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Idoso frágil · Pode ocorrer tanto em paciente muito magro quanto em paciente obeso · Caso clínico: paciente de 75 anos procura o ambulatório da geriatria informando perda de peso e atualmente encontra-se com IMC de 33. Foram descartadas todas as causas para perda de peso foram descartados os 9 D´S, portanto, é fragilidade · Pensar sindromicamente etiologicamente · Perda de peso descartando todas as causas pensar síndrome consumptiva: 9 D´s 1. Demência – paciente demente acha que comeu e não comeu e emagrece; acha que a comida está envenenada; a doença pode ser tão avançada que a absorção do alimento é ruim 2. Depressão – idosos religiosos podem pensar no suicídio por meio da recusa alimentar 3. Dentição – sem dente, diminui ingesta 4. Disfagia 5. Disgelsia – alteração do paladar 6. Doenças - inflamatórias ossoeas (Page), doenças consuptivas (câncer) 7. Diarreias – síndromes mal absortivas 8. Drogas – diminuição de apetite (sertralina) e náusea 9. Disfunção – não capacidade de se autoalimentar · Definição : Síndrome biológica de diminuição de reserva homeostática do organismo e da resistência aos estressores, causando vulnerabilidade e desfechos clínicos adversos. Pode confundir com a senilidade (envelhecimento patológico) · Conceitos importantes Fragilidade -Quadro necessariamente multissitêmico de instalação lenta e que promove vulnerabilidade da regulação homeostática Incapacidade- Deficiências, limitações no desempenho de atividades e restrições na participação social, associadas aos estados de saúde | Pode se instalar de maneira aguda e comprometer um único sistema, não necessariamente implica instabilidade homeostática do portador Comorbidades - Coexistência de 2 ou mais doenças | Não necessariamente são associadas à redução de reservas de múltiplos sistemas e inadequação da manutenção da homeostase frente a estímulos agressivos Sarcopenia - Redução da massa muscular relacionada ao envelhecimento e associada à redução de força e/ou função Caquexia - Síndrome metabólica complexa associada à doença e caracterizada por perda de músculo · Epidemiologia: quanto mais idade, maior chance de fragilidade · 7-50% na faixa etária > 60 anos · 26% na faixa etária de 85-89 anos · Etiologia · Genéticos · Endócrinos · Diminuição de esteroides sexuais · Aumento de insulina devido à inflamação · Diminuição dos somatotróficos · Aumento de leptina · Coagulação · Aumento de fibrinogênio e D-dimero – devido ao aumento da inflamação · Inflamatórios · Aumento de IL¨, PCR, TNF e IL1 · Diminui imunidade celular · Nutricional · Diminui albumina e colesterol · Proteínas modificadas · Diminuição de micro e macronutrientes – redução de colesterol = desnutrição · Fatores de risco · Mulheres – envelhecem mais do que os homens, percorrendo mais os intempéries do envelhecimento · Afrodescendentes – a maioria dos pacientes pobres são negros e comer bem custa caro · Menor nível educacional em alguns – preferência por quantidade ao invés de qualidade nutricional · Menor renda – pior status nutricional · Pior estado de saúde – depleção neurológica maior · Taxas de mais altas comorbidades crônicas e incapacitação – pioram a fragilidade · Principais alterações Desregulação neuroendócrina + disfunção imunológica + sarcopenia · Sistema muscular-esquelético - como a contração muscular estimula a formação óssea, se tem sarcopenia, tem osteopenia · Desregulação neuro-endócrino (hormônios sexuais femininos e masculinos, GH) · Disfunção imunológica (interleucinas1,6 e TNF alfa aumentada, citocinas inflamatórias elevadas) · Fazem febre sem ter infecção · Podem não fazer febre na infecção devido a depleção imunológica · Sintomas · Perda de peso não intencional · Fraqueza muscular · Fadiga ou exaustão · Anorexia · Inatividade · Sinais · Sarcopenia · Osteopenia · Desbalanço proteico · Subnutrição · Descondicionamento · Desabilidades · Marcha lentificada · Trajetória do ciclo da fragilidade · Disfunção neuroendórcrino (queda de GH e hormônio sexual e desregulação de cortisol) sarcopenia disfunção imunológica · A fragilidade, o estresse químico oxidativo podem facilitar o encurtamento do telômero · O musculo é fundamental na massa óssea, de forma que a sarcopenia, diminuição de força, diminuição de gasto energético, come menos (anorexia) e promove osteopenia Ciclo de redução de energia e aumento da dependência e suscetibilidade a agressores · Efeitos adversos · Quedas de repetição · Imobilidade · Delirium · Hospitalizações · Institucionalização · Funcionalidade alterada = morbidade · Ulceras de pressão · Critérios para definir fragilidade – 3 ou mais critérios definem fragilidade (LINDA FRIED) · Perda de peso não intencional ≥ 4,5kg ou 5% peso corporal no ano anterior · Exaustão autorrelatada – de acordo com questionário · Diminuição da força de preensão – medida pelo dinamômetro · Baixa atividade física – Minnesota Leisure Time activities Questionnaire · Atitividade física, frequência e duração próprios pra idade · Lentidão – média de 3 medidas do tempo necessário para caminhar em passos normais 4,5 metros Não frágil: 0 critérios | Pré-frágil: 1 ou 2 critérios | Frágil: ≥ 3 critérios OBS: NA PRÁTICA MUITAS VEZES NÃO SÃO APLICADOS POR NÃO SEREM ACESSÍVEIS · Critérios clínicos (fenótipo de fragilidade) · Perguntas sobre exaustão do GDS · Levantar-se da cadeira – se não conseguir, pode indicar sarcopenia · Perda de peso · Existem “ faixas” de fenótipos de fragilidade Quanto mais frágil ele for, pior ele enfrenta as doenças · Tratamento · Reposição hormonal devido ao GH baixo e esteroides sexuais baixos · Programa de exercícios com musculação para gerar microfraturas · Suporte nutricional · Tratar as comorbidades · Suporte social adequado · Prevenção primaria – não tem sarcopenia nem fragilidade, mas prevenir · Mudança de estilo de vida · Suspender cigarro e álcool · Vida ativa física, social e intelectual · Prevenção secundária – pré-fragil · Boa nutrição · Atividade física · Uso criterioso de medicações · Prevenir quedas · Corrigir incapacidades com órteses · Tratar comorbidades · Reposição hormonal e fatores de crescimento · Repor hormônio feminino não é causa de fragilidade é consequência, aumenta mortalidade · Repor testosterona nos homens hipogonádicos é efetivo para aumentar massa muscular e força · Efeitos adversos: morte súbita, aumento de Hto, retenção hídrica, ginecomastia, aumento de PSA, piora de perfil lipídica · DHEA – não há comprovação na massa muscular · GH não aumenta massa muscular nem potencializa ganhos com treino de resistência · Indicado apenas nos pacientes com IGF1 reduzido e comprovação de deificência hormonal · Pode alterar perfil glicêmico, síndrome do túnel do carpo, artalgias, ginecomastia e edema · Prevenção terciária · Reabilitação e tratamento das complicações
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