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Dermatologia – Amanda Longo Louzada 1 MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS SISTÊMICAS DIABETES MELITO: Acantose Nigricantes: Hiperpigmentação aveludada das áreas intertriginosas/flexurais e, menos frequentemente, superfícies extensoras Frequentemente associada com a resistência à insulina e a maioria dos pacientes é de obesos. Mais frequente em hispânicos e pessoas de ascendência africana. Evidência recente vincula fortemente AN em crianças com resistência à insulina e diabetes Gangrenal Acral Seca: Necrose da ponta dos quiro e pododáctilos Devido à doença vascular nos vasos maiores Eritema Acral: Eritema semelhante à erisipela das mãos e/ou dos pés Pode ser devido à doença oclusiva de pequenos vasos com hiperemia compensatória Carotenemia: Cor cutânea amarelo-alaranjada difusa Relacionada ao aumento no nível sérico de caroteno Bullosis diabeticorum: Bolhas não inflamatórias tensas nas extremidades inferiores Quiroartropatia diabética: Espessamento da pele e mobilidade articular limitada das mãos e dos dedos, levando a contraturas em flexão (iniciando com o quinto dígito e progredindo radialmente) e uma incapacidade de aproximar as superfícies palmares das mãos e dedos (sinal de oração) Postulado resultar do aumento da glicosilação do colágeno na pele. Associada à retinopatia, nefropatia e duração (porém não do controle) do DM Dermatopatia diabética: Máculas atróficas marrons e manchas nas pernas Possivelmente precipitada por trauma Granuloma anular disseminado: Lesões anulares eritematosas formadas por pápulas Xantomas eruptivos: Pápulas de cor vermelho- amarelo que aparecem ao longo de um período de semanas a meses Dermatologia – Amanda Longo Louzada 2 MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS SISTÊMICAS Associada aos níveis séricos elevados de triglicérides em pacientes com diabetes mal controlado. Controle dos resultados de DM no desaparecimento dos xantomas Hemocromatose: Escurecimento da pele devido a aumento da melanina em vez de ferro Excesso de reservas de ferro associado à cirrose e disfunção cardíaca, bem como DM. Deve-se às mutações no gene HFE, mais frequentemente C282Y. Também fator de risco de porfiria cutânea tardia Necrobiose lipoídica: Manchas atróficas amarelas, na maioria das vezes nas pernas. Um halo vermelho-marrom pode indicar atividade na borda. Ulceração pode ocorrer, sendo a cicatrização geralmente lenta Úlcera neuropática de perna: Ulcerações não dolorosas nos locais de pressão, mais frequentemente no pé; um halo queratósico é característico Associada à neuropatia sensorial Distúrbios perfurantes (por exemplo, dermatose perfurante adquirida): Pápulas queratóticas, principalmente nas extremidades Rubeose: Aparência corada crônica da face, do pescoço e extremidades superiores Escleredema (adultorum de Buschke): Endurecimento eritematosa da parte superior do dorso e nuca devido à deposição de glicosaminoglicanos DOENÇAS DA TIREOIDE: HIPERTIREOIDISMO: Alterações Cutâneas: Pele fina, aveludada e macia Quente e úmida devido à sudorese elevada Hiperpigmentação localizada ou generalizada Prurido Doenças Cutâneas: Mixedema pré-tibial, acropaquia generalizada Urticária, dermatografismo Aumento da incidência de vitiligo Alterações\ Doenças de Cabelo: Fino Alopecia difusa leve Aumento da incidência de alopecia areata Alterações Ungueias: Onicólise Dermatologia – Amanda Longo Louzada 3 MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS SISTÊMICAS Coiloníquia Baquetamento de acropaquia por tireoidopatia HIPOTIREOIDISMO: Alterações Cutâneas: Pele seca, áspera e grossa Fria e pálida Pele edematosa e esponjosa (mixedema) Descoloração como resultado da carotenemia Contusão fácil (fragilidade capilar) Doença Cutânea: Ictiose adquirida e queratodermia palmoplantar Xantomas eruptivos e\ou tuberosos Aumento da incidência de vitiligo Alterações\Doenças de Cabelo: Sem brilho, grosseiro e quebradiço Crescimento lento (aumento na fase telógena do cabelo) Alopecia do terço lateral das sobrancelhas Aumento da incidência de alopecia areata Alterações Ungueais: Finas, quebradiças e estriadas Crescimento lento Onicólise HIV: INFECÇÃO VIRAL: Vírus Herpes Simples: úlceras crônicas não cicatrizantes e profundas na região perianal, genitália e língua Vírus Varicela-zoster: erupção dermatomérica clássica poder ser vista, zóster associada a HIV também pode ser multidermatomérico, ulcerativo, crônico, verrucoso e/ou disseminado com envolvimento sistêmico Poxvírus: Eles podem desenvolver pápulas umbilicadas clássicas em forma de domo e lesões maiores (>1 cm), coalescentes e desfigurantes muitas vezes resistentes ao tratamento Dermatologia – Amanda Longo Louzada 4 MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS SISTÊMICAS HPV: As lesões podem ser extensas, com verrugas múltiplas na face, membros e genitália, que coalescem em grandes placas; papulose bowenoide também pode se desenvolver Vírus Epstein-Barr: As lesões normalmente são assintomáticas e aparecem como placas esbranquiçadas enrugadas com projeções semelhantes a pelos nas laterais da língua Citomegalovírus: retinite, esofagite e colite. A despeito da alta frequência da viremia pelo CMV, a doença cutânea é incomum; as apresentações incluem úlceras, sobretudo na área anogenital, placas verrucosas ou hiperpigmentadas, pápulas purpúricas, vesículas e erupções morbiliforme BACTÉRIAS: Staphylococcus aureus: causa impetigo, foliculite, furunculose e celulite Agiomatose Bacilar: Lesões de tamanho e formato variáveis podem ser vistas, incluindo pápulas de aparência vascular de vermelha a purpúrica ou nódulos e úlceras Micobactérias: Pápulas e nódulos eritematosos, úlceras, placas verrucosas e nódulos profundos Sífilis: pesar de as lesões secundárias papuloescamosas clássicas serem vistas com frequência, apresentações não usuais podem ser observadas em hospedeiros infectados pelo HIV, incluindo uma forma noduloulcerativa, erupção papular que imita o molusco contagioso, queratodermia palmoplantar sifilítica e sífilis FUNGOS: Candidíase: O perlèche com fissuras dolorosas nas comissuras orais e infecções por cândida persistentes das zonas intertriginosas também são muito vistas em indivíduos com HIV. Outros sinais que sugerem a supressão imune incluem paroníquia crônica, onicodistrofia e candidíase vaginal refratária. A candidíase disseminada foi descrita e pode ser fatal nos infectados por HIV Dermatofitose: O envolvimento cutâneo pode ter aparência atípica, e as lesões podem ser mais disseminadas e resistentes à terapia. A disseminação da tinea pedis interdigital para o dorso do pé, granuloma de Majocchi — uma foliculite profunda com a ruptura da parede do folículo — e onicomicose proximal branca foram associadas à infecção pelo HIV DISTÚRBIOS PAPULOESCAMOSOS: Dermatite Seborreica: Achados clínicos podem ser semelhantes àqueles observados na população em geral, como eritema e escamas amareladas de aspecto gorduroso no couro cabeludo e na face, bem como o envolvimento de outros locais, como a área central do tórax e as dobras inguinais. No entanto, quadros exacerbados, com placas faciais exuberantes, também podem ocorrer e devem levantar a possibilidade de infecção pelo HIV, bem como o início repentino ou piora aguda da dermatite seborreica. Psoríase: Uma distribuição “inversa” envolvendo dobras inguinais e genitália também pode ocorrer. A psoríase normalmente é extensiva ou eritrodérmica, e crostas exsudativas ou a exacerbação por infecções estafilocócicas ou estreptocócicas podem ser observadas DISTÚRBIOSDE PRURIDO PAPULAR NÃO INFECCIOSO: Erupções Papulopruriginosas: são caracterizadas pelo grande prurido e um envolvimento maior das extremidades do que do tronco e da face. Foliculite Eosinofílica: Pápulas foliculares escoriadas e raras pústulas intactas são encontradas primeiramente na face e na região superior do tronco
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