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Fisiologia Cardiovascular: distensibilidade vascular e sistemas arterial e venoso

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1 FISIOLOGIA 2 - CARDIO 
VITÓRIA NOVAIS - MED 
DISTENSIBILIDADE VASCULAR E FUNÇÕES 
DOS SISTEMAS ARTERIAL E VENOSO: 
DISTENSIBILIDADE VASCULAR: 
 Todos os vasos sanguíneos são distensíveis 
 Artérias: sua natureza elástica permite que acomodem o 
DC pulsátil e impeçam os extremos de pressão das 
pulsações, proporcionando um fluxo suave e contínuo 
o paredes mais espessas e muito mais fortes que as das 
veias 
 Veias: vasos mais distensíveis do sistema  pequenos 
aumentos da PV (pressão venosa) fazem com que as veias 
armazenem de 0,5 a 1L a mais de sangue = são 
reservatórios sanguíneos 
o Devido às suas paredes mais finas, são cerca de 8x 
mais distensíveis que as aa. 
 Distensibilidade Vascular (DV) = fração de aumento do 
volume para cada mmHg de elevação da pressão 
 
Ex.: se um vaso com 10 mL de sangue, sob aumento de 
1mmHg, passa a comportar 11mL, a distensibilidade deste 
vaso é 0,1 por mmHg ou 10% por mmHg. 
 
 Na circulação pulmonar, as distensibilidades das veias 
pulmonares são semelhantes às da circulação sistêmica. 
o artérias pulmonares: operam sob pressões que 
correspondem a 1/6 das do sistema arterial sistêmico, 
com distensibilidades correspondentes (cerca de 6x 
maiores que as das aa sistêmicas). 
Então, quanto maior a pressão, menor a distensibilidade 
do vaso. 
COMPLACÊNCIA OU CAPACITÂNCIA VASCULAR: 
 Quantidade total de sangue, que pode ser armazenada 
em determinada região da circulação para cada mmHg de 
aumento de pressão 
 
 Complacência é bastante diferente de distensibilidade  
complacência é igual à distensibilidade multiplicada pelo 
volume, ou seja:
 
o Um vaso muito distensível de volume pequeno pode ser 
muito menos complacente que um vaso menos 
distensível de grande volume 
 Complacência da veia sistêmica é 24x maior que a de sua 
artéria correspondente, pois é aprox. 8x mais distensível e 
possui volume 3x maior  8 X 4 = 24 
CURVAS DE VOLUME-PRESSÃO ARTERIAL E VENOSA: 
A figura demonstra que: 
 quando o sistema arterial do adulto médio (incluindo todas 
as grandes e pequenas artérias e arteríolas) está cheio, com 
700 mL de sangue, a pressão arterial média (PAM) é de 100 
mmHg, mas quando está com apenas 400 mililitros de 
sangue a pressão cai a zero. 
 No sistema venoso sistêmico há, no geral, 2.000 a 3.500mL 
de sangue e, para que a pressão venosa se altere por apenas 
3 a 3 mmHg, é necessária variação de muitas centenas de mL 
 por isso, é possível transfundir até meio litro de sangue em 
poucos minutos sem que ocorra grande alteração na 
circulação (pessoa saudável) 
EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO OU INIBIÇÃO SIMPÁTICA: 
 Estimulação Simpática = vasoCONSTRIÇÃO  aumento do 
tônus da musculatura lisa vascular eleva a pressão nas 
artérias e veias 
 Inibição Simpática = diminuição do tônus muscular vascular 
 diminuição da pressão 
 O SNS é um controlador eficiente do tônus e pressão dos 
vasos sanguíneos 
o pode recrutar mais sangue para órgãos ou sistemas que 
necessitam mais em determinado momento ou reduzir 
o fluxo diante desta necessidade 
 Controle da capacitância vascular  muito importante 
durante as hemorragias 
𝐷𝑉 = 
𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑋 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑜𝑟𝑖𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙
 
𝐶𝑉 = 
𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
𝑒𝑙𝑒𝑣𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜
 
 
 
2 FISIOLOGIA 2 - CARDIO 
VITÓRIA NOVAIS - MED 
o O aumento do tônus simpático, especialmente nas 
veias, reduz o calibre dos vasos de tal forma que a 
função circulatória permanece quase normal, mesmo 
com a perda de até 25% do volume sanguíneo total. 
COMPLACÊNCIA TARDIA DOS VASOS: 
 Significa que o vaso submetido a aumento de volume 
apresenta, inicialmente, grande aumento da pressão. Mas 
com o estiramento tardio progressivo a pressão retorna ao 
normal em minutos ou horas. 
 
 O volume de sangue injetado provoca a distensão elástica 
imediata da veia, mas suas fibras musculares lisas 
começam então pouco a pouco a “engatinhar” (creep) para 
maior comprimento, e suas tensões diminuem na mesma 
proporção de modo correspondente = Efeito Estresse-
relaxamento, característico de todos os músculos lisos 
 É um mecanismo importante pois possibilita à circulação 
acomodar sangue adicional quando necessário (como após 
transfusão volumosa) 
 No sentido oposto, a complacência tardia é um meio de 
ajuste automático da circulação após diminuição 
volumétrica de sangue (hemorragias) 
PULSAÇÕES DA PRESSÃO ARTERIAL: 
 Batimento cardíaco = onda de sangue impulsionada para 
as artérias 
 Graças à propriedade de distensibilidade do sistema 
arterial, todo o novo volume de sangue é acomodado 
dentro do sistema. Caso contrário teria de fluir 
instantaneamente pelos vasos periféricos e não haveria 
fluxo durante a diástole 
 A complacência da arvore arterial reduz os pulsos de 
pressão, até que quase não ocorram ao nível dos capilares 
 Pressão Sistólica: pressão no pico de cada pulso  
~120mmHg 
 Pressão Diastólica: ponto mais baixo do pulso  
~80mmHg 
 Pressão de Pulso: diferença entre a PAS e PAD  ~40mmHg 
o Determinada pela razão entre débito sistólico e 
complacência  qualquer condição que afete estes dois 
fatores afetará a pressão de pulso 
o Débito Sistólico Cardíaco: quanto maior o débito 
sistólico, maior a quantidade de sangue que precisará 
ser acomodada na arvore arterial a cada batimento = 
maiores aumentos e quedas da pressão durante sístole 
e diástole, resultando em maior pressão de pulso 
o Complacência (distensibilidade total): quanto menor a 
complacência, maior o aumento da pressão 
o Na velhice a pressão de pulso aumenta até 2x pois as 
artérias ficam endurecidas pela arteriosclerose 
 
TRAÇADOS ANORMAIS DE PRESSÃO DE PULSO: 
Algumas fisiopatologias da circulação provocam traçados 
anormais das ondas de pressão de pulso: 
 
 Estenose Aórtica: redução significativa do diâmetro de 
abertura da valva gerando menor pressão de pulso aórtico 
em virtude da redução do fluxo sanguíneo ejetado pela 
valva estenótica. 
 
 
3 FISIOLOGIA 2 - CARDIO 
VITÓRIA NOVAIS - MED 
 Persistência do canal arterial: metade ou mais do sangue 
bombeado para a Aorta, flui imediatamente de volta para 
a artéria pulmonar e vasos sanguíneos pulmonares pelo 
Canal ou Ducto Arterial que permanece aberto. 
Consequentemente, a PAD cai para valores muitos baixos. 
 Insuficiência Aórtica: valva aórtica ausente ou com 
fechamento incompleto de modo que, após cada 
batimento, o sangue ejetado para a o aorta flui 
imediatamente de volta para o VE. Com isso, há queda da 
pressão aórtica entre os batimentos até atingir 0 e 
ausência da incisura no traçado do pulso aórtico (pois não 
ocorre o fechamento desta valva). 
TRANSMISSÃO DOS PULSOS DE PRESSÃO PARA AS 
ARTÉRIAS PERIFÉRICAS: 
 
 Coração ejeta 
sangue para a aorta 
durante a sístole e, 
inicialmente, apenas a 
porção proximal da 
aorta é distendida 
devido à inercia do 
sangue que impede seu 
movimento súbito até 
a periferia 
 O aumento da 
pressão na aorta proximal é o que vence essa inercia e 
transmite a onda de distensão distalmente ao longo da 
aorta = fenômeno de Transmissão do Pulso de Pressão 
para as artérias 
 Velocidade da transmissão do pulso de pressão: 
o aorta normal = 3 a 5 m/s (lento)  15x ou mais, maior 
que a velocidade do fluxo sanguíneo, pois o pulso de 
pressão é uma onda de pressão em movimento que 
envolve pouco movimento total de sangue no sentido 
distal 
o grandes ramos arteriais = 7 a 10 m/s 
o pequenas artérias = 15 a 35 m/s (rápido) 
 em geral, quanto maior a complacência do segmento 
vascular, menor será a velocidade de transmissão do 
pulso de pressão. 
AMORTECIMENTO DOS PULSOS DE PRESSÃO: 
 a intensidade do pulso fica gradualmente menor nas 
pequenas artérias, arteríolas e capilares 
 apenas quando os pulsos aórticos são muito grandes ou 
quando as arteríolas estão muito dilatadasé possível 
observar pulsos nos capilares 
 Amortecimento dos Pulsos de Pressão = diminuição 
progressiva dos pulsos na periferia 
o Resistência ao movimento do sangue pelos vasos = 
amortece os pulsos pois pequena quantidade de sangue 
deve se mover para adiante 
o Complacência dos vasos = quanto mais complacente, 
maior a quantidade de sangue necessária na onda de 
pulso para provocar aumento na pressão 
Grau de Amortecimento= Resistencia X Complacência 
PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA: 
 PAM é a média das pressões arteriais medidas a cada 
milissegundo durante certo intervalo de tempo 
 NÃO é igual à média entre as pressões sistólica e diastólica  
pois, nas frequências normais, maior fração do ciclo cardíaco 
é usada na diástole do que é na sístole = a pressão arterial 
permanece mais próxima à diastólica que à sistólica durante
Frentes 
de onda 
 
 
4 FISIOLOGIA 2 - CARDIO 
VITÓRIA NOVAIS - MED 
 a maior parte do ciclo cardíaco. 
 A pressão diastólica determina cerca de 60% da pressão 
arterial média, e a pressão sistólica, 40%. 
 Porém, nas frequências cardíacas muito altas, a diástole 
abrange fração menor do ciclo cardíaco, e a pressão 
arterial média se aproxima mais da média das pressões 
sistólica e diastólica. 
VEIAS E SUAS FUNÇÕES: 
 são vias de passagem do sangue para o coração 
 são especialmente importantes para o armazenamento de 
pequenas ou grandes quantidades de sangue e 
gerenciamento do mesmo, isto é, torna-lo disponível 
quando necessário 
 podem impulsionar o sangue para adiante pela bomba 
venosa 
PRESSÕES VENOSAS: 
1. Pressão Atrial Direita ou Pressão Venosa Central 
2. Pressões Venosas Periféricas 
 O sangue de todas as veias sistêmicas flui para o AD do 
coração pressão do AD = Pressão Venosa Central 
 Pressão Atrial Direita ou Venosa Central: é regulada pelo 
balanço entre a capacidade do coração de bombear o 
sangue para os pulmões e a tendência do sangue de fluir 
das veias periféricas para o átrio direito (retorno venoso). 
o Coração bombeando fortemente: pressão atrial direita 
diminui 
o Fraqueza do coração: eleva a pressão atrial direita 
o Rápido influxo de sangue das veias periféricas para o AD 
eleva a pressão atrial direita 
 Aumento do volume sanguíneo 
 Aumento do tônus de grandes vasos em todo o 
corpo aumento das pressões venosas periféricas 
 Dilatação das arteríolas, que diminui a resistência 
periférica e permite rápido fluxo das artérias para as 
veias 
o P Atrial Direita Normal = ~0mmHg 
o Pode aumentar para 20 a 30mmHg  condições muito 
anormais 
 Insuficiência cardíaca grave 
 Após transfusão de grande volume de sangue  
aumenta muito o volume sanguíneo total e o 
retorno venoso 
o Limite inferior da Pressão Atrial Direita: ~-3 a -5 mmHg 
 pressão na cavidade torácica que circunda o coração 
 
 
 Se aproxima desses valores quando o bombeamento 
cardíaco é muito vigoroso ou quando o fluxo para o 
coração está muito reduzido (como em casos de 
hemorragia grave) 
RESISTÊNCIA VENOSA E PRESSÃO VENOSA PERIFÉRICA: 
 Grandes veias distendidas apresentam pouquíssima 
resistência ao fluxo  porém, a maioria das grandes veias que 
entram no tórax é comprimida em muitos pontos pelos 
tecidos adjacentes = compromete o fluxo sanguíneo nesses 
pontos, conferindo certa resistência ao fluxo 
o Veias dos braços: comprimidas pela grandes angulações 
sobre a 1ª costela 
o Veias do pescoço: pressão baixa nas veias + pressão 
atmosférica externamente ao redor do pescoço  
colapsam as veias 
 Pressão nas pequenas veias mais periféricas = +4 a +6mmHg 
EFEITO DA ELEVADA PRESSÃO VENOSA CENTRAL SOBRE 
A PRESSÃO VENOSA PERIFÉRICA: 
 Pressão Atrial Direita acima de 0mmHg  congestão 
sanguínea nas grandes veias que causa distensão das mesmas 
e até de seus pontos de colapso (quando a pressão aumenta 
acima de +4 a +6mmHg) 
 O aumento da pressão atrial direita produz aumento 
correspondente da pressão venosa periférica nos membros e 
demais partes do corpo 
 Aumentos tão grandes da pressão venosa central sugerem 
que o coração está consideravelmente enfraquecido, de 
modo que o aumento da pressão venosa periférica não é 
perceptível, mesmo nos estágios iniciais da Insuficiência 
Cardíaca  desde que o indivíduo esteja em repouso 
 
 
5 FISIOLOGIA 2 - CARDIO 
VITÓRIA NOVAIS - MED 
EFEITO DA PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL SOBRE AS 
PRESSOES VENOSAS DOS MMII: 
 Pressão média normal na cavidade abdominal de pessoa 
deitada = +6mmHg 
 Pressão elevada: +15 a +30 mmHg  gravidez, tumores, 
obesidade abdominal ou excesso de liquido (ascite) 
 Aumento da pressão intra-abdominal  faz com que a 
pressão nas veias dos MMII se eleve acima da pressão 
abdominal para que as veias abdominais se abram e 
permitam o fluxo de sangue das pernas para o coração 
 Pressão intra-abdominal de +20mmHg  pressão nas veias 
femorais de, no mínimo, +20mmHg 
EFEITO DA PRESSÃO GRAVITACIONAL SOBRE A PRESSÃO 
VENOSA: 
 Em qualquer quantidade de água exposta ao ar, a pressão 
na superfície é igual à Patm. Mas se eleva 1mmHg a cada 
13,6mm abaixo da superfície. Essa pressão é resultado do 
peso da água e por isso é chamada de pressão 
gravitacional ou hidrostática 
 No sistema vascular do ser humano, devido ao peso do 
sangue nos vasos, também ocorre pressão gravitacional 
 Pessoa em pé: pressão no AD é ~0mmHg enquanto a 
pressão nas veias dos pés é de~90mmHg devido ao peso 
gravitacional do sangue entre o coração e os pés 
 As pressões venosas em outros níveis do corpo têm valores 
proporcionais entre 0 e 90mmHg 
 Nas veias dos braços, as pressões são determinadas pela 
distância abaixo do nível da 1ª costela (+6mmHg)  a 
diferença gravitacional entre o nível da 1ª costela e do 
segmento do membro superior é acrescido de +6mmHg 
devido à compressão da veia subclávia na 1ª costela 
Ex.: diferença gravitacional entre 1ª costela e mão = 
+29mmHg. Então, a pressão total é de +35mmHg nas veias da 
mão 
 As veias do pescoço da pessoa de pé ficam quase 
completamente colapsadas em todo o trajeto desde o crânio, 
devido à Patm no exterior do pescoço  esse colapso 
mantém a pressão em 0mmHg em toda sua extensão, pois 
qualquer tendência de a pressão subir abre as veias 
permitindo novamente a queda da pressão devido ao fluxo de 
sangue 
o Por outro lado, qualquer tendência de a pressão cair 
abaixo de 0, colapsa mais ainda as veias provocando 
aumento na resistência ao fluxo, o que, novamente, traz a 
pressão de volta a 0mmHg 
 As veias no interior do crânio estão em câmara não 
colapsável (a cavidade craniana) e, portanto, não podem 
entrar em colapso. Consequentemente, podem ocorrer 
pressões negativas nos seios durais da cabeça (seios venosos 
= por onde passam as vv. Cerebrais). 
o na posição ortostática, a pressão venosa no Seio Sagital 
(na parte superior do cérebro) é de cerca de −10 mmHg, 
devido à “sucção” hidrostática entre a parte superior e a 
base do crânio  se o seio sagital for aberto durante uma 
cirurgia, pode ocorrer sucção de ar para o sistema venoso 
e esse ar pode até mesmo ser levado para baixo, causando 
embolia no coração, o que pode ser fatal. 
EFEITO DO FATOR GRAVITACIONAL SOBRE AS PRESSÕES 
ARTERIAIS E DEMAIS PRESSÕES: 
 artérias e capilares também são afetadas pela pressão 
gravitacional 
 pessoa em pé que apresenta PAM de 100mmHg na região do 
coração, tem PA nos pés de ~190mmHg 
VÁLVULAS VENOSAS E “BOMBA VENOSA” – EFEITOS 
SOBRE A PRESSÃO VENOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 FISIOLOGIA 2 - CARDIO 
VITÓRIA NOVAIS - MED 
 Se as veias não tivessem válvulas, o efeito da pressão 
gravitacional faria com que a pressão venosa nos pés fosse 
sempre de +90 mmHg, no adulto em posição ortostática. 
 válvulas venosas: estão dispostas de modo que o único 
sentido possível do fluxo sanguíneo venoso seja em 
direção ao coração. 
 Além das válvulas, cada vez que as pernas são 
movimentadas, a contração dos músculoscomprime as 
veias localizadas no interior ou adjacentes aos músculos, 
o que ejeta o sangue para adiante para fora das veias. 
 Bomba Venosa ou Bomba Muscular: contração muscular 
+ válvulas venosas mecanismo pelo qual cada vez que 
uma pessoa move as pernas ou até mesmo tensiona seus 
músculos, certa quantidade de sangue venoso é propelida 
em direção ao coração. É tão eficiente que, sob 
circunstâncias habituais, a pressão venosa nos pés do 
adulto enquanto caminha permanece abaixo de +20 
mmHg. 
 Se a pessoa fica em pé, mas completamente imóvel, 
parada, a bomba venosa não funciona, e as pressões 
venosas na parte inferior das pernas aumentam para o 
valor gravitacional total de 90 mmHg em cerca de 30 
segundos. As pressões nos capilares também aumentam 
muito, fazendo com que o líquido saia do sistema 
circulatório para os espaços teciduais. Como resultado, as 
pernas ficam inchadas, e o volume sanguíneo diminui. 
 uma pessoa pode perder entre 10% e 20% do volume 
sanguíneo do sistema circulatório após permanecer 
absolutamente imóvel, estática, em pé, por 15 a 30 
minutos, podendo provocar desmaio. 
INCOMPETÊNCIA DAS VÁLVULAS VENOSAS E VEIAS 
VARICOSAS: 
 as válvulas venosas podem ficar incompetentes ou até 
destruídas, devido à distensão excessiva principalmente 
em casos de hipertensão venosa crônica (semanas a 
meses) como em casos de gravidez ou ortostatia 
prolongada 
 a distensão das veias aumenta suas áreas de seção 
transversa, mas os folhetos das válvulas NÃO aumentam 
de tamanho e não se fecham completamente. Esse 
fechamento incompleto acarreta em grande aumento de 
pressão nas veias das pernas, que aumentam ainda mais o 
calibre das veias, destruindo ainda mais as válvulas 
 Veias Varicosas: grandes protrusões bolhosas das veias 
sob a pele, principalmente nas partes mais distais dos 
MMII, decorrentes da degeneração das válvulas e das veias 
expostas a pressões demasiadamente grandes. 
o Paralelamente às veias varicosas, ocorre também 
edema dos MMII devido ao aumento das pressões 
capilares e venosas com consequente saída de líquido 
da circulação para o espaço intersticial 
o O edema impede a difusão adequada de nutrientes dos 
capilares para os músculos e pele. Por isso, os músculos 
ficam doloridos e fracos e a pele pode chegar a gangrenar 
e ulcerar  elevar as pernas em nível tão alto quanto o 
do coração 
 
 Estimativa Clínica da Pressão Venosa: observação do grau de 
distensão das veias periféricas, especialmente as veias do 
pescoço. Por exemplo: na posição sentada e na pessoa 
normal e em repouso, as veias do pescoço nunca estão 
distendidas; entretanto, quando a Pressão Atrial Direita 
aumenta para 110mmHg, as veias na base do pescoço 
começam a se distender. Com a pressão atrial de 115mmHg, 
as veias do pescoço já estão distendidas 
MEDIDA DIRETA DA PRESSÃO VENOSA E DA PRESSÃO 
ATRIAL DIREITA: 
 Inserção de agulha conectada a medidor de pressão 
diretamente na veia 
 Medida direta e precisa do átrio direito: introdução de um 
cateter pelas veias periferias até o AD 
 Mais usada em pacientes cardíacos internados que 
necessitam de avaliação constante da capacidade de 
bombeamento do coração 
NÍVEL DE REFERÊNCIA PARA A MEDIDA DA PRESSÃO 
VENOSA E DE OUTRAS PRESSÕES CIRCULATÓRIAS: 
 Ao longo do sistema circulatório as pressões variam de acordo 
com o nível gravitacional de determinado ponto do sistema. 
 Nível de Referência para a Medida da Pressão é o ponto no 
sistema circulatório, no qual os fatores pressóricos 
gravitacionais, causados por alterações da posição do corpo 
da pessoa saudável, não afetam em geral a medida da 
pressão por mais de 1 a 2 mmHg. Esse ponto é próximo ao 
nível da valva tricúspide, como mostrado pelo cruzamento 
dos eixos na figura acima e, por isso, todas as medidas de 
pressões circulatórias discutidas neste texto se referem a esse 
nível. 
 
 
7 FISIOLOGIA 2 - CARDIO 
VITÓRIA NOVAIS - MED 
 Essa ausência de efeitos gravitacionais ocorre na valva 
tricúspide, porque o coração, automaticamente, impede 
alterações gravitacionais significativas da pressão nesse 
ponto da seguinte maneira: 
o Se a pressão na valva tricúspide se elevar mesmo 
pouco acima da normal, o preenchimento do 
ventrículo direito será maior, fazendo com que o 
coração bombeie sangue com maior rapidez e, assim, 
diminua a pressão na valva tricúspide até o valor 
médio normal. 
o Se a pressão cair, o ventrículo deixará de ser 
adequadamente cheio, seu bombeamento diminuirá 
e o sangue será represado no sistema venoso até que 
a pressão, o nível da valva tricúspide, normalize-se. 
 Em outras palavras, o coração age como um 
contrarregulador por feedback da pressão na valva 
tricúspide. 
 Quando a pessoa está em decúbito dorsal, a valva 
tricúspide se localiza quase exatamente a 60% da 
espessura do tórax, acima das costas. Esse é o nível de 
referência da pressão zero para a pessoa deitada. 
FUNÇÃO DE RESERVATÓRIO DE SANGUE DAS VEIAS: 
 Mais de 60% do sangue no sistema circulatório fica nas 
veias 
 Em casos de hemorragias e quedas da pressão arterial, são 
desencadeados sinais nervosos pelos seios carotídeos e 
outras áreas sensíveis à pressão 
 Os sinais nervosos fazem com que o encéfalo e a medula 
emitam sinais, principalmente pelos nervos simpáticos, 
para que as veias se contraiam e aumentem a quantidade 
de sangue que chega ao coração 
 Devido a essa função do sistema venoso, o sistema 
circulatório funciona praticamente normal com até 20% de 
volume sanguíneo perdido. 
 
RESERVATÓRIOS SANGUÍNEOS ESPECÍFICOS: 
 Partes tão extensas e/ou complacentes do sistema 
circulatório que funcionam como verdadeiros 
reservatórios sanguíneos 
 Baço: em alguns casos pode diminuir seu tamanho a ponto 
de liberar até 100 mililitros de sangue para outras áreas da 
circulação; 
 Fígado: seios podem liberar muitas centenas de mililitros 
de sangue para o restante da circulação; 
 Grandes veias abdominais: podem contribuir com até 300 
mililitros 
 Plexo Venoso sob a pele: também pode contribuir com 
muitas centenas de mililitros. 
 O coração e os pulmões, embora não sejam parte do sistema 
de reservatórios venosos sistêmicos, também devem ser 
considerados reservatórios de sangue. Pois o tamanho do 
coração, por exemplo, diminui durante o estímulo simpático 
e dessa forma pode contribuir com 50 a 100 mililitros de 
sangue; os pulmões podem contribuir com outros 100 a 200 
mililitros quando as pressões pulmonares diminuem até 
baixos valores. 
O BAÇO COMO UM RESERVATÓRIO PARA OS 
ERITRÓCITOS: 
2 áreas para armazenamento de sangue: 
 Seios Venosos: armazenam o sangue = todos os 
componentes sanguíneos 
 Polpa Vermelha: parte da polpa esplênica onde os eritrócitos 
ficam armazenados de forma concentrada. 
o Na polpa esplênica, os capilares são muito permeáveis e 
todo o sangue atravessa suas paredes e passam para a 
trama trabecular (polpa vermelha) 
o Os eritrócitos são aprisionados pelas trabéculas e o 
plasma flui para os seios venosos e posteriormente para a 
circulação 
 Estimulação Simpática: provoca a contração do baço e a 
liberação dos eritrócitos na circulação  até 50 mL de 
eritrócitos concentrados = aumentam em 1 a 2% o 
hematócrito 
 Polpa Branca ou Ilhotas de Leucócitos: outra área da polpa 
esplênica onde são produzidas células linfoides semelhantes 
às produzidas nos linfonodos. 
 Função de Limpeza do Sangue: remoção de células velhas  
ao passarem pela polpa esplênica, as células sanguíneas são 
muito comprimidas antes de penetrar nos seios. Assim, os 
eritrócitos frágeis não suportam o traumatismo e, por esse 
motivo, grande parte da destruição dos eritrócitos no 
organismo ocorre no baço. 
 
 
8 FISIOLOGIA 2 - CARDIO 
VITÓRIA NOVAIS - MED 
o A hemoglobina e o estroma celular restantes são 
digeridos pelas células reticuloendoteliais do 
baço, e os produtos da digestão são, na maior 
parte,reutilizados pelo corpo como nutrientes 
muitas vezes para a formação de novas células. 
 Células Reticuloendoteliais do Baço: grandes células 
fagocíticas dispostas pela polpa esplênica que funcionam 
como parte do sistema de limpeza do sangue, agindo em 
conjunto com o sistema semelhante nos seios venosos do 
fígado. 
o Quando o sangue é invadido por agentes 
infecciosos, as células reticuloendoteliais do baço 
removem rapidamente os detritos celulares, as 
bactérias, os parasitas e outros. 
o Em muitos processos infecciosos crônicos, o baço 
aumenta de volume, cresce da mesma maneira 
que os linfonodos e realiza sua função de limpeza 
com ainda maior avidez.

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