clara e simples, pode ser necessário superar obstáculos como competição acirrada e outras propostas, dúvidas em relação ao objeto da negociação e uma série de outros fatores. E não importa o quanto o que você tenha a oferecer seja relevante, nada vai adiantar se esse valor não ficar bem claro. Neste ponto, as pesquisas no ramo da Psicologia nos ajudam a compreender estratégias que atuem junto às motivações das pessoas e possam as conduzir a realizar o que outras pessoas possam solicitar dentro de uma negociação. De forma sucinta, existem sete impulsos que motivam as pessoas a caminhar positivamente a aceitar uma negociação e elas podem ser descritas como: a necessidade de pertencimento, os hábitos,o poder das histórias, as recompensas e punições, os instintos, o desejo de maestria e alguns truques da mente. O processo administrativo, não só no ambiente profissional, como, também, no pessoal, necessita de pessoas que saibam negociar e que adquiram e acumulem habilidades e processos que levem a esta solução do ganha-ganha. Para isso, fundamental que bons negociadores sempre se aperfeiçoem, buscando sempre conhecer mais do ambiente da negociação, bem como das características dos envolvidos. Referências bibliográficas FISHER, R; URY, W. Como chegar ao sim: a negociação de acordos e concessões. Rio de Janeiro: Imago, 1985. MARTINELLI, D. P Negociação: Aplicações Práticas de uma Abordagem Sistêmica. São Paulo: Saraiva, 2012. 9 PARA SABER MAIS Vimos que negociar é um processo estratégico que tem como variáveis básicas a informação, o tempo e o poder, a fim de influenciar o comportamento do outro, quando há uma necessidade de acordo entre as partes. Além disso, a negociação se baseia em uma comunicação bidirecional, em uma relação de troca, onde ambos devem sair satisfeitos. Porém, os negociadores poderão colocar-se em uma situação de manipulação com o propósito de tirar vantagem na negociação, assim como descreve Martinelli (2012), como uma condição de “senhor-escravo” de forma que um domine o outro. Cabe frisar que o poder permite mudar a realidade e ser utilizado de maneira negativa ou positiva no processo de negociação, mas, se pensarmos sempre na saída do ganha-ganha, não se deve utilizar o poder com o objetivo de prejudicar, massacrar, humilhar ou iludir a outra parte. Da mesma forma, ao adquirir informações, não devemos expor nossas fontes e, muito menos, utilizar destas informações obtidas para chantagear, intimidar ou conseguir vantagens a partir de imposições e do medo. Além disso, deve-se evitar as decisões impostas, o que normalmente ocorre quando uma das partes está em posição de poder quase total. Nestes casos não temos acordos e sim rendições, em que mesmo aceitando o resultado da negociação, a saída não será a satisfação de ambos. Cabe salientar que ainda que o acordo ocorra em processos de rendição, a parte que foi humilhada ou intimidada buscará, de forma contínua, como afirma Fischer e Ury (1985), algum meio de desfazer os acordos impostos, posicionando no 10 Lorem ipsum dolor sit amet Autoria: Nome do autor da disciplina Leitura crítica: Nome do autor da disciplina sentido de revidar o mal sofrido. Em resumo, uma saída negativa de uma negociação promove uma entrada negativa para situações de negociação futura. Referências bibliográficas FISHER, R; URY, W. Como chegar ao sim: a negociação de acordos e concessões. Rio de Janeiro: Imago, 1985. MARTINELLI, D. P Negociação: Aplicações Práticas de uma Abordagem Sistêmica. São Paulo: Saraiva, 2012. TEORIA EM PRÁTICA Reflita sobre a seguinte situação: em um colégio, o professor de uma disciplina destina um trabalho em grupo para ser realizado e entregue durante a aula. Em um dos grupos formados, apesar da tentativa de negociação entre os integrantes, o clima de conflito foi instaurado e o grupo não consegue chegar a um acordo sobre o tema do trabalho e da apresentação. Ainda que os argumentos estejam apresentados de forma clara, as partes já se posicionaram a não aceitar as ideias do outro e a tendência é que o trabalho não seja entregue e, por conseguinte, uma nota negativa como resultado. Supondo que você fizesse parte deste grupo, qual solução tomaria para resolver esta situação baseada nos conceitos aprendidos e nas habilidades que os negociadores devem possuir na condução de acordos e na gestão de conflitos? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. 11 LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Ao contrário do que se possa pensar, conflitos não são necessariamente negativos, e é justamente por conta deles que, muitas vezes, são estabelecidas negociações. Saber negociar é uma habilidade. Aquele que compreende as capacidades envolvidas nos processos de gestão de conflitos e competência negocial e exigidas por eles estará sempre em vantagem. Com o intuito de ajudá-lo a se conscientizar sobre as exigências desses processos, esta obra não só apresenta conceitos basilares sobre conflitos e negociações como também traz estudos de casos que vão ampliar a sua percepção sobre si mesmo e o mundo empresarial. Destaca-se, aqui, o capítulo 2 da obra O conflito é bom ou ruim?, em que você poderá entender as diferenças e peculiaridades dos conflitos funcionais ou disfuncionais. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra no parceiro “Biblioteca Virtual 3.0_Pearson”. GABERLINI, V. M.P: Negociação e Conflitos. Curitiba: Intersaberes, 2016. Indicação 2 Esta obra aborda, de forma objetiva e prática, os conceitos com exemplos práticos em que integramos diversos temas de grande relevância na negociação e comunicação. Indicações de leitura 12 Destaca-se, aqui, o capítulo 3 da obra Principais habilidades dos negociadores, em que poderá aprofundar seus conhecimentos sobre as principais habilidades e características dos negociadores. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra no parceiro “Biblioteca Virtual 3.0_Pearson”. VASQUEZ, E.F Técnicas de Negociação e Apresentação. São Paulo: Person Education do Brasil, 2014. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Dentro do processo de negociação, importante entender que temos as entradas, ou seja, possíveis influências que a negociação está sujeita e as saídas, que podemos considerar como os possíveis resultados e acordos que serão frutos desta negociação. Dentro deste escopo, estão os fatores que são considerados como as variáveis básicas da negociação, sendo elas o __________, o __________ e a __________. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas: 13 a. Hábito; valor; crença. b. Poder; tempo; informação. c. Poder; valor; informação. d. Hábito; tempo; barganha. e. Poder; hábito; barganha. 2. Pode ser definida como um processo de comunicação bilateral que envolve elementos de permuta e barganha, nos quais os envolvidos realizem uma relação de troca, visando, ao final, uma decisão conjunta e a satisfação de todos os envolvidos. Este tipo de negociação recebe qual nomenclatura? Assinale a alternativa correta: a. Rendições. b. Ganha-perde. c. Perde-perde. d. Ganha-ganha. e. Arbitragem. GABARITO Questão 1 - Resposta B Resolução: Como disposto no quarto parágrafo do Direto ao Ponto, as três variáveis básicas que devem ser observadas e que são fundamentais dentro de um processo de negociação são o poder, tempo e informação. Questão 2 - Resposta D Resolução: Como disposto no segundo parágrafo do Direto ao Ponto, uma negociação do ganha-ganha envolve 14 elementos de permuta e barganha, nos quais os envolvidos realizem uma relação de troca, visando, ao final, uma decisão conjunta e a satisfação de todos os envolvidos. TEMA 2 Comunicação aplicada à negociação ______________________________________________________________ Autoria: Emerson Carlos Gomes Leitura crítica: Marcela Bortotti Favero 16 DIRETO AO PONTO O ato de comunicar determina como os seres humanos podem expressar seus sentimentos, pensamentos, e obter respostas, ou seja, se relacionar com o meio em que vivem. Desta forma, comunicar bem significa aprendera compreender os sinais que uma pessoa fornece e devolver mensagens que sejam compreendidas e que vão de acordo com as necessidades e aspirações do receptor. Para garantir o êxito da comunicação, é necessário compreender o processo de comunicação, ou seja, os elementos que o compõe. Basicamente, estamos falando de seis elementos, descritos por Martinelli (2012): emissor (o que possui maior responsabilidade), código, mensagem, canal, receptor (o mais importante) e feedback. É função do emissor fazer a definição da mensagem, ou seja, o conteúdo que será transmitido, portanto, é também sua função escolher todos os códigos, conhecidos como signos linguísticos, que são as palavras, termos, sons, cores, símbolos etc. que são escolhidos pelo emissor para efetivar uma mensagem ao receptor. Além de buscar eliminar os ruídos e barreiras na comunicação (tudo o que interfere e dificulta o entendimento dos códigos e mensagens escolhidas), fundamental que o negociador estimule e busque o feedback, ou seja, uma resposta ao receptor sobre aquilo que entendeu do processo e se realmente a comunicação desejada foi compreendida da maneira que se programou. A comunicação, também, pode ser classificada conforme a função que pretende desempenhar. Assim, temos sete funções básicas que a comunicação desempenha, sendo elas: 17 Figura 1 – Funções básicas da comunicação Fonte: adaptada de Martinelli (2012). Na comunicação com função de criadora de identidade, Martinelli (2012) descreve que o emissor estabelece e pretende formar uma imagem de si, do seu estilo, posicionando entre ser confrontador ou cooperativo com o receptor, deixando claro o que e como se pretende comunicar e receber o feedback. Já na função expressiva, o emissor tem como foco identificar e expressar ideias, buscando a compreensão e apoio na ideia proposta. A função mais objetiva e direta é a informativa, que tem como ideal compartilhar e disponibilizar dados que compõem a mensagem, de forma lógica e com propósito de deixar o receptor mais preparado e ciente de determinado assunto ou contexto. Já a comunicação instrumental, tem função mais subjetiva e sem apelos lógicos e racionais, primando em satisfazer necessidades emocionais e espirituais do receptor, tais como as mensagens de fé. Já a função regulatória, como o próprio termo sugere, busca estabelecer e deixar claro e evidente os comportamentos 18 e atitudes esperadas, bem como estabelecendo consequências e punições, caso não se siga a comunicação e orientação realizada. Algumas comunicações são feitas apenas com propósito de entretenimento e para promover relacionamentos; para estas, damos o nome de função interacional. Por fim, temos a função imaginativa, na qual tanto emissores quanto receptores estão abertos para deixarem livres seus pensamentos, sem compromisso com ordem, lógicas e formalidades. Ainda temos a estrutura básica de uma mensagem que passa por três pilares, sendo, segundo Kotler (2005), a função poética (atração), a informativa (dados) e a diretiva (ação) e direciona a um modelo chamado de AIDA, que propõe que primeiro devemos despertar a atenção do receptor para, em seguida, proporcionar interesse e desejo pela mensagem e, por fim, estimulá-lo a ação. E todo esse processo pautado por três (3) apelos básicos, sendo o racional, o emocional e o moral. Uma mensagem pode não ser efetivada devido aos ruídos do processo de comunicação. Um bom comunicador, deve estar atento a estes ruídos de forma a dirimi-los. Essas barreiras podem ser divididas em três tipos. O primeiro tipo são as barreiras pessoais, em que as interferências e ruídos no processo de comunicação têm origem nas diferenças de emoções, valores, interesses, nível de conhecimento e estado físico das pessoas envolvidas no processo. O segundo tipo são as barreiras físicas e, nesta estrutura, estamos falando das interferências causadas pelo próprio ambiente, tais como barulho, a iluminação e o clima. Por fim, o terceiro tipo remete às barreiras semânticas, portanto, as interferências causadas pela interpretação diferente dos símbolos e informações entre os envolvidos no processo. Dentro de um processo de negociação, a comunicação tem um papel fundamental, já que o resultado de um acordo e das relações de ganha-ganha, dependem muito da qualidade da 19 comunicação entre os envolvidos. A preparação, a troca de informações e o entendimento mútuo, também devem ser exercidos com habilidade, técnica e sabedoria. Negociar não é um ato simples, visto que o outro agente da negociação, muito provavelmente, possui personalidade, interesses e valores diferentes. Não fosse o suficiente, ainda podemos ter oposições de ideias e sentimentos. Por fim, dentro de um processo de negociação, a comunicação tem um papel fundamental já que o resultado de um acordo e das relações de ganha-ganha dependem muito da qualidade da comunicação entre os envolvidos. A preparação, a troca de informações e o entendimento mútuo, também devem ser exercidos com habilidade, técnica e sabedoria. Negociar não é um ato simples, visto que o outro agente da negociação, muito provavelmente, possui personalidade, interesses e valores diferentes. Segundo Martinelli (2012), os conflitos fazem parte de uma negociação, mas se consideradas todas as necessidades e expectativas, a solução fica próxima, pois sempre atuaremos em conquistar nossos objetivos, mas sem descartar os objetivos do outro. Referências bibliográficas MARTINELLI, D. P Negociação: Aplicações Práticas de uma Abordagem Sistêmica. São Paulo: Saraiva, 2012. KOTLER, P. Marketing Essencial – Conceitos, Estratégias e Casos. São Paulo: Prentice Hall, 2005. PARA SABER MAIS Por vezes, dentro de um processo de comunicação e negociação, a expressão verbal das vontades e desejos são bloqueadas por mecanismos psicológicos. Desta forma, nem tudo que é dito durante uma negociação corresponde aos interesses reais do emissor, 20 mesmo que de forma involuntária. Daí a importância de não prestarmos somente atenção na linguagem verbal, mas, também, nas linguagens não verbais (gestos, posturas, reações, semblantes etc.). Segundo Martinelli (2012), a maioria das pessoas pensam que ouvem bem, mas ouvir é a habilidade mais negligenciada na comunicação. Kotler (2005) cita que um bom negociador, também é um bom ouvinte para estar atento a qualquer demonstração de inquietação e ansiedade do receptor, além de outros sinais, que possam fazer com que este emissor mude seu roteiro de comunicação e apresente, ocasionalmente, novas questões pertinentes a recapitular os pontos tratados ou apresentar novamente a mensagem com outros códigos e formatos. O autor ainda cita que existem três razões principais para que o receptor não entenda a mensagem conforme o pretendido pelo emissor, sendo a percepção seletiva (só me interesso naquilo que me convém), a distorção seletiva (compreendo da forma que me convém) e retenção seletiva (só me recordo daquilo que me convém). Desta forma, fundamental que o negociador tenha habilidade para verificar no receptor essas dificuldades e barreiras de compreensão. Da mesma forma, fundamental conhecer um pouco sobre as crenças e valores do outro, evitando que alguns termos e códigos não tenham má interpretação ou distorções. Outro ponto é sempre buscar o feedback daquilo que foi comunicado e combinado, assim, reforçando a informação e fortalecendo o conteúdo da mensagem. Referências bibliográficas KOTLER, P. Marketing Essencial – Conceitos, Estratégias e Casos. São Paulo: Prentice Hall, 2005. MARTINELLI, D. P. Negociação: Aplicações Práticas de uma Abordagem Sistêmica. São Paulo: Saraiva, 2012. 21 TEORIA EM PRÁTICA Reflita sobre a seguinte situação: você trabalha no departamento comercial de uma empresa e recebeu a demanda de visitar um novo cliente, sendo este uma nova empresa instalada recentemente em sua cidade. Esse novo cliente com quem tratará é o próprio dono da empresa,de nacionalidade francesa e que está no país há pouco tempo. No primeiro contato telefônico para agendamento da visita no dia seguinte, você já notou uma primeira dificuldade de entendimento, pois esta pessoa que vai tratar não possui fluência na língua portuguesa. De posse desse cenário, como você se prepararia e quais estratégias utilizaria para que sua visita e negociação com este novo cliente não encontrasse problemas com possíveis ruídos e interferências na comunicação? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Ao contrário do que se possa pensar, conflitos não são, necessariamente, negativos, e é justamente por conta deles que, muitas vezes, são estabelecidas negociações. Indica-se, aqui, o capítulo 2 deste livro em que você identificará que saber negociar é uma habilidade. Aquele que compreende as capacidades envolvidas nos processos de gestão de conflitos e a competência negocial e exigida por eles, estará sempre em vantagem. Com o Indicações de leitura 22 intuito de ajudá-lo a se conscientizar sobre as exigências desses processos, esta obra não só apresenta conceitos basilares sobre conflitos e negociações, como, também, traz estudos de casos que vão ampliar a sua percepção sobre si mesmo e o mundo empresarial. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra no parceiro “Biblioteca Virtual 3.0_Pearson”. GABERLINI, V. M. P. Negociação e Conflitos. Curitiba: Intersaberes, 2016. Indicação 2 Esta obra aborda, de forma objetiva e prática, os conceitos com exemplos práticos em que integramos diversos temas de grande relevância na negociação e comunicação. Indica-se, aqui, o capítulo 1 Conceitos Básicos, afinal o que compõe uma negociação? Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra no parceiro “Biblioteca Virtual 3.0_Pearson”. VASQUEZ, E. F. Técnicas de Negociação e Apresentação. São Paulo: Person Education do Brasil, 2014. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 23 Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Dentro do processo de comunicação, existem três razões principais para que o receptor não entenda a mensagem conforme o pretendido pelo emissor. Dentro deste escopo, estamos falando da __________, da __________ e da __________. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas: a. Crença; barganha; aspiração. b. Ambiguidade; distorção; crença. c. Atenção seletiva; retenção seletiva; distorção seletiva. d. Crença seletiva; retenção seletiva; distorção seletiva. e. Atenção seletiva; aspiração seletiva; distorção seletiva. 2. Para as interferências e ruídos no processo de comunicação que têm origem nas diferenças de emoções, valores, interesses, nível de conhecimento e estado físico das pessoas envolvidas no processo de comunicação, assinale a alternativa correta: a. Barreiras pessoais. b. Barreiras físicas. c. Barreiras semânticas. d. Conflitos. e. Barreiras cognitivas. 24 GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: Como disposto no terceiro parágrafo do Para Saber Mais, as três razões principais para que o receptor não entenda a mensagem conforme o pretendido pelo emissor são a atenção seletiva, retenção seletiva e distorção seletiva. Questão 2 - Resposta A Resolução: Como disposto no quarto parágrafo do Direto ao Ponto, uma barreira pessoal dentro de um processo de comunicação se refere às interferências e ruídos no processo de comunicação que têm origem nas diferenças de emoções, valores, interesses, nível de conhecimento e estado físico das pessoas envolvidas no processo. TEMA 3 Princípios de Marketing e marketing mix ______________________________________________________________ Autoria: Emerson Carlos Gomes Leitura crítica: Marcela Bortotti Favero 26 DIRETO AO PONTO As relações entre organizações (e seus produtos e serviços) com o seu público-alvo (também conhecido como target) tem como base a identificação de necessidades e desejos, ou seja, são necessários o entendimento e a realização de pesquisas prévias sobre o ambiente mercadológico e sobre aquilo que esse público de interesse possui, em determinado momento, de expectativas e de desejos de aquisição. Nesse contexto, Kotler (2005) destaca que o Marketing é o processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo que necessitam e que desejam com a criação, a oferta e a livre negociação de produtos e serviços de valor com outros. Ainda, o autor destaca que a chave do Marketing é identificar, antecipar e satisfazer às necessidades do cliente de forma lucrativa. Para isso, a combinação de ferramentas mercadológicas, utilizadas para criar valor para os clientes e alcançar os objetivos da organização, é fundamental. Neste contexto, podemos abordar sobre o conceito de Mix de Marketing, também chamado Composto Mercadológico, desenvolvido nos anos 1960 por Jerome McCarthy, que propôs o conjunto de quatro pontos de interesse de uma empresa, os quais devem ser monitorados com atenção e projetados como objetivos de mercado, sendo eles: o produto, o preço, a praça e a promoção. Então, o entendimento do Marketing passa pela compreensão de alguns elementos-chave que o contextualizam e o primeiro a se destacar é o termo mercado-alvo. De acordo com Kotler (2005), o elemento mercado pode ser compreendido como o local físico ou virtual onde compradores e vendedores se encontram para 27 realizar suas relações de troca. Outro fator a ser estudado pelas empresas para suas definições de mercado é o ambiente de marketing, ou seja, todas as variáveis que influenciam de alguma forma os negócios de uma empresa, impactando nas ações e na sua própria competitividade, sendo elas próximas e controláveis, onde a organização pode interferir e modificar (microambiente); ou distantes e não controláveis (macroambiente), onde a organização não consegue interferir, mas consegue e deve monitorar e realizar as devidas adaptações. Ainda, Churchill (2000) afirma que, após a análise dos fatores que compõe o ambiente de Marketing, é fundamental que a empresa realize um processo estratégico de mercado conhecido como Análise SWOT, ferramenta utilizada para construir cenários tendo como base: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças encontradas nos ambientes de Marketing. O termo SWOT, em inglês, é um acrônimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). Assim, baseando-se na oferta e na demanda, a empresa deve desenvolver suas estratégias de marketing a fim de agregar valor para sua marca e para proporcionar o máximo de satisfação para seus públicos. Desse modo, dois outros termos fundamentais do Marketing são: valor e satisfação. Nesse escopo, a oferta alcançará êxito se proporcionar satisfação ao comprador-alvo, que sempre fará suas escolhas de posse do senso de justiça, ou seja, aquela que apresentar maior valor agregado dentro das alternativas possíveis. Nesse sentido, o valor pode ser entendido como a razão entre o que o cliente recebe de benefícios (funcionais e emocionais) e o custo de aquisição (monetários, tempo, energia e psicológico). Por sua vez, o composto de marketing ajuda a empresa a identificar o que cada cliente deseja ou precisa e a aplicar 28 estratégias de forma que se deixe claro que o seu produto – ou serviço – é exatamente o que ele está procurando, dentro dos valores justos e a qualidadepercebida, dentro de canais adequados de entrega e com promoção condizente com o que realmente o produto representa e soluciona na mente desse consumidor. Ainda, Kotler (2005) afirma que, dentro do Marketing Mix, para cada P que a empresa deve trabalhar considerando o mercado, existe um C que deve ser considerado pela ótica do público de interesse. Quadro 1 - Marketing Mix P do Marketing Mix (olhar do mercado) C equivalente (olhar do cliente) Produto Consumidor (suas necessidades e desejos). Preço Custo (tempo, monetário, psíquico e emocional). Praça Conveniência (facilidades e comodidade oferecida). Promoção Comunicação (em sinergia com cada perfil). Fonte: adaptado de Kotler (2005). Sendo assim, precisamos distinguir os tipos de marketing, as suas características e os seus desempenhos para concluir de que maneira o marketing pode ser útil às organizações. Conceitualmente, Kotler (2005) expõe três grandes tipos de Marketing, que depois podem derivar em tantos outros formatos, sendo eles: marketing de resposta, de previsão e de criação de necessidades. É importante frisar que o cliente, consumidor final ou não, deve ser entendido e atendido em todos os estágios do processo de compra e de relacionamento, desde a prospecção até o pós-venda, incluindo todas as etapas intermediárias nesse relacionamento. Logo, o objetivo do Marketing é entender tão bem o cliente para 29 que ele se torne cliente de uma empresa para sempre. Para fidelizar o cliente, no entanto, é preciso que a empresa/marca conheça os seus: hábitos, crenças, valores, medos, anseios, desejos, necessidades etc. Referências bibliográficas CHURCHILL, G. Marketing criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2000. KOTLER, P. Marketing essencial: conceitos, estratégias e casos. São Paulo: Prentice Hall, 2005. PARA SABER MAIS Ainda que a empresa consiga trabalhar muito bem seu composto mercadológico e ampliar seu valor agregado, ela pode não ter a preferência dos compradores-alvo, que podem optar por outras ofertas, nas quais dentro do marketing nomeia-se concorrência. Churchill (2000) define que a concorrência pode incluir todas as ofertas similares ou substitutas que um consumidor possa considerar. Então, é fundamental considerar a concorrência, determinar abordagens e atuações que atendam a todos esses concorrentes e moldar as devidas estratégias competitivas para cada nível, de acordo com as necessidades e desejos dos possíveis compradores. De acordo com Kotler (2005), a concorrência deve ser estudada e monitorada, e uma das ferramentas mais completas para esse estudo é por meio da matriz de cinco forças criada por Michel Porter, em 1979. Por sua vez, ela mensurar a atratividade de um segmento analisando os seguintes fatores: • Poder de barganha dos fornecedores, ou seja, o quanto, naquele segmento e cenário, os fornecedores possuem (ou não) poder para negociar melhores contratos, valores 30 e prazos. Isso pode agregar, ou não, valor para uma empresa ou sua concorrência, tornando-se um diferencial competitivo. • Poder de barganha dos clientes, ou seja, naquele segmento e cenário, o quanto os clientes possuem (ou não) poder para negociar melhores contratos, valores e prazos. Isso também pode agregar, ou não, valor para uma empresa ou sua concorrência, tornando-se um diferencial competitivo. • Ameaça de produtos substitutos, ou seja, o quanto, dentro daquele segmento ou cenário, os produtos podem ser substituídos por meio de interferências, principalmente, de fatores macroambientais. • Ameaça de novos entrantes, ou seja, dentro daquele segmento ou cenário, o quanto existem barreiras para que novos competidores possam surgir e se estabelecer, de acordo com as limitações e exigências também de ordem macroambiental. • Com a junção das quatro forças anteriores, chegamos a quinta força: a determinação da real rivalidade daquele mercado. Em mercados muito disputados, logicamente, as condições são onerosas e levam à frequentes guerras de preço, praça e promoção para conquistar a preferência do consumidor. Referências bibliográficas CHURCHILL, G. Marketing criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2000. KOTLER, P. Marketing essencial: conceitos, estratégias e casos. São Paulo: Prentice Hall, 2005. 31 TEORIA EM PRÁTICA Reflita sobre a seguinte situação: você trabalha no departamento de Marketing de uma empresa de tubos e conexões que está há mais de 50 anos no mercado e é reconhecida pela sua qualidade e segurança. Porém, neste momento, chega um novo competidor para o seu mercado, que está iniciando agora neste segmento, mas que possui alto investimento em comunicação e trabalhando o P, de Preço, bem abaixo do que a sua empresa trabalha. A concorrência também está sendo agressiva em relação ao P de Praça, tentando, ao máximo, obter os melhores espaços e condições dentro de todos os pontos de vendas que sua empresa já trabalha. Com isso como base, que estratégias de marketing você utilizaria para controlar a situação e não permitir que essa concorrência afete muito sua rentabilidade e participação de mercado? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Esta obra aborda, de forma objetiva e prática, os conceitos introdutórios ao estudo do marketing de relacionamento e CRM na prática. Leia o capítulo três, que trata sobre fidelização de clientes. A abordagem é apresentada de um ponto de vista inusitado que, ao Indicações de leitura 32 mostrar como as coisas funcionam na prática, possibilita ao leitor um processo intensivo (e real) de aprendizagem. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra no parceiro “Biblioteca Virtual 3.0_Pearson”. SANTOS, A. S. Marketing de relacionamento. São Paulo: Pearson, 2015. Indicação 2 Esta obra aborda sobre o marketing pessoal e como ele deve ser utilizado como estratégia, tanto por aqueles que buscam atrair e desenvolver contatos e relacionamentos, como por quem procura ressaltar habilidades e características que considera relevantes para a sua aceitação e reconhecimento. Em especial, leia o segundo capítulo, que abrange os principais conceitos de Marca Pessoal. Esta obra é ideal para quem deseja mostrar seu talento, pois, aborda, de maneira simples e prática, as diversas formas de cuidar da imagem pessoal. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra no parceiro “Biblioteca Virtual 3.0_Pearson”. RITONNA, C. M. Marketing pessoal: quando o produto é você. São Paulo: InterSaberes, 2012. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 33 Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. O Mix de Marketing, também chamado Composto Mercadológico, foi desenvolvido nos anos 1960 por Jerome McCarthy, que propôs o conjunto de quatro pontos de interesse de uma empresa, os quais devem ser monitorados com atenção e projetados como objetivos de mercado, sendo eles o __________, o __________, a __________ e a __________. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas: a. Produto; preço; pessoa; promessa. b. Posicionamento; preço; praça; promoção. c. Produto; preço; praça; promoção. d. Posicionamento; produto; praça; promessa. e. Posicionamento; processo; produtividade; promoção. 2. A concorrência deve ser estudada e monitorada, desse modo, uma das ferramentas mais completas para esse estudo é por meio da matriz de cinco forças criadas por MichelPorter, em 1979. Assinale a alternativa que não representa uma dessas cinco forças. a. Poder demográfico. b. Poder de barganha de clientes. 34 c. Ameaça de novos entrantes. d. Poder de barganha de fornecedores. e. Ameaça de produtos substitutos. GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: Como disposto no segundo parágrafo do Direto ao Ponto, o Mix de Marketing é composto por quatro pontos de interesse das empresas: o produto, preço, praça e promoção. Questão 2 - Resposta A Resolução: Como disposto no quinto parágrafo do Para Saber Mais, com a junção das quatro forças anteriores (poder de barganha dos clientes, poder de barganha de fornecedores, ameaça de novos entrantes e ameaça de produtos substitutos) chegamos a quinta força, a determinação da real rivalidade daquele mercado. Portanto, a alternativa A é errada, pois, o poder demográfico não faz parte das cinco forças de Porter. TEMA 4 Posicionamento e Segmentação de Mercados ______________________________________________________________ Autoria: Emerson Carlos Gomes Leitura crítica: Marcela Bortotti Favero 36 DIRETO AO PONTO Dentro do escopo gerencial, o Marketing pode ser descrito como a arte de vender produtos e serviços, mas, de acordo com Drucker (2002, p. 9), um dos maiores teóricos da administração, “o objetivo de Marketing é tornar a venda supérflua, ou seja, conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou o serviço se adapte a ele”. Dentro do contexto mercadológico, antes de buscar atender às necessidades de um cliente da melhor forma possível, é preciso compreendê-lo por completo, em relação aos seus gostos, preferências e opções. Neste contexto, é fundamental entender que cada produto ou serviço possui um ciclo de vida (CVP) que ajuda a interpretar as dinâmicas e tendências de mercado. Por sua vez, sua criação remete a Theodore Levitt, economista alemão radicado nos Estados Unidos, com atuação destacada junto à Harvard Business School, onde ele caracteriza o CVP pela definição de cinco diferentes estágios: o desenvolvimento, a introdução, o crescimento, a maturidade e o declínio. Uma vez entendido o CVP, precisamos compreender que é fundamental que as empresas definam um posicionamento de destaque durante cada etapa do ciclo. De acordo com Kotler e Keller (2012), posicionar é o ato de desenvolver a oferta e imagem da empresa para ocupar um lugar de destaque na mente do mercado-alvo. Ainda, eles afirmam que um posicionamento bem feito gera uma proposição de valor, ou seja, uma razão convincente para o público alvo adquirir o produto (KOTLER; KELLER, 2012). Portanto, posicionar está intimamente ligado com a percepção criada na mente do cliente potencial. Por sua vez, Churchill (2000) analisa que a diferenciação é o processo de somar um conjunto de diferenças significativas e valorizadas 37 para distinguir a oferta dos principais competidores. Para isso, basicamente, esse conjunto deve satisfazer os seguintes critérios: importância, destaque, superioridade, exclusividade, acessibilidade e lucratividade. Segundo Kotler e Keller (2012), uma empresa pode diferenciar sua oferta de mercado por meio de cinco dimensões, sendo elas: produto, serviços, pessoal, canal e imagem. Além disso, Kotler e Keller (2012) apresentam sete estratégias de posicionamento, denominadas de posicionamento específico de produtos e serviços, são elas: por atributo, por benefício, por uso/ aplicação, por usuário, por concorrentes, por categoria e por preço e qualidade. O mercado é o ambiente físico ou virtual propício às condições para a troca de bens e serviços. Além disso, pode-se entender como a organização mediante a qual os ofertantes (vendedores) e os demandantes (compradores) estabelecem uma relação comercial com o fim de realizar transações, acordos ou trocas comerciais. Portanto, o mercado aparece a partir do momento em que se unem grupos de vendedores e de compradores, o que permite que se articule um mecanismo de oferta e procura. Segundo Kotler e Keller (2012), os principais mercados são o consumidor, o organizacional, o global e os mercados sem fins lucrativos e governamentais. Por mais que cada cliente pense de uma determinada maneira, conclui-se que segmentar o mercado ajuda a empresa a definir as características específicas de cada fração dos consumidores que a empresa é capaz – ou prefere - atender. Com a separação dos grupos a que se assemelham, a estratégia de marketing se torna mais específica e objetiva possível, de acordo com cada grupo alvo. Os autores, ainda, afirmam que existem quatro principais tipos de segmentação de mercado: a geográfica, a demográfica, o comportamental e a psicográfica (KOTLER; KELLER, 2012). No 38 entanto, é preciso considerar que nem toda a segmentação é útil, visto que, por exemplo, os compradores de sal de cozinha podem ser divididos entre clientes loiros ou ruivos, mas essa cor de cabelo é irrelevante para a compra ou diferenciação dos compradores. Para serem úteis, cinco grandes critérios devem ser percebidos para uma segmentação efetiva de mercado: ser mensurável, ser substancial, ser acessível, ser diferençável e ser acionável. De acordo com Kotler e Keller (2012), uma empresa não consegue atender todos os clientes em mercados muito amplos. Dessa forma, uma empresa pode definir sua estratégia de Marketing por meio de quatro níveis de segmentação, sendo marketing de massa, marketing de segmento, marketing de nicho e marketing individualizado. Por fim, é a partir do posicionamento que as decisões relacionadas ao mix de marketing são realizadas. Nesse contexto, por exemplo, uma empresa que posiciona seus produtos como “os que possuem mais qualidade do mercado”, geralmente apresenta seu preço com uma percepção mais elevada. Além disso, a praça a qual o produto é comercializado deve corresponder aos canais onde o público-alvo daquela marca frequenta e lhe é conveniente. Assim, tudo isso resulta numa diferenciação a ser comunicada dentro do P de Promoção. Então, podemos considerar que dentro do Marketing existe toda uma engrenagem onde cada elemento é fundamental para que o outro funcione com efetividade, e assim o estudo mercadológico deve sempre ser feito de forma holística, em que tudo se encaixa e se complementa. Referências bibliográficas CHURCHILL, G. Marketing criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2000. DRUCKER, P. F. Introdução à administração. São Paulo: Pioneira, 2002. 39 KELLER, K.; KOTLER, P. Administração de marketing. 14. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012. PARA SABER MAIS Segundo Kotler e Keller (2012), posicionar um produto ou serviço em seu mercado de interesse pode ser compreendido como a ação de projetar o produto e a imagem da organização com o fim de ocupar uma posição diferenciada na escolha de seu público- alvo. Em termos práticos, o posicionamento pode ser obtido a partir da fórmula: Segmentação + Diferenciação = Posicionamento. Logo, a análise do posicionamento é indispensável para avaliar o destaque da imagem da empresa. Nesse cenário, Churchill (2000) considera que cada empresa deve possuir o seu modelo de posicionamento, baseado nas características pertinentes ao seu negócio e de acordo com a diferenciação do seu produto. Ainda nesse contexto, Kotler e Keller (2012) destacam que é importante atentar aos principais tipos de erros de posicionamento, sendo eles: • Sub posicionamento: quando a empresa se posiciona abaixo do que realmente entrega. • Super posicionamento: quando a empresa se posiciona acima do que realmente entrega. • Posicionamento confuso: quando a forma que a empresa se posiciona não é clara e confunde a percepção do mercado consumidor. • Posicionamento duvidoso: quando os consumidores não se sentem seguros no posicionamento que a marca oferece. 40 Para realizar o planejamento estratégico de seu posicionamento, as organizações devem pensar em quarto elementos fundamentais:a relevância (ser interessante), a distinção (ser diferente), a comunicação (efetiva e direta) e a sustentação da posição (entregar o que promete). Assim, o resultado final de um bom posicionamento é o desenvolvimento de uma proposta de valor adequada, com foco no mercado específico e com uma razão convincente e vendável ao consumidor potencial. Portanto, a definição correta da proposta de mercado é fundamental para a eficácia do plano estratégico de posicionamento. Referências bibliográficas KELLER, K.; KOTLER, P. Administração de marketing. 14. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012. CHURCHILL, G. Marketing criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2000. TEORIA EM PRÁTICA Reflita sobre a seguinte situação: você trabalha no departamento de Marketing de uma construtora que está há mais de 30 anos no mercado, sendo reconhecida pela credibilidade e qualidade dos empreendimentos que entrega. Para o próximo ano, a construtora pretende lançar um empreendimento imobiliário diferenciado da concorrência da região, mesclando as características de um imóvel comercial, mas que também ofereça opções residenciais dentro de um único espaço. A empresa acredita que o número de pessoas que gostam de trabalhar perto de casa está aumentando e se isso puder acontecer dentro de um mesmo local, ela obterá um grande diferencial competitivo. Para isso, você precisa fazer 41 a definição de mercado, bem como do posicionamento do novo empreendimento. Com base nisso, como você faria essas definições e que estratégias de marketing utilizaria para difundir esse posicionamento dentro desse mercado-alvo? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Esta obra aborda, de forma objetiva e prática, os conceitos introdutórios a segmentação de mercados. O primeiro capítulo conceitua as diferenciações entre os diferentes tipos de segmentação, em especial, o de Nicho. Além disso, em outros capítulos, o autor insere abordagens práticas sobre a atuação em vários nichos, como o público LGTB, o público infantil, o mercado de luxo, entre outros. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra no parceiro “Biblioteca Virtual 3.0_Pearson”. LAS CASAS, A. L. Marketing de nichos. São Paulo: Atlas, 2015. Indicação 2 Esta obra aborda, de forma objetiva e prática, a administração mercadológica e tudo o que circunda a inteligência de mercado, em especial, a inteligência de Marketing. No capítulo três, o autor aborda com profundidade a diferenciação e posicionamento de mercado, em especial, no Marketing de serviços e relacionamento. Indicações de leitura 42 Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra no parceiro “Biblioteca Virtual 3.0_Pearson”. CAMALIONTE, E. Inteligência de mercado: conceitos, ferramentas e aplicações. São Paulo: Saint Paul, 2011. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Dentro do contexto __________, antes de buscar atender às __________ de um cliente da melhor forma possível, é preciso compreendê-lo por completo, em relação aos seus gostos, preferências e opções. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas: a. Organizacional e necessidades. b. Corporativo e necessidades. c. Mercadológico e necessidades. d. Mercadológico e exigências. e. Corporativo e exigências. 43 2. “O objetivo de Marketing é tornar a venda supérflua, ou seja, conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou o serviço se adapte a ele”. Assinale a alternativa que apresenta o autor deste conceito sobre Marketing: a. Peter Drucker. b. Michael Porter. c. Philip Kotler. d. Henry Ford. e. Abraham Maslow. GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: Como disposto no primeiro parágrafo do Direto ao Ponto, dentro do contexto mercadológico, antes de buscar atender às necessidades de um cliente da melhor forma possível, é preciso compreendê-lo por completo, em relação aos seus gostos, preferências e opções. Questão 2 - Resposta A Resolução: Como disposto no primeiro parágrafo do Direto ao Ponto, dentro do escopo gerencial, o Marketing pode ser descrito como a arte de vender produtos e serviços, mas, de acordo com Drucker (2002, p. 9), um dos maiores teóricos da administração, “o objetivo de Marketing é tornar a venda supérflua, ou seja, conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou o serviço se adapte a ele”. BONS ESTUDOS! Apresentação da disciplina Introdução TEMA 1 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 2 Direto ao ponto TEMA 3 Direto ao ponto TEMA 4 Direto ao ponto Botão TEMA 5: TEMA 2: Botão 158: Botão TEMA4: Inicio 2: Botão TEMA 6: TEMA 3: Botão 159: Botão TEMA5: Inicio 3: Botão TEMA 7: TEMA 4: Botão 160: Botão TEMA6: Inicio 4: Botão TEMA 8: TEMA 5: Botão 161: Botão TEMA7: Inicio 5:
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