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Natureza da queixa acuidade, gravidade, localização, radiação, duração, padrão e relações com alimentos/ movimentos intestinais; Avaliar última ingestão alimentar, histórico de medicamentos e infecções prévias; Sintomas sistêmicos febre, perda de peso, artralgias, fadiga, fraqueza e erupções na pele; Sinais de alerta: o Anorexia; o Anemia; o Sangue nas fezes; o Disfagia; o Febre; o Hepatomegalia; o Dor que acorda o paciente; o Perda ponderal; o Idade > 50 anos; Sintomas agudas que precisam de avaliação urgente = dor abdominal severa, sangramento GI visível (hematêse, melena, ou hematoquezia) e vômitos e diarreias severos com sinais de desidratação; Em pacientes com sintomas crônicos, perguntar o motivo da procura (pode incluir doença grave subjacente); Alimentação: o Para sintomas agudos: perguntar alimentos ingeridos nas últimas 24-48h; o Para sintomas crônicos: lembrar refeições de mais de 2 dias, tentar prever dieta do paciente, ver perda de peso; Observar quantidade e consistência dos movimentos intestinais; Verificar se há sinais de sangramento ou de colite (sangue, muco ou pus); Avaliar condições que podem piorar quadro clínico: o Diabetes; o Disfunção da tireoide; o Insuficiência cardíaca; o Doença vascular periférica; o Hipertensão portal ou outra doença hepática crônica; o Doença de Parkinson; o Distúrbios neuromusculares; o Distúrbios reumatológicos; Observar medicações; Obter histórico de emprego, uso de álcool (pirose, diarreia, doença hepática e diarreia) e tabagismo (pirose, úlcera péptica, doença de Crohn e neoplasias); Perguntar componente hereditário doença celíaca, doenças gastrointestinais inflamatórias e neoplasias; Checar sinais vitais; Se tiver febre: o Baixa (<37,5): gastroenterite, apendicite, colite e diverticulite; o Alta (>38,5): sepse, infecções pélvicas ou intra-abdominais (colangite, pielonefrite) ou peritonite; Instabilidade hemodinâmica (hipotensão ou taquicardia) sugere depleção intravascular, sangramento, diarreia grave ou peritonite; IMC < 18 = desnutrição; Sinais de perda de peso: perda de músculo e gordura; Sinais de desnutrição: pele seca ou fina, perda de cabelo, edema, anasarca; Sinais de deficiências de vitaminas: pelagra, escorbuto; Lesões na pele podem dar dicas de condições sistêmicas: o Doença hepática (icterícia, telangiectasia aracneiforme, eritema palmar); o Doença intestinal inflamatória (eritema nodoso, pioderma gangrenoso); o Doença celíaca (dermatite herpetiforme); o Vasculite e malignidades GIs raras, síndrome polipoide e tumores endócrinos pancreáticos; Exame oral busca candidíase mucocutânea (imunossupressão), ulcerações (doença intestinal inflamatória, vasculite, infecção viral ou deficiências de vitamina) e queilite angular ou glossite (deficiências de vitaminas); Examinar linfonodos quando houver suspeita de infecção sistêmica ou malignidade avançada; Avaliar fatores de risco que podem atrapalhar endoscopia insuficiência respiratória e insuficiência cardíaca; Avaliar edema e pulsos periféricos nas extremidades; Na inspeção, observar: o Cicatrizes (devido a cirurgias anteriores ou trauma); o Assimetria (sugerindo massa ou organomegalia); o Distensão (devido à obesidade, ascite ou íleo ou obstrução intestinal); o Veias periumbilicais proeminentes (sugerindo hipertensão portal); o Hérnias (umbilicais, ventrais, inguinais); Ausculta dos sons intestinais para avaliar a motilidade intestinal; A percussão para denotar as áreas de macicez, timpanismo e doloridas; A palpação para detecção de resistência muscular (proteção), sensibilidade abdominal e massas superficiais da parede abdominal; o A palpação mais profunda dos órgãos abdominais pode detectar massas maiores ou anormais devem ser avaliadas quanto ao tamanho, localização, mobilidade, conteúdo (líquido, sólido ou ar) e presença ou ausência de sensibilidade; OBS: As massas superficiais = hérnias, linfonodos, abscessos subcutâneos, lipomas e hematomas. Massas abdominais profundas = neoplasias (fígado, vesícula biliar, pâncreas, estômago, intestino, rim), abscessos (apendicite, diverticulite, doença de Crohn) ou aneurismas aórticos; Examinar quadrante superior direito para avaliar o fígado avaliar tamanho, contorno, textura e sensibilidade; Examinar quadrante superior esquerdo para detectar esplenomegalia; o Percussão próxima a 10ª costela pode detectar macicez esplênica; Verificar presença de ascite percussão dos flancos; Exame digital deve ser realizado apenas em pacientes com sintomas perianais ou retais, incontinência, dificuldade de defecação, suspeita de doença intestinal e dor abdominal aguda; Inspecionar se há manchas, erupções, fístulas, fissuras, marcas na pele, hemorroidas externa e interna na região perianal; Avaliar canal anal quanto ao tônus de repouso e esforço voluntário; 1. Teste de sangue Hemograma completo, testes hepáticos, químicas séricas e, em alguns casos, enzimas pancreáticas e marcadores de inflamação; Principal causa de anemia crônica ou aguda do GI são doença intestinal inflamatória, má absorção de nutrientes (folato, ferro ou vitamina B12) e doença hepática crônica; A microcitose sugere deficiência de ferro pode ser atribuída à má absorção de folato ou vitamina B12; Contagem de plaquetas: o Elevada inflamação crônica ou perda sanguínea GI com produção de medula compensatória; o Baixa hipertensão portal com sequestro esplênico; O baixo nível de albumina sérica pode ser causado por distúrbios GI crônicos que resultam em perda de peso, má absorção de nutrientes, inflamação crônica, perda de proteína ou diminuição da síntese hepática; A amilase sérica e lipase são obtidas para triagem de pancreatite em pacientes com dor abdominal aguda; Os altos níveis de marcadores inflamatórios, como a taxa de sedimentação de eritrócitos elevada, bem como proteína‑C reativa, não são específicos; A ferritina sérica menor em pacientes com perda sanguínea GI crônica ou má absorção intestinal (p. ex., doença celíaca); Distúrbios de má absorção que resultam em esteatorreia podem causar deficiências nas vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K); 2. Teste de fezes O teste de sangue oculto nas fezes é útil para avaliar a anemia por deficiência de ferro e perda sanguínea GI aguda ou crônica; Em pacientes com diarreia aguda avaliação dos leucócitos fecais, cultura dos patógenos e teste de parasitas; O diagnóstico de um distúrbio GI funcional é feito após distúrbios orgânicos terem sido excluídos; Posteriormente, a ênfase deve mudar para encontrar a “causa” de sintomas para programar tratamento e comportamentos adaptativos bem‑sucedidos. OBS: endoscopia e radiologia são muito utilizados também. 1. Fisiopatologia Dor visceral: vaga, opaca e difusa; o Estimulação das vísceras abdominais ocas fibras aferentes esplâncnicas da parede muscular, peritônio e mesentério; o Os nervos são frouxamente organizados; o Estruturas do intestino proximal (estômago, duodeno, fígado e pâncreas) causam dor abdominal na porção superior do abdome; o Estruturas do intestino médio (intestino delgado, cólon proximal e apêndice) causam dor periumbilical; o Estruturas do intestino distal (cólon distal e aparelho geniturinário) causam dor abdominal baixa; o Sintomas secundários ao estimulo autonômico: náuseas, vômitos, sudorese e palidez; o A maior parte das dores viscerais são constantes; o Paciente se movimenta e tenta evacuar para aliviar sintomas. Dor somática: forte e bem localizada: o Vem do peritônio parietal, o qual é inervado por nervos somáticos que respondem à irritação secundária a processos infecciosos, químicos ou inflamatórios; Dor referida:é percebida em locais distantes de sua origem resultante da convergência de fibras nervosas na medula espinal; o Dor escapular decorrente de cólica biliar; o Dor inguinal decorrente de cólica renal; o Dor em ombro secundária a sangue ou inflamação irritando o diafragma; 2. Histórico Determinar curso da duração, característica, localização e padrão da radiação da dor; Dor severa repentina ruptura esofágica, úlcera péptica ou víscera perfurada, gestação ectópica rompida, aneurisma aórtico rompido, isquemia mesentérica aguda ou infarto do miocárdio; Dor que progride em 1 ou 2 horas distúrbio inflamatório (colecistite, apendicite, pancreatite), obstrução aguda de víscera e isquemia de órgão; Dor menos grave e de lenta progressão distúrbios de GI superiores, distúrbios intestinais, dist. hepáticos e urinários e infecções ginecológicas; Peritonite = dor localizada e profunda com irritação com atividades e manobras; Dor abdominal + icterícia obstrução hepatobiliar, complicações de colecistite aguda, hepatite aguda ou malignidades hepáticas; o A possibilidade de colangite deve ser considerada e excluída em todos os pacientes com dor abd e icterícia; Hematêmese com dor abdominal superior laceração de Mallory-Weiss, gastrite alcoólica ou úlcera péptica; Hematoquezia com dor abdominal gastroenterite, doença intestinal inflamatória, colite isquêmica e isquemia mesentérica; Hematúria cistite ou cálculo uretral; Nas mulheres, dor abdominal +: o Ausência de menstruação, dor anexial, manchas e cólicas gravidez, gravidez ectópica ou aborto espontâneo; o Dor aguda entre ciclos folículos ovarianos ou corpo lúteo rompido; Dor pélvica + febre + calafrios + prolapso cervical = doença inflamatória pélvica; Procurar condições prévias: síndromes coronarianas agudas, insuficiência cardíaca, pneumonia, empiema, uremia, diabetes com hiperglicemia ou cetoacidose, hipercalcemia ou insuficiência adrenocortical aguda, profiria intermitente aguda, abstinência de narcóticos, picadas de inseto ou répteis e intoxicação por chumbo ou arsênico. 3. Exame Físico Inspecionar o abdome; o Chacoalhar a cama ou tosse podem provocar dor parietal em pacientes. DOR VISCERAL NÃO; Ausculta; o Abdome quieto peritonite e íleo; o Movimentos peristálticos rápidos e altos que ocorrem com dor abdominal obstrução do intestino delgado; Percussão leve pode determinar local de sensibilidade focal, o que sugere peritonite; Palpação com 2 dedos começando onde o paciente relata dor e posteriormente palpação mais profunda de todo o abdome; o Deve incluir canais inguinais, umbigo e cicatrizes cirúrgicas hérnias; o Sensibilidade focal sugere irritação peritoneal; o Pct com muita sensibilidade com distúrbio GI não muito sério é necessário realizar ausculta de sons; o Pct ansiosos: discrepância significativamente na sensibilidade descoberta pelo estetoscópio e pela palpação digital pode ser observada; Realizar exame retal em busca de sangue, abscessos e regiões com hipersensibilidade; Distúrbios que podem ser ignorados nos idosos incluem perfuração intestinal, obstrução intestinal, colecistite, diverticulite, volvo, isquemia mesentérica e aneurisma aórtico abdominal. Em pacientes com doença hepática crônica, a presença de ascite pode mascarar os sinais e sintomas de condições cirúrgicas graves, como colecistite, apendicite e diverticulite. Populações imunocomprometidas podem manifestar poucos achados. Complicações pós‑cirúrgicas podem causar perfuração, infecção ou sangramento podem causar gastrite, isquemia mesentérica não oclusiva ou colecistite acalculosa. Íleo paralítico ou pseudo‑obstrução colônica aguda; o Colite por Clostridium difficile; 4. Diagnóstico Devem passar por hemograma completo; o Leucocitose presente em condições cirúrgicas agudas; o Teste de gravidez em todas mulheres em idade reprodutiva; o Eletrólitos séricos, glicose, nitrogênio-ureia e creatinina avaliar hidratação, condição acidobásica e função renal; o Obter químicas hepáticas e enzimas pancreáticas; o Elevação de aspartato ou de alanina aminotransferase reflete coledocolitíase com obstrução biliar aguda, pancreatite aguda por cálculos biliares ou processo hepatocelular; o Amilase e lipase elevados pancreatite aguda, víscera perfurada ou isquemia mesentérica; o Urinálise pode demonstrar piúria, hematúria ou bacteriúria por cálculos uretrais/ infecções de trato urinário; Exame de imagem: o Ultrassom preferível em distúrbios ginecológicos, em suspeita de gravidez ou de colecistite aguda; o Ultrassom também é utilizada na avaliação no leito em paciente instáveis; o TC com contraste é o método preferível caso paciente esteja estável. 5. Dor abdominal crônica Causas orgânicas medicamentos, úlcera péptica, doença intestinal inflamatória, pancreatite crônica, doença do trato biliar, cânceres do GI e endometriose; Causas por distúrbios funcionais apresentam sintomas antes dos 40 anos; Características alarmantes: o Febre; o Dor grave; o Perda de peso; o Icterícia; o Disfagia progressiva; o Vômito recorrente; o Dor e diarreia noturnas; o Sangue nas fezes. Critérios de ROMA para SII (Síndrome do Intestino Irritável):
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