Buscar

Semiologia do sistema digestivo -FÍGADO E VIAS BILIARES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FÍGADO E VIAS BILIARES 
Síndrome ictérica: caracterizada por coloração amarelada da esclerótica, mucosas, pele e 
líquidos orgânicos e elevação da bilirrubina no soro para níveis superiores a 2mg/100ml. 
Bilirrubina indireta ou livre ou não 
conjugada: 
Bilirrubina conjugada: 
➔ é derivada do metabolismo da 
hemoglobina. Por ser 
lipossolúvel, causa pouca 
icterícia, geralmente sendo 
percebida somente nas 
escleróticas. 
➔ Tem afinidade com o tc. nervoso 
e pode causar kernicterus no 
recém nascido. 
 
➔ é hidrossolúvel (penetra mais 
facilmente no tecido conjuntivo), 
portanto produz uma icterícia 
muito mais acentuada que a 
produzida pela bilirrubina não 
conjugada. 
 
Todos os líquidos orgânicos podem conter bilirrubina: pleural, ascítico, líquor, sinovial, 
lágrimas, urina, esperma e suor. 
Há dois tipos de causas de icterícia: 
➔ Aumento da bilirrubina não conjugada: 
1. por produção excessiva de bilirrubina em setores distantes do fígado, condição na 
qual a conjugação é incapaz de atender a oferta; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. no nível da membrana, quando o pigmento não pode ser transportado até o 
hepatócito, devido à competição de vários elementos que se ligam à albumina; 
3. no nível do hepatócito, quando houver incapacidade de captar e fixar a bilirrubina 
à ptna Y(ligandina), também por fatores competitivos; 
4. no nível microssomal, quando há defeito ou ausência de enzimas que promovem a 
conjugação, impedindo a transformação de bilirrubina indireta em direta. 
➔ Aumento da bilirrubina conjugada, cujo principal mecanismo é a excreção 
deficiente da bilirrubina, seja de origem intra ou extra-hepática. 
Exame físico: TODA icterícia está presente na esclera (quando apenas a pele está 
amarelada => hipercarotenemia). 
Icterícia verdínica: pele esverdeada devido à oxidação da bilirrubina e acúmulo de 
biliverdina. Cronificação. 
Somente a bilirrubina conjugada é filtrada pelos rins e aparece na urina: espuma 
amarelada. 
➔ Hepatite viral: história epidemiológica pode ser típica. Icterícia, anorexia, febre e 
bom estado geral. 
➔ Cirrose: examinar estigmas da insuficiência hepática, história de etilismo ou 
hepatite. 
➔ Febre e calafrios: colangite e colecistite. 
➔ Esplenomegalia: anemias hemolíticas, hepatopatias agudas, crônicas e neoplasia. 
➔ Hepatomegalia: hepatites, cirroses, carcinomas primários e metastáticos. 
➔ Prurido: comum nas colestases intra e extra-hepáticas. 
➔ Cólicas no quadrante superior direito, vômitos e febre: sugestiva de litíase 
vesicular ou coledociana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ Coledocolitíase: vesícula pode estar palpável na obstrução completa das vias extra-
hepáticas (sinal de Courvoisier-Terrier). 
➔ Carcinoma da vesícula: vesícula palpável, endurada e irregular. 
➔ Anemia: hemolíticas e neoplasias. 
*Sinal de Murphy: vesícula não palpável na presença de dor a palpação do ponto cístico. 
Paciente em decúbito dorsal, o examinador comprime o polegar esquerdo no ponto 
cístico, enquanto a face palmar se apoia sobre o flanco. Pede ao paciente para inspirar 
profundamente, quando ele enche o peito de ar o diafragma empurra o fígado e a 
vesícula. Em caso de dor, o paciente interrompe o movimento respiratório e reclama da 
sensação dolorosa. É comum na colelitíase e na colecistite. 
*Sinal ou regra de Courvoisier-Terrier: Icterícia + vesícula palpável. Ocorre nas neoplasia 
de vias biliares extra-hepáticas - tumores periampulares (principalmente câncer de cabeça 
de pancreas). 
 
Colestase: é uma alteração da secreção biliar hepatocelular, envolvendo todos os 
componentes da bile. É dividida em extra e intra-hepática: 
➔ Colestase intra-hepática: 
Metabólicas: podem ou não ter lesão hepatocelular. 
Ex. de colestase metabólica SEM lesão celular: reação aos anticoncepcionais e esteroides 
anabolizantes; colestase da gravidez, que pode apresentar-se somente com prurido 
(prurido da gravidez) ou com prurido e icterícia; na criança: infecções virais (hepatite, 
células gigantes, citomegalia), metabólicas e atresias intra ou extra-hepáticas. 
Ex. de colestase metabólica COM lesão hepatocitária: hepatites e cirroses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mecânicas: compreende as colestases secundárias à obstáculo ao fluxo biliar intra-
hepático. 
Principais exemplos: cirrose biliar primária(destruição dos ductos biliares, inflamação e 
fibrose periductal); metástases hepáticas (quando grande parte do parênquima está 
invadido e os nódulos tumorais comprimem os ductos biliares); doença de Hodgkin(por 
lesão destrutiva dos ductos biliares, lesão centrolobular e formação de cicatrizes 
fibróticas); câncer da bifurcação do hepático comum(icterícia tem característica de extra-
hepática, com dilatação ductal a montante); atresia dos ductos (intra e/ou extra-
hepática): icterícia desde os primeiros meses de nascimento e pode estar associada à 
cirrose; cálculos intra-hepáticos( icterícia aparece quando numerosos e disseminados). 
➔ Colestase extra-hepática: Não há lesão hepatocitária. A icterícia é produzida por 
obstáculo situado entre a bifurcação do hepático comum e a papila de Vater, 
dentro ou fora do tronco biliar. As causas mais comuns são coledocolitíase e câncer 
(papila, pâncreas). 
Causas menos comuns: obstrução das vias biliares devido à penetração de áscaris no 
colédoco, carcinoma da vesícula e blastomicose sul-americana cuja adenomegalia 
parasitária comprime as estruturas do hilo hepático. 
Sinais que devem ser avaliados no paciente ictérico: 
➔ Aranhas vasculares: aparecem principalmente na região superior do corpo. 
Comuns em doenças hepáticas crônicas, como cirrose. O aumento progressivo de 
seu número sugere deterioração da função hepática. 
➔ Púrpuras e equimoses: indicam alterações na coagulação sanguínea, 
principalmente hipoprotrombinemia, decorrente da insuficiência hepática. 
➔ Eritema palmar: eritema vinhoso nas eminências tenar ou hipotenar, ou em 
ambas, e plantas. Comum em: cirrose, mas menos frequente do que as aranhas 
vasculares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ Dedos em baqueta de tambor (hipocráticos): extremidades distais arredondadas, 
com um diâmetro maior do que o resto do dedo. Aparece nas formas avançadas de 
cirrose e doença pulmonar crônica obstrutiva 
➔ Distribuição de pelos: Homem=> os pelos pubianos adquirem forma ginecoide; 
Mulher=> tende a desaparecer. 
➔ Ginecomastia: geralmente dolorosa, no homem, uni ou bilateral. Nas formas 
avançadas de cirrose. 
➔ Fetor hepaticus: Hálito adocicado, fétido e pútrido. Ocorre na insuficiência 
hepática grave, aguda ou crônica, e em estados pré-comatosos (encefalopatia 
hepática).

Outros materiais