Uso de Cannabis em Pediatria - Trabalho de Pediatria

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uSO DE CANNABIS em pediatria 
Discentes: Izabela F. M. Brilhante & Vanessa P. M. das Chagas
A planta Cannabis sativa contém mais de 500 componentes, dentre os quais 85 são farmacologicamente ativos, denominados canabinóides. 
Tem receptores de membrana específicos mediando os efeitos canabinóides, o que levou ao reconhecimento de ligantes endógenos que atuam como ativadores dessas substâncias, chamados endocanabinóides. 
introdução
Cannabis como medicamento no brasil
Nos últimos anos, a ANVISA e o Poder Judiciário já deram alguns passos no sentido de liberar o cultivo da planta para fins medicinais e científicos. 
No Brasil a ANVISA, coloca o CBD na lista C1 de medicamentos - controle especial e, segundo a CFM, aprova o uso da cannabis para o tratamento de epilepsia da criança e do adolescente refratária ao tratamento convencional e restringe a prescrição as especialidade da neurologia, neurocirurgia e psiquiatria e limita o seu uso como medicamento até 18 anos de idade. 
Cannabis como medicamento no brasil
O uso da Cannabis só deve ser considerado quando outros tratamentos não consigam o controle dos sintomas. 
Em 2018, o uso de CBD foi considerado efetivo e liberado pelo FDA norte-americano para as síndromes de Dravet e de Lennox-Gastaut, duas síndromes epilépticas graves e frequentemente refratárias aos antiepilépticos convencionais. 
Há pesquisas que sugerem a ocorrência de interações entre CBD e os fármacos antiepilépticos convencionais. 
USo na epilepsia
O sistema endocanabinóide está envolvido na regulação de neurotransmissores excitatórios e inibitórios, sistemas esses comprometidos em indivíduos com TEA. Este sistema também está envolvido na modulação da liberação de ocitocina e vasopressina, que atuam modulando comportamentos sociais. 
No TEA, o objetivo principal da utilização do CBD é o tratamento das comorbidades, principalmente auto e hetero agressividade, hiperatividade, ansiedade e distúrbios do sono. 
Transtorno do espectro autista
Outras doenças neuropsiquiátricas
Estudos demonstram benefícios em ansiedade, depressão, esquizofrenia, transtornos relacionados ao sono e transtornos por uso de substâncias. 
Estudos avaliou o uso de canabidiol transdérmico em crianças e adolescentes com síndrome do X frágil, teve ganhos nos sintomas de irritabilidade, impulsividade e hiperatividade. 
A espasticidade é importante ser controlada para contribuir com a autonomia e bem estar do paciente, bem como para evitar lesões articulares. O uso de óleos canabinoides com CDB e THC foram importantes para garantir o controle daqueles já citados, entretanto os estudos já feitos com os óleos não foram 100% efetivos;
espasticidade e distúrbios do movimento
Apesar dos estudos sobre o uso de CDB em crianças para tratamento da dor crônica serem inconclusivos, sabe-se que receptores CB1 (SNC) e CB2 (periférico e tecidos) são capazes de trazer bem estar e modular a dor quando estimulados, entretanto o problema está nas interações que outros medicamentos podem ter com eles por terem a mesma metabolização; 
dor crônica
formas de cannabiS medicinal e indicações
Canabidiol puro 
Nabilona
Nabiximols (somente esse está licenciado no Brasil). 
Óleos de cannabis. 
Cuidado com dosagens altas de TCH!!
Risco de dependência e interação com outros fármacos que o CDB e o THC podem causar;
considerações finais e conclusão
Considerações finais:
Estudos pré-clínicos já mostraram que a associação de medicações com THC ou CDB podem levar a alterações cognitivas e transtornos psiquiátricos, por isso a indicação deve ser cautelosa;
Conclusão:
Os estudos mais conclusivos com cannabis medicinal foram no de crianças com epilepsia grave. O resto, como TEA, esclerose múltipla, espasticidade e dor, tem poucas evidências e precisam de estudos maiores;
referências
CIENTÍFICO, Conselho; DE VASCONCELOS, Marcio Moacyr; DE OLIVEIRA, Neulanio Francisco. Indicações para uso da Cannabis em pacientes pediátricos: uma revisão baseada em evidências.
obrigada!