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APS- Fisioterapia neurologica

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APS – ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
RESOLUÇÃO DE CASO CLÍNICO Tema: Epilepsia e Enxaqueca
Perguntas: 
1- O que é enxaqueca com ou sem auras? Descrever a fisiopatologia
Enxaqueca sem aura: É uma cefaleia, que geralmente perdura por 4 a 72h, apresentando dor unilateral pulsátil, de intensidade moderada à grave, desencadeando náuseas, vômitos, aversão a luz e ao barulho. A dor pode se agravar com a prática de exercícios físicos.
Enxaqueca aura: A dor na cabeça é unilateral e perdura por alguns minutos, seguida por cefaleia com características e sintomas de enxaqueca. A aura possui vários sintomas neurológicos, a duração aceitável desses sintomas é por volta de 60 minutos e podem ser: Aura visual: Forma mais comum, apresenta-se com escotomas podendo ter um aspecto brilhante, cintilante, preto, branco, desfocado ou colorido, envolvendo todo o campo visual ou sua metade, apresentando-se com formas geométricas ou linhas em ziguezague, revertendo-se após alguns minutos.
Aura sensitiva: Ocorre na maioria dos casos junto com a aura visual, apresenta-se como um formigamento, sensação de picadas ou dormência em um dos membros ou em um lado da face ou língua. 
Aura da fala/linguagem: pouco comum, ocorrências de afasias.
Aura motora: Ocorrência de fraqueza muscular
Aura do tronco cerebral: Sintomas originários do tronco cerebral, exceto fraqueza muscular.
2- Por que a paciente tinha visão de bolas e quadrados coloridos? Justifique
Porque ela manifesta sintomas de uma enxaqueca com aura visual, as alterações podem apresentar formas geométricas ou linhas coloridas, pretas e brancas, com brilho, de tom cintilante ou desfocado.
3- O que é enxaqueca basilar? Seria o caso dessa paciente? Justifique
A enxaqueca basilar é um tipo de enxaqueca com aura, isto é, com aquela sensação estranha que a pessoa sente antes da dor e que, para muitos, é difícil de definir. O nome correto do quadro é: migrânea tipo basilar. Os sintomas são causados pela constrição da artéria basilar, que fornece sangue para todo o tronco cerebral. Inicialmente acreditava-se que esta migrânea era oriunda apenas do espasmo dessa artéria, levando a uma isquemia (redução do fluxo sanguíneo). Seria o caso dessa paciente, pelo fato dela sentir alguns sintomas como alterações visuais e ficava parada com os olhos arregalados, sem compreender bem o que estava acontecendo.
4- O que é cefaleia pós-epiléptica? Por que ocorre? 
Cefaleia pós-epiléptica é um sofrimento cerebral (ondas lentas de 1 a 2 Hz com reduzida amplitude), acompanhada de surtos esporádicos de ondas agudas predominantemente parieto occipitais. Coincidem com crises eletrográficas, tem como sintoma a cefaleia intensa, sem outros vestígios. Geralmente diagnosticadas pelas crises de cefaleia e convulsões. Depois de um determinado tempo estável, o paciente geralmente é mantido em observação. Ocorre devido a manifestação autonômica do evento epiléptico, que pode acontecer sozinho, como uma enxaqueca, antes, após ou durante (cefaleia ictal) dependentemente da idade, do tamanho do foco epileptogênico, da velocidade, tipo, percurso e a forma que a onda se propaga.
5- O que é epilepsia com aura occipital? 
Epilepsia com manifestações convulsivas, sendo em 73% das convulsões eram secundárias, dois em apenas 7% dos casos tem sintomas visuais precedendo as convulsões. A doença geralmente tem início precoce nas epilepsias occipitais em relação às epilepsias em geral, o tempo de doença é menor do que as demais, a evolução da doença é comum. A evolução global das epilepsias occipitais são tão favoráveis quanto as epilepsias em gerais.
6- Por que no EEG houve o aparecimento de espículas na região parietal esquerda? Explique.
A presença de espículas ou paroxismos epileptiformes do EEG é um indicativo de epilepsias do lobo parietal, podendo envolver os lobos vizinhos (parieto-temporais, parieto-occipitais), sendo essas áreas responsáveis pela visão primária e associativa, isso explica as crises de ausência com aura visual, a visão óculo-cefálica, alucinações visuais de bolinhas coloridas seguida de cefaleia de moderada à intensa. A epilepsia é um achado clínico onde as descargas elétricas estão presentes em ambos os hemisférios cerebrais. Ondas lentas à direita foram mais associadas à epilepsia a à esquerda a cefaleia. Pode haver ou não diferença quanto a lateralização das anormalidades focais.
7- O que são cefaleias primárias e secundárias. Descreva um exemplo de cada.
As cefaleias primárias são as que ocorrem sem etiologia demonstrável pelos exames clínicos ou laboratoriais usuais. As principais são a enxaqueca, também conhecida como migrânea. As cefaleias secundárias são as provocadas por doenças. Nestes casos, a dor seria consequência de uma doença clínica ou neurológica. Citam-se como exemplo, as cefaleias associadas às infecções sistêmicas, disfunções endócrinas, intoxicações, meningites, encefalites, hemorragia cerebral, lesões expansivas.
8- A fisioterapia pode atuar nos casos relatados? Como? Justifique. 
A fisioterapia vai ter a principal finalidade de detectar o real estado do paciente, suas condições clínicas e daí promover um programa para a melhora motora e cognitiva. Um programa de reabilitação pode ajudar no retardamento da doença, e também orientação aos pacientes com mecanismos compensatórios, ajuda a prevenir complicações e melhora a sua qualidade de vida. Compreender os métodos e técnicas de prévio diagnóstico e avaliação do paciente, além disso, a acupuntura pode ser considerada como uma outra forma de atuação do fisioterapeuta em casos de enxaquecas.
9- Quais as complicações da enxaqueca? Explique-as. 
A enxaqueca subdivide-se em dois tipos: enxaqueca com aura e enxaqueca sem aura. As complicações da enxaqueca com aura a pessoa pode adquirir manchas coloridas pelo corpo, flashes de luz, confusão mental, sensação de formigamento e agulhamento na cabeça e fraqueza muscular. Já a enxaqueca sem aura é a mais comum, ocorre em 70% das pessoas, que é causada por fatores hormonais, odores e cheiro de perfumes, produtos de limpeza, consumo de certos alimentos e bebidas, dormir menos horas que de costume e pode causar incapacitação por dor ou dificuldade em realizar atividades do dia a dia.
10- Qual seria a diferença das doenças apresentadas pelos pais da paciente? Existe alguma relação com o caso da paciente? Explique.
A esclerose múltipla é uma doença neurológica crônica, as células de defesa do organismo atacam o SNC, provocando lesões cerebrais e medulares, a esclerosa difusa é degenerativa e rara, caracterizada por deterioração mental, comprometendo o centro oval e demielinização difusa dos hemisférios cerebrais. Sim, tem relação com o caso da paciente pois as pessoas portadoras de esclerosa múltipla tem incidência maior de dores de cabeça e os dois diagnósticos podem acontecer com a mesma pessoa, já que a mãe e o pai tem histórias de esclerose, pode ter relação com a enxaqueca da filha.

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