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Alterações Cadavéricas

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Criado por: @bia.navet 
Alterações Post Mortem 
 
 São alterações que ocorrem no cadáver após a 
morte 
↪ Aparecem em diferentes momentos. 
↪ Podem causar confusão na avaliação durante a 
necropsia. 
 
OBSERVAÇÃO: As alterações pós-morte não tem 
nada a ver com o problema que causou a morte do 
animal. 
 
 Elas nos permitem fazer a 
CRONOTANATOGNOSE que é estimativa da 
hora de morte, pois cada alteração tem um 
tempo para acontecer. 
 
 As alterações cadavéricas vão surgindo mais ou 
menos 2 horas depois que o animal morreu. 
 
 Quanto maior o tempo que se passa depois da 
morte do animal, mais alterações vão 
aparecendo. Por isso é importante fazer a 
necropsia deste animal o mais rápido possível, 
pois vai chegar um momento em que essas 
alterações vão mudar muito o aspecto da 
carcaça. 
SE NÃO CONSEGUIR FAZER A NECROPSIA NA 
HORA OU NO DIA? 
 Refrigerar o animal na temperatura de geladeira 
(câmara fria), que oscila a temperatura entre 0 e 
10 graus Celsius. 
 
OBSERVAÇÃO: ele fica refrigerado, mas não 
congela. 
 
 Se não conseguir fazer a necropsia em dois ou 
três dias é importante congelar o animal. 
 
SÃO DIVIDIDAS EM DOIS TIPOS: ABIÓTICAS E 
BIÓTICAS. 
 
1. ABIÓTICAS (AUTÓLISE) - Imediatas e Mediatas 
(consecutivas). 
AUTÓLISE: é a destruição de um tecido por enzimas 
proteolíticas produzidas pelo próprio tecido. 
 
 Alterações microscópicas: 
 
↪ Perda dos limites celulares; 
↪ Diminuição da afinidade tintorial; 
↪ Ausência de reações inflamatórias e a presença 
de hemólise. 
 
OBSERVAÇÃO: Não tendem a mudar muito a 
carcaça independente do congelamento ela 
continua acontecendo. 
 
2. BIÓTICAS OU TRANSFORMATIVAS (PUTREFAÇÃO). 
 
 Alteram muito a carcaça; 
 Congelamento impede de acontecer. 
PUTREFAÇÃO OU HETERÓLISE: é ação de enzimas 
proteolíticas dos microrganismos saprófitos, 
geralmente oriundos do próprio trato intestinal do 
animal. 
Alterações Cadavéricas Abióticas 
 Não modifica o cadáver no aspecto geral. 
SÃO DIVIDIDOS EM DOIS TIPOS: IMEDIATAS 
E MEDIATAS. 
IMEDIATAS - É basicamente o que usamos para 
dizer que o animal morreu. Morte somática ou 
clínica. 
Vamos observar: 
 Insensibilidade; 
 Imobilidade; 
 Parada das funções cardíacas e 
respiratórias; 
 Inconsciência; 
 Arreflexia. 
MEDIATA OU CONSECUTIVAS – Autólise. 
Podem ser observados os seguintes aspectos: 
 
Criado por: @bia.navet 
 Algor mortis ou Frialdade cadavérica; 
 Livor mortis ou Hipostase cadavérica; 
 Rigor mortis ou Rigidez cadavérica; 
 Coagulação do Sangue; 
 Embebição pela Hemoglobina; 
 Embebição Biliar; 
1. ALGOR MORTIS OU FRIALDADE CADAVÉRICA 
↪ Resfriamento do cadáver até chegar à 
temperatura ambiente. 
 
Depois que o animal morre o sangue para de 
circular. Para produzir calor é preciso que o sangue 
esteja circulando, como o sangue para de circular, 
o animal para de produzir calor. 
 
 O animal começa a perder calor para o meio 
ambiente até chegar à temperatura ambiental 
OBSERVAÇÃO: É comum perder 1 grau por hora. 
 
 3 a 4 horas após a morte e o cadáver já está 
com a temperatura do ambiente. 
 
2. LIVOR MORTIS OU HIPÓSTASE CADAVÉRICA 
↪ Manchas violáceas/avermelhadas - (manchas 
hipostáticas) em local de decúbito (gravidade). 
 
Como o sangue parou de circular, existe uma 
tendência de ele descer (para o lado do decúbito), 
por causa da força da gravidade. 
 
 O sangue fica acumulado no lado do decúbito, 
logo essa área fica mais avermelhada ou 
arroxeada. 
 
OBSERVAÇÃO: Acontece com os órgãos também. 
Pulmão e rins do lado que o animal ficou em 
decúbito ficam mais vermelhos. 
 
 Acontece de 2 a 4 horas após a morte. 
 
 
 
 
3. RIGIDEZ CADAVÉRICA OU RIGOR MORTIS 
↪ É uma rigidez muscular ou perda de mobilidade 
das articulações. 
 
 Inicia-se de 2 a 4 horas após a morte. 
 Quanto mais tempo passa, mais vai 
aumentando. Depois de um tempo ela começa 
a se desfazer. 
 Duração de 12 a 24 horas, (auge 6 horas após a 
morte). 
↪ 24 horas após a morte ela está totalmente 
desfeita. 
FATORES QUE INFLUENCIAM 
 
1. TEMPERATURA AMBIENTE  se a temperatura 
está mais fria o rigor mortis começa mais rápido, 
enquanto se a temperatura está mais quente ele 
demora a começar. 
 
2. CAUSA DA MORTE  Exemplo: No tétano ele 
acontece mais rápido, enquanto no botulismo 
demora mais para acontecer. 
 
3. ESTADO NUTRICIONAL  O animal gordinho 
demora mais tempo para entrar em Rigor Mortis, 
enquanto um animal caquético entra muito mais 
rápido. 
MECANISMOS DE FORMAÇÃO DO RIGOR MORTIS 
 
1. FASE PRÉ-RIGOR  Onde o músculo ainda 
não contraiu, está flácido. 
 
Para o músculo fazer contração e relaxar precisa de 
ATP na fibra muscular. Quando animal morre as 
células vão morrendo gradativamente (algumas 
demoram mais que as outras), e o músculo 
esquelético faz reserva de glicogênio muscular. 
Então quando o animal morre, essa célula começa 
a quebrar glicogênio para produzir glicose, que vai 
 
Criado por: @bia.navet 
produzir energia (respiração anaeróbica). Enquanto 
isso acontece é a fase pré-rigor, o músculo gasta 
ATP para se manter relaxado. 
 
2. FASE DO RIGOR  Ocorre o esgotamento do 
glicogênio de reserva, consequentemente não tem 
mais ATP para manter o músculo relaxado, então 
ocorre uma forte união entre actina e miosina 
(ausência de ATP). O músculo contrai e não 
consegue mais relaxar (rigidez muscular). 
 
3. FASE PÓS-RIGOR  (Flacidez muscular). 
Começa a ter destruição da actina e miosina por 
enzimas proteolíticas (autólise e putrefação), 
ocorrendo o relaxamento muscular novamente. 
 
ORDEM DE INÍCIO ➡ começa pelos músculos 
involuntários para os voluntários. 
↪ Coração, músculos respiratórios, músculos 
mastigatórios, músculos perioculares, músculos do 
pescoço, músculos do membro torácico, músculos 
do tronco e músculos do membro pélvico. 
 
 
 
4. COAGULAÇÃO DO SANGUE 
 
TIPOS DE COÁGULOS  cruórico, lardáceo e 
misto. 
 
CRUÓRICO : tipo de coágulo mais comum 
(vermelho escuro). 
 
 
↪ Coágulo está muito grande. É preciso se atentar 
a isso, pois quando o coração entra em Rigor 
Mortis o músculo contrai. Quando o músculo do 
ventrículo contrai ele tem que conseguir empurrar 
boa parte do sangue. Então se fica sangue no 
ventrículo esquerdo quer dizer que o coração não 
teve força suficiente para mandar esse sangue para 
fora  isso pode sugerir que o animal tinha certo 
grau de insuficiência cardíaca. 
 
LARDÁCEO: Coágulo Branco (sem hemácia), 
formado por plaqueta e fibrina. Comum no cavalo, 
pois as hemácias do cavalo são muito pesadas, 
então quando o sangue para de circular elas 
decantam muito rápido e o sangue coagula só 
fibrina e plaqueta. 
OBSERVAÇÃO: Ver muito desse coágulo pode 
sugerir uma anemia. 
 
 
 
MISTO: Mistura dos dois. 
 
 
 
COMO OCORRE O COAGULO? 
 
Células em hipóxia  Mais ou menos 2 horas após 
a morte se não tem mais sangue na corrente 
sanguínea, células que estão na corrente sanguínea 
começam a liberar tromboquinase que faz o 
sangue coagular. 
 
 O sangue se mantém coagulado de 6 a 8 horas 
mais ou menos, e as hemácias vão ser 
destruídas (hemólise). Neste momento os 
coágulos acabam sendo destruídos e o sangue 
volta a ser líquido. 
 
Criado por: @bia.navet 
 
IMPORTANTE: Não confundir coágulo com 
trombo. 
COÁGULO X TROMBO 
 
COÁGULO  elástico, liso, brilhante, gelatinoso e 
sem aderência ao vaso. 
 
 
 
TROMBO  friável, seco, inelástico, opaco e 
aderido ao vaso. 
 
 
 
5. EMBEBIÇÃO PELA HEMOGLOBINA 
↪ De 6 a 8 horas após a morte, as hemácias vão se 
romper e a hemoglobina que está dentro delas, 
começa a corar a parede dos vasos (fazem uma 
embebição). 
 
 Manchas avermelhadas (tingimento vinhoso). 
↪ Endotélio vascular, endocárdio, vizinhança dos 
vasos. 
 
 
 
OBSERVAÇÃO: Se o animal tem edema em algum 
local o líquido acaba ficando também um pouco 
avermelhado. 
 
6. EMBEBIÇÃO BILIAR 
↪ Coloração amarela- esverdeada nos tecidos 
próximos à vesícula biliar (órgãos que se encostamà vesícula biliar). 
 
 
 
 Essa alteração não tem uma hora específica 
para acontecer vai depender do quão espessa é 
a vesícula biliar daquele animal. 
 
 
 
 
Alterações Cadavéricas Bióticas 
 
 Modificam o cadáver no aspecto geral. 
↪ Dificulta análise macroscópica. 
↪ Decomposição, putrefação, heterólise. 
 
ALTERAÇÕES BIÓTICAS 
 
 Pseudo-melanose; 
 Enfisema cadavérico tecidual; 
 Timpanismo pós-morte; 
 Prolapso Retal Cadavérico (Pseudo Prolapso 
Retal); 
 
Criado por: @bia.navet 
 Maceração; 
 Coliquação/Liquefação; 
 Redução esquelética 
 
1. PSEUDO-MELANOSE 
↪ Manchas de putrefação, cinzas-esverdeadas, 
irregulares, na pele da região abdominal (fossa 
ilíaca) e órgãos vizinhos ao intestino. 
 
 Ácido sulfídrico (bactérias) + hemoglobina. 
↪ Quando as hemácias se rompem, liberam 
hemoglobina. Mas também está tendo bactéria se 
proliferando na putrefação e elas produzem ácido 
sulfídrico, que reage com a hemoglobina e formam 
um pigmento chamado sulfetemoglobina ou 
sulfureto de ferro que tem essa coloração cinza 
esverdeada. 
 
 Com o tempo a carcaça inteira vai ficando com 
essa coloração. 
 Ocorre de 8 a 24 horas após a morte. 
 
 
 
 
 
2. ENFISEMA CADAVÉRICO 
↪ É uma crepitação post mortem. Como as 
bactérias vão se proliferando, algumas produzem 
gás (formando um tecido bolhoso). 
 
 Ocorre em tecido subcutâneo, muscular e 
órgãos parenquimatosos. 
 24 Horas após a morte. 
 
 
 
 
 
3. TIMPANISMO CADAVÉRICO 
↪ É a distensão abdominal pelos gases que foram 
formados no trato gastrointestinal. 
 
 Em ruminantes vemos os pré-estômagos, 
principalmente o rúmen, distendidos. 
COMO SEPARAR O TIMPANISMO ANTE MORTEM 
DO PÓS MORTEM? 
 
TIMPANISMO PÓS MORTEM: ausência de lesões 
circulatórias. 
 
TIMPANISMO ANTE MORTEM: ocorre hiperemia 
e hemorragia no trato gastrointestinal, e 
compreensão de fígado e o baço. É possível ver a 
linha do timpanismo no esôfago. 
 
 
 
Criado por: @bia.navet 
 
 
 
4. PSEUDO PROLAPSO RETAL. 
↪ Com tanto gás no intestino acumula gás também 
no reto, que o expulsa para fora. 
 
 
COMO SEPARAR O PROLAPSO RETAL PÓS-MORTE 
DO QUAL ACONTECEU COM O ANIMAL AINDA 
EM VIDA? 
↪ Através das alterações circulatórias. 
 
 O prolapso retal que aconteceu enquanto 
animal estava vivo vai ter muita necrose, 
inflamação, hemorragia e edema. 
 
 
 
5. MACERAÇÃO 
↪ Os tecidos vão se fragmentando e as mucosas 
vão se soltando. 
 
 Vai ocorrer mais ou menos entre 36 a 72 horas 
após a morte. 
 
 
 
 
 
6. COLIQUAÇÃO OU LIQUEFAÇÃO 
↪ Liquefação de órgãos parenquimatosos 
 
 Perda progressiva do aspecto estrutura das 
misturas a partir de 7 dias após a morte. 
 
 
 
 
 
Criado por: @bia.navet 
 
 
7. REDUÇÃO ESQUELÉTICA 
↪ Esqueletização: Desintegração de tecidos 
moles.

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