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Anotações - Substituição dos Manicômios

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Anotações: Substituição dos Manicômios 
A substituição dos manicômios, seria uma nova politica de saúde mental, que tinha como objetivo promover a redução da institucionalização dos pacientes/clientes psiquiátricos de longas datas e para os que ainda precisassem das internações hospitalares, fossem internados, mas em um tempo menor de duração. Além disso, essa política ela é um valioso instrumento de ações de reabilitação psicossocial, porque ela inclui os pacientes na dinâmica da vida diária, nos aspectos econômicos e sociais.
Cronograma da Substituição dos Métodos de Tratamento
Aqui em forma de cronograma, eu organizei por datas, os acontecimentos que serviram de instrumento para a substituição dos manicômios. 
Com a Declaração de Caracas no Brasil e a regulamentação da II Conferência Nacional de Saúde Mental, se firma as primeiras normas federais que regulamentam os serviços de atenção diária, o CAPS - Centro de Atenção Psicossocial - e o NAPS – Núcleo de Atenção Psicossocial – esses 2, vieram com a proposta de ser um serviço de saúde mental que venha substituir o tratamento hospitalar manicomial e também com uma ideia de realizar o tratamento de saúde mental em liberdade, ou seja né, fora dos hospícios. E tudo isso estava acontecendo durante a reforma psiquiátrica – essa reforma que seria novas formas de garantir o respeito a pessoa com sofrimento psíquico, tanto seus direitos como os deveres como cidadão. 
Com isso, a reforma psiquiátrica, solidifica duas leis, Lei Federal N° 10.216, de abril de 2001, baseado na Lei Paulo Delgado que trabalha a: 
· desospitalização dos pacientes, 
· atendimento comunitário 
· respeito a dignidade humana do paciente.
E a outra lei, é a Lei Federal N° 10.708, de julho de 2003, Programa de Volta pra Casa “Bolsa-Auxílio”. Esse programa, ele garante recursos financeiros aos pacientes de longas datas de hospitalização, tendo em vista o retorno do paciente para a família e sociedade.
A Portaria de nº 336, de 2002, estabeleceu os serviços e modelos de assistência social, que são: CAPS I, II e III, CAPSi (Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil) e CAPSad (Centro de Atenção Psicossocial aos Usuários de Álcool e Drogas)
E em 2003, começa o fechamento de vários hospitais psiquiátricos, quando se estabelece esses mecanismos de redução de leitos psiquiátricos e expansão de serviços substitutivos
Aqui, estão os programas que de fato foram importantes nessa substituição dos manicômios. 
Programa Nacional de Avaliação do Sistema Hospitalar/Psiquiatria que avalia a qualidade de assistência dos hospitais psiquiátricos conveniados e públicos existentes na rede de saúde, e que desabona os hospitais avaliados de baixa qualidade. Ou seja, os hospitais estariam sendo avaliados pelos seus serviços, o que de fato, se trataria de uma possível humanização de atenção ao paciente. Porque como esse programa avaliava o tratamento, os responsáveis por esse tratamento, tenderiam a tratar de forma humana né. 
O Programa de Volta para Casa, tem como objetivo reinserir o institucionalizado, socialmente e resgatar a cidadania das pessoas com longa história de internações em hospitais psiquiátricos, através do pagamento mensal de um auxílio-reabilitação pago aos seus beneficiários., que é aquela Lei Federal N° 10.708, dita no cronograma.
Também houve, o Programa Anual de Reestruturação da Assistência Hospitalar Psiquiátrica do SUS, tinha como função e estratégia, reduzir os leitos de macro hospitais, acima de 600 leitos e de hospitais com grande porte 240 a 600 leitos psiquiátricos, fazendo com que diminuísse os leitos e consequentemente evitasse a falta de assistência. Em outras palavras, essa redução de leitos e de recursos gastos nas alas psiquiátricas, além de evitar a falta de assistência, ele teria a intenção de incrementar as ações territoriais e comunitárias na saúde mental, que seria um investimento nos serviços extra-hospitalares, em função da desinstitucionalização. 
Serviços Residenciais Terapêuticos, são casas localizadas no ambiente urbano, que resolvem situações de problemas de moradia das pessoas com graves transtornos mentais, principalmente daqueles que foram retirados dos hospitais psiquiátricos, com auxílios para o processo de construção progressiva de autonomia, como também de reintegração na comunidade. Ou seja, eles trabalhavam, na reinserção dessa pessoa na vida em sociedade, já que ela passou muito tempo hospitalizada.

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