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FARMACOLOGIA VETERINÁRIA - @VET.MALU A prescrição de medicamentos deve ser realizadas de próprio punho, letra legível, em vernáculo, feita pelo médico veterinário habilitado para transmitir instruções ao paciente e ao farmacêutico da seguinte forma: escrito a caneta azul ou preta, ou digitado; validade de 30 dias exceto antimicrobianos (10 dias); escrita no imperativo; instruções de forma clara, concisa e objetiva. Envolve responsabilidade sob os aspectos: 1.Clínico: o diagnóstico dado reflete diretamente na terapêutica escolhida pelo profissional; 2.Profissional: o medicamento deve ser descrito na posologia adequada, e caso haja erro o farmacêutico deverá alertar ao M.V; 3.Legal: medicamentos que para serem comercializados devem obedecer à legislação específica; Os medicamentos receitados podem ser: 1.Medicamentos farmacopeicos: são inscritos na Farmacopeia Brasileira – aqueles que constam na Relação Nacional dos Medicamentos Essenciais (RENAME) ou na lista da OMS; 2.Medicamentos magistrais: são aqueles preparados na farmácia a partir da prescrição médica, que estabelece a composição, forma farmacêutica e posologia; 3.Especialidades Farmacêuticas: medicações fornecidas pela indústria, as quais a fórmula é aprovada e registrada em órgãos governamentais desde que satisfaçam as exigências necessárias. Podem receber um nome comercial pelo fabricante e o nome do princípio ativo de acordo com a Denominação Comum Brasileira (DCB) ou Internacional (DCI). - Medicamento de Referência: produto inovador registrado, e com eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente; - Medicamento Similar: contém os mesmos princípios ativos, concentração, forma farmacêuticas do medicamento de referência registrado, podendo diferir no tamanho, forma, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, identificados por nome comercial ou marca. - Medicamento genérico: medicamento semelhante a um produto de referência ou inovador sem diferenciações, após a expiração ou renúncia da proteção patentária. Biodisponibilidade: velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma de dosagem, dependendo do tempo de circulação sistêmica ou excreção desta concentração. Bioequivalência: consiste na equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob as mesmas caraterísticas e biodisponibilidade. Produto de uso veterinário: utilizados nos animais ou no seu hábitat, protejam, restaurem ou modifiquem suas funções orgânicas e fisiológicas, bem como os produtos destinados ao embelezamento dos animais. Compêndio médico: Contém novos lançamentos, moléstias e indicações terapêuticas, relação de laboratórios e indústrias farmacêuticas com os respectivos endereços e produtos comercializados. É uma publicação atualizada anualmente, que obedece a interesses comerciais. Compêndio Veterinário: contém exclusivamente medicamentos de uso veterinário. Dicionário de especialidades farmacêuticas (DEF): contém exclusivamente especialidades farmacêuticas de uso na espécie humana. Índice terapêutico veterinário (ITV): DEF da medicina veterinária; Bulário eletrônico da Anvisa: permite obter a bula do paciente e a do profissional dos medicamentos registrados nessa agência; Sistema Métrico na Prescrição: usa medidas aproximadas definidas pelo Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira Colher de sopa: 15 ml Colher de Sobremesa: 10 ml Colher de chá: 5 ml Colher de café: 3 ml Princípio ativo, base medicamentosa ou base: substância principal da fórmula, podendo ter mais de uma; Adjuvantes: conservantes, estabilizantes, diluentes, desagregantes, aglutinantes, deslizantes, antiaderentes. Não devem prejudicar a eficácia terapêutica do medicamento. Corretivos: edulcorantes, que corrigem o sabor, e os flavorizantes, que corrigem o sabor e odor; Veículos ou excipiente: meio no qual o princípio ativo é colocado, sendo em geral o termo veículo empregado para líquidos e excipiente para sólidos. Vantagens: Administração de doses exatas; Proteção do fármaco contra ação do suco gástrico; Mascarar sabor ou odor desagradável do fármaco; Apresentar formas líquidas de substâncias solúveis e insolúveis ou instáveis nos veículos habituais; Fornecer ação prolongada ou continuada do fármaco; Proporcionar a ação adequada do fármaco; Facilitar a colocação do fármaco em orifícios do corpo; Facilitar a deposição do fármaco na intimidade dos tecidos. Gargarismo: A forma líquida é de uso em cavidade bucal dos animais e não deve ser deglutido. Provenda (mash): Medicamento é oferecido oculto no alimento que o animal deglute. Sopa e barbotage: destinam-se a grandes animais; são obtidas pelo cozimento de vegetais (sopa) ou de farináceos (barbotage) nos quais, quando frios, adiciona-se o medicamento. Bebida e beberagem: são formas medicamentosas líquidas oferecidas em grandes volumes – 750 a 1.000 mℓ para grandes animais; 200 a 500 mℓ para animais de médio porte e 50 a 100 mℓ para pequenos animais. A bebida é deglutida espontaneamente pelo animal; a beberagem é fornecida à força, através de sondas. Poção: Forma medicamentosa líquida / Deve ser deglutida / Fornecida em quantidade pequena. Auxílio de uma colher ou seringa. Eletuário: Forma medicamentosa pastosa. Administrada a força ao animal com auxílio de aplicadores, com a finalidade de ser deglutido. Bolo e pílula: forma farmacêutica semidura, esférica, que deve ser deglutida; atualmente está em desuso. Recentemente, tem sido empregado para administração, como os anti-helmínticos por via oral, a bovinos pelo “lança-bolo”; o princípio ativo fica protegido dentro de um invólucro rígido que libera gradativamente o medicamento no rume do animal, mantendo os níveis terapêuticos do medicamento por período prolongado. Grânulo ou glóbulo: Medicamento em forma esférica / Consistência rígida. Pesando entre 0.05 e 0,15 g. Cápsula: medicamento (geralmente na forma sólida) é colocado dentro de um envoltório (de amido ou gelatina) constituído de duas metades justapostas. Drágea: o medicamento é colocado no interior de um envoltório rígido, de formato variável, geralmente brilhante. Pode proteger o princípio ativo do pH estomacal, odor ou sabor desagradável Pérola ou cápsula mole: é constituída de uma única parte, estando o conteúdo hermeticamente selado em seu interior. Preferencialmente acondiciona líquidos Comprimido: Medicamento sem envoltório rígido, mas que contém amido adicionado ao princípio ativo. É prensado, geralmente de formato cilíndrico e com alguns milímetros de altura. Pastilha: forma farmacêutica sólida moldada ou comprimida, geralmente flavorizada, que para animais, diferentemente do que ocorre na espécie humana, é mastigável. Tablete: forma farmacêutica sólida preparada a partir de massa feita com solução hidroalcoólica, o(s) princípio(s) ativo(s) e a lactose, ou da própria trituração umedecida em solução hidroalcoólica. É moldado em tableteiros e é frágil e quebradiço. Papel: forma farmacêutica em que o medicamento em pó é embalado, cuja dobradura é cuidadosamente feita pelo farmacêutico; destinado a administração em dose individual e única, permitindo o acondicionamento de volume relativamente grande. Atualmente, emprega-se o envelope feito de papel manteiga. Pomada: Preparação tópica em que a base é misturada com substâncias gordurosas (vaselina, lanolina) e na qual podem estar dispersas substâncias sólidas ou líquidas. Pasta: Pomada em que há grande quantidade de sólido em dispersão. Creme: Preparado em que a base é misturada em óleo Gel: Preparado constituído por uma dispersão de fase sólida em fase líquida. Clister, clisma ou enema: consiste na introdução de líquidopor via retal; pode ser de retenção (visando à absorção do medicamento) ou evacuante. Supositório: Preparado de drogas em forma sólida. Apresenta como principal excipiente a manteiga de cacau que tem função de liberar a base medicamentosa na mucosa retal. Vela: semelhante à anterior, tem forma cilíndrica, medindo de 5 a 7 cm, geralmente de uso intrauterino. Xarope: Solução aquosa concentrada de açucares usada como veículo em diversas fórmulas farmacêuticas. Óvulo: preparação farmacêutica sólida, com formato adequado, para aplicação vaginal, devendo dispensar ou fundir à temperatura corpórea. Colírio: Forma farmacêutica geralmente líquida destinada aos olhos e pálpebras. Elixir: preparação líquida, límpida, hidroalcoólica, apresentando teor alcoólico na faixa de 20 a 50%. Loção: Preparado em que a base medicamentosa é misturada em álcool para uso na pele. Aplicada sob forma de fricção Extrato: Preparação líquida, sólida ou semi-sólida obtida da extração do princípio ativo de vegetais ou animais Emulsão: preparação farmacêutica obtida pela dispersão de duas fases líquidas imiscíveis ou praticamente Imiscíveis. Suspensão: preparação farmacêutica obtida pela dispersão de uma fase sólida insolúvel ou praticamente insolúvel em uma fase líquida Tintura e alcoolatura: são formas farmacêuticas que se utilizam da ação dissolvente do álcool. As tinturas são preparadas com plantas secas e as alcoolaturas com plantas frescas. Injetáveis: preparações estéreis destinadas à administração parenteral, apresentadas como soluções, suspensões ou emulsões; podem ser acondicionadas em ampolas, cartuchos ou frascos, para administração em dose única (injeção), dose múltipla e para perfusão. Pour on e spoton: formas líquidas nas quais o medicamento é depositado, respectivamente, na linha do dorso do animal ou sobre a cernelha. Premix (prémistura): o medicamento é misturado à ração do animal; geralmente utilizado para administração de vitaminas ao rebanho. - Cabeçalho; - Superinscrição ou identificação (nome/endereço) - Inscrição (uso interno/externo; nome do fármaco, forma farmacêutica, concentração); - Subinscrição ou instrução (esclarece ao farmacêutico como as drogas devem ser preparadas (manipulação); - Indicação (modo de adm.; via de adm.; intervalo de doses e tempo de tratamento); - Assinatura Receita Amarela ou A Lista A1 - entorpecentes (morfina e análogos); Lista A2 - entorpecentes de uso permitido somente em concentrações especiais (Coideína e tramadol); Lista A4 - psicotrópicos (anfetamina e análogos: validade de 30 dias; quantidade máxima por receita é de 30 dias de tratamento; 5 ampolas para medicamento injetável). Receita Azul ou B Lista B1 - – psicotrópicos (benzodiazepínicos e barbitúricos): validade de 30 dias; SOMENTE no estado eminente; 60 dias de tratamento; 5 ampolas para injetáveis; Lista B2 - psicotrópicos anorexígenos (anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina); 30 dias de tratamento; deve ser acompanhada do TERMO DE RESPONSABILIDADE DO PRESCRITOR; Notificações de Receita Veterinária A e B são padronizadas pelo MAPA e possuem 3 vias onde uma vai para o estabelecimento fornecedor, a outra para o tutor do animal, e o outro para o médico veterinário. Lista “C1”- neurolépticos; anticonvulsivantes; antidepressivos; anti-inflamatórios inibidores seletivos da ciclo-oxigenase 2; buspirona, cetamina, etomidato, halotano, hidrato de cloral, misoprostol, propofol, tetracaína. Lista “C2”- substâncias retinoicas para uso sistêmico (acitretina, adapaleno, bexaroteno, isotretinoína e tretinoína). Lista “C3”- substâncias imunossupressoras (talidomida); Lista “C4”- substâncias antirretrovirais; Lista “C5”- substâncias anabolizantes: venda apenas com retenção da recita; duas vias; 30 dias em todo território nacional. Lista “D1”- substâncias precursoras de entorpecentes e/ou psicotrópicos relaciona substâncias sujeitas à Receita Médica sem Retenção. Lista “D2”- insumos químicos utilizados como precursores para fabricação e síntese de entopercentes e/ou psicotrópicos contém substâncias sujeitas a controle do Ministério da Justiça. Lista “E”- relaciona as plantas que podem originar substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas. Lista “F”- contém as substâncias de uso proscrito no Brasil (Cocaína, Etorfina) Regulamentação específica para antimicrobianos: receituário comum; duas vias (proprietário e farmácia); 10 dias de validade; indicação de uso contínuo - vale por 90 dias.
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