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Universidade Potiguar Curso de Nutrição Disciplina: ESTILO DE VIDA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Aluna: Catharina Pinto Fernandes Guedes do Rêgo ATIVIDADE 3 Um dos tópicos estudados nesta unidade fala sobre a demografia, suas taxas e fatores que a influenciam. Podemos verificar que índices demográficos podem influenciar nos estudos de morbidade de uma população, como o comportamento das doenças e mortalidade. Em 2020, vivemos uma pandemia que afetou de forma diferente os países. Um deles chamou a atenção em razão das suas características demográficas e como elas modificaram o comportamento da doença no que diz respeito à mortalidade. A partir das figuras a seguir, escreva um texto dissertativo que contemple a análise das diferenças de características etárias dos dois países e a diferença da letalidade entre Itália e Brasil em relação com a pirâmide etária. Figura 1 – Percentual de taxa de letalidade do COVID-19 da Itália e Brasil até 5 de junho de 2020 Figura 2 – Pirâmide etária do Brasil em 2020 Figura 3 – Pirâmide etária da Itália em 2020 RESPOSTA A demografia é o estudo de populações humanas e avalia mudanças e variações nessas populações. A análise desses dados ajuda autoridades e cientistas a se prepararem para as futuras necessidades do país e de sua população em constante mudança (ROCHA, 2012). Países que têm uma redução no número de nascimentos tendem a apresentar uma pirâmide invertida, é possível visualizar essa tendência na pirâmide etária da Itália, na Figura 3. Nas figuras apresentadas, é possível observar que existe uma grande diferença entre a Itália e o Brasil em relação à população. O Brasil tem as faixas mais largas a partir da idade de 15 a 19 anos, enquanto a Itália entre 40 e 45 anos. Isso significa que a maior parte da população no Brasil está distribuída nas faixas etárias mais jovens, enquanto na Itália está nas faixas mais velhas. O Brasil tem a característica populacional dos países em desenvolvimento, enquanto a Itália evidencia as dos países desenvolvidos no geral. Devemos considerar ainda que a densidade populacional, tamanho e composição das famílias, condições sanitárias, acesso a saúde, sistema de migração, padrões de migração, deslocamento, desigualdade inter-regionais, estrutura do mercado de trabalho entre outras, são características diferentes entre esses países. Assim, considerando todos esses fatores, torna-se mais nítido entendermos a grande diferença de como a pandemia provocada pelo COVID19 foi experimentada por estes dois países. A velocidade com que o vírus se espalha passou a ser fundamental para a análise da pressão gerada sobre o sistema de saúde. Os grupos etários que mais sofreram os efeitos da doença também puderam ser analisado, assim como as aglomerações passaram a ser grandes fontes de contágio. Ou seja, entendemos que as particularidades da pandemia e sua evolução em cada região parecem ter influência direta com a composição demográfica da população, especialmente quanto à sua estrutura etária e arranjos familiares. Segundo a World Health Organization, as crianças e adolescentes experimentam a mesma probabilidade de serem contaminados e transmitirem a doença do que os demais grupos etários, todavia, as crianças e os adultos jovens têm menor probabilidade de estarem entre os casos mais graves da doença, que se concentram entre os idosos e indivíduos com fatores de risco. Dessa forma, para o planejamento da demanda hospitalar gerada pela pandemia de COVID-19 é preciso considerar não apenas o tamanho da população, mas também o impacto da sua composição etária. A gravidade da doença em países mais envelhecidos pode ainda ser observada por meio da taxa de letalidade, a qual apresenta diferença expressiva entre o Brasil e a Itália. No dia 06 de maio de 2020, a Itália registrou uma taxa de letalidade de 13,8%, enquanto, na mesma data, a letalidade no Brasil era de 6,8%. Entretanto, vale dizer que essa comparação, por meio da taxa de letalidade, é limitada pela subnotificação do número de casos confirmados e de óbitos, devido à capacidade insuficiente de aplicação testes de detecção da doença no Brasil. No que diz respeito à proporção de óbitos por COVID-19 entre os idosos com 60 anos e mais, enquanto na Itália mais de 95,0% dos óbitos ocorrem nesse grupo, no Brasil o percentual é de aproximadamente 70,0%. Dessa forma, a distribuição etária da população é importante para o planejamento da demanda de serviços de saúde, que pode se diferenciar entre as regiões do próprio país.
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