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Exames complementares em neurologia

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 INTRODUÇÃO 
® Lesão central: 
◊ Exames de imagem (TC ou RM); 
◊ EEG; 
◊ LCR; 
◊ Laboratório; 
® Lesão periférica: 
◊ ENMG (eletroneuromiografia); 
◊ LCR; 
◊ Laboratório; 
◊ USG; 
 
 EEG 
® Busca p/ epilepsia (não é específico). 
◊ O diagnóstico de epilepsia é clínico, o EEG 
apenas corrobora e auxilia na classificação. 
◊ Até 50% das epilepsias apresentam o 1º EEG 
normal. 
® É um exame que depende da qualidade do 
examinador. 
® Indicações: 
◊ Suspeita de crise convulsiva; 
◊ Estado de mal epiléptico (crises convulsivas > 
5 min); 
◊ Desmame de antiepilépticos (auxilia na 
avaliação); 
◊ Quadros cognitivos rapidamente 
progressivos (alteração de memória e 
comportamento, variando de semanas a meses); 
◊ Coma sem causa evidente (investigar estado 
de mal não epiléptico, não apresenta 
manifestação motora e pode ter crises 
convulsivas subclínicas); 
® Anormalidades do EEG: 
◊ Epileptiformes: descargas ou paroxismos 
epileptiformes (específica p/ crises convulsivas e 
epilepsia); 
◊ Inespecíficas: alentecimentos, alterações de 
amplitude, assimetrias; 
| Encontrados em: estado confusional aguda, 
delírio, hiponatremia, intoxicações exógenas, 
etc. 
® Descargas epileptiformes: 
◊ Se manifestam como espículas ou ondas 
agudas. 
| Associados a epilepsia. 
| Raros em pacientes sem epilepsia. 
| Sensibilidade limitada (o paciente pode ter 
epilepsia e apresentar exame normal). 
p Pode aumentar a sensibilidade c/: EEG 
seriado, hiperventilação, fotoestimulação, 
realizar durante o sono. 
 
 Líquor (lcr) 
® Solicitado quando: 
◊ Infecções do SNC (meningites, sífilis, etc); 
◊ Hemorragia subaracnóide (HSA); 
◊ Doenças desmielinizantes (esclerose múltipla, 
etc); 
◊ Encefalites ou quadro cognitivo rápido; 
◊ Guillain-Barré e CIDP; 
◊ Pseudotumor cerebri (aumento idiopático da 
pressão intracraniana, sem lesão estrutural); 
◊ Carcinomatose meníngea; 
® Realizada a partir de uma punção lombar; 
® Contraindicações: 
◊ Hipertensão intracraniana (aumenta as 
chances de herniação das tonsilas cerebelares); 
◊ Plaquetas < 50 mil; 
◊ INR > 1,4; 
◊ Abcesso espinhal (risco de infecção); 
® Quando solicitar neuroimagem antes do líquor: 
◊ Lesão de massa c/ risco de herniação; 
◊ Sinal neurológico focal; 
◊ Edema de papila; 
◊ Alteração importante do nível de 
consciência; 
◊ Convulsão de início recente s/ etiologia 
definida; 
◊ Imunossuprimidos; 
Exames Complementares em Neurologia 
 
 
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◊ História de doença neurológica; 
◊ Distúrbios da coagulação; 
® Aspectos do líquor nas infecções: 
 
® Padrão do líquor na HSA: 
◊ Lembrando que o paciente vai se queixar de 
cefaleia súbita; 
◊ Na HSA, o líquor continua hemorrágico nos 
tubos seguintes (caso haja dúvida de ter lesado 
uma veia durante a punção, em caso de lesão 
de veia o líquor vai ficando mais límpido nos 
tubos seguintes); 
® Complicações: 
◊ Cefaleia pós-punção (causada por uma 
hipotensão liquórica): é ortostática (sempre que 
o paciente levanta); 
◊ Dor lombar e radicular; 
◊ Sangramento (raro); 
◊ Infecção (raro); 
◊ Herniação cerebral (raro); 
 
 Eletroneuromiografia (ENMG) 
® Avalia a unidade motora; 
® Quando solicitar: 
◊ Suspeita de doença na unidade motora; 
◊ Topografia mais precisa; 
◊ Sugere etiologia; 
◊ Depende do examinador; 
® Unidade motora: 
 
 
 
◊ Inicia na medula, com o segundo neurônio 
motor, ele sai como raiz nervosa e se torna nervo 
periférico, forma a junção neuromuscular e 
chega ao músculo. 
® Etapas da ENMG: 
1. Estudo de condução nervosa sensitiva: 
administra pequenos choques do paciente; 
2. Eletromiografia: “agulhadas” em diferentes 
músculos, doloroso; 
® O laudo do exame vai fornecer a localização 
(topografia) do déficit, que pode ser: pré-
ganglionar, plexo, nervo, junção (como miastenia 
gravis) ou miopatia. 
 
 Exames laboratoriais 
[ quadros centrais ] 
® Doenças desmielinizantes: neuromielite óptica 
(NMO, marcador específico: AQ4), MOG (anticorpo 
anti-MOG); 
® Doenças imunomediadas (como encefalites): 
painel de anticorpos; 
® Doenças genéticas (crianças): exoma, painéis; 
® Delirium: laboratório geral (Na, etc); 
 
[ quadros periféricos ] 
® Neuropatias periféricas: exames laboratoriais 
extensos (glicemia, B12, hepatite, HIV, etc); 
® Doenças de junção neuromuscular (miastenia 
gravis): anticorpo antiacetilcolina; 
® Doenças musculares: CPK e aldolase; 
® Doenças genéticas (nervo e músculo): exoma, 
painéis;

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