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ADAPTAÇÕES CELULARES (Patologia Geral)

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1 Brenda Araújo (@brendaraujo____) – Odontologia, UFPE 
Processos Patológicos Gerais 
A D A P T A Ç Õ E S C E L U L A R E S 
 
→ Células lábeis: continuam a se multiplicar 
durante a vida toda. São tipos celulares que o 
núcleo se divide de forma rápida e com 
extrema facilidade, como é o caso das células 
do epiteliais, hemácias, espermatozoides, etc. 
→ Células estáveis: normalmente não se 
dividem, contudo têm a capacidade de se 
proliferar quando estimuladas, como é o caso 
das células das glândulas (fígado, pâncreas, 
salivares, endócrinas, etc.) e as células 
derivadas do mesênquima como fibroblastos, 
osteoblastos, etc. 
→ Células permanentes: não possuem a 
capacidade de se dividir, como os neurônios e 
as células musculares. Em casos de 
reconstrução original de uma área lesada com 
células permanentes, ocorrerá à substituição 
delas por tecido conjuntivo. 
Obs.: Células lábeis e estáveis podem sofrer 
adaptação! 
 
→ Adaptação: capacidade das células, dos 
tecidos ou do próprio indivíduo de, frente a um 
estímulo, modificar suas funções dentro de 
certos limites (faixa da normalidade), para 
ajustar-se às modificações induzidas por ele. 
→ Estresse: resposta adaptativa inespecífica, 
geral e sistêmica que o organismo monta frente 
a diferentes agressões por agentes físicos, 
químicos, biológicos ou emocionais. 
→ Lesão ou processo patológico: conjunto de 
alterações morfológicas, moleculares e/ou 
funcionais que surgem nas células e tecidos 
após agressões. 
- As alterações moleculares, que muitas vezes 
se traduzem rapidamente em modificações 
morfológicas, podem ser detectadas por 
métodos bioquímicos e de biologia molecular. 
- Os distúrbios funcionais se manifestam por 
alterações da função de células, tecidos, 
órgãos ou sistemas e representam os 
fenômenos fisiopatológicos. 
 
 
- Toda lesão se inicia no nível molecular. As 
alterações morfológicas celulares surgem em 
consequência de modificações na estrutura 
da célula. 
→ Proliferação e diferenciação celulares: 
processos complexos controlados por um 
sistema integrado que mantém a população 
celular dentro de limites fisiológicos. Alterações 
no processo regulatório resultam em distúrbios 
de proliferação e/ou diferenciação. 
- Qualquer que seja a sua natureza, a ação dos 
agentes agressores se faz por dois mecanismos: 
(1) ação direta, por meio de alterações 
moleculares que se traduzem em modificações 
morfológicas; (2) ação indireta, por intermédio 
de mecanismos de adaptação que, ao serem 
acionados para neutralizar ou eliminar a 
agressão, induzem alterações moleculares que 
resultam em modificações morfológicas. 
- Os mecanismos defensivos em geral são 
destinados a destruir invasores vivos, os quais 
são formados por células semelhantes às dos 
tecidos. Assim, a resposta defensiva 
(adaptativa) que o agente agressor (ex.: um 
 
2 Brenda Araújo (@brendaraujo____) – Odontologia, UFPE 
microrganismo) estimula é potencialmente 
capaz de lesar também as células do 
organismo invadido  a reação inflamatória é 
um exemplo comum e muito frequente. Nela, 
os leucócitos são mobilizados por agressões 
diferentes, porque muitos deles são células 
fagocitárias, especializadas em matar 
microrganismos e em fagocitar tecidos lesados 
para facilitar a reparação ou a regeneração. 
Então, quando são estimulados, podem 
também produzir lesão nos tecidos. 
- A lesão celular é reversível até um certo 
ponto, mas se o estímulo persistir ou for intenso 
o suficiente desde o início, a célula sofre lesão 
irreversível e, finalmente, morte celular (necrose 
ou apoptose). 
►
- A capacidade de uma dada célula em se 
adaptar às condições que lhe são impostas 
depende do tipo de estímulo, sua intensidade, 
duração e dos graus de diferenciação e 
especialização celulares. 
➞ Alterações do volume celular 
- Diminuição do volume de uma célula que 
ocorre quando esta sofre agressão que resulta 
em diminuição da nutrição e do metabolismo 
necessário para renovação de suas estruturas. 
→ Hipotrofia fisiológica: um exemplo comum é 
o que ocorre na senilidade – processo 
patológico de envelhecimento – e leva à 
redução das atividades metabólicas de todos 
os órgãos e sistemas corporais, diminuindo seu 
funcionamento. Como afeta todo o indivíduo, 
não há prejuízo funcional importante. Ex.: 
hipotrofia do útero após o parto. 
 
→ Hipotrofia patológica: pode ser localizada ou 
generalizada e é resultado de fatores como a 
(1) deficiência de nutrição grave e 
prolongada; (2) desuso; (3) compressão 
(pressão exercida por uma lesão expansiva, 
como tumores); (4) obstrução vascular 
(diminuição do fornecimento de O2 e 
nutrientes); (5) substâncias tóxicas que 
bloqueiam sistemas enzimáticos e a produção 
de energia pelas células; (6) redução de 
hormônios; (7) perda de estimulação nervosa; 
e (8) inflamações crônicas. 
- A redução da disponibilidade de nutrientes na 
restrição proteico-calórica pode gerar 
hipotrofia generalizada. Sob inanição, o 
organismo, inicialmente, faz uso do tecido 
adiposo para suprir suas demandas 
energéticas, reduzindo o volume dos 
adipócitos. 
- Em períodos prolongados de restrição 
alimentar, o organismo ativa vias energéticas 
metabólicas que utilizam aminoácidos livres, 
gerados por degradação de proteínas em 
diferentes tecidos, notadamente o muscular 
(hipotrofia muscular). 
- Quando uma célula recebe estímulo acima 
do normal, aumentando a síntese de seus 
constituintes/metabolismo e o seu volume, tem-
se hipertrofia. Para que isso ocorra, é 
necessário que (a) o fornecimento de O2 e de 
nutrientes supra o aumento de exigência das 
células; (b) as células tenham suas organelas e 
sistemas enzimáticos íntegros, uma vez que 
células lesadas (degeneradas) não 
conseguem hipertrofiar-se como as células 
normais; (c) haja inervação, já que as células 
cuja atividade depende de estimulação 
nervosa só podem hipertrofiar se a inervação 
estiver preservada. 
- Células capazes de divisão podem responder 
ao estresse submetendo-se a hiperplasia e 
hipertrofia, enquanto em células que não se 
dividem (p. ex., fibras miocárdicas) o aumento 
da massa tecidual é devido à hipertrofia. 
Embora hiperplasia e hipertrofia sejam 
processos diferentes, frequentemente elas 
ocorrem juntas e podem ser induzidas pelos 
mesmos estímulos externos. 
 
3 Brenda Araújo (@brendaraujo____) – Odontologia, UFPE 
→ Hipertrofia fisiológica: ocorre em certos 
órgãos e em determinadas fases da vida como 
fenômenos programados, como a hipertrofia 
da musculatura uterina na gravidez. 
→ Hipertrofia patológica: não é programada e 
surge por estímulos variados, por exemplo: (1) 
hipertrofia do coração (decorrente de 
hipertensão); (2) hipertrofia da musculatura 
esquelética (excesso de esforço físico); (3) 
hipertrofia da musculatura lisa da parede de 
órgãos ocos, devido obstruções; (4) hipertrofia 
de neurônios; e (5) hipertrofia de hepatócitos. 
Ex.: hipertrofia muscular esquelética. 
 
- Tecidos e órgãos hipertróficos tornam-se 
aumentados de volume e de peso, por 
aumento volumétrico de suas células. A 
arquitetura básica do órgão mantém-se 
inalterada, eleva-se o fluxo de sangue e de 
linfa. 
- Em alguns casos, o estímulo que leva a 
hipertrofia causa também aumento do 
material genético, podendo haver poliploidia 
(em células que não se dividem) ou 
multiplicação celular (em células capazes de 
proliferar). 
- A hipertrofia é reversível, ou seja, cessado o 
estímulo, a célula volta ao normal. Em órgãos 
hipertróficos e hiperplásicos, a apoptose de 
células em excesso reduz a população celular 
aos níveis normais. O útero, por exemplo, após 
o parto, readquire suas dimensões normais por 
apoptose de leiomiócitos (células que formam 
o tecido muscuar liso) proliferados e por retorno 
ao volume normal dos que se hipertrofiaram. 
➞ Alteraçõesda taxa de divisão 
celular 
- Hipoplasia é a diminuição da taxa de 
proliferação celular de um tecido, de um 
órgão ou de parte do corpo. A região afetada 
é menor e menos pesada que o normal, mas 
conserva o padrão arquitetural básico. 
- O termo atrofia é mais comum e é utilizado 
quando há redução do tamanho de um órgão 
ou tecido que resulta da diminuição do 
tamanho e do número de células. 
→ Hipoplasia fisiológica: os exemplos mais 
comuns são a involução do timo a partir da 
puberdade, a diminuição do útero logo após o 
parto, a diminuição das gônadas no climatério 
– transição fisiológica do período reprodutivo 
para o não reprodutivo na mulher. Na 
senilidade, tem-se a atrofia de alguns órgãos, 
por aumento de apoptose. O envelhecimento 
é acompanhado de doenças sistêmicas que 
podem ocasionar hipoplasias secundárias, 
como no SNC por doenças 
neurodegenerativas (Alzheimer). 
 
→ Hipoplasia patológica: pode ser local ou 
generalizada. Redução da carga de trabalho 
(atrofia de desuso), perda da inervação 
(atrofia por desenervação), diminuição do 
suprimento sanguíneo, nutrição inadequada, 
perda de estimulação endócrina e pressão são 
algumas das causas mais comuns. Como 
exemplo, tem-se: a diminuição da produção 
de células pela medula óssea provocada por 
agentes tóxicos ou por infecções. Outra 
hipoplasia importante é de órgãos linfoides na 
AIDS ou em consequência de destruição de 
linfócitos por corticoides. 
- As hipoplasias patológicas podem ser 
reversíveis, exceto as anomalias congênitas. Tal 
como ocorre na hipotrofia, as consequências 
 
4 Brenda Araújo (@brendaraujo____) – Odontologia, UFPE 
da hipoplasia dependem de sua localização e 
sua intensidade. Muitas vezes hipotrofia 
(redução volumétrica de células) e 
hipoplasia/hipotrofia (redução numérica de 
células) andam juntas. 
- Consiste no aumento no aumento da taxa de 
divisão celular de um órgão ou de parte dele, 
por aumento da proliferação e/ou por 
diminuição de apoptose. Esse processo é 
desencadeado por agentes que estimulam 
funções celulares – também é uma forma 
adaptativa das células a sobrecarga de 
trabalho – e só acontece em órgãos que 
contêm células com capacidade replicativa. 
Como na hipertrofia, o órgão afetado fica 
aumentado de volume e de peso (por causa 
do maior número de células). 
- Em órgãos com hiperplasia, ocorrem aumento 
na síntese de fatores de crescimento e de seus 
receptores, além de ativação de rotas 
intracelulares de estímulo para a divisão 
celular. Assim como na hipertrofia, é necessário 
ter suprimento sanguíneo suficiente, 
integridade morfofuncional das células e 
inervação adequada para a hiperplasia 
aconteça. É comum um órgão apresentar 
hipertrofia e hiperplasia, pois uma mesma 
causa pode desencadear os dois eventos. 
→ Hiperplasia fisiológica: os principais tipos são 
as compensatórias à estimulação hormonal, 
como no útero durante a gravidez ou nas 
mamas na puberdade ou na lactação. Outro 
exemplo é a que acontece no rim após 
nefrectomia ou lesões graves do outro rim. 
Neste caso, o rim não comprometido 
apresenta hiperplasia e hipertrofia de suas 
células e sofre aumento de peso e de volume. 
Na hiperplasia compensatória, que também 
uma forma de regeneração, geralmente 
coexiste hipertrofia celular. Ex. do rim: 
 
→ Hiperplasia patológica: a causa mais 
conhecida é a hiperestimulação hormonal. 
Quando existe hiperfunção da hipófise, por 
exemplo, todas as glândulas-alvo dos 
hormônios produzidos em excesso entram em 
hiperplasia. As inflamatórias também são 
patológicas. Em alguns casos, há liberação 
excessiva de fatores de crescimento e 
proliferação celular exagerada, ocorrendo 
hiperplasia do epitélio ou do tecido conjuntivo. 
Ex. de próstata com hiperplasia: 
 
Por se acompanharem de aumento da 
reprodução celular, muitas hiperplasias 
patológicas são consideradas lesões 
potencialmente neoplásicas, já que nelas o 
risco de surgir um tumor é maior do que em 
tecidos normais. 
➞ Alterações da diferenciação 
celular 
- Metaplasia significa mudança de um tipo de 
tecido adulto (epitelial ou mesenquimal) em 
outro da mesma linhagem: um tipo de epitélio 
transforma-se em outro tipo epitelial; um 
epitélio, porém, não se modifica em tecido 
mesenquimal. Esse processo resulta da 
inativação de alguns genes (cuja expressão 
define a diferenciação do tecido que sofre 
metaplasia) e desrepressão de outros (que 
condicionam o novo tipo de diferenciação). 
Em alguns processos de reparo e regeneração, 
células epiteliais podem diferenciar-se em 
fibroblastos (transdiferenciação). 
- Metaplasia é um processo adaptativo 
reversível que surge em resposta a várias 
agressões e, como regra geral, o tecido 
metaplásico é mais resistente a elas. No 
entanto, este pode resultar em menor 
proteção ao indivíduo: no caso de indivíduos 
 
5 Brenda Araújo (@brendaraujo____) – Odontologia, UFPE 
tabagistas, a inalação da fumaça do cigarro 
ocasiona agressões nas vias aéreas, com 
destruição das células nos tecidos expostos da 
cavidade oral, da laringe, dos brônquios e de 
suas ramificações da intimidade do pulmão, 
até os espaços alveolares. Além da agressão 
química propriamente dita, a fumaça chega 
aos pulmões em temperaturas que alcançam 
200ºC, às quais as células não sobrevivem 
quando diretamente expostas. 
Adicionalmente, o material particulado faz 
atrito com a superfície mucosa provocando 
abrasão. O conjunto dessas agressões causa 
morte celular e ativação dos mecanismos de 
regeneração e reparo teciduais, 
acompanhado de resposta inflamatória 
crônica. Nesse processo, ocorre substituição do 
epitélio pseudo-estratificado ciliado dos 
brônquios por epitélio pavimentoso 
estratificado. 
 
- Os exemplos de metaplasia mais comuns são: 
(1) agressões mecânicas repetidas, como as 
provocadas por próteses dentárias mal 
ajustadas no epitélio da gengiva ou da 
bochecha; (2) irritação por calor prolongado, 
como a causada no epitélio oral e do esôfago 
por alimentos quentes; (3) irritação química 
persistente, como acontece com a fumaça do 
cigarro na mucosa respiratória; (4) inflamações 
crônicas, como nas mucosas brônquica e 
gástrica ou no colo uterino. 
➞ Alterações da proliferação e 
da diferenciação celulares 
- Quando há proliferação celular e redução ou 
perda de diferenciação, tem-se a displasia. A 
proliferação celular autônoma, em geral 
acompanhada de perda ou redução da 
diferenciação, é chamada neoplasia. 
- É importante lembrar que diferenciação e 
proliferação celular são variáveis biológicas 
inversamente proporcionais. Tecidos 
submetidos à agressão crônica sofrem perda 
de suas células, que são repostas graças aos 
estímulos que a morte celular causa 
localmente nas células-tronco sobreviventes. 
Esses estímulos para a proliferação celular 
persistem enquanto perdurarem a agressão e 
a morte celular, diminuindo gradativamente 
depois de cessada a agressão e restabelecida 
a celularidade normal do tecido. Entretanto, 
em períodos prolongados de agressão, células 
expostas à estimulação constante para se 
dividirem, tornam-se mais suscetíveis a 
apresentar alterações genéticas e se tornarem 
instáveis, essencialmente pela ineficiência de 
reparo do genoma celular ou mesmo lesão 
direta no DNA pelo agente agressor 
(genotóxico). Associada à proliferação celular, 
a instabilidade genética que se instala e tende 
a progredir com o tempo prejudica a 
diferenciação das novas células formadas, de 
modo que estas deixam de adquirir suas 
características de especialização. 
- O epitélio displásico é caracterizado por 
perda da uniformidade das células epiteliais e 
organização arquitetural. Células displásicas 
apresentam pleomorfismo celular, aumento no 
tamanho do núcleo proporcionalmente ao 
citoplasma, hipercromasia nuclear e perda da 
polaridade. As figuras mitóticas sãofrequentes 
e numerosas em áreas de displasia e em 
localizações anormais do epitélio (não estão 
confinadas à camada basal). A organização 
arquitetural é perdida, o arranjo em camadas 
dos tecidos epiteliais estratificados não é 
evidenciado. 
- Muitas vezes, displasias estão associadas a 
metaplasia ou se originam nela. As mais 
importantes são displasias de mucosas, como 
do colo uterino, de brônquios e gástrica, pois 
muitas vezes precedem os cânceres que se 
formam nesses locais. Nem sempre uma 
displasia progride para câncer, já que pode 
estacionar ou até mesmo regredir. Porém, 
 
6 Brenda Araújo (@brendaraujo____) – Odontologia, UFPE 
quanto mais grave a displasia, maior o risco de 
sua evolução para um câncer. 
METAPLASIA DISPLASIA 
 
- Displasia, é um processo mais complexo e 
com mais alterações na expressão de genes 
que regulam a proliferação e a diferenciação 
das células, razão pela qual muitas displasias 
são consideradas lesões pré-cancerosas. 
- Um exemplo desse tipo de distúrbio é a 
displasia intra-epitelial cervical/displasia do 
colo do útero, que consiste no 
desenvolvimento de células anormais na parte 
estreita do útero de uma mulher (colo). 
Costuma ser causada pelo papiloma vírus 
humano (HPV) e pode levar ao câncer se não 
for tratada. 
 
 
Obs.: Algumas fontes podem resumir os 
processos hipoplásicos e hipotróficos ao 
atrofismo. 
 
BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo Patologia. 9ª 
edição. Editora Guanabara Koogan, Rio de 
Janeiro, 2016. 
KUMAR, V., ABBAS, A.K., FAUSTO, N., ASTER, J.C. 
Robbins & Cotran Patologia: Bases Patológicas 
das Doenças. 8ª edição. Elsevier, Rio de 
Janeiro, 2010.

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