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Relações Internacionais

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Questão 1/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o trecho a seguir:
“Seguindo os apontamentos de Barry Buzan e Lene Hansen (2012, p. 118-121) e de Paul Williams (2008, p. 3), destaca-se que, durante a Guerra Fria, prevaleceu na narrativa ortodoxa acerca da paz e da segurança internacionais um caráter estritamente militarista e estatocêntrico. Assim, de acordo com os autores, o paradigma de tensão bipolar vigente naquele período levou à priorização de temas relacionados à eclosão de conflitos interestatais e à corrida armamentista, com ênfase para os temas de dissuasão nuclear. No que diz respeito à paz, prevalecia uma noção baseada na manutenção do equilíbrio na balança de poder entre
os Estados e no respeito à soberania de cada ator estatal (BELLAMY; WILLIAMS; GRIFFIN, 2010, p. 29)” (Guerra; Blanco, 2018).
Fonte: Guerra, L., & Blanco, R. (2018). A Construção da Paz no Cenário Internacional: Do Peacekeeping Tradicional às Críticas ao Peacebuilding Liberal. Carta Internacional, 13(2). https://doi.org/10.21530/ci.v13n2.2018.775
Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na Aula 5 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresente, corretamente, uma das definições filosóficas sobre o que é segurança, identificada por Williams:
Nota: 0.0
	
	A
	É um sistema político internacional.
	
	B
	É um sinônimo de acumulação de poder pelo Estado, como poder militar.
Ao perguntar “o que é segurança?”, Williams (2008, p. 6) identifica duas filosofias diferentes que podem emergir desse conceito. A primeira compreende a segurança como um sinônimo de acumulação de poder. Assim, quanto mais poder um Estado consegue acumular, principalmente poder militar, mais seguro esse Estado seria. Por sua vez, a segunda filosofia desafia esses pressupostos. O segundo entendimento vê a segurança a partir da preocupação com a justiça e os princípios dos direitos humanos. Essa perspectiva parte do princípio de que a segurança é relativa, dependendo da relação que diferentes atores possuem entre si. Nesse sentido, mais armamentos não necessariamente garantiriam uma maior segurança para determinado ator (Williams, 2008). Um exemplo que pode ilustrar essas diferentes filosofias é a percepção de ameaça dos Estados Unidos em relação ao Reino Unido e ao Irã. O Reino Unido possui 215 armas nucleares em seu arsenal. Em contrapartida, o Irã ainda não possui armas nucleares desenvolvidas, até o presente momento. Apesar dessa discrepância da quantidade de armas nucleares entre Reino Unido e Irã, os Estados Unidos percebem o Irã como uma ameaça à sua segurança. Esse exemplo demonstra que, de acordo com a segunda filosofia, “uma segurança verdadeira e estável não vem da habilidade de exercer poder sobre os outros, mas sim da cooperação para alcançar a segurança sem privar os demais atores dela” (Williams,2008, p. 6).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 5. Tema 1 “Segurança Internacional e o Poder dos Estados soberanos”.
	
	C
	É um sinônimo de riqueza monetária, medida pelo valor do PIB de um país.
	
	D
	É uma definição abstrata que não costuma ser aplicada em estudos nas Relações Internacionais.
	
	E
	Pode ser definida como os deveres e direitos de cada indivíduo em uma sociedade, em que estes são responsáveis pela manutenção da paz.
Questão 2/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto abaixo:
“Conforme já abordamos, a Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada no pós-Segunda Guerra Mundial com o intuito de garantir que 
os devastadores conflitos, como o que havia acabado de terminar, voltassem a ocorrer. Em seu art. 1, a Carta da ONU já estabelece como propósito central a manutenção da paz e da segurança internacionais:
1. Manter a paz e a segurança internacionais e para esse fim: tomar medidas coletivas eficazes para prevenir e afastar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão, ou outra qualquer rutura [ruptura] da paz e chegar, por meios pacíficos, e em conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um ajustamento ou solução das controvérsias ou situações internacionais que possam levar a uma perturbação da paz; […] (ONU, 2009, p. 5).”
Fonte: Onuki, Janina; Agopyan, Kelly Komatsu. Organizações e Regimes internacionais. Curitiba: InterSaberes, 2021.
Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na Aula 3 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresente, corretamente, a definição de segurança coletiva:
Nota: 10.0
	
	A
	Um sistema baseado em cooperação entre atores sociais.
	
	B
	Um sistema baseado na ideia de criação de um mecanismo internacional que agregue interesses dos Estados mais ricos.
	
	C
	Um sistema baseado na ideia de criação de um mecanismo internacional que agregue interesses dos Estados mais pobres.
	
	D
	Um sistema baseado na ideia de criação de um mecanismo internacional que agregue interesses dos Estados mais ricos para evitar a cooperação entre eles.
	
	E
	Um sistema baseado na ideia da criação de um mecanismo internacional que conjugue compromissos de Estados nacionais para evitar, ou até suprimir, a agressão de um Estado contra o outro.
Você acertou!
Além da segurança coletiva, outras formas de cooperação nesse âmbito se dão pela formação de alianças e mecanismos de resolução de conflitos violentos, como a mediação e arbitragem, por exemplo. Diferentemente de tais mecanismos, o objetivo da segurança coletiva não é acessar a causa das guerras e conflitos violentos para solucioná-los, mas evitar que o uso da força seja empreendido (HERZ; HOFFMANN, 2004). Ou seja, um mecanismo que funcionasse a priori do desencadeamento de um conflito violento. Nesse sentido, a segurança coletiva pode ser definida como um sistema que é “baseado na ideia da criação de um mecanismo internacional que conjuga compromissos de Estados nacionais para evitar, ou até suprimir, a agressão de um Estado contra o outro” (HERZ; HOFFMANN, 2004, p. 75).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 3. Tema 1 “O sistema de segurança coletiva pós-2ª Guerra Mundial: a criação da ONU”.
Questão 3/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto abaixo:
Com a definição do “paradigma” neo-realista por Kenneth Waltz, no início da década de 1970, os estudiosos do campo das Relações Internacionais começaram a questionar que apesar do sistema internacional carecer de autoridade central, os Estados pareciam estar imiscuídos em uma rede institucional em um sentido mais amplo, em regras implícitas e explícitas que contribuíam para a modificação do comportamento estatal e eventualmente para a convergência com o comportamento dos demais. Em outras palavras, “A análise de regimes tentou preencher esta lacuna pela definição de um foco que não era tão amplo quanto o sistema internacional, ou tão estreito quanto o estudo das organizações internacionais” ( HAGGARD, 1987).
Fonte: BARROS-PLATIAU, Ana Flávia; VARELLA, Marcelo Dias and SCHLEICHER, Rafael T.. Meio ambiente e relações internacionais: perspectivas teóricas, respostas institucionais e novas dimensões de debate. Rev. bras. polít. int. [online]. 2004, vol.47, n.2, pp.100-130. Disponívem em:: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-73292004000200004&lng=en&nrm=iso>. Página da citação: 110.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, no que consiste um regime internacional:
Nota: 10.0
	
	A
	Os Regimes Internacionais podem ser definidos como um conjunto de princípios, normas, regras e procedimentos decisórios por meio dos quais os interesses dos atores convergem em uma dada área.
Você acertou!
Ao compreender que uma série de princípios comuns gerem o multilateralismo e a relação dos Estados dentro de uma organização internacional, é possível relacionar tais princípios com o conceito de regimes internacionais. O desenvolvimento detratados e instituições multilaterais formam arranjos que lidam com problemas complexos que podem ser resultado dos âmbitos políticos, econômicos ou sociais. Esses arranjos dão origem aos regimes internacionais, podendo ser definidos como “um conjunto de princípios, normas, regras e procedimentos decisórios em torno dos quais as expectativas dos atores convergem em uma área temática” (KRASNER, 1982, p. 1). O regime de comércio, como já citado, o regime monetário e o regime de navegação nos mares são exemplos de regimes formados a partir de arranjos internacionais que guiam cada uma dessas práticas
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 3: Organizações Internacionais: Conceitos Chaves.
	
	B
	Os Regimes Internacionais podem ser compreendidos como o processo de criação de instâncias internacionais de discussão sobre o melhor funcionamento das Organizações Internacionais.
	
	C
	Os Regimes Internacionais podem ser definidos como a reunião de Estados nacionais que possuem condições materiais de delimitar como a política internacional irá funcionar.
	
	D
	Os Regimes Internacionais são compreendidos como o agrupamento de atores da sociedade civil em fóruns internacionais de discussão sobre os limites do poder e da ação estatal.
	
	E
	Os Regimes Internacionais podem ser definidos como o aglomerado de normas jurídicas responsáveis por regular e gerir a política internacional.
Questão 4/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o trecho a seguir:
“A comunidade tornar-se-á um corpo vivo não através de ato de fé escrito, mas através de um desenvolvimento orgânico ativo. (…) Essa tendência consiste em organizar o governo em torno de fins e necessidades específicas, e de acordo com a condição do seu tempo e espaço, em lugar da organização tradicional baseada numa divisão constitucional que determina as jurisdições de direitos e poderes. (…) A abordagem funcional (…) ajudaria ao crescimento de um trabalho positivo e construtivo, de hábitos e interesses comuns, tornando as linhas de fronteira insignificantes, ao lhes sobrepor um crescimento natural de atividades comuns e agências administrativas comuns.”
Fonte: MITRANY, David – A Working Peace System. Londres: National Peace Council, 1946, pp. 14-35, citado em MORGENTHAU, Hans – Politics among Nations (1948), p. 413.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que expõe, corretamente, como seria alcançado um sistema de paz para a teoria funcionalista?
Nota: 0.0
	
	A
	A partir da dissociação da segurança internacional e da cooperação funcional.
	
	B
	A partir de uma perspectiva realista de que há uma assimetria de poder entre os Estados.
	
	C
	A partir de uma perspectiva funcionalista de que há uma assimetria de poder entre os Estados.
	
	D
	A partir da cooperação entre os Estados até que não fossem mais necessárias as organizações internacionais.
	
	E
	A partir de um processo de aprendizado coletivo entre Estados e administrado pela cooperação técnica entre eles.
Para a teoria funcionalista, a cooperação seria a chave para enfrentar os problemas relacionados aos conflitos violentos e suas origens (HERZ; HOFFMANN, 2004). Sua contribuição normativa está na tese de que um processo de aprendizado coletivo entre Estados e administrado pela cooperação técnica seria fundamental para a criação de um sistema de paz (HERZ; HOFFMANN, 2004).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 2. Tema 2 “O papel das organizações na cooperação internacional”.
Questão 5/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto a seguir:
“Ao fim da Segunda Guerra Mundial, iniciou-se a reconstrução econômica internacional, fundamentada nas novas relações de poder político-econômico que a guerra ajudara a criar. Entretanto, a reconstrução econômica do pós-guerra não deve ser entendida somente a partir do cenário então vigente, mas também como reorientação e reorganização das relações econômicas internacionais, no contexto pós-depressão dos anos 1930”.
Fonte: OLIVEIRA, Ivan Tiago Machado. A ordem econômico-comercial internacional: uma análise da evolução do sistema multilateral de comércio e da participação da diplomacia econômica brasileira no cenário mundial. Contexto int., Rio de Janeiro , v. 29, n. 2, p. 217-272, página da citação 219. 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/cint/v29n2/v29n2a01.pdf
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos principais argumentos teóricos que fundamenta o regime internacional do comércio:
Nota: 10.0
	
	A
	O comércio internacional aumenta a interdependência entre os Estados, impedindo assim uma maior cooperação entre eles e diminuindo a tendência ao conflito
	
	B
	O comércio internacional diminui os conflitos territoriais entre os Estados, uma vez que proporciona a possibilidade da negociação de trocas e vendas de territórios.
	
	C
	O comércio internacional fomenta a interdependência entre os Estados, aumentando assim a cooperação e diminuindo a tendência ao conflito no cenário internacional.
Você acertou!
Para compreender o regime internacional de comércio, também se faz necessário entender as implicações teóricas que regem essas relações comerciais. Em uma perspectiva teórica, o regime internacional de comércio é fundamentado no argumento de que o comércio entre as nações aumenta a interdependência entre elas. Assim, gerando uma maior disposição para os Estados cooperaram entre si. Esse argumento é desenvolvido por duas lógicas. A primeira afirma que quanto mais complexas forem as relações comerciais entre Estados, menor seria a disposição desses Estados entrarem em conflito violento um contra os outros. A segunda lógica afirma que o papel das instituições seria fundamental e o melhor caminho para solucionar conflitos comerciais e gerenciar as relações comerciais internacionais, uma vez que a interdependência entre Estados tenderia a ser cada vez maior e mais complexa (ONUKI; AGOPYAN, 2020).
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 1: Comércio Internacional: Abertura e protecionismo.
	
	D
	O comércio internacional provoca o aumento nos números de guerras econômicas, possibilitando que as hegemonias internacionais sejam derrotadas.
	
	E
	O comércio internacional incentiva a ampliação das trocas culturais entre as nações ricas e as nações pobres, permitindo que as últimas, por assimilação, possam evoluir culturalmente.
Questão 6/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto abaixo:
“Ao fim da Segunda Guerra Mundial, iniciou-se a reconstrução econômica internacional, fundamentada nas novas relações de poder político-econômico que a guerra ajudara a criar. Entretanto, a reconstrução econômica do pós-guerra não deve ser entendida somente a partir do cenário então vigente, mas também como reorientação e reorganização das relações econômicas internacionais, no contexto pós-depressão dos anos 1930”.
Fonte: OLIVEIRA, Ivan Tiago Machado. A ordem econômico-comercial internacional: uma análise da evolução do sistema multilateral de comércio e da participação da diplomacia econômica brasileira no cenário mundial. Contexto int., Rio de Janeiro , v. 29, n. 2, p. 217-272, página da citação 219. 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/cint/v29n2/v29n2a01.pdf
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, que evento é considerado o marco inicial do regime internacional do comércio:
Nota: 0.0
	
	A
	Conferência de Postdam.
	
	B
	Rodada de Doha.
	
	C
	Acordo de Bretton Woods.
O marco de início para o regime de comércio internacional é o Acordo de Bretton Woods, negociado em 1944. O objetivo do acordo foi planejar a cooperação econômicainternacional no pós-Guerra, evitando que os Estados adotassem medidas protecionistas – tal como havia acontecido com o comércio internacional após a Primeira Guerra Mundial. Decidiu-se que seriam criadas três organizações dentro do sistema das Nações Unidas responsáveis por esse planejamento: o Fundo Monetário Internacional (FMI); o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD); e a Organização Internacional do Comércio (OIC) (HERZ; HOFFMANN, 2004).
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 1: Comércio Internacional: Abertura e protecionismo.
	
	D
	Tratado de Johannesburgo.
	
	E
	Consenso de Washington.
Questão 7/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o trecho a seguir:
“Revelando atitude intelectual mais aberta e mais simpática, Alexander Wendt escala uma nova fase dessa evolução recente das teorias. Construtivista, construtivista racionalista como se apresenta a si mesmo, surpreendeu o meio acadêmico em 1999 com seu livro Social Theory of International Politics. Wendt inicia a demolição do imperialismo das teorias das relações internacionais. Essas teorias, segundo o autor, nunca foram capazes de prever algo que já não fosse uma tendência em curso. Ávido por idéias novas, não hesita em colocar em cheque por meio de seu ecletismo metodológico o conhecimento disponível para explicar as relações internacionais. O realismo, por exemplo. Existem três paradigmas de Estado, afirma: o hobbesiano, que vê os outros como inimigos, o lockeano, que os vê como rivais, e o kantiano, que os vê como amigos. Embora pretenda golpear o realismo, que opera em seu entender por meio do primeiro modelo, o argumento de Wendt permanece em certa medida tributário dessa corrente”
Fonte: CERVO, Amado Luiz. Conceitos em Relações Internacionais. Rev. bras. polít. int. [online]. 2008, vol.51, n.2, pp.8-25. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-73292008000200002&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1983-3121. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-73292008000200002.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, analise as afirmativas e assinale a alternativa que expõe, corretamente, a perspectiva construtivista, aderida por Alexander Wendt:
I. O autor enfatiza a maneira como as identidades e os interesses são fatores socialmente construídos.
II. Embora essa teoria esteja preocupada com as ideias, interesses e instituições, ela dispensa a preocupação com a sua naturalização.
III. O objetivo do construtivismo é compreender e explicar a construção social dos atores e das estruturas sociais.
IV. O foco dessa teoria está na compreensão dos processos que originam as instituições, os regimes, as regras e que também regulam a vida social e as relações internacionais.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação III está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações III e IV estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmações I, III e IV estão corretas.
Você acertou!
O construtivismo tem como Alexander Wendt um dos percursores da corrente teórica. Em sua obra ‘A Anarquia é o que os Estados fazem dela’, o autor critica o debate neo-neo por ele estar enraizado no conceito da racionalidade. Para Wendt, o problema da escolha racional está no entendimento de que identidades, ideias e interesses dos atores são determinados externamente (LACERDA, 2013). Desse modo, os trabalhos representados pela corrente construtivista enfatizam a maneira de como as identidades e os interesses são fatores socialmente construídos (HERZ; HOFFMANN, 2004). O objetivo do construtivismo é “compreender e explicar a construção social dos atores e das estruturas sociais” (HERZ; HOFFMANN, 2004, p. 66). Isso significa que o foco desta teoria está na compreensão dos processos que originam as instituições, os regimes, as regras e que também regulam a vida social e as relações internacionais (SOLÓMON, 2016).
Referência: Rota de aprendizagem da Aula 2, tema 4, “O Construtivismo e a inserção dos atores sociais”.
Questão 8/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto a seguir:
“Atualmente, as Nações Unidas já têm mecanismos de associação de organizações não governamentais (ONGs) a seus órgãos ou a suas agências. Os processos se dão diretamente com cada órgão ou agência, não havendo um instrumento unificador, uma das sugestões do próprio Relatório Cardoso – que ainda indica que o processo deveria estar sob a gestão da Assembleia Geral, pouco envolvida com a participação da sociedade civil, ficando esta mais concentrada no escopo do Ecosoc.”
Fonte: Onuki, Janina; Agopyan, Kelly Komatsu. Organizações e Regimes internacionais. Curitiba: InterSaberes, 2021.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos da Aula 3 de Regimes e Organizações Internacionais, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta a respeito das características da Assembleia Geral da ONU:
I. É formada por todos os membros que integram as Nações Unidas.
II. Todos os Estados-membros possuem o direito ao voto nas eleições realizadas pela Assembleia Geral.
III. Funciona como uma arena de discussões sobre diversos aspectos da política internacional, mas não há eleições.
IV. A Assembleia Geral coloca recomendações sobre questões referentes à segurança internacional e à paz, à aprovação do orçamento, da admissão de outros membros, etc.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação III está correta.
	
	D
	As afirmações I, II e IV estão corretas.
Você acertou!
A Assembleia Geral é formada pelo 193 membros que integram as Nações Unidas. Esse órgão é considerado o mais representativo da organização porque todos Estados-membros possuem o direito ao voto nas eleições realizadas pela Assembleia Geral (ONUKI; AGOPYAN, 2020). A Assembleia Geral funciona como um arena de discussões sobre diversos aspectos da política internacional. Ela também pode funcionar como um corpo legislativo da ONU porque a aprovação de resoluções pela Assembleia serve como uma base normativa para o Direito Internacional (HERZ; HOFFMANN, 2004). Entre as principais funções da Assembleia Geral estão as recomendações sobre questões referentes à segurança internacional e à paz; a aprovação do orçamento das Nações Unidas; a aprovação da admissão de novos membros na organização e as eleições dos membros não-permamentes do Conselho de Segurança, Conselho Econômico e Social e do Conselho de Tutela (ONUKI; AGOPYAN, 2020).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 3. Tema 1 “O sistema de segurança coletiva pós-2ª Guerra Mundial: a criação da ONU”.
	
	E
	Apenas as afirmações I, II e III estão corretas.
Questão 9/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto abaixo:
“Entre o final do século XIX e a metade do século XX, a economia mundial foi estruturalmente modificada. O modelo capitalista consolidou-se e, posteriormente, evoluiu, ganhando feições modernas e fundando a sociedade de consumo de massa. As inovações tecnológicas, que chegavam a literalmente assustar, e as inovações organizacionais resultaram em um aumento inédito (e inimaginável) da produtividade. O padrão ouro, pilar da estabilidade da ordem econômica mundial do século XIX, foi definitivamente abandonado, o que produziu grande volatilidade e insegurança. Em 1944, no entanto, surgiu o sistema Bretton Woods, em reação àquela instabilidade estrutural. Assim, foram estabelecidas instituições que, até hoje, ajudam a moldar a ordem financeiro-comercial [...]”.
Fonte: GOMES, D. C. A economia internacional, da Belle Époque a Bretton Woods [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2015. Disponível em: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2015/11/25/a-economia-internacional-da-belle-epoque-a-bretton-woods/.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais,análise as afirmações abaixo, que falam sobre as instituições criadas pelo sistema Bretton Woods e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas:
I. O Fundo Monetário Internacional (FMI), uma das instituições criadas por Bretton Woods, voltava-se à supervisão de um sistema internacional de taxas de câmbio fixas com o intuito de promover a estabilidade das moedas e evitar a desvalorização competitiva.
II. Em essência, a função prática do Fundo Monetário Internacional (FMI) consiste, até a atualidade, em coordenar e garantir o funcionamento apropriado do padrão de câmbio fixo dólar-euro.
III. O Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), também foi criado por Bretton Woods como a instituição responsável pelo fornecimento de crédito para o financiamento dos projetos de reconstrução dos países atingidos pela Segunda Guerra Mundial.
IV. A Organização Internacional do Comércio (OIC) foi a instituição mais relevante criada por Bretton Woods, uma vez que tinha como reponsabilidade a mediação das divergências econômicas entre os países e empresas transnacionais.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
	
	B
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
A afirmação I está correta porque o principal objetivo do FMI, segundo Bretton Woods, seria de “estabelecer e supervisionar um sistema internacional de taxas de câmbio fixas para promover a estabilidade de moedas, evitando desvalorizações competitivas” (HERZ; HOFFMANN, 2004). A afirmação II está incorreta porque, na prática, o FMI ficou responsável por coordenar o novo padrão cambial “ouro-dólar”, fixando uma taxa de 35 dólares por uma onça de ouro (ALMEIDA, 2001). Contudo, durante a década de 1970, o Estados Unidos rompeu unilateralmente com o padrão “ouro-dólar” e, em 1973, o FMI perdeu sua jurisdição acerca das paridades cambiais internacionais (ALMEIDA, 2001). A afirmação III está correta porque a segunda instituição criada por Bretton Woods foi o BIRD, atualmente denominado de Banco Mundial, e seu objetivo seria de fornecer créditos a longo prazo para o financiamento de projetos de reconstrução dos países assolados pela Segunda Guerra (HERZ; HOFFMANN, 2004). A afirmação IV está incorreta porque a terceira instituição planejada por Bretton Woods seria a Organização Internacional do Comércio (OIC). As negociações para a criação da OIC foram em Havana, entre 1947 e 1948. Ao fim da Conferência, a Carta constituinte da OIC foi assinada. Contudo, essa organização não foi criada. Isso porque os Estados Unidos não ratificaram a criação da organização perante seu Congresso.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 1: Comércio Internacional: Abertura e protecionismo.
	
	C
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
	
	D
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
Questão 10/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Considere o trecho a seguir:
“A relação dúbia entre imigração e segurança pode ser compreendida através da abordagem multissetorial de Buzan. Ao analisarmos a relação migração-segurança, não estamos falando apenas da segurança do Estado, mas também da sociedade e dos vários grupos que a compõem, assim, a imigração como questão securitária pode ser enquadrada dentro do setor societal. A segurança societal pode ser definida como “a capacidade de uma sociedade persistir com seu caráter essencial sob condições cambiantes e ameaças possíveis ou reais” (BUZAN; HANSEN, 2012, p.322). E diz respeito à sobrevivência identitária dos atores, para os quais qualquer ameaça, seja de caráter ideológico, étnico, religioso ou civilizacional, é tratada como uma questão securitária.” (Zabolotski; Hoff, 2018).
Fonte: ZABOLOTSKI, Boris; HOFF, Natali. Brexit, União Européia e a Securitização da Imigração: o papel do Think Tank britânico “Civitas” na construção discursiva do discurso anti-imigração e na campanha “Vote Leave”. OIKOS (RIO DE JANEIRO), vol. 17, p. 30-43, 2018.
Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na Aula 5 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresente, corretamente, uma das definições filosóficas sobre o que é segurança, identificada por Williams:
Nota: 0.0
	
	A
	Uma das percepções vê a segurança a partir da utilização do monopólio da força do Estado, de maneira indiscriminada.
	
	B
	Uma das percepções vê a segurança como sinônimo de individualidade, cada indivíduo deve garantir a sua segurança.
	
	C
	Uma das percepções vê a segurança como sinônimo de justiça, utilizando o armamento da população como garantia de segurança.
	
	D
	Uma das percepções vê a segurança a partir da preocupação com a justiça e os princípios dos direitos humanos, considerando que o Estado que tiver mais armamento, terá mais segurança.
	
	E
	Uma das percepções vê a segurança a partir da preocupação com a justiça e os princípios dos direitos humanos, considerando-a relativa, dependendo da relação que diferentes atores possuem entre si.
Ao perguntar “o que é segurança?”, Williams (2008, p. 6) identifica duas filosofias diferentes que podem emergir desse conceito. A primeira compreende à segurança como um sinônimo de acumulação de poder. Assim, quanto mais poder um Estado consegue acumular, principalmente poder militar, mais seguro esse Estado seria. Por sua vez, a segunda filosofia desafia esses pressupostos. O segundo entendimento vê a segurança a partir da preocupação com a justiça e os princípios dos direitos humanos. Essa perspectiva parte do princípio de que a segurança é relativa, dependendo da relação que diferentes atores possuem entre si. Nesse sentido, mais armamentos não necessariamente garantiria uma maior segurança para determinado ator (Williams, 2008). Um exemplo que pode ilustrar essas diferentes filosofias é a percepção de ameaça dos Estados Unidos em relação ao Reino Unido e ao Irã. O Reino Unido possui 215 armas nucleares em seu arsenal. Em contrapartida, o Irã ainda não possui armas nucleares desenvolvidas, até o presente momento. Apesar dessa discrepância da quantidade de armas nucleares entre Reino Unido e Irã, os Estados Unidos percebem o Irã como uma ameaça à sua segurança. Esse exemplo demonstra que, de acordo com a segunda filosofia, “uma segurança verdadeira e estável não vem da habilidade de exercer poder sobre os outros, mas sim da cooperação para alcançar a segurança sem privar os demais atores dela” (Williams,2008, p. 6).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 5. Tema 1 “Segurança Internacional e o Poder dos Estados soberanos”.
· 
· Questão 1/10 - Regimes e Organizações Internacionais
· Leia o trecho a seguir:
· “A teoria crítica nas ciências sociais tem uma extensa tradição intelectual, representando, no princípio, uma variação do pensamento marxista do início dos anos 1920, particularmente vinculada à Escola de Frankfurt. O termo teoria crítica foi usado pela primeira vez em 1937 em um artigo de Max Horkheimer. Entre outros nomes ligados a essa corrente estão os de Theodore Adorno, Herbert Marcuse e Walter Benjamin. Em comum, entre outras coisas, todos eles possuíam uma mesma origem comum no pensamento marxista.”
· Fonte: SILVA, Marco Antonio de Meneses. Teoria crítica em relações internacionais. Contexto int. [online]. 2005, vol.27, n.2, pp.249-282. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292005000200001&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0102-8529. https://doi.org/10.1590/S0102-85292005000200001.
· Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que expõe, corretamente, o ponto de partida da teoria crítica:
· Nota: 0.0
	
	A
	É crítica à teoria marxista.
	
	B
	A crítica à epistemologia positivista.
Assim como o construtivismo, a teoria crítica não se limita ao campo de estudos das relações sociais, possuindouma tradição nas ciências sociais. Os autores precursores da teoria crítica estão associados com a Escola de Frankfurt, como Horkheimer, Adorno, Habermas e Marcuse (HERZ; HOFFMANN, 2004). Esses autores se preocuparam em desenvolver uma crítica à epistemologia positivista, atrelada às teorias tradicionais das ciências humanas. Assim, a teoria crítica representa um rompimento com as teorias positivistas. As teorias positivistas se baseiam no pressuposto de que a neutralidade deve estar presente na produção de conhecimento científico e de que deve haver um afastamento entre o pesquisador e seu objeto de estudo (SILVA, 2005). A teoria crítica argumenta que as ciências sociais são diferentes das ciências naturais porque ao estudar fenômenos da sociedade o próprio pesquisador está inserido nesse contexto. Portanto, não haveria como se dissociar do seu objeto de pesquisa da mesma forma que um biólogo é capaz de se desassociar de um objeto de estudo que só pode ser observado pelo microscópio, por exemplo (SILVA, 2005).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 2. Tema 5 “A Teoria Crítica sobre as organizações internacionais”.
	
	C
	A naturalização de preceitos positivistas.
	
	D
	Tem como foco as consequências da anarquia internacional para o sistema de Estados.
	
	E
	A crítica às teorias positivistas, mantendo a ordem política como um elemento secundário.
· 
· Questão 2/10 - Regimes e Organizações Internacionais
· Leia o texto a seguir:
· “A teoria de securitização é uma das principais contribuições da Escola de Copenhague, que surgiu em 1985, originalmente chamada de Copenhagen Peace Research Institute (Tanno 2003, p.48). Nesse momento, as escolas europeias acompanhavam o movimento de renovação teórica das Relações Internacionais sobre os conceitos de segurança. Somado a isso, as marcas da II Guerra Mundial permaneciam no dia-a-dia europeu, o que favorecia o processo de criação de uma identidade europeia e a unificação das políticas de defesa e segurança. A Escola, inicialmente liderada por Barry Buzan, Ole Waever e Jaap de Wilde, sustentava o pressuposto segundo o qual ocorreu uma evolução nos estudos de segurança internacional. Segundo eles, três grandes diferenças marcaram a evolução nesses estudos. A primeira está no conceito chave de segurança. Após a II Guerra, estudiosos deixaram de pensar esse conceito apenas como sinônimo de defesa, havendo uma abertura para questões políticas e sociais dentro dos estudos da área. A segunda mudança foi a abordagem de um novo problema: as armas nucleares. Utilizar apenas
· meios militares para entender segurança não era suficiente para compreender o uso ou não de armas nucleares.”
· Fonte: SILVA, Caroline Cordeiro Viana e PEREIRA, Alexsandro Eugenio. A Teoria de Securitização e a sua aplicação em artigos publicados em periódicos científicos. Revista de Sociologia e Política [online]. 2019, vol.27, n.69 Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-44782019000100204&lng=en&nrm=iso>. Aug 15, 2019. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/1678987319276907.
· Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na Aula 5 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresente, corretamente, como se dá a segurança estável de acordo com a segunda filosofia identificada por Williams, a partir da preocupação com a justiça e os princípios dos direitos humanos:
· Nota: 10.0
	
	A
	A segurança vem da liberdade individual dos indivíduos.
	
	B
	A segurança vem do aumento de poder bélico dos Estados.
	
	C
	A segurança vem da competição armamentista entre os Estados.
	
	D
	A segurança vem do acúmulo de riquezas de um determinado país.
	
	E
	A segurança vem da cooperação e não da habilidade de exercer poder sobre os outros.
Você acertou!
Ao perguntar “o que é segurança?”, Williams (2008, p. 6) identifica duas filosofias diferentes que podem emergir desse conceito. A primeira compreende à segurança como um sinônimo de acumulação de poder. Assim, quanto mais poder um Estado consegue acumular, principalmente poder militar, mais seguro esse Estado seria. Por sua vez, a segunda filosofia desafia esses pressupostos. O segundo entendimento vê a segurança a partir da preocupação com a justiça e os princípios dos direitos humanos. Essa perspectiva parte do princípio de que a segurança é relativa, dependendo da relação que diferentes atores possuem entre si. Nesse sentido, mais armamentos não necessariamente garantiria uma maior segurança para determinado ator (Williams, 2008). Um exemplo que pode ilustrar essas diferentes filosofias é a percepção de ameaça dos Estados Unidos em relação ao Reino Unido e ao Irã. O Reino Unido possui 215 armas nucleares em seu arsenal. Em contrapartida, o Irã ainda não possui armas nucleares desenvolvidas, até o presente momento. Apesar dessa discrepância da quantidade de armas nucleares entre Reino Unido e Irã, os Estados Unidos percebem o Irã como uma ameaça à sua segurança. Esse exemplo demonstra que, de acordo com a segunda filosofia, “uma segurança verdadeira e estável não vem da habilidade de exercer poder sobre os outros,
mas sim da cooperação para alcançar a segurança sem privar os demais atores dela” (Williams,2008, p. 6).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 5. Tema 1 “Segurança Internacional e o Poder dos Estados soberanos”.
· 
· Questão 3/10 - Regimes e Organizações Internacionais
· Leia o texto a seguir:
· “Durante a maior parte de sua existência a ONU cumpriu papéis que derivavam diretamente da ordem internacional resultante da Guerra Fria. Entre suas principais funções estava a de constituir um fórum de convivência pública entre duas superpotências. Nele, os EUA e a URSS, diretamente ou por intermédio de seus aliados, protagonizaram a bipolaridade que caracterizou o período, vivendo momentos de rivalidade e confrontação, mas também de cooperação.
· A notável expansão das Nações Unidas em organizações setoriais, comissões especializadas, conferências etc.; a universalidade de sua agenda; o constante aumento do número de seus Estados-membros, indicam o quanto a dimensão cooperativa sobreviveu, apesar de tudo, ao caráter polarizado da Guerra Fria.”
· Fonte: ALBUQUERQUE, José Augusto Guilhon. A ONU e a nova ordem mundial. Estud. av. [online]. 1995, vol.9, n.25, pp.161-167. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141995000300013&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1806-9592. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40141995000300013.
· Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na Aula 3 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresente a caracterização correta do sistema internacional presente no período da Guerra Fria:
· Nota: 10.0
	
	A
	Bipolar.
Você acertou!
O período da Guerra Fria foram as primeiras décadas de atuação das Nações Unidas. Se faz importante destacar a atuação da organização durante e após a Guerra Fria pois é possível perceber como foi a atuação das ONU em dois sistemas internacional políticos diferentes, o bipolar e o multipolar.
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 3. Tema 2 “As Nações Unidas durante a Guerra Fria”.
	
	B
	Lateral
	
	C
	Multipolar.
	
	D
	Multilateral
	
	E
	Democrata.
· 
· Questão 4/10 - Regimes e Organizações Internacionais
· Leia o trecho a seguir:
· “A comunidade tornar-se-á um corpo vivo não através de ato de fé escrito, mas através de um desenvolvimento orgânico ativo. (…) Essa tendência consiste em organizar o governo em torno de fins e necessidades específicas, e de acordo com a condição do seu tempo e espaço, em lugar da organização tradicional baseada numa divisão constitucional que determina as jurisdições de direitos e poderes. (…) A abordagem funcional (…) ajudaria ao crescimento de um trabalho positivo e construtivo, de hábitos e interesses comuns, tornando as linhas de fronteira insignificantes, ao lhes sobreporum crescimento natural de atividades comuns e agências administrativas comuns.”
· Fonte: MITRANY, David – A Working Peace System. Londres: National Peace Council, 1946, pp. 14-35, citado em MORGENTHAU, Hans – Politics among Nations (1948), p. 413.
· Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que expõe, corretamente, como seria alcançado um sistema de paz para a teoria funcionalista?
· Nota: 10.0
	
	A
	A partir da dissociação da segurança internacional e da cooperação funcional.
	
	B
	A partir de uma perspectiva realista de que há uma assimetria de poder entre os Estados.
	
	C
	A partir de uma perspectiva funcionalista de que há uma assimetria de poder entre os Estados.
	
	D
	A partir da cooperação entre os Estados até que não fossem mais necessárias as organizações internacionais.
	
	E
	A partir de um processo de aprendizado coletivo entre Estados e administrado pela cooperação técnica entre eles.
Você acertou!
Para a teoria funcionalista, a cooperação seria a chave para enfrentar os problemas relacionados aos conflitos violentos e suas origens (HERZ; HOFFMANN, 2004). Sua contribuição normativa está na tese de que um processo de aprendizado coletivo entre Estados e administrado pela cooperação técnica seria fundamental para a criação de um sistema de paz (HERZ; HOFFMANN, 2004).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 2. Tema 2 “O papel das organizações na cooperação internacional”.
· 
· Questão 5/10 - Regimes e Organizações Internacionais
· Leia o texto abaixo:
· Com a definição do “paradigma” neo-realista por Kenneth Waltz, no início da década de 1970, os estudiosos do campo das Relações Internacionais começaram a questionar que apesar do sistema internacional carecer de autoridade central, os Estados pareciam estar imiscuídos em uma rede institucional em um sentido mais amplo, em regras implícitas e explícitas que contribuíam para a modificação do comportamento estatal e eventualmente para a convergência com o comportamento dos demais. Em outras palavras, “A análise de regimes tentou preencher esta lacuna pela definição de um foco que não era tão amplo quanto o sistema internacional, ou tão estreito quanto o estudo das organizações internacionais” ( HAGGARD, 1987).
· Fonte: BARROS-PLATIAU, Ana Flávia; VARELLA, Marcelo Dias and SCHLEICHER, Rafael T.. Meio ambiente e relações internacionais: perspectivas teóricas, respostas institucionais e novas dimensões de debate. Rev. bras. polít. int. [online]. 2004, vol.47, n.2, pp.100-130. Disponívem em:: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-73292004000200004&lng=en&nrm=iso>. Página da citação: 110.
· Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, no que consiste um regime internacional:
· Nota: 10.0
	
	A
	Os Regimes Internacionais podem ser definidos como um conjunto de princípios, normas, regras e procedimentos decisórios por meio dos quais os interesses dos atores convergem em uma dada área.
Você acertou!
Ao compreender que uma série de princípios comuns gerem o multilateralismo e a relação dos Estados dentro de uma organização internacional, é possível relacionar tais princípios com o conceito de regimes internacionais. O desenvolvimento de tratados e instituições multilaterais formam arranjos que lidam com problemas complexos que podem ser resultado dos âmbitos políticos, econômicos ou sociais. Esses arranjos dão origem aos regimes internacionais, podendo ser definidos como “um conjunto de princípios, normas, regras e procedimentos decisórios em torno dos quais as expectativas dos atores convergem em uma área temática” (KRASNER, 1982, p. 1). O regime de comércio, como já citado, o regime monetário e o regime de navegação nos mares são exemplos de regimes formados a partir de arranjos internacionais que guiam cada uma dessas práticas
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 3: Organizações Internacionais: Conceitos Chaves.
	
	B
	Os Regimes Internacionais podem ser compreendidos como o processo de criação de instâncias internacionais de discussão sobre o melhor funcionamento das Organizações Internacionais.
	
	C
	Os Regimes Internacionais podem ser definidos como a reunião de Estados nacionais que possuem condições materiais de delimitar como a política internacional irá funcionar.
	
	D
	Os Regimes Internacionais são compreendidos como o agrupamento de atores da sociedade civil em fóruns internacionais de discussão sobre os limites do poder e da ação estatal.
	
	E
	Os Regimes Internacionais podem ser definidos como o aglomerado de normas jurídicas responsáveis por regular e gerir a política internacional.
· 
· Questão 6/10 - Regimes e Organizações Internacionais
· Leia o trecho a seguir:
· “Ao avizinhar-se o final da década de 80 e, com ela, da Guerra Fria, esse quadro tende a tornar-se menos suportável por diferentes razões, dentre as quais gostaria de destacar alguns aspectos. Em primeiro lugar, a estratégia de contenção da expansão do adversário, em que estavam engajadas ambas as superpotências, passou a incluir uma dimensão crescente de cooperação direta, que avançou rapidamente e prescindiu das Nações Unidas. Isso provocou um sentimento de exclusão não apenas entre países não alinhados, como em aliados secundários e até entre os principais aliados de ambas as superpotências.”
· Fonte: ALBUQUERQUE, José Augusto Guilhon. A ONU e a nova ordem mundial. Estud. av. [online]. 1995, vol.9, n.25, pp.161-167. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141995000300013&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1806-9592. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40141995000300013.
· Durante a Guerra Fria, devido ao impasse do Conselho de Segurança da ONU, outros espaços institucionais das Nações Unidas passaram a ser utilizados com o objetivo de resolução de conflitos. Considerando os conteúdos da Aula 3 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que contém um exemplo do que fora citado:
· Nota: 0.0
	
	A
	Criação da Assembleia Geral.
	
	B
	Esvaziamento das atividades da ONU.
	
	C
	Desenvolvimento das operações de paz.
Devido ao impasse do Conselho de Segurança durante a Guerra Fria, outros espaços institucionais das Nações Unidas passaram a ser utilizados para contribuir com a resolução pacífica dos conflitos. Um exemplo chave disso foi o desenvolvimento das operações de paz das Nações Unidas (ONUKI; AGOPYAN, 2020). Assim, foram desenvolvidas duas categorias de operações de paz: as operações de observação e as operações de manutenção da paz (HERZ; HOFFMANN, 2004).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 3. Tema 3 “As nações unidas durante a Guerra Fria”.
	
	D
	Surgimento de outros conselhos de segurança.
	
	E
	Diminuição da quantidade de Estados-membros.
· 
· Questão 7/10 - Regimes e Organizações Internacionais
· Leia o texto abaixo:
· “A Liga das Nações foi, até o momento de sua criação, a mais elaborada tentativa de organizar racionalmente as relações internacionais a partir de uma instituição multilateral. Como assinala o historiador Eric Hobsbawm, se a Primeira Guerra Mundial demarca o colapso do século XIX, a ordem internacional europeia chega ao fim, em seu sentido clássico, com a Liga das Nações, uma organização internacional no tabuleiro multilateral, que deveria substituir as dinâmicas de poder tradicionais no tabuleiro geopolítico”.
· Fonte: BARACUHY, Braz. A crise da Liga das Nações de 1926: realismo neoclássico, multilateralismo e a natureza da política externa brasileira. Contexto int. [online]. 2006, vol.28, n.2, pp.355-397. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292006000200002&lng=en&nrm=iso>. Página da Citação: 355-356.
· Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplinaRegimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente qual era o principal objetivo da Liga das Nações:
· Nota: 10.0
	
	A
	O objetivo central da Liga das Nações voltava-se para a criação de mecanismos mais equitativos para a distribuição dos territórios do continente africano para as potências europeias.
	
	B
	O objetivo primordial da Liga das Nações era centralizar a política internacional, promovendo a distribuição de recursos materiais e simbólicos de forma mais igualitária entre todas os Estados soberanos.
	
	C
	O objetivo central da Liga das Nações consistia na manutenção da paz e da segurança internacionais por meio da institucionalização dos mecanismos pacíficos de resolução de conflitos.
Você acertou!
A Liga das Nações, a primeira organização internacional de segurança coletiva, foi estabelecida em 1919. O objetivo da Liga foi assegurar a paz mundial e institucionalizar mecanismos para a resolução pacífica de conflitos, de forma a evitar outra grande guerra (ONUKI; AGOPYAN, 2020). Apesar da Liga ser fruto do discurso de Wilson, seu desejo não foi completamente alcançado devido a não universalidade que a Liga das Nações teve. Os próprios Estados Unidos nunca chegaram a participar da organização. Devido a ausência de Wilson dos Estados Unidos durante a negociação do Tratado de Versalhes, o presidente perdeu a maioria no Congresso durante as eleições parlamentares. Como consequência, o Tratado de Versalhes não foi ratificado pela casa legislativa estadunidense (ARARIPE, 2008).
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 1: Contexto Histórico.
	
	D
	O objetivo primordial da Liga das Nações voltava-se para a criação de redes de solidariedade entre as diferentes regiões do globo, diminuindo políticas discriminatórias e o colonialismo.
	
	E
	O objetivo central da Liga das Nações era a criação de uma instituição econômica integrada por todas as potências europeias a partir da adoção de uma moeda única.
· 
· Questão 8/10 - Regimes e Organizações Internacionais
· “O que se percebeu ao longo da história foi um aumento da interdependência entre os Estados, inicialmente motivada por questões comerciais, por isso foi necessário o estabelecimento de normas e diretrizes que permitissem a harmonização das relações e a solução conjunta de problemas comuns, garantindo alguma forma de cooperação. A criação de regimes e OIs foi um desdobramento dessa necessidade prática dos Estados em coexistirem em harmonia em um mundo cada vez mais conectado”.
· Fonte: ONUKI, Janina; AGOPYAN, Kelly Komatsu. Organizacoes e Regimes Internacionais. Editora Intersaberes: Curitiba. 2021, pag. 29-31, adaptado.
· Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, análise as afirmações abaixo, que discutem a importância política das Organizações Internacionais, e depois assinale a alternativa que indica apenas as corretas:
· I. As Organizações Internacionais podem ser consideradas um importante mecanismo de segurança coletiva, fomentando uma maior estabilidade securitária na política internacional.
· II. As Organizações Internacionais converteram-se em eficientes instrumentos de integração entre os Estados, sobretudo no âmbito regional.
· III. As Organizações Internacionais são instrumentos políticos exclusivos dos Estados Nacionais, limitando o poder de agência de grupos organizados da sociedade civil.
· IV. As Organizações Internacionais são de caráter geral e alargado, prejudicando o avanço das iniciativas de cooperação funcional entre Estados.
· Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
	
	B
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
	
	C
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
	
	D
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
Você acertou!
As organizações internacionais possuem diferentes critérios os quais dependem de seus objetivos políticos. Devido a essa diversidade, o papel político exercido pelas OIs pode ter como alvo diferentes temáticas. Por exemplo, as organizações podem tratar do aspecto de: 1) segurança coletiva, seja ela regional ou global; 2) da cooperação funcional, 3) da integração regional e 4) também podem ser criadas a partir de uma sociedade civil organizada (HERZ; HOFFMANN, 2004; HAMANN, 2005). Assim, a afirmação I está correta, uma vez que a ideia basilar do sistema de segurança coletiva é criar mecanismos que agreguem diferentes Estados com o intuito de evitar, ou mitigar, agressões entre os Estados (HERZ; HOFFMANN, 2004). Para que isso ocorra, deve existir uma confiança no funcionamento do sistema de segurança coletiva e ele deve contar com uma participação universal, ou quase universal, dos Estados. Nesse contexto, as OIs são instituições relevantes e fundamentais. A afirmação II está correta porque o papel político das organizações de integração regional, por sua vez, está relacionado com a intensificação e abrangência das relações entre atores de uma mesma região, podendo resultar na criação de novas formas de governança institucionais (HERZ; HOFFMANN, 2004). A afirmação III está incorreta porque as organizações não-governamentais internacionais (ONGIs) não apenas são uma possibilidade como desempenham um papel político importante. Essas organizações são um exemplo de como a sociedade civil pode se organizar no plano internacional. Assim, a sociedade civil global pode ser definida como “um espaço de atuação e pensamento ocupado por iniciativas de cidadãos” (HERZ; HOFFMANN, 2004, p. 217). A sociedade civil global é organizada em variadas formas, como por meio dos movimentos sociais transnacionais, redes políticas globais, comunidades epistêmicas e pelas organizações não-governamentais. As ONGIs possuem diversas áreas de atuação e desempenham diferentes funções. A afirmação IV está incorreta porque a cooperação funcional pode ser definida como uma cooperação em uma área específica sobre questões sociais e econômicas e em diferentes graus de institucionalização, como iniciativas ad hoc ou por organizações internacionais (HERZ; HOFFMANN, 2004). Assim, as OIs auxiliam e promovem, muitas vezes, a cooperação funcional entre os Estados.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 3: O papel político das Organizações Internacionais.
	
	E
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
· 
· Questão 9/10 - Regimes e Organizações Internacionais
· Considere o trecho a seguir:
· “A relação dúbia entre imigração e segurança pode ser compreendida através da abordagem multissetorial de Buzan. Ao analisarmos a relação migração-segurança, não estamos falando apenas da segurança do Estado, mas também da sociedade e dos vários grupos que a compõem, assim, a imigração como questão securitária pode ser enquadrada dentro do setor societal. A segurança societal pode ser definida como “a capacidade de uma sociedade persistir com seu caráter essencial sob condições cambiantes e ameaças possíveis ou reais” (BUZAN; HANSEN, 2012, p.322). E diz respeito à sobrevivência identitária dos atores, para os quais qualquer ameaça, seja de caráter ideológico, étnico, religioso ou civilizacional, é tratada como uma questão securitária.” (Zabolotski; Hoff, 2018).
· Fonte: ZABOLOTSKI, Boris; HOFF, Natali. Brexit, União Européia e a Securitização da Imigração: o papel do Think Tank britânico “Civitas” na construção discursiva do discurso anti-imigração e na campanha “Vote Leave”. OIKOS (RIO DE JANEIRO), vol. 17, p. 30-43, 2018.
· Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na Aula 5 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresente, corretamente, uma das definições filosóficas sobre o que é segurança, identificada por Williams:
· Nota: 10.0
	
	A
	Uma das percepções vê a segurança a partir da utilização do monopólio da força do Estado, de maneira indiscriminada.
	
	B
	Uma das percepções vê a segurançacomo sinônimo de individualidade, cada indivíduo deve garantir a sua segurança.
	
	C
	Uma das percepções vê a segurança como sinônimo de justiça, utilizando o armamento da população como garantia de segurança.
	
	D
	Uma das percepções vê a segurança a partir da preocupação com a justiça e os princípios dos direitos humanos, considerando que o Estado que tiver mais armamento, terá mais segurança.
	
	E
	Uma das percepções vê a segurança a partir da preocupação com a justiça e os princípios dos direitos humanos, considerando-a relativa, dependendo da relação que diferentes atores possuem entre si.
Você acertou!
Ao perguntar “o que é segurança?”, Williams (2008, p. 6) identifica duas filosofias diferentes que podem emergir desse conceito. A primeira compreende à segurança como um sinônimo de acumulação de poder. Assim, quanto mais poder um Estado consegue acumular, principalmente poder militar, mais seguro esse Estado seria. Por sua vez, a segunda filosofia desafia esses pressupostos. O segundo entendimento vê a segurança a partir da preocupação com a justiça e os princípios dos direitos humanos. Essa perspectiva parte do princípio de que a segurança é relativa, dependendo da relação que diferentes atores possuem entre si. Nesse sentido, mais armamentos não necessariamente garantiria uma maior segurança para determinado ator (Williams, 2008). Um exemplo que pode ilustrar essas diferentes filosofias é a percepção de ameaça dos Estados Unidos em relação ao Reino Unido e ao Irã. O Reino Unido possui 215 armas nucleares em seu arsenal. Em contrapartida, o Irã ainda não possui armas nucleares desenvolvidas, até o presente momento. Apesar dessa discrepância da quantidade de armas nucleares entre Reino Unido e Irã, os Estados Unidos percebem o Irã como uma ameaça à sua segurança. Esse exemplo demonstra que, de acordo com a segunda filosofia, “uma segurança verdadeira e estável não vem da habilidade de exercer poder sobre os outros, mas sim da cooperação para alcançar a segurança sem privar os demais atores dela” (Williams,2008, p. 6).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 5. Tema 1 “Segurança Internacional e o Poder dos Estados soberanos”.
· 
· Questão 10/10 - Regimes e Organizações Internacionais
· Leia o texto abaixo:
· As coisas mudariam de forma rápida e dramática no final dos anos 1980. No súbito calor da Glasnost, de Gorbachov, as antigas suspeitas soviéticas acerca da manutenção da paz como uma espécie de conspiração ocidental pareciam ter-se dissipado. Por seu lado, os Estados Unidos sentiam-se suficientemente seguros para aliviar parte da bagagem problemática das suas próprias preocupações com a Guerra Fria. As operações da ONU começaram em áreas até então estritamente proibidas na América Central e no Sudeste Asiático. Nesse novo ambiente, a proibição de atividades «políticas» por parte das operações de manutenção da paz – essencial durante a Guerra Fria – foi levantada.
· Fonte: MACQUEEN, Norrie. Os 70 anos da manutenção da paz das Nações Unidas. Relações Internacionais [online]. 2019, n.61, pp.123-137. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992019000100009&lng=pt&nrm=iso>. Página da citação: 128..
· Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma das razões para o otimismo internacional sobre o funcionamento da Organização das Nações Unidas no Pós-Guerra Fria:
· Nota: 0.0
	
	A
	O descongelamento do Conselho de Segurança
O final da Guerra Fria foi acompanho por um otimismo internacional sobre o funcionamento das Nações Unidas. Acreditou-se que o fim da disputa de influência política capitalista e socialista daria mais autoridade e assertividade sobre a atuação da ONU nos temas de segurança (LOPES; CASARÕES, 2009). Houve o descongelamento do Conselho de Segurança, que antes tinha a sua eficácia diminuída por conta do poder de veto das potências em disputa. Alguns dos indícios para esse otimismo foram a atuação crescente da ONU, e de maneira eficaz, nos conflitos ao final de década de 1980. Por exemplo, a aprovação da resolução do Conselho de Segurança que garantiu a independência política da Namíbia (1978); a aprovação da resolução do Conselho de Segurança sobre o fim da Guerra Irã-Iraque (1988) e a intermediação do secretário-geral das Nações Unidas durante a retirada das forças soviéticas em sua ocupação do Afeganistão (1988-1989). Uma das mudanças mais evidentes sobre a atuação da ONU, principalmente de seu Conselho de Segurança após a Guerra Fria, foi o descongelamento da aprovação de resoluções pelo Conselho. Desde sua criação e até 1985, o Conselho de Segurança havia aprovado 580 resoluções. Em 1995, esse número quase dobrou para 1,035 resoluções e, em 2005, a quantidade era de 1,651 resoluções aprovadas (LOPES; CASARÕES, 2009). Esses números demonstram um aumento excepcional nas aprovações de resoluções do Conselho de Segurança. Assim, o final da disputa bipolar contribuiu com a diminuição da aplicação do poder de veto dos Estados Unidos e Rússia.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 4: As Nações Unidas no Pós-Guerra Fria.
	
	B
	A ampliação das verbas destinadas ao ECOSOC.
	
	C
	A aumento de poder da Assembleia Geral.
	
	D
	A diminuição de conflitos internacionais
	
	E
	A substituição do Secretário Geral.
Questão 1/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o trecho a seguir:
“O fim da Guerra Fria teve implicações diretas no sistema ONU. A falta de consenso que marcou o período deu lugar a uma maior predisposição dos países para cooperar nas mesas de negociação da ONU. A dissolução da União Soviética e os processos de independência de novos países, bem como a eclosão de novas guerras não mais interestatais, mas civis e étnicas, acabaram por aumentar a demanda por operações de paz e ampliaram o escopo destas, que passaram a ter mais atribuições e um mandato mais definido e multidimensional.”
Fonte: Onuki, Janina; Agopyan, Kelly Komatsu. Organizações e Regimes internacionais. Curitiba: InterSaberes, 2021.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa que sintetize corretamente como as organizações internacionais passaram a atuar após o final da Guerra Fria:
I. Houve uma diminuição do ativismo.
II. Houve um maior foco em temas ambientais e sociais.
III. Passou a haver um maior foco nas temáticas de segurança e defesa.
IV. Os estudos sobre as OIs, bem como a sua atuação, passaram a ser mais ativos em outros temas, por exemplo, a ONU, que passou a falar em desenvolvimento humano.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação IV está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações I e III estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmações II e IV estão corretas.
Você acertou!
No período pós-Guerra Fria, presenciou-se um maior ativismo das organizações internacionais. A disputa bipolar e a possiblidade de uma eminente guerra nuclear criavam uma racionalidade acerca da agenda política internacional voltada para as temáticas de segurança e defesa. O fim dessa ameaça permitiu uma ampliação da agenda internacional, a qual passou a tratar também de temas ambientais e sociais. Por exemplo, em 1992, o Brasil foi palco da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (Eco-92). Essa conferência foi uma cúpula dos chefes de
Estados para discutir possíveis práticas de desenvolvimento sustentável. Como consequência, os estudos sobre as Organizações Internacionais também ficaram mais ativos nesse período. O principal debate que marca não apenas os estudos sobre as OIs no pós-Guerra Fria, mas também o estudo das relações internacionais como um todo, é o debate neo-neo. “Os anos 1990 pós-Guerra Fria também foram marcados por uma nova visãode desenvolvimento empregada pela ONU. Passou-se a falar em desenvolvimento humano, para além do próprio desenvolvimento econômico. Esse conceito, cunhado por Amartya Sen, professor da Universidade de Harvard, começou a permear uma visão mais ampla e multidimensional, englobando questões de direitos humanos, de desenvolvimento sustentável e de participação e igualdade de gênero.”
Referência: Rota de aprendizagem da Aula 2, tema 3, “O debate entre realistas e institucionalistas” e capítulo 2 do livro base.
Questão 2/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto a seguir:
“Durante a maior parte de sua existência a ONU cumpriu papéis que derivavam diretamente da ordem internacional resultante da Guerra Fria. Entre suas principais funções estava a de constituir um fórum de convivência pública entre duas superpotências. Nele, os EUA e a URSS, diretamente ou por intermédio de seus aliados, protagonizaram a bipolaridade que caracterizou o período, vivendo momentos de rivalidade e confrontação, mas também de cooperação.
A notável expansão das Nações Unidas em organizações setoriais, comissões especializadas, conferências etc.; a universalidade de sua agenda; o constante aumento do número de seus Estados-membros, indicam o quanto a dimensão cooperativa sobreviveu, apesar de tudo, ao caráter polarizado da Guerra Fria.”
Fonte: ALBUQUERQUE, José Augusto Guilhon. A ONU e a nova ordem mundial. Estud. av. [online]. 1995, vol.9, n.25, pp.161-167. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141995000300013&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1806-9592. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40141995000300013.
Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na Aula 3 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresente a caracterização correta do sistema internacional presente no período da Guerra Fria:
Nota: 10.0
	
	A
	Bipolar.
Você acertou!
O período da Guerra Fria foram as primeiras décadas de atuação das Nações Unidas. Se faz importante destacar a atuação da organização durante e após a Guerra Fria pois é possível perceber como foi a atuação das ONU em dois sistemas internacional políticos diferentes, o bipolar e o multipolar.
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 3. Tema 2 “As Nações Unidas durante a Guerra Fria”.
	
	B
	Lateral
	
	C
	Multipolar.
	
	D
	Multilateral
	
	E
	Democrata.
Questão 3/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto a seguir:
“Quando as teorias da democracia liberal foram transplantadas, por um processo puramente intelectual, a um período e a países cujo estágio de desenvolvimento e cujas necessidades práticas eram tremendamente diferentes dos da Europa ocidental no século dezenove, esterilidade e desilusão foram a sequela inevitável. A razão pode criar a utopia, mas não pode torná-la real. As democracias liberais espalhadas pelo mundo, devido ao acordo de paz de 1919, foram o produto da teoria abstrata, não lançaram raízes no solo e rapidamente murcharam.”
Fonte: CARR, E. H. Vinte Anos de Crise: 1919-1939. Brasília: Editora da UnB e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2001.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos da Aula 2 de Regimes e Organizações Internacionais, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta a respeito da crítica de Edward Carr sobre as ideias liberais:
I. Carr defende que a Liga das Nações seria o suficiente para evitar as guerras.
II. Carr parte do suposto que deveria haver uma diplomacia que auxiliaria o desequilíbrio entre os países.
III. Haveria no pensamento liberal uma grande confiança na segurança coletiva e nos princípios morais universais.
IV. As ideias liberais teriam a crença equivocada em uma harmonia natural entre os Estados devido a seus interesses.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação III está correta.
	
	D
	As afirmações III e IV estão corretas.
Você acertou!
No final da década de 1930, Edward Carr publica seu estudo intitulado ‘Vinte anos de Crise’. Para Carr, as ideias liberais, exemplificados pelo discurso de Wilson, se formaram a partir da crença em uma harmonia natural entre Estados devido aos seus interesses. Assim, demonstrando uma confiança demasiada na segurança coletiva e nos princípios morais universais (SOLÓMON, 2016). Carr defendia que a Liga das Nações não era o suficiente para evitar uma guerra, argumentando que também deveria se desenvolver uma diplomacia que mantivesse o equilíbrio de poder e as aspirações das potências dentro do status quo (SOLÓMON, 2016).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 2. Tema 1 “Regimes e organizações no contexto das teorias das RI”.
	
	E
	Apenas as afirmações II e III estão corretas.
Questão 4/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto abaixo:
“O governo brasileiro tem definido a busca por uma reforma do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) [...] como um dos principais pontos de sua agenda de política externa há pelo menos vinte anos (VARGAS, 2008). O principal argumento apresentado é o de que o fim da Guerra Fria – e da bipolaridade que a sustentava – teria ocasionado uma dispersão do poder mundial, com novos focos de poder e de influência, que necessitam verem-se refletidos na configuração do órgão responsável pela paz e segurança internacionais”.
Fonte: MENDES, Flávio Pedroso. O Brasil e a reforma do Conselho de Segurança: uma análise realista. Contexto int. [online]. 2015, vol.37, n.1, pp.113-142. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292015000100113&lng=en&nrm=iso>. Página da citação: 113.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos principais objetivos do Estado brasileiro ao pleitear reformas nas instituições das Nações Unidas:
Nota: 10.0
	
	A
	O Brasil tem como objetivo coordenar o Departamento de Operações de Peacekeeping das Nações Unidas.
	
	B
	O Brasil objetiva ter poder de decisão dentro do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.
	
	C
	O Brasil tem como objetivo alcançar o direito de indicar o Secretário Geral das Nações Unidas.
	
	D
	O Brasil objetiva conseguir uma vaga como membro permanente do Conselho de Segurança.
Você acertou!
As Nações Unidas, na década de 1990, já contavam com 150 Estados-membros. Comparando com os 15 membros que formam o Conselho de Segurança, o Conselho conta com menos de 10% de representação de todos os membros (ONUKI; AGOPYAN, 202
internacional pós-Guerra Fria foi muito diferente daquela no pós-Segunda Guerra, quando os membros permanentes do Conselho de Segurança foram escolhidos, o que resultou no debate do aumento de membros permanentes no Conselho de Segurança. Algumas das potências que argumentam que deveriam ser parte dos membros permanentes do Conselho são a Alemanha e o Japão (ONUKI; AGOPYAN, 2020). Ambos os países saíram como perdedores da Segunda Guerra Mundial, sendo também importantes esferas de influência durante a Guerra Fria. O crescente desenvolvimento econômico desses Estados e suas atuações no sistema internacional são utilizados como justificativas para entrarem como membros permanentes. O Brasil e a Índia também são países que criticam a atual formação do Conselho de Segurança e que também buscam pleitear por sua entrada como membros permanentes. Além das questões dos membros, o poder de veto também é tema de debates entre os Estados-membros. Entre as discussões existentes, está a sugestão de limitar o poder de veto em temáticas pré-determinadas com intuito de evitar a paralização do Conselho (ONUKI; AGOPYAN, 2020).
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 5: O Debate sobre as Reformas das Nações Unidas.
	
	E
	O Brasil tem como objetivo conseguir a autorização para a produçãode armas nucleares
Questão 5/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto a seguir:
“Ao fim da Segunda Guerra Mundial, iniciou-se a reconstrução econômica internacional, fundamentada nas novas relações de poder político-econômico que a guerra ajudara a criar. Entretanto, a reconstrução econômica do pós-guerra não deve ser entendida somente a partir do cenário então vigente, mas também como reorientação e reorganização das relações econômicas internacionais, no contexto pós-depressão dos anos 1930”.
Fonte: OLIVEIRA, Ivan Tiago Machado. A ordem econômico-comercial internacional: uma análise da evolução do sistema multilateral de comércio e da participação da diplomacia econômica brasileira no cenário mundial. Contexto int., Rio de Janeiro , v. 29, n. 2, p. 217-272, página da citação 219. 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/cint/v29n2/v29n2a01.pdf
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos principais argumentos teóricos que fundamenta o regime internacional do comércio:
Nota: 10.0
	
	A
	O comércio internacional aumenta a interdependência entre os Estados, impedindo assim uma maior cooperação entre eles e diminuindo a tendência ao conflito
	
	B
	O comércio internacional diminui os conflitos territoriais entre os Estados, uma vez que proporciona a possibilidade da negociação de trocas e vendas de territórios.
	
	C
	O comércio internacional fomenta a interdependência entre os Estados, aumentando assim a cooperação e diminuindo a tendência ao conflito no cenário internacional.
Você acertou!
Para compreender o regime internacional de comércio, também se faz necessário entender as implicações teóricas que regem essas relações comerciais. Em uma perspectiva teórica, o regime internacional de comércio é fundamentado no argumento de que o comércio entre as nações aumenta a interdependência entre elas. Assim, gerando uma maior disposição para os Estados cooperaram entre si. Esse argumento é desenvolvido por duas lógicas. A primeira afirma que quanto mais complexas forem as relações comerciais entre Estados, menor seria a disposição desses Estados entrarem em conflito violento um contra os outros. A segunda lógica afirma que o papel das instituições seria fundamental e o melhor caminho para solucionar conflitos comerciais e gerenciar as relações comerciais internacionais, uma vez que a interdependência entre Estados tenderia a ser cada vez maior e mais complexa (ONUKI; AGOPYAN, 2020).
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 1: Comércio Internacional: Abertura e protecionismo.
	
	D
	O comércio internacional provoca o aumento nos números de guerras econômicas, possibilitando que as hegemonias internacionais sejam derrotadas.
	
	E
	O comércio internacional incentiva a ampliação das trocas culturais entre as nações ricas e as nações pobres, permitindo que as últimas, por assimilação, possam evoluir culturalmente.
Questão 6/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto abaixo:
“A Liga das Nações foi, até o momento de sua criação, a mais elaborada tentativa de organizar racionalmente as relações internacionais a partir de uma instituição multilateral. Como assinala o historiador Eric Hobsbawm, se a Primeira Guerra Mundial demarca o colapso do século XIX, a ordem internacional europeia chega ao fim, em seu sentido clássico, com a Liga das Nações, uma organização internacional no tabuleiro multilateral, que deveria substituir as dinâmicas de poder tradicionais no tabuleiro geopolítico”.
Fonte: BARACUHY, Braz. A crise da Liga das Nações de 1926: realismo neoclássico, multilateralismo e a natureza da política externa brasileira. Contexto int. [online]. 2006, vol.28, n.2, pp.355-397. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292006000200002&lng=en&nrm=iso>. Página da Citação: 355-356.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente qual era o principal objetivo da Liga das Nações:
Nota: 10.0
	
	A
	O objetivo central da Liga das Nações voltava-se para a criação de mecanismos mais equitativos para a distribuição dos territórios do continente africano para as potências europeias.
	
	B
	O objetivo primordial da Liga das Nações era centralizar a política internacional, promovendo a distribuição de recursos materiais e simbólicos de forma mais igualitária entre todas os Estados soberanos.
	
	C
	O objetivo central da Liga das Nações consistia na manutenção da paz e da segurança internacionais por meio da institucionalização dos mecanismos pacíficos de resolução de conflitos.
Você acertou!
A Liga das Nações, a primeira organização internacional de segurança coletiva, foi estabelecida em 1919. O objetivo da Liga foi assegurar a paz mundial e institucionalizar mecanismos para a resolução pacífica de conflitos, de forma a evitar outra grande guerra (ONUKI; AGOPYAN, 2020). Apesar da Liga ser fruto do discurso de Wilson, seu desejo não foi completamente alcançado devido a não universalidade que a Liga das Nações teve. Os próprios Estados Unidos nunca chegaram a participar da organização. Devido a ausência de Wilson dos Estados Unidos durante a negociação do Tratado de Versalhes, o presidente perdeu a maioria no Congresso durante as eleições parlamentares. Como consequência, o Tratado de Versalhes não foi ratificado pela casa legislativa estadunidense (ARARIPE, 2008).
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 1: Contexto Histórico.
	
	D
	O objetivo primordial da Liga das Nações voltava-se para a criação de redes de solidariedade entre as diferentes regiões do globo, diminuindo políticas discriminatórias e o colonialismo.
	
	E
	O objetivo central da Liga das Nações era a criação de uma instituição econômica integrada por todas as potências europeias a partir da adoção de uma moeda única.
Questão 7/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o trecho a seguir:
“No âmbito da OMC, as cláusulas compensatórias para países em desenvolvimento foram reduzidas, mesmo havendo mais membros do sul global em comparação ao GATT. Em um contexto de fim da Guerra Fria e expansão do liberalismo, o entendimento da OMC era de que o mero desenvolvimento comercial seria suficiente para reduzir os níveis de desigualdade econômica nas relações Norte-Sul (MANE, 2005)”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 4. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 4: O Papel dos Países em Desenvolvimento nas Coalizões na OMC.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a principal estratégia adotada pelos países em desenvolvimento nas negociações da OMC:
Nota: 10.0
	
	A
	Incentivo à organização de protestos nas cidades onde ocorrem as negociações.
	
	B
	Aumento nas contribuições feitas ao Banco Mundial.
	
	C
	Boicote às conferências anuais da instituição.
	
	D
	Criação de coalizões durante as negociações.
Você acertou!
Para que os países em desenvolvimento pudessem negociar com mais eficácia, foram realizadas coalizões dentro do âmbito da OMC. Um exemplo paradigmático de um caso de sucesso que uma coalização teve a seu favor foi a negociação sobre os regulamentos da propriedade intelectual no âmbito da saúde pública. Nessa negociação, os países em desenvolvimento obtiveram sucesso ao tratar da quebra de patentes dos medicamentos usados para o tratamento do HIV. Assim, devido a essa negociação, houve uma
que as quebras de patentes não resultariam em uma punição comercial nos casos de saúde pública (ONUKI; AGOPYAN, 2020).
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 4: O Papel dos Países em Desenvolvimento nas Coalizões

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