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Lesões por pressão (escara) · Antigamente chamada de escara, são placas de necrose · Área de lesão de pele, tecidos adjacentes decorrente de pressão aplicada sobre o corpo · Epidemiologia · Tetraplégico – 60% · Fraturas de fêmur – 66% (se opõe mais à mobilidade) · Paciente acamado com LP tem 2x mais risco de morte e idoso na UTI com LP tem 2 a 4x mais risco de morte a LP é um indicador da qualidade do cuidado com o idoso · Fatores de risco · Imobilidade · Incontinência fecal e urinária principalmente · Diminuição do NC · Alteração cognitiva (demência) · Idade avançada · Doença aguda · Doença cr em estado terminal · Comprometimento circulatório (onde existia ulcera tem maior propensão a abrir uma nova,a pele é mais frágil) · Fatores de risco extrínsecos – relação com o cuidado da instituição · Pressão aplicada sobre o local – a pressão sentado sobre o cóccix é muito elevada; · Cisalhamento – quando corta um plano tecidual em sentido oposto a outro plano tecidual (paciente deitado na cama e resolve arrastar em direção a parte alta. Nesse momento faz fricção da pele com o lençol e faz cisalhamento porque a pele quer ficar lá e o tecido da parte do tronco corre em plano oposto) · Umidade – paciente sua muito ou urina · Irritante químico – Hipoglós ou outros · Medicações sedativas ou hipnóticas e o paciente não acorda · Fisiopatologia · Pressão aplicada sobre o tecido na forma de um cone de pressão cuja base é pra dentro do individuo e que promove isquemia tecidual com hipóxia, acidose lesão endotelial com hemorragia intersticial e não passagem de sangue com morte celular e necrose. A passagem inicial de sangue é bloqueada pela pressão, depois ocorre pela morte celular que forma microtrombos e pela diminuição da atividade fibrinolítica pela necrose. Há um deposito de fibrina e obstrução intravascular; · Doenças relacionadas a LP · · D. alzheimer · ICC · DM · DPOC · AVC · TVP · · Localizações mais frequentes de LP A mais comum é sacral / trocanter calcâneo isquiático; a mais difícil de cicatrizar é de calcâneo · Estadiamento · I: hiperemia persistente após 30 minutos mesmo após retirada de posição (lesão endotelial e o sangue extravasa para o tecido) · II: compromete epiderme, derme ou ambas (escoriação, calo) · III: comprometimento de tecidos profundos até a fascia exceto ela · IV: fáscia e tecidos · Complicações · Colonização x Infecção · Toda lesão por ulcera de pressão no hospital vai estar colonizada, não necessariamente ele vai estar gerando infecção · Vai estar infectada quando · Mudança no aspecto da secreção · Aparecimento de odor fétido · Secreção purulenta · Aumento da dor a lesão normal da LP não doi, é tanto que faz o debridamento sem anestesia (é tecido morto) · Aumento da lesão apesar do tratamento (higiene, mudança de decúbito) · Sinais glogísticos na periferia da ulcera ou além · Febre, leucocitose ou perda de peso · Abcesso · Osteomielite · Endocardite · Sepse · Artrite séptica (disseminação hematogênica quanto por contiguidade) · Depressão · Meningite · Prevenção · Identificar os de risco · Escala de braden · Escala de norton · Manter a integridade da pele · Inspecionar · Limpar a pele · Hidratar a pele (hidratante normal) · Nutrição adequada (se não, abre a pele com maior facilidade) · Reabilitação e fisioterapia (se imóvel, procure como reverter) · Proteção dos tecidos contra pressão/ fricção/ cisalhamento TIRAR A PRESSÃO · Posicionar a posição cada 1h na cadeira · Posicionamento a posição cada 2h na cama · Técnicas adequadas de posicionamento, transferência e mudança de decúbito (pegar da forma correta) · Calcâneo (usar protetores) · Dispositivos que facilitam a mobilização – trapézios, barras de apoio · As vezes elevam o decúbito demais e o paciente escorrega na cama, os pés ficam batendo na barra da cama · Roupas de cama sem vincos e cisalhamento · Vestimentos do paciente sem botões, costuras espessas e pregas · Evitar interposição de sondas e equipos entre pele e colchão · Sonda vesical de demora deve passar por cima da coxa para não gerar LP e deve sair reta da uretra porque se sai curvada pode fazer LP na uretra · Superfície para reduzir ou redistribuir a pressão de interface · Colchão em formato caixa de ovos · Colchão de pressão alternante (colchão pneumático) · Tratamento · Multidisciplinar – enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta · Avaliar o paciente + ulcera tirar o mecanismo causador · Nutricional · Comorbidades · Promoção e manutenção da viabilidade tissular · Cuidados com a ulcera · Cuidados com a colonização · Tratamento cirúrgico · Manejo da dor – a maioria não reclama de dor!!!! · Limpeza: soro fisiológico seringa 35ml (agulha 19G) · Não colocar clorexidina nem PVPI na úlcera · Limpar apenas externamente com clorexidina ou degermante · Creme de barreira ao redor da ulcera após a limpeza ou acido graxo essencial ou dersani para que o exsudato não macere a pele saudável e · Debridamento · Jogar soro no curativo antes de olhar a lesão para não grudar no curativo. · Mecânico com lâmina/ bisturi melhor forma de tirar se tem necrose com plano de clivagem, sem machucar e sangrar excessivamente · Químico – se não tem plano de clivagem; vai liquefazer o tecido morto · Colagenase – debridante menos agressivo; colocar apenas na área acometida que não foi debridada · Estreptoquinase · Fibrinolisina · Papaína a 10% quando a placa é muito dura, grossa · Mecânico – nos que não tem exsudato · Gaze salina úmida · Irritação direta · Curativa · Revestimentos – não deixar espaços na lesão , tem que preencher · Gase com solução salina · Após debridamento com bisturi e colagenase, usa a gase para absorver exsudato · Se a ulcera não for exsudativa, usar gase + SF · Se a ulcera for exsudativa usa apenas gase para absorver · Se o curativo estiver úmido trocar porque se não o exsudato macera a ulcera · O revestimento secundário para preencher vai ser mais gase · Lesões moderadamente exsudativas II-IV · Aplicar creme de barreira na pele circundante ou AGE ou Dersani · AGE ou dersani dentro da ferida com a gase na ulcera seca · Membranas semipermeáveis (são curativos que não são a gase) · Diminui a transmissão de vapor dagua · Reepitelização · Debridamento autolitico · Reduz a contaminação bacteriana · Hidrofilme · paciente com acesso central; lesão grau I e II sem exsudato · Permeável ao vapor dagua e oxigênio · Troca com 3 a 4 dias · Substitui quando perde aderência · Hidrogel · Lesões não exsudativas com tecido necrótico · Alto conteúdo em agua e glicerina · Preenche cavidade · Favorece epitelização · Hidrocoloide · Ulcera de pressão grau II (não tem exsudato) · Impermeável ao vapor de agua , bactérias e oxigênio, isola bem · NÃO USAR NAS EXSUDATIVAS porque vai infeccionar · O resíduo do produto do hidrocoloide simula exsudato infectado · Troca a cada 2-7 dias · Alginato – é como uma espuma · Grau II a IV, mas principalmente III e IV, porque são mais exsudativas · Deve ser usado nas ulceras exsudativas e infectadas · Lesões cavitadas ou trajetos fistulosos · Tira os pedaços e coloca dentro da cavidade da ulcera necrótica pra preencher porque tem ação hemostática, bacteriostática e absorve o exsudato · Fecha com gase · Quando for tirar, tem que colocar muito soro porque ele gruda bastante · Troca a cada 1- 4 dias · Carvão ativado · Vem dentro do saquinho como se fosse um chá e coloca dessa forma na ulcera, dentro da ulcera porque aniquila as bactérias · Espuma de poliuretano · Grau II a IV · Lesões cavitadas e exsudativas · Alta capacidade de absorção e isolamento térmico · Aplicar creme de barreira na pele circundante depois que limpar com a clorexidina · Abordagem da colonização e infecção · Não adianta pegar tecido necrótico e mandar pra cultura, tem que ser no tecido do meio da ulcera, viável, ele vai ser o responsável pela infecção se tiver crescimento de bactéria · Se a lesão não demonstrar cicatrização após 2 semanas de tto otimizado devem ser feitos exames de cultura por biopsia de tecido viávelinterior e iniciar antibiótico sistêmico seja venoso ou oral. Se não tiver tecido viável, tem que debridar pra poder fazer. Se puder anestesiar melhor. Maioria não precisa biopsiar
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