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Disturbio circulatório- hemorragia, isquemia e infarto

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D I S T Ú R B I O H E M O D I N Â M I C A 
Hemorragia, Isquemia e Infarto  
  
Definição de hemorragia: saída do sangue do espaço vascular para o compartimento                        
extravascular (hemácias fora dos vasos sanguíneos- não importa como saiu).  
Podem ter diversas causas, como:  
- Traumatismo  
- Rupturas  
- Cirurgia  
  
Mecanismo das hemorragias: ocorre quando há uma ruptura da parede vascular ou do                           
coração, com saída do sangue em jato   
  
Patogênese das hemorragias:  
  
1. Diabrose:   
Decorre da digestão química da parede do vaso                
sanguíneo. Ocorre em situações, como: úlceras,            
pancreatites, necrose liquefativa/caseosa.  
  
2. Diapedese:  
É a que se manifesta sem aparente solução de                  
continuidade da parede do vaso. As hemácias saem de                  
capilares ou vênulas individualmente entre as células              
endoteliais, com afrouxamento da membrana basal. As principais causas são a inflamação                        
e a congestão prolongada.  
  
Pode acontecer decorrente também alteração na coagulação sanguínea (deficiências                  
congênitas de fatores de coagulação, deficiências adquiridas de fatores de coagulação,                      
coagulação de consumo ou hemorragias por excesso de anticoagulantes endógenos) ou                      
por alterações quantitativas ou qualitativas de plaquetas (aplasia e infiltração                    
neoplásica da medula óssea, síndrome mielodisplásica, hiperesplenismo, medicamentos,                
autoanticorpos e próteses valvares).  
  
3. Diátese hemorrágica  
Define como a tendência a sangramento sem causa aparente ou hemorragia mais                        
intensa ou prolongada após traumatismo.  
 
 
Deve-se a anormalidade da(o): parede vascular (genética, vit C, idosos ,imunocomplexos,                      
amiloides), plaqueta (produção diminuída ou aumento da desnaturação), sistemas de                    
coagulação e fibrinólise.  
  
Locais de extravessamento:   
Pode obter várias classificações, como:  
Quanto ao meio - EXTERNA: extravasa para o meio externo (ex: sangramento em pele dos                              
membros ou das faces)  
  
  
Quanto ao meio de extravasamento - INTERNA COM FLUXO                  
EXTERNO: extravasa para o lúmen de vísceras ocas e pode ser                      
visualizado direta ou indiretamente.   
  
  
Quanto ao meio de extravasamento - INTERNA OCULTA:                
extravasa para o interstício ou parênquima de vísceras e para o                      
interior de cavidades anatômicas. Ex: sangramento em cavidade peritoneal, pericárdica ou                      
interstício de vísceras.   
  
Tipos:  
Petéquias: Consistem em pequenas hemorragias, e se              
apresentam em pequenos “pontinhos” hemorrágicos, que            
medem cerca de 1 a 2mm. As petéquias se formam por                      
diapedese, ou seja, não há lesão no vaso, geralmente as hemácias                      
fluem pela parede intacta do vaso.   
  
Púrpuras: São pontos hemorrágicos maiores que as petéquias,  
chegam a cerca de 1cm. Também ocorre por diapedese, mas  
podem ocorrer também por reunião de petéquias.  
 
 
  
Equimose: Ao contrário das anteriores, ocorre por ruptura de  
vaso (pode ser gerada por traumatismos ou por  
enfraquecimento da parede vascular, por exemplo), e então há  
o extravasamento do sangue para fora do vaso. A equimose se  
apresenta em manchas planas, difusas e irregulares, é  
conhecida como hemorragia em lençol, justamente por não  
provocar elevação no local.  
  
 
 
Hematoma: ocasionado por ruptura de vaso. Ocorre um acúmulo (coleção) de sangue no                          
tecido, formando uma elevação, um alto relevo. Uma causa importante de hematomas é o                            
pós-operatório imediato (poucas horas após o procedimento cirúrgico), por exemplo.                    
Pode ser necessário remover os hematomas, dependendo do tamanho e da localização ,                          
podendo ser removido por uma cirurgia simples ou aguardar alguns dias e realizar o                            
esvaziamento com uma agulha.  
Apoplexia: ocorre também por ruptura de vaso, levando ao                  
extravasamento de sangue. Ocorre em duas situações: quando há uma                    
grande hemorragia no organismo ou quando há qualquer hemorragia                  
a nível cerebral (desde uma hemorragia mínima).  
 
  
  
  
Diferenças quanto ao tipo de vaso   
  
  
  
Quando a lesão ocorre em capilares e arteríolas, a hemorragia costuma ser menor, de fácil                              
controle, no entanto, o comprometimento de grandes artérias e vasos podem causar                        
grande perda de sangue, o qual pode se acumular no tecido subcutâneos e cavidades do                              
corpo, como também pode extravasar para fora do corpo.  
  
Isquemia:    
É a falta de fornecimento sanguíneo para um tecido devido a obstrução causada por um                              
trombo, seja ele formado por placas gordurosas ou por coágulos sanguíneos.  
  
Infarto:  
Um infarto é definido como uma área de necrose isquêmica causada pela falta de                            
suprimento arterial ou drenagem venosa. Pode acometer qualquer tecido do corpo,                      
porém os infartos mais comuns são do miocárdio e cerebral.  
Normalmente os infartos são causados pela oclusão arterial trombótica ou embólica, mas                        
também podem ser causados por vasoespasmo, rompimento de placa de ateroma e                        
tumores (compressão extrínseca do vaso).  
  
Os infartos são classificados de acordo com a cor e presença ou ausência de infecção.                              
Assim, eles podem ser:   
 
 
1. vermelhos (hemorrágicos): são causados por oclusões venosas; em tecidos frouxos                    
onde o sangue pode se acumular na região infartada; em tecidos com circulação                          
dupla, como o pulmão, pois isso permite o fluxo sanguíneo de um vaso paralelo                            
desobstruído; na zona necrótica; em tecidos congestionados pelo fluxo venoso                    
lento; e quando o fluxo é restabelecido em um local de necrose ou que estava                              
ocluído. Esses infartos são mais frequentes no pulmão, onde aparecem                    
macrófagos carregados de hemossiderina.  
  
2. brancos (anêmicos): podem ser sépticos e/ou assépticos e ocorrem com oclusões                      
arteriais em órgãos sólidos que possuem circulação arterial terminal, como                    
coração, baço e rim, e onde a densidade do tecido limita a entrada de sangue dos                                
leitos capilares próximos à área necrótica.  
  
Os infartos sépticosocorrem quando as vegetações das válvulas cardíacas infectadas                      
embolizam ou quando microorganismos se instalam no tecido necrótico. Esses infartos                      
são substituídos por abscessos, acompanhado de reação inflamatória mais vigorosa. A                      
característica histológica do infarto é a necrose coagulativa isquêmica.  
  
Nas margens do infarto se inicia uma inflamação aguda em poucas horas, que se de-  
fine dentro de 2 dias, e normalmente essa inflamação é acompanhada por mecanismos                          
de reparo. A maioria dos infartos são substituídos por cicatriz(áreas de fibrose), com                          
exceção do cérebro, onde o infarto causa necrose liquefativa.  
  
Os principais fatores que causam infarto são:  
● A natureza do suprimento vascular: a falta de circulação colateral determina o                        
quanto de dano a oclusão do vaso irá causar. Os pulmões, por exemplo, são mais                              
protegidos de um infarto causado por trombo, pois apresentam duplo suprimento                      
arterial (pulmonar e brônquico).  
  
● A taxa de desenvolvimento da oclusão: as oclusões de desenvolvimento lento têm                        
menor probabilidade de provocar infarto, pois seu crescimento permite que haja                      
tempo para que se desenvolva circulação colateral alternativa, promovendo fluxo                    
sanguíneo ainda que o vaso principal esteja obstruído.  
  
● A vulnerabilidade à hipóxia: quando privados de oxigênio por mais de 4 minutos                            
os neurônios sofrem danos irreversíveis. As células miocárdicas são mais                    
resistentes à hipóxia, sobrevivendo até 30 minutos em isquemia, e após esse                        
tempo os fibroblastos ainda estão ativos, visto que participam do processo de                        
cicatrização da área infartada.  
  
● Teor de oxigênio sanguíneo: a obstrução parcial de um vaso menor, que não                            
causaria problemas em indivíduos normais, pode provocar infarto em paciente

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