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Anato pato - Progressão neoplásica prof Regiane – 07/08/2021 Metástase Capacidade de uma célula neoplásica maligna de se destacar do seu sítio de origem, segui uma via de disseminação e atingir sítios distantes daquele de origem e desenvolver novo foco de neoplasia Do tumor primário saem céls neoplásicas malignas, encontram uma via de disseminação, se alojam em um novo lugar à tumor secundário Invasão tumoral: céls malignas atingem os tecidos adjacentes Metástase: céls tumorais atingem outras regiões anatomicamente diferentes. Disseminação por contiguidade: Continuação das céls neoplásicas malignas. Ex: neoplasia no esôfago pode ter continuidade para o epitélio do estomago. Não é considerado metástase porque não ocorre por via linfática, nem hematogênica e nem por cavidade. É apenas o crescimento contínuo do tumor. Endometriose: crescimento anormal do endométrio uterino. Pode atingir outras regiões da cavidade pélvica, causando aderência das alças intestinais na parede do abdome. Metástase por via linfática Via preferencial de disseminação inicial de carcinomas metastáticos Segue, regularmente, o padrão de drenagem das cadeias linfáticas locorregionais do tumor primário Linfonodo sentinela – primeiro linfonodo de drenagem da região do tumor primário. Céls tumorais chegam aos linfonodos sentinelas pela linfa. Deixa o linfonodo grande, duro e imóvel. Biopsia de linfonodo sentinela vê se as céls estão agrupadas e presas nesse linfonodo ou se já disseminou. Adenocarcinoma de glândula mamária faz via linfática de disseminação para axila. Linfonodo não é gânglio, tem linfócitos. Gânglio é acúmulo de neurônio no SN periférico. embolização dentro de um capilar linfático metástase linfática – seio subcapsular – linfonodos pequenos interpostos nos vasos linfáticos Cápsula de tecido conjuntivo Seio subcapsular – trabéculas, vasos que recebem a linfa adjacente, esse vasos expandem para dentro das cápsulas, que envolvem os linfonodos. Aglomerados de céls, parte cortical tem linfócitos B. Metástase por via hematogênica Sarcomas metastáticos tem preferência por via hematogênica. Como é mesenquimal = tecido conjuntivo (bem vascularizado), já tem contato com vasos sanguíneos próprios. Também é possível para evadir do sistema imune. disseminação hematogênica Embolia hematogênica – preferencial de sarcomas metastáticos Metástase por implantes cavitarias ou por semeadura carcinoma de mama com metástase no pulmão – disseminação em cavidades, por semeadura Disseminação no peritônio: semeadura de câncer de ovário Entram no líquido e se fixam na cavidade. Células flutuantes se unem e recobre a cavidade. Transelômica = cavidades Principais tumores de disseminação por semeadura No peritônio, origem de câncer de ovário Ex: peritônio, torácica. Generalidades 90% da mortalidade dos pacientes com câncer, por metástase 70% dos pacientes com tumor invasivo apresentam metástase oculta ao Dx Células tumorais atingem a circulação sanguínea todos os dias, porém somente uma pequena parte de céls adquire o potencial metastático (1:10000) Pacientes podem apresentar céls tumorais na corrente sanguínea sem apresentar metástase. Como as células tumorais saem do tumor primário e geram tumores em outros órgãos? População tumoral é bem diversificada, tem céls mais agressivas que outras. Saída dessas céls são pelas vias de disseminação; linfática, Transelômica e hematopoiética. Mecanismos de metástase – cascata de metástase Ativação da cascata de metástase: na massa tumoral, mediada por céls metastáticas da população tumoral primária. Massa tumoral com céls heterogênicas invade os tecidos adjacentes por células que se desprenderam da massa tumoral à formação do microambiente tumoral, possui: macrófagos, fibroblastos e as céls do tumor Células que desprendem não tem microambiente, sai só as células Processo de intravasamento: células que invadiram os tecidos adjacentes, entram no vaso Ocorre degradação da matriz extracelular para essas células entrarem nos vasos à à Invasão no estroma (tecido conjuntivo em volta dos vasos) Perda da adesão célula-célula Degradação da membrana basal Degradação da matriz extracelular Ocorre por ação das metaloproteinases (colagenases, gelatinases e estromelisinas) Há um processo inflamatório no processo de intravasamento. Dois tipos de invasão: Invasão em conjunto: céls tumorais invadem o vaso junto a céls do redor. Logo, céls do estroma entram no vaso Invasão solitária: apenas a célula tumoral invade Sequência: Massa tumoral com microambiente à Deslocamento de céls tumorais à invasão no tecido adjacente (membrana basal + tec conjuntivo) à disseminação à ancoragem (lig de céls tumorais em céls endoteliais) à extravasamento das céls para o estroma O próprio microambiente da massa tumoral é o estímulo para extravasar a um tecido. Transição epitélio-mesenquima (segundo tipo de invasão) Para ocorrer a invasão das céls tumorais, ocorre uma mudança do fenótipo das células do estroma = transição epitélio-mesenquimal Mudança de fenótipo leva a: - Dissociação das junções oclusivas e aderentes - Reorganização do citoesqueleto - Capacidade de migrar e invadir o estroma adjacente Proteínas normais das MEC de junção aderente são dissolvidas: - E-caderina, claudina, ocludinas, citoqueratinas à N-caderina, fibronectina, vimentina, colágeno I/III TIMPs podem inibir o extravasamento das céls tumorais por inibir a metaloproteinases. Ligação das céls tumorais nos sítios de ligações Transição de um fenótipo mais estático para um mais dinâmico Esse tipo de invasão por transição de epitélio é umas forma de metástase comum na disseminação transelômica (por cavidade). Células tumorais metastáticas dentro do vaso: Adesão no endotélio vascular à aumento de permeabilidade. Células metastática pode crescer intravascular e/ou extravasar do vaso e atingir outro tecido Células tumorais saem da corrente sanguínea e atinge outros tecidos Crescimento intraluminal Formação de micro colônias Durante a viagem pela circulação sanguínea ou linfática, as céls tumorais metastáticas podem: Sobreviver a perda de adesão ao substrato sólido Sobreviver a turbulência da circulação Escapar do ataque gerado pelo sistema imune Tumor secundário em outro tecido 1. Angiogênse para suprir o tumor no novo tecido Angiogênse estimulada pela massa tumoral secundária Teorias sobre a metastatização Teoria anatômica / mecânica Células tumorais são retidas sem especificidade no primeiro órgão que encontram pela circulação Frequência de aparecimento das metástases é um processo dependente da sequência do fluxo sanguíneo Ex: tumor de reto colo sigmoide tem metástase para o fígado. Circulação porta recebe drenagem venosa do intestino Teoria semente e solo Células tumorais precisam de órgãos que ofereçam as condições necessárias para sua sobrevivência Processo metastático depende tanto das características das células tumorais como da presença de um solo fértil para seu crescimento (nicho pré-metastático) Genes relacionados a Carcinogênese APC, BRCA, p53, Rb São genes que inibem a proliferação celular Canceres são doença genéticas, mas não necessariamente hereditária. Câncer familiar: apresenta genes específicos, padrão de herança certo. Ex: Síndrome de Li Fraumeni: possui padrão de herança definido, gen p53. Surgimento de mutações hereditárias no p53. Uma das mutações contribui para o surgimento de canceres variáveis. Substâncias que causam danos ao DNA Agentes iniciadores Biológicos, físicos, químicos Alterações moleculares e o câncer Homeostase celular = equilíbrio de reparo do DNA quando há dano no DNA Marcas celulares e moleculares do câncer Escape de destruição autoimuneEvasão de supressores de crescimento Ativação de imortalidade replicativo Inflamação indutora e metástase Instabilidade genômica (fenótipo mutador) Indução à Angiogênse Resistência à morte celular Desregulam de energética celular Categorias de gênese envolvidos nas formações neoplásicas Protoncogenes (aceleradores) - estimula progressão no ciclo celular Ex: ciclina D1, Mdm2, myc, ras C-ERBB2: proteínas que atuam como receptores de fatores de crescimento PDGF: protoncogenes que codificam proteínas que atuam como fatores de crescimento RAS: proteína que atuam como transdutores de sinais Myc: proteínas que vão atuar como fatores de transcrição Oncogenes são protoncogenes que sofreram mutações ativadoras - ganho de função - hiperexpressão Aceleram o processo de desenvolvimento de tumor. Mecanismo de ativação de proto-oncogenes: Proto oncogene à mutação dentro desse gene à oncogene = ativação excessiva das vias de proliferação 1. mutações genicas As mais comuns são as mutações pontuais, ou seja, troca de um par de bases na fita dupla de DNA Causado por agentes químicos Ex: mutação do gene ras, ocorre apenas a troca de um par de bases (mutação ponto) 2. mutações cromossômicas Translocação cromossômica Ex: cromossomo Philadelphia (translocação entre os cromossomos 9 e 22), midifica a expressão da proteína codificada pelo gene ABL Responsável pela leucemia mieloide crônica 3. superexpressão genica Aumento da função de um gene, sem o aumento nº de genes. Ex: HER2, é um receptor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano. Gene HER2, responsável pela produção da proteína HER2 é um proto-oncogene Proteína HER2 transmite sinais que orientam o crescimento celular, ... Genes supressores tumorais Regulam negativamente o ciclo celular, codificam proteínas que inibe a proliferação celular. Mutação no gene supressor de tumor à resulta em proliferação celular descontrolada Mutação somática x germinativa Mutações somáticas não são transmissíveis – esporádico - progênie normal Mutações germinativas podem ser herdadas - progênie com mutação Dois eventos de como ocorrem as mutações Nos tumores hereditários: Mutação é herdada na linhagem germinativa A outra mutação é somática, adquirida ao longo da vida Nos tumores esporádicos: As duas mutações são somáticas e adquiridas ao longo da vida Explica que alguns tipos de câncer podem ser tanto esporádicos quanto hereditários. Ex: polipose adenomatosa familiar, câncer de mama, retinoblastoma Esclarece como algumas doenças hereditárias não se manifestam em todos os indivíduos da família, uma vez que a segunda mutação ocorre ao acaso. Síndrome de Li Fraumeni Possui padrão de herança autossômico dominante caracterizada por casos múltiplos de tumores primário de início precoce. Ex: sarcomas ósseos e de tecidos moles, câncer de tórax, cerebral, leucemia e tumores adrenocorticais Gene TP53 faz parte dos supressores de tumor, porque mutações que inativam esse gene Perspectivas futuras Testes genéticos para avaliar o TP53 durante o pré-natal Inseminação artificial (seleção de embrião) Inserção da análise de TP53 no teste do pezinho - Kit reconhece a mutação da R337H no gene TP53 Funções clássicas da p53 TP53 traduz a proteína p53 Proteína p53 liga-se ao DNA à regula expressão de genes do crescimento celular à interage com proteínas frente a danos no DNA à mediação da apoptose P53 = guardiã do genoma Genes de reparo do DNA Erros durante a replicação do DNA ou induzidos por exposições (UV, gama) Reparo do mau pareamento (MLH1, MSH2) Reparo poe excisão de bases Reparo por excisão de nucleotídeos (Xeroderma pigmentoso) - XP: doença genética não contagiosa – extrema sensibilidade à radiação UV do sol - mutação em genes de reparo - suscetibilidade elevada de desenvolvimentos de câncer de pele e anomalias neurológicas e oftalmológicas Etapas da Carcinogênese Estágio de iniciação: Genes sofrem ação dos agentes cancerígenos à danos no DNA Agentes iniciadores Estágio de promoção: Agentes oncopromotores atuam na célula já alterada - célula iniciada recebe estímulos para divisão Ação de agentes promotores Ativação de oncogenes + inativação de genes supressores à proliferação desregulada Inativação da apoptose à diminuição da morte celular Estágio de progressão Caracterizado pela multiplicação de células Angiogênese no microambiente tumoral Mutações adicionais Escape da imunidade à progressão tumoral à neoplasia maligno à invasão e metástase Carcinogênese química Mecanismos de “defesa” Detoxificação: tentativa de excretar via urinária do carcinógeno Reparo do DNA à célula normal Ausência de reparo do DNA à apoptose Mecanismos de defesa acima não dão certo = lesão de DNA permanente, célula iniciada Proliferação celular à clones pré neoplásicos à proliferação + mutações à neoplasia maligna Conclusão sobre as céls cancerígenas 1. crescem quando não deveriam – mudança no metabolismo de fosforilação oxidativa para glicólise aeróbica 2. entram em divisão celular quando não deveriam 3. sobrevivem e proliferam em sítios estranhos (formam metastaase) 4. apresentam respostas anormais, sobrevivem em condições de estresse que iriam bloquear ou matar células normais. São céls menos propensas à morte por apoptose do que céls normais 5. geneticamente e epigeneticamente instáveis 6.
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