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TC_APOSTILA_ALMIR

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Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 Técnicas de Imagem 
 
 Por 
 
 Tomografia Computadorizada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Almir Inacio da Nóbrega 
 Universidade São Camilo 
 Hospital Santa Catarina / Hospital Alemão Osvaldo Cruz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 Í N D I C E 
 
 
 
 
 
1. Tomografia Computadorizada. 
 
 
o Aspectos históricos. 
o O método. 
o Princípios básicos 
o A imagem em matriz 
o Gerações de T.C. 
o O sistema helicoidal 
o T.C. “ Multi-Slice” 
o O tubo de raios-X do T.C. 
o Detectores 
o Reconstrução das imagens 
o Retro-projeção 
o O método interativo 
o O método analítico 
o Escala de Hounsfield 
o Problemas comuns em TC 
o Aspectos de segurança 
6 
6 
7 
8 
9 
10 
13 
14 
15 
16 
17 
18 
19 
19 
21 
23 
 
 
 
 
 
2. O Equipamento de Tomografia Computadorizada 
 
 
o TC – General Eletric – Modelo CTI – Hi-speed 26 
o “Gantry” 27 
o A mesa de exames 30 
o A mesa de comando 30 
o Computador 30 
o “PDU” – Power Distribution Unit 31 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
3. Exames por Tomografia Computadorizada 
 
 
 
 
 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o O exame tomográfico 33 
o Crânio 36 
o O crânio em cortes coronais 38 
o Seios paranasais 39 
o Sela túrcica 41 
o Ossos Temporais 42 
o Face 44 
o Órbitas 44 
o Pescoço 45 
o Tórax 46 
o TC do tórax em alta resolução 49 
o Estudo dos grandes vasos 49 
o Técnica para T.E.P. 50 
o Abdômen 51 
o Abdômen superior 55 
o TC do abdômen no aparelho uro-excretor 56 
o TC do abdômen nos aneurismas da art. Aorta 56 
o Coluna vertebral 57 
o Coluna lombar 57 
o Coluna Cervical 59 
o Coluna Torácica 60 
o Pelve e Articulação coxo-femoral 60 
o Joelho 61 
o Tornozelo 63 
o Pés 63 
o Ombro 64 
o Cotovelo 66 
o Punho 67 
o Extremidades em geral 68 
 4 
 
 
 
4 . P R O T O C O L O S 
 
 
 
 
o Crânio rotina 71 
o Seios Paranasais – axial 72 
o Seios paranasais – coronal 73 
o Sela Túrcica - coronal 74 
o Ossos Temporais – axial 75 
o Ossos Temporais – coronal. 76 
o Pescoço 77 
o Tórax rotina 78 
o Tórax – Alta resolução. 79 
o Tórax – TEP 80 
o Abdômen superior 81 
o Abdômen total 82 
o Coluna cervical 83 
o Coluna Lombar 84 
o Coluna Torácica 85 
o Coluna Segmento ( Bloco ) 86 
o Ombro 87 
o Cotovelo 88 
o Punho 89 
o Articulação Coxo-Femoral 90 
o Joelho 91 
o Patela – c/ angulações. 92 
o Tornozelo – axial 93 
o Tornozelos – coronal 94 
o Pés – axial 95 
o Pés – coronal. 96 
 
 
 
 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 97 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
 Tomografia Computadorizada. 
 
 
 Aspectos Históricos. 
 
 A tomografia computadorizada surgiu, como método de diagnóstico por 
imagem, no ano de 1972, introduzido por G. N. Hounsfield, em Middlesex – Inglaterra. 
 O método obteve grande repercussão, principalmente pela possibilidade 
da avaliação de tecidos “moles “ como; os músculos, as vísceras e particularmente o 
parênquima cerebral. Até então, o diagnóstico de hematoma no trauma crânio encefálico, 
ou mesmo, num acidente vascular cerebral, só podia ser feito com segurança, na 
abordagem cirúrgica. Com o advento deste método, abriu-se novas perspectivas, 
particularmente, nas patologias neurológicas . Em pouco tempo a técnica tomográfica foi 
ampliada e passou também a ser utilizada nos demais sistemas e órgãos do corpo humano, 
passando a incorporar os principais centros de diagnóstico por imagem do mundo. 
 A tomografia, ainda hoje, vem sofrendo grandes transformações, sendo 
objeto de constantes pesquisas, voltadas principalmente, para a redução nos tempos de 
exames através da agilização na obtenção dos cortes tomográficos e no desenvolvimento 
de softwares gráficos para processamento das imagens. 
 
 
 O Método 
 
 
 A tomografia trabalha com tubos de raios-X de alta potência. O tubo disposto 
no interior do corpo do aparelho, apresenta um movimento de rotação de forma justaposta 
a um conjunto de detectores. Os detectores são os elementos responsáveis pela 
coleta do residual de radiação de um feixe estreito. 
 Durante a aquisição de um corte tomográfico, enquanto o tubo gira ao redor do 
paciente, um feixe de radiação é emitido, indo incidir nos detectores que coletam as 
informações obtidas a partir de múltiplas projeções. As informações são então enviadas 
ao computador responsável pelo processamento das imagens. 
 O primeiro tomógrafo utilizado para radiodiagnóstico e apresentado por Sir 
Hounsfield, constava de um equipamento fabricado pela empresa E.M.I. e formado 
basicamente por um tubo de raios-X simples de anodo fixo e alvo de dimensões 
relativamente exageradas (3 X 13 mm ) mas , suficiente para suportar o alto “calor” 
produzido pelos sucessivos bombardeios de elétrons. A construção dos cortes 
tomográficos (scans ) se fazia por meio de um feixe estreito da espessura aproximada de 
um lápis que, após atravessar o corpo do paciente incidia em dispositivos detectores da 
radiação residual. 
 A imagem inicial era formada pela leitura, através dos detectores, de cerca de 
160 exposições do feixe estreito ao longo de uma certa direção (varredura linear) . Após 
completar esta varredura o conjunto Tubo/detectores fazia um movimento de rotação de 1 
grau e uma nova varredura linear se iniciava. Este procedimento se repetia cerca de 180 
vezes, mudando-se a rotação do conjunto a cada 1 grau. Os dados obtidos e armazenados 
 7 
no computador podiam então ser utilizados na reconstrução do corte tomográfico. O 
feixe do primeiro equipamento tinha dimensões aproximadas de 3 x 13 mm. 
 
Princípios Básicos 
 
 Nos atuais tomógrafos computadorizados, um tubo de raios-X emite um feixe 
de radiação de forma laminar e de espessura muito fina, da ordem de milímetros, que 
atravessa o paciente indo sensibilizar um conjunto de detectores. Estes, por sua vez, se 
encarregam de transmitir o sinal em forma de corrente elétrica de pequena intensidade a 
um dispositivo eletrônico responsável pela conversão dos sinais elétricos em dígitos de 
computador. 
 Para que a imagem possa ser interpretada como uma imagem anatômica, 
múltiplas projeções são feitas a partir de diferentes ângulos. O computador de posse dos 
dados obtidos nas diferentes projeções constrói uma imagem digital representada por uma 
matriz. Cada elemento de imagem da matriz (pixel) se apresentará com um tom de cinza 
correspondente à sua densidade radiológica. Estruturas com alta densidade radiológica, 
como por exemplo os ossos, se apresentam “claros” na imagem tomográfica, o ar, pela 
sua baixa densidade, se apresenta escuro”. A escala proposta por Hounsfield e largamente 
utilizada nos equipamentos atuais, associa asdensidades das diferentes estruturas 
anatômicas a um grau específico na escala de cinza. 
 
 Características do Método 
 
 1 .– A Tomografia apresenta feixe de aspecto laminar e em forma de leque. 
 2. – A aquisição das imagens ocorre no plano do “gantry” o que, 
 primariamente, gera cortes transversais ao plano do corpo. 
 3. – A imagem final é digital e pode ser facilmente manipulada por softwares. 
 4 .– Quanto maior a matriz melhor será a resolução da imagem. 
 
 
 O método tomográfico: Após múltiplas projeções um sistema 
 computadorizado reconstrói imagens transversais do corpo. 
 
 
 8 
 
A Imagem em Matriz. 
 
 
 
 Por matriz, entendemos um arranjo de linhas e colunas. 
 A imagem tomográfica é uma imagem matricial onde, o arranjo das linhas e 
colunas, formam os elementos de imagem denominados individualmente pixel, que é, por 
sua vez, a área resultante da interseccão das linhas com as colunas. A espessura do corte 
forma a terceira dimensão e, está relacionada à profundidade do corte. O volume formado 
pelo pixel e pela profundidade do corte é conhecido por voxel. 
 Nos tomógrafos atuais a matriz usual possui alta definição e dimensões de 512 
linhas x 512 colunas. O primeiro tomógrafo EMI possuia matriz de resolução 80 x 80. 
 
 
 Representação do Voxel 
 
 
 
 
 
 Imagem matricial - Pixel ( Elemento de imagem ) 
 Voxel ( Volume de imagem ) 
 
 
 9 
Como os sinais provenientes dos detectores são transformados em imagem? 
 
 Para que a imagem de tomografia possa ser reconstruída de forma a demonstrar 
as estruturas em sua forma real, faz-se necessário, múltiplas tomadas de dados em 
diferentes ângulos de projeção. A partir dos dados obtidos em cada leitura o computador 
interpreta o grau de densidade dos diferentes tecidos atribuindo a cada um o valor 
correspondente de uma escala de cinzas. O resultado final é apresentado pelos pixels que 
formam a imagem tomográfica. 
 Cada voxel representa a unidade de volume da imagem, considerando a 
espessura do corte, e apresenta coeficiente de atenuação linear específico. 
 
Gerações de TC 
 
 1
ª
 Geração. 
 
 O tomógrafo de primeira geração, como o primeiro 
apresentado à sociedade científica nos anos de 1972 por Godfrey N. 
Hounsfield, apresentava as seguintes características: 
Feixe de radiação muito estreito, medindo aproximadamente 3 X 13 mm, que 
fazia uma varredura linear sobre o objeto coletando informações de 160 feixes 
distintos. Feita a primeira varredura o tubo sofria uma rotação de 1 grau para 
iniciar nova varredura e coletar as informações de outros 160 feixes na nova 
projeção. Esse processo se repetia por 180 vezes e, assim, obtinha-se 
informações do objeto em 180 projeções diferentes , com variações de 1 grau 
em cada projeção e coleta de dados de 160 feixes por projeção. O tempo de 
aquisição de um corte tomográfico era de aproximadamente 5 minutos e um 
estudo completo durava muitas vezes mais de uma hora. 
 
 
 
 2
ª
 Geração. 
 
 O equipamento de 2
ª 
 geração trouxe como inovação a 
aquisição de dados a partir de um conjunto de detectores, reduzindo 
drasticamente, o tempo de aquisição das imagens. Nestes equipamentos o 
feixe passou a ser laminar e, em forma de leque, de forma a cobrir o 
conjunto de detectores variáveis entre 20 e 40 dependendo do fabricante. 
 O princípio de aquisição das imagens era semelhante aos 
equipamentos de primeira geração, com múltiplas projeções defasadas de 
movimento de rotação da ordem de 1 grau até perfazer um total de 180 
projeções. Nos equipamento de 2
ª
 geração os tempos de aquisição dos 
cortes ficaram reduzidos a menos de 1 minuto, com um substancial ganho 
em relação aos equipamentos de 1
ª
 geração. Hoje, estes equipamentos, 
estão proibidos de operarem no mercado por apresentarem taxas de doses 
não compatíveis com os níveis admissíveis. 
 
 
 10 
 
 Primeira Geração Segunda Geração 
 
 
 
 3
ª
 Geração 
 
 Os equipamentos de terceira geração apresentaram uma 
evolução significativa. Nestes equipamentos, eliminou-se o que 
conhecemos por varredura linear. A partir de então, os tubos pararam de 
fazer varredura a cada grau e passaram a fazer movimentos de rotação 
contínuos ao mesmo tempo em que se fazia a coleta dos dados. Um 
conjunto de detectores com aproximadamente 600 unidades, suficientes 
para coletar os dados de um feixe largo de radiação, girando 
sincronicamente com o tubo de raios-x, pôde reduzir os tempos de aquisição 
dos cortes para algo em torno de 2 à 5 segundos por imagem. O 
processamento das imagens pelo computador também foi sensivelmente 
reduzido, variando entre 5 e 40 segundos. 
 Os tomógrafos de terceira geração ainda ocupam grande parte 
dos serviços de diagnóstico por imagem, embora, estejam sendo 
gradativamente substituídos pelos chamados TC helicoidais. 
 
 
 4
ª
 Geração 
 
 Uma quarta geração de equipamentos de TC surgiu com um 
conjunto de detectores distribuídos pelos 360 graus da abertura do gantry, 
ocupando assim, todo o anel. A principal inovação observada a partir 
desses equipamentos foi a introdução da tecnologia Slip-ring. 
 O slip-ring constitui-se de um anel de ligas especiais, que 
fornece a tensão primária ao anodo e ao catodo do tubo de raios-x, sem a 
conexão de cabos. Um sistema de escovas em contato com o slip-ring leva 
as informações previamente ajustadas pelo operador do sistema, 
particularmente no que se refere às doses de exposição. 
 11 
 A ausência de cabos permitiu o giro contínuo dos tubos numa 
única direção e agilizou o processo de aquisição e processamento das 
imagens. 
 Houve uma melhora significativa na estabilidade dos 
detectores, mas o seu alto custo, inviabilizou a sua produção. 
 Poucas unidades desta geração foram comercializadas. 
 
 Terceira Geração Quarta Geração 
 
 
 
O Sistema Helicoidal ( ou espiral ) 
 
 
 
 O Tomógrafo helicoidal sucedeu o equipamento de 4
 
ª geração, 
tendo associado a tecnologia slip-ring, que permitiu a rotação contínua do tubo, ao 
deslocamento simultâneo da mesa. Os cortes tomográficos são obtidos com a mesa em 
movimento, de forma que, as “fatias “ não são necessariamente planas mas, na forma de 
hélices, enquanto que, o método de aquisição, se assemelha a um modelo espiral. 
 
 Um sistema de computação moderno e mais potente serviu de base 
para que o método ganhasse em agilidade. Tornou-se possível, por exemplo, a realização 
de exames do crânio em menos de 20 segundos, quando, em um aparelho de 3
ª
 geração, 
o tempo médio é de cerca de 3 minutos. 
 12A tecnologia helicoidal reduziu de forma drástica o tempo de 
realização dos exames. Novas técnicas foram implementadas e, com isto, o potencial 
diagnóstico do método foi sensivelmente elevado. 
 Novos conceitos foram introduzidos, destacando-se: Revolução, 
Pitch e Interpolação. 
 
1. REVOLUÇÃO : Compreende o giro de 360 graus do conjunto 
tubo-detectores. O tempo de aquisição dos cortes influencia a 
velocidade de rotação do conjunto. Nos TCs helicoidais o 
tempo de revolução médio é de 1 segundo. 
 
2. PITCH : Representa a razão entre o deslocamento da mesa 
pela espessura de corte. Nas aquisições das imagens 
helicoidais com pitch de 1:1 , observamos que; a mesa se 
desloca na mesma proporção da espessura do corte em cada 
revolução. Assim , se os cortes forem de 10 mm, para cada 
imagem a mesa se deslocará 10 mm. 
 Se alterarmos a relaçao do Pitch para 2:1 a mesa se 
deslocará numa distância equivalente ao dobro da espessura 
do corte por revolução. Nessas circustâncias, podemos concluir 
que o tempo necessário para a aquisição de 20 imagens será de 
10 segundos. ( Considerando-se um tempo de revolução de 1 
segundo). 
 Fator importante a considerar nos casos de trabalho com 
pitchs de relação maiores que 1:1 , é que, a quantidade de 
radiação por fatia de corte será sensivelmente reduzida, 
aumentando assim o ruído da imagem provocado pela baixa 
dose de exposição. 
 
 PITCH = Deslocamento da mesa 
 Espessura de corte 
 
 
 13 
 
 
 
 3. INTERPOLAÇÃO : A aquisição dos dados em TC 
helicoidal, gera imagens que, embora não perceptíveis ao olho humano, 
apresentam um aspecto em forma de hélice, resultado da aquisição 
espiral. Nos protocolos em que se faz necessário o uso de pitch acima 
da razão de 1:1, observa-se que, as imagens efetivas apresentam 
espessura maior que a nominal, resultado do incremento na aquisição 
espiral. No sentido de evitar que a espessura dos cortes apresentem 
variações muito amplas, alguns equipamentos fazem a aquisição dos 
dados em apenas 180 graus do movimento do tubo, interpolando dados 
nos próximos 180 graus, calculados pelo computador,. com base nas 
informações obtidas a partir da primeira parte da aquisição. 
 
 
 
 
 
 Tomografia Helicoidal Multi-Slice 
 
 
 Os equipamentos helicoidais evoluiram principalmente em função 
da tecnologia slip-ring , tubos de raios-X mais potentes e, em função de ultra modernos 
sistemas computacionais. 
 Na expectativa de aumentar ainda mais a capacidade de obtenção 
de cortes por unidade de tempo, surgiram os equipamentos helicoidais de tecnologia multi-
slice. Esses equipamentos apresentam conjuntos de detectores pareados de forma a 
tornar possível a aquisição simultânea de vários cortes. No mercado encontram-se 
disponíveis modelos que permitem a obtenção de 4 à 12 cortes por revolução. 
 A cada ciclo completo de rotação do tubo, ou revolução, pode-se 
optar pela aquisição de 1 ou tantos cortes quanto permitirem os detectores presentes. 
 Os tomógrafos multi-slice trabalham com várias coroas de 
detectores pareadas, que podem, ou não, apresentarem as mesmas dimensões. Alguns 
fabricantes optam por conjunto de detectores de diferentes dimensões por entenderem que, 
desta forma, obtem-se maior estabilidade dos detectores em determinadas espessuras de 
corte. As coroas podem apresentar detectores que vão desde 0,5 até 10 mm. A 
possibilidade de obtenção de cortes com a espessura menor que 1 mm ( tecnologia sub-
milimeter ) permite, no pós processamento das imagens, a obtenção de modelos de 
reformatações vasculares e tridimensionais de alta resolução. 
 Outra característica notável dos tomógrafos multi-slice, está 
relacionado à velocidade com que o conjunto tubo-detector gira no interior do gantry. 
Observa-se, em alguns equipamentos, revoluções de até 0,5 segundos ( tecnologia sub-
second ). Este reduzido tempo permitiu novos estudos de tomografia com sincronização 
cardíaca. A sincronização cardíaca (gating), associado às pequenas espessuras de corte, 
possibilitou o estudo do coração com alta resolução anatômica, e melhor definição das 
patologias das artérias coronárias. 
 14 
 
 A obtenção de múltiplas imagens por segundo, permitiu o 
manuseio em tempo real das imagens de tomografia, abrindo assim, novos horizontes no 
estudo dinâmico dos vasos e nos procedimentos de biópsia. 
 
 
 Múltiplos detectores Múltiplos cortes 
 
 
 
 
O TUBO de RAIOS-X do TC 
 
 
 
 
 Os tubos empregados em TC são bastante similares aos utilizados 
nos equipamentos radiológicos convencionais. Na constituição desses tubos, uma ênfase 
especial é dada a forma de dissipação do calor, uma vez que, esses tubos ficam sujeitos a 
uma maior frequência de exposição, exposições mais longas e, altas doses de exposição. 
A sua disposição no interior do gantry, particularmente no que se refere ao eixo catodo-
anodo, ocorre de forma perpendicular ao seu movimento de rotação, evitando-se assim, a 
influência do efeito anódico. 
 Os tubos de TC possuem, na sua grande maioria, dois pontos focais 
associados à filamentos de diferentes dimensões. O filamento menor é utilizado quando a 
potência não excede 20 KW. O filamento largo nas doses de alta potência. Alguns 
equipamentos, quando usam algoritmos para reconstrução de tecidos de alta densidade, 
utilizam, automaticamente, o pequeno filamento. 
 Nos equipamento de 3
ª
 geração, os tubos apresentam, em geral, uma 
vida média de cerca de 80.000 cortes. No equipamentos helicoidais e nos multi-slice, os 
tubos são projetados para apresentarem vida média de aproximadamente 500.000 cortes. 
 
 
 
 15 
 
 
 
 DETECTORES 
 
 
 Os detectores nos equipamentos de tomografia são tão importantes 
quanto o tubo de raios-X. As principais características dos detectores estão relacionadas 
com: Custo. Eficiência. Estabilidade e Velocidade. 
 O custo dos detectores é o principal fator dos altos preços dos TC 
atuais. 
 Distinguem-se basicamente dois tipos de detectores: Os de cristais 
luminescentes e, os de câmara de ionização: 
 
 Detectores de Cristais Luminescentes: 
 
 Esses detectores são formados a partir de cristais de Iodeto de Sódio 
acoplados à pequenas câmaras fotomultiplicadoras. Quando o feixe interage com esses 
cristais, uma pequena quantidade de luz é emitida na razão diretamente proporcional a 
intensidade da radiação incidente. Um tubo fotomultiplicador acoplado à estes cristais se 
encarrega de amplificar o sinal recebido transformando-o numa corrente elétrica de 
pequena intensidade. O resultado final é armazenado na memória do computador. 
 Os detectores de cristais luminescentes são bastante eficientes, embora 
apresentem o inconveniente da fosforescência que ocasiona respostas nãolineares para 
diferentes intensidades de radiações. Este problema se reflete principalmente entre tecidos 
de grandes diferenças de densidades como os ossos e o ar. 
 
 Esquema : 
 
 
 RX cristal luz 
 S i n a l 
 
 
 Cristal luminescente 
 
 
 
 
 Detectores de Câmara de Ionização. 
 
 
 Os detectores que usam câmara de ionização, são constituídos por 
pequenos tubos que possuem gás nobre em seu interior, frequentemente o xenônio, e que, 
em presença de radiação, sofrem uma ionização temporária, suficiente para fazer surgir 
uma pequena corrente elétrica que levará a informação ao computador. A corrente elétrica 
 16 
será proporcional à ionização gerada no interior do detector e reflete a intensidade da 
radiação residual na sua trajetória. 
 Os detectores de câmara de ionização são mais simples que os de 
cristais luminescentes, mas não mais eficientes, devida a baixa quantidade de moléculas de 
gás no seu interior, no entanto, estes detectores apresentam melhor reposta às variações na 
intensidade linear entre diferentes estruturas. 
 
 Esquema: 
 
 Raio X ionização sinal 
 
 
 
 
 Ionização do xenônio 
 
 
 
 
 
 A Reconstrução das imagens 
 
 
 A tomografia é um método que mede a intensidade da radiação 
residual após um feixe ter interagido com um órgão ou objeto e ter sensibilizado um 
detector. 
 A Intensidade de Radiação Residual compreende: a radiação 
incidente menos a radiação absorvida pelo objeto e pode ser obtida segundo a equação: 
 
 
 
 - x 
 N = No . e 
 
 
 
 Onde: N = Intensidade de Radiação Residual 
 No = Intensidade de Radiação Incidente. 
 e = Base do logaritmo natural ( 2.718 ) 
 = Coeficiente de atenuação linear 
 x = Espessura do objeto. 
 
 
 
 Considerando que a imagem tomográfica é formada por “n” pequeninos 
blocos de imagem correspondentes a cada voxel da matriz, a equação se torna mais 
e- e- e- e- e- 
 e- e- e- 
e- e- e- e- 
 17 
complexa a medida que as matrizes vão apresentando melhor resolução. Num 
equipamento atual que trabalha com matriz 512 x 512 a equação poderia ser assim 
representada: 
 
 
 
 
 - ( 1 + 2 + 3 + .. 512 ) x 
 N = No . e 
 
 
 
 
 O número de equações utilizadas para reconstrução de uma imagem, 
aumenta em função do número de detectores do equipamento e, em função do número de 
projeções utilizadas na construção da imagem. Nos equipamentos atuais de matriz de alta 
resolução, são necessárias, muitas vezes, o emprego de 200.000 equações para a 
reconstrução de uma única imagem, daí a necessidade de um sistema de computação 
potente e veloz. 
 
 
 
 
 
 Métodos de Reconstrução das imagens. 
 
 
 
 O método matemático utilizado na reconstrução das imagens é 
denominado algoritmo. Basicamente três formas de cálculos são utilizadas para este fim: 
 
 
 1. - Retro-Projeção. 
 2. - O Método Interativo. 
 3. - O Método Analítico. 
 
 
 
 Retro-Projeção 
 
 É um método teórico, não utilizado nos equipamentos atuais. 
 Consiste basicamente na obtenção de imagens em diferentes projeções, 
com a correspondente somatória dos resultados obtidos em cada projeção. O resultado final 
apresenta a imagem real do objeto, contaminada pelo efeito das inúmeras projeções. 
 
 
 
 18 
 
 
 
 
 
 Formação da Imagem por Retro-projeção: Obtenção da imagem de um objeto 
em forma de cruz ( figura ). 
 
 
 Projeção 01 Projeção 02 
 
 
 
 
 N1=2 
 N2=4 
 N3=8 
 N4=4 
 N5=2 
 
 N6 N7 N8 N9 N10 
 2 4 8 4 2 
 Coef.Atenuação Linear 
 
 
 RETRO-PROJEÇÃO ( Somatória dos coeficientes ) 
 
4 6 10 6 4 
6 8 12 8 6 
10 12 16 12 10 
6 8 12 8 6 
4 6 10 6 4 
 
 
 
 
 O Método Interativo 
 
 
 O método interativo considera um valor médio de atenuação para 
cada coluna ou linha da imagem. A partir deste pressuposto, compara os resultados obtidos 
com a média previamente estabelecida e, trata de fazer os ajustes necessários adicionando-
se e subtraindo-se valores em densidades para cada elemento da imagem, até a sua 
reconstrução final. O primeiro equipamento de tomografia EMI utilizou este método para a 
 19 
reconstrução de suas imagens. Embora parecido com o método da Retro-Projeção, 
apresenta imagens mais nítidas, por eliminar as “contaminações”. 
 
 
 
 
 
 
 O Método Analítico. 
 
 
 É o método utilizado em quase todos os equipamentos comerciais. 
 O método analítico ainda é dividido em dois métodos amplamente 
conhecidos entre os matemáticos: 
1.1.– A Análise Bi-dimensional de Fourier. 
1.2. – Retro-Projeção filtrada. 
 
1.1 – Análise Bi-dimensional de Fourier. 
 
O método da análise bi-dimensional de Fourier consiste em analisar funções 
de tempo e de espaço pela soma das freqüências e amplitudes 
correspondentes. Trata-se de um método complexo para os nossos 
conhecimentos, e que, foge ao escopo deste texto. 
A vantagem do uso do método analítico pela análise Bidimensional de 
Fourier, reside no fato do computador poder trabalhar com maior 
velocidade, dado este relevante, em qualquer sistema de tomografia. 
 
1.2 – Retro-Projeção filtrada. 
 
O método analítico de retro-projeção filtrada é similar ao de Retro-Projeção,exceto, pelo fato de que, as freqüências correspondentes ao borramento 
verificado na retro-projeção são eliminadas, tornando a imagem mais nítida. 
É um método utilizado em alguns equipamentos comerciais. 
 
 
 
 
 
A Escala de Hounsfield 
 
 
 
 Sendo a tomografia um método que mede a radiação residual, é também 
um método que avalia a densidade entre os diferentes tecidos. Assim, adota-se 
uma escala de densidades conhecida por Escala de Hounsfield, onde as unidades 
assumem valores pré-estabelecidos a partir da atribuição do valor zero (0) a 
densidade correspondente à agua. Tecidos com densidade maior que água assumem 
 20 
valores positivos e, os de densidade menor que a água, valores negativos. A escala 
de Hounsfield, assume valores entre –1000 ( ar ) até +1.000 ( chumbo ) . 
 
 Escala de Hounsfield 
 
 Unidades Hounsfield (HU) / Tecido 
 
 300 - 1000 Osso 
denso/cortical 
 100 - 200 Osso normal 
 60 Fígado 
 50 Pâncreas 
 36 Parênquima 
Cerebral 
 20 Músculo 
 0 Água 
 -20 à - 80 Gordura 
 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
 -500 à -800 Pulmão 
 - 1000 Ar 
 Nível da Imagem ( Window Level ) – WL 
 Largura da Janela ( Window width) – WW 
 
 A documentação tomográfica é a última etapa do exame de tomografia 
computadorizada. Uma boa documentação, além de demonstrar zelo com o exame, 
pode ser decisiva para uma correta interpretação do estudo. As imagens devem ser 
documentadas levando-se em consideração qual o tecido de maior interesse 
(assunto) e, evidenciando-se, na medida do possível, o contraste da imagem. 
 O tecido de interesse é estabelecido pelo nível da imagem ( Window 
Level ) e representado pelo valor WL. O contraste da imagem depende da 
amplitude da Janela (Window Width ) representado por WW. Janelas muito 
amplas apresentam imagem tomográficas acinzentadas e, portanto, de baixo 
contraste, mas podem representar fator de qualidade, na medida em que, um 
maior número de estruturas estarão presentes na imagem. 
 
 Janela “Fechada” Janela “Aberta” 
 Alto contraste Baixo contraste 
 21 
 
 
 
 A Resolução da Imagem. 
 
 
 
 A resolução ou, o grau de definição das imagens, está relacionada com 
a matriz utilizada. Quanto maior a matriz, melhor será a resolução , pois os pixels 
se apresentarão com dimensões reduzidas. 
 
 
 
 O Campo de Visão - FOV (Field of View). 
 
 
 O campo de visão refere-se à área examinada pela tomografia. 
Normalmente o FOV é definido em centímetros. Assim, é normal estabelecer um 
FOV de 22 cm para o estudo tomográfico do crânio. 
 
 
 Exemplos de Campos de Visão ( FOV): 
 
 Crânio 22 cm 
 Tórax 35 cm 
 Abdômen 40 cm 
 Joelho 18 cm 
 Face 14 cm 
 Coluna 14 cm 
 
 
 
 
 
 Problemas Comuns em Tomografia Computadorizada 
 
 
 
O Efeito de Volume Parcial. 
 
 
 Em tomografia, a imagem final representa a densidade correpondente 
de cada tecido através de uma escala de cinzas. Particularmente nas imagens com 
pouca resolução ( matrizes baixas ) um voxel pode ser representando numa 
tonalidade de cinza não correspondente ao tecido que representa. Isto pode 
acontecer, por exemplo, quando um voxel representa a imagem de um material 
 22 
de baixa densidade e parcialmente a imagem de um material de alta densidade. Os 
cálculos efetuados pelo computador podem atribuir uma tonalidade de cinza 
correspondente a de um tecido muscular, causando um artefato de imagem 
conhecido por efeito de Volume Parcial. Este efeito tende a ser reduzido nas 
matrizes de alta resolução. 
 
 
 
Artefatos. 
 
 Artefatos de anel ( Rings artifacts ) 
 
 Os artefatos na imagem que se apresentam em forma de anel, está 
inicialmente relacionado com problemas nos detectores. Como os detectores 
necessitam de calibração com o “ar” para reconhecimento dos demais tecidos, 
ocasionalmente pode ocorrer de perderem os valores de referência, o que, 
ocasiona artefatos na imagem na forma de anéis. O primeiro procedimento do 
operador nestas circunstâncias é efetuar uma calibração nos detectores. 
 A periodicidade com que devemos fazer essas calibrações varia de 
aparelho para aparelho. A maior parte dos equipamentos modernos admitem uma 
única calibração diária. 
 
 
 Materiais de alta densidade.( Strike) 
 
 Objetos metálicos, implantes de materiais de alta densidade, como as 
obturações dentárias, projéteis de bala, entre outros, produzem artefatos lineares 
de alta densidade, devido aos altos coeficientes de atenuação linear apresentados 
por estes materiais. 
 A presença desses artefatos pode ser atenuada a partir do uso de feixe de 
alta energia ( 120 / 140 kV ), embora não possam ser evitados. 
 
 
 Materiais de alto número atômico. 
 
 
 Os materiais de alto número atômico tendem a ser comportar como os 
materiais metálicos e, produzir artefatos do tipo “Strike”. Os meios de contraste 
positivos como; o Iodo e o Bário em altas concentrações, devem ser evitados, ou, 
usados com critério. 
 
 
 Ruído da imagem. 
 
 O ruído, aspecto que confere granulosidade às imagens, ocorre 
principalmente em função da utilização de feixes de baixa energia ou, quando o 
objeto apresenta grandes dimensões, como no caso dos pacientes obesos. 
 23 
 Nessas condições, há que se aumentar a dose de exposição, pelo 
aumento da kilovoltagem, da miliamperagem ou do tempo de exposição. 
 
 
 
 
Aspectos de Segurança. 
 
 O equipamento de Tomografia opera com raios-X e por isso 
requer os cuidados comuns de proteção radiológica previstos 
na Portaria 453 de 02 / 06 / 98 da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. 
 
 O tubo de raios-X deve ser aquecido após 2 horas de 
inatividade ( Warm-Up ). Este procedimento prolonga a vida 
útil do tubo. 
 
 Após o aquecimento do tubo é conveniente, pelo menos uma 
vez ao dia, fazer a calibração dos detectores. Este 
procedimento evita o aparecimento de artefatos na imagem, 
especialmente, os do tipo anelar. 
 
 Nos equipamentos dotados de lâmpadas LASER para 
posicionamento do paciente, deve-se tomar o cuidado para não 
direcionar o feixe luminoso nos olhos do paciente. 
 
 O limite de peso estipulado pelo fabricante deve ser 
respeitado, evitando-se assim, danos à mesa de examese 
problemas no seu deslocamento durante o procedimento. 
 
 
 Alguns equipamento são dotados de mecanismos de segurança 
especiais que permitem interromper a alimentação elétrica do 
conjunto gantry/ mesa. Estes mecanismos são 
particularmente importantes quando se observa a presença de 
fumaça, fogo, ou faíscas, nestes componentes. 
 
 Equipamentos que eventualmente apresentem problemas de 
desempenho do software, necessitam ser totalmente 
desligados (shutdown). Após algum tempo, levanta-se o 
sistema (startup ) e observa-se, se o problema foi solucionado. 
 Não se obtendo resultado satisfatório, contata-se o fabricante. 
 
 Cuidado especial deve ser dado às angulações do “gantry” 
durante os exames. Alguns pacientes podem ter parte do corpo 
pressionada pelo equipamento ou, até mesmo, apresentar fobia 
 24 
devida à proximidade do equipamento. Alguns fabricantes 
obrigam os operadores a fazer angulações somente no painel 
do gantry. 
 
 A postura correta do operador na operação do equipamento 
evita o aparecimento de doenças relacionadas às condutas 
inadequadas no trabalho, como a LER. 
 
 A posição do monitor deve estar na altura dos olhos do 
operador, numa distância entre 40 e 80 cm. Os pés devem 
ficar totalmente apoiados no chão ou em um suporte para este 
fim. As mão devem deslizar livres sobre o teclado de forma 
que os antebraços perfaçam um ângulo de aproximadamente 
90 graus com os braços. 
 
 Um controle de qualidade periódico deve ser implementado, 
com ênfase na apuração da espessura de corte, resolução 
espacial, ruído da imagem, precisão da lâmpada LASER. 
 
 
 Normalmente os testes de controle de qualidade fazem parte 
dos equipamentos que, também, dispõem de 
“fantons”específicos para este fim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
Equipamento de Tomografia Computadorizada. 
Modelo Hi-speed – CTi - General Eletric 
 
 
 
 O tomógrafo computadorizado modelo CTi - HiSpeed da General Eletric, é 
um sistema helicoidal dotado de tubo “Performix” e de detectores de cristais 
luminescentes tipo “Hi-light “. Apresenta um projeto moderno, voltado para aquisição 
rápida de imagens, permitindo a realização de exames em tempos extremamente curtos, 
garantindo alta performance no seu desempenho. 
 O sistema está composto de: Gantry, Mesa de Exames, Mesa de Comando, 
Computador para processamento das imagens e o PDU ( Unidade de Distribuição de 
Força.) 
 
 
 
- Gantry 
 
O gantry é o corpo do aparelho e contém: 
 
 
 Tubo de Raios-X “Performix” 
 Conjunto de Detectores 
 DAS ( Data Aquisition System ) 
 OBC ( On-board Computer ) 
 STC ( Stationary Computer ) 
 Transformador do Anodo 
 Transformador do Catodo 
 Transformador do filamento 
 Botões controladores dos movimentos da mesa e do gantry. 
 Painel identificador do posicionamento da mesa e do gantry. 
 Dispositivo LASER de posicionamento. 
 Motor para rotação do Tubo . 
 Motor para angulação do gantry. 
 27 
 
- Mesa de Exames 
 
- Suporta paciente até 180 Kg. 
- Movimento de elevação. 
- Mesa de tampo deslizante 
 
 28 
- Mesa de Comando 
 
- Monitor para Planejamento dos exames 
- Monitor para Processamento das imagens. 
- Mouse . 
- Trackball (Bright Box ). 
 
 
- Computador para Processassamento das Imagens. 
 
- IG – Image Generator 
 
 
 - PDU ( Power Distribution Unit ) 
 
- Alimentador do sistema. 
 
 
 
O GANTRY. 
 
 O gantry é o corpo do aparelho . 
 No seu interior encontra-se o tubo de raios-X Performix , com potência de 48 
kW, refrigerado a óleo e com duplo foco. O foco menor apresenta dimensões de 0.9 x 0.7 
mm e o maior 1.2 x 1.2 mm 
 O tubo está disposto transversalmente em relação ao gantry de forma que o 
efeito anódico fica anulado. A alimentação do tubo com alta tensão é feita a partir dos 
tanques de anodo e catodo que ficam estrategicamente colocados no interior do gantry e se 
movimentam com o tubo durante a realização dos cortes. Junto com os tanques 
 29 
encontramos ainda os inversores do anodo e do catodo responsáveis pela transformação da 
corrente alternada em corrente contínua. O filamento é alimentado por uma corrente de 
baixa tensão a partir de um terceiro tanque . 
 Um computador de bordo (OBC – On board computer) gira junto com o 
conjunto tubo-detectores e tem por função controlar o KV e o mA e ainda receber os 
dados coletados pelo DAS transferindo-os ao Processador de Imagens. 
 Um computador fixo localizado no interior do gantry o STC ( Stationary 
Computer ), é responsável pela interação dos comandos do painel de controle com 
sistema. O STC é responsável, entre outras funções, pelo controle da corrente que 
alimenta o Slip Ring, dispositivo que fornece a tensão primária aos tanques do catodo e 
anodo. 
 Os detectores do tipo “Hi Light” são constituídos de cristais luminescentes. 
 Encontramos ainda no interior do gantry dois motores; um, reponsável pelo 
movimento de rotação de todo o conjunto envolvendo o tubo, os tanques, o OBC, 
Controlador do Filamento e o DAS, e o outro, responsável pela angulação do gantry. A 
angulação do gantry pode ser ajustada de um ângulo de 30 graus inferior à 30 graus 
superior. 
 O dispositivo utilizado para estabelecer o “zero “ no posicionamento é 
constituído de um feixe Laser, e orienta o posicionamento nos planos mediosagital e 
coronal do paciente. 
 
 
 
 
 Esquema dos Detectores 
 
 
 
 30 
 
 
 
A MESA DE EXAMES 
 
 A mesa é do tipo elevador, assumindo a posição mais baixa à cerca de 38 cm 
do solo, podendo alcançar uma altura de 93 cm. Apresenta tampo deslizante e é totalmente 
constituída de material radiotransparente. 
 A mesa está dimensionada para suportar pacientes com até 180 kg, mantendo-se 
a eficácia de precisão nos deslocamentos. Possui suporte para exames de crânio 
e extensão de prolongamento, utilizada principalmente nos exames de abdômen e membros 
inferiores e, nos pacientes que são posicionados com os pés entrando primeiro (Feet First ). 
 
 
A MESA DE COMANDO 
 
 A mesa de comando está constituída de dois monitores de 20 polegadas. Um 
teclado alfa numérico com funções específicas para “start” dos “scans”. Dispositivos para 
movimento da mesa de exames e de comunicação com o paciente. Um mouse e um 
trackball . 
 Um dos monitores é responsável pelas funções de aquisição das imagens. Neste 
monitor pode-se acessar os protocolos dos exames previamente gravados através do 
mouse junto ao teclado. No decorrer do exame é possível acessar a página do 
planejamento onde, entre muitas funções, se permite alterar qualquer parâmetro de uma 
imagem que ainda não tenha sido adquirida ou, apenas observar tecnicamente as imagens 
que já foram realizadas. 
 O segundo monitorestá destinado basicamente à visualização dos estudos e ao 
pós processamento das imagens. A partir deste monitor se faz toda a documentação do 
exame. Um software conectado à câmara laser permite a escolha da formatação do filme, 
a partir de onde, se procede a gravação das imagens. 
 Após montado o filme com as imagens de interesse, um comando “print” é 
utilizado para a impressão do filme. 
 
 
COMPUTADOR – Image Generator 
 
 
 “Image Generator “ é um conjunto de dispositivos computadorizados 
localizados junto da mesa de comando que tem por finalidade a reconstrução das 
imagens adquiridas e recebidas do DAS e, em seguida, enviá-las para o monitor. 
O método algoritmo utilizado é o da Transformação Bi-dimensional de Fourier. 
 
 As imagens obtidas ficam temporariamente armazenadas em um Hard Disk, junto 
a mesa de comando, mas podem ser armazenadas em discos ópticos ou, ainda gravadas 
em CDs e discos de 3.1/2 polegadas no formato DICOM 3.0. 
 
 
 31 
 
 
PDU – Power Distribution Unit 
 
 O PDU é o dispositivo responsável pela alimentação do sistema de tomografia 
computadorizada. O Sistema de alimentação é trifásico e a tensão de 480 Volts. 
 Visão geral do Gantry 
 
 
 
Tampa Anterior Tampa Posterior 
 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
O Exame Tomográfico. 
 
 O exame tomográfico está indicado quando os métodos convencionais não se 
mostram eficazes na elucidação diagnóstica, ou ainda, na pesquisa de patologias 
específicas pré definidas. 
 Na fase que antecede o exame convém fazer uma entrevista com o paciente afim 
de se obter informações acerca das razões que levaram ao procedimento. A entrevista 
será importante para o planejamento do exame e auxiliará o radiologista nas suas 
conclusões diagnósticas. 
 Exames prévios relacionados com o estudo precisarão serem analisados e 
correlacionados com os dados obtidos, devendo ficar retidos para análise do médico 
radiologista. 
 
 Planejamento dos Fatores Técnicos 
 
 
 
SCOUT : Plano: 0 grau 90 graus 180 graus. 
 
 Tamanho: _____________________________. 
 
 
SCANS : Modo: Axial Helicoidal Cine. 
 
KV : 100 120 140. 
 
mA : 50 100 200. 
 
Tempo de scan : 0,5 s 1 s 2s. 
 
 
FOV ( Field of View ): ____________________. 
 
ESPESSURA :___________________________. 
 
INCREMENTO:_________________________. 
 
INTERVALO ( Gap ) :____________________. 
 
ÂNGULO DO GANTRY:__________________. 
 
FILTRO: Soft Standart Detail Bone Edge Lung 
 
 
 
 34 
 
 Modelo de Entrevista: 
 
 Nome: ................................................................ R.G. ................................ 
 Data: ................................................................ Hora .............................. 
 Endereço: ........................................................................................................ 
 Cidade:................................. Estado: .................. Fone: .............................. 
 
 PESO:................. ALERGIA...... sim não 
 
 Exame: .......................................................................... 
 
 Dados Clínicos: ............................................................................................... 
 ........................................................................................................................... 
 ........................................................................................................................... 
 ........................................................................................................................... 
 
 Anamnese: ................................................................... .................................... 
 ........................................................................................................................... 
 ........................................................................................................................... 
 ........................................................................................................................... 
 
 Exames Anteriores: 
 
 CT : .................................................................................................................. 
 
 RM : .................................................................................................................. 
 
 RX : .................................................................................................................. 
 
 MN : .................................................................................................................. 
 
 US : .................................................................................................................. 
 
 OUTROS:........................................................................................................ 
 
 Informações adicionais:............................................................................ 
 ..................................................................................................................... 
 
 São Paulo, / / . 
 
 
 _______________ ________________ ________________ 
 Médico Tecnólogo Enfermagem 
 
 35 
Entrevista p/ contraste 
( modêlo ) 
 
PREZADO (A):____________________________________ RG:_________________. 
 
 
 O CENTRO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DESTE HOSPITAL, COM O 
OBJETIVO DE OFERECER MAIOR SEGURANÇA AOS SEUS USUÁRIOS, TEM ADQUIRIDO OS 
MEIOS DE CONTRASTE MAIS ADEQUADOS DISPONIVEIS, O IODO EXISTENTE NA SUA 
FÓRMULA BÁSICA, ENTRETANTO, PODERÁ OCASIONAR REAÇÕES ALÉRGICAS OU DE 
INTOLERÂNCIA SEGUNDO O GRAU DE SENSIBILIDADE DE CADA PESSOA. ATÉ O 
MOMENTO, NÃO HÁ TESTES ESPECIFICOS PARA AFASTAR POR COMPLETO O RISCO 
INERENTE AO SEU USO. 
 EM ALGUNS EXAMES É NECESSÁRIO UTILIZAR UM MEIO DE CONTRASTE A 
BASE DE IODO POR VIA ORAL, RETAL OU VENOSA, REAÇÕES GRAVES SÃO MUITO 
RARAS E SEU EXAME SERÁ ACOMPANHADO POR PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS. 
 SOLICITAMOS O PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO ABAIXO, PARA 
VERIFICAÇÃO DE SEU POTENCIAL ALÉRGICO. 
 
 
(1) POSSUI ALGUM TIPO DE ALERGIA? SIM_____ NÃO_____ 
QUAL?__________________________. 
(2) REALIZOU ALGUM EXAME COM USO DE CONTRASTE 
 IODADO? SIM_____ NÃO_____ 
(3) TEVE REAÇÃO ALÉRGICA AO CONTRASTE? SIM_____NÃO_____ 
(3) TEVE ALERGIA OU INTOXICAÇÃO A ALIMENTOS 
 COMO: PEIXE,CAMARÃO E OUTROS FRUTOS DO MAR? SIM_____ NÃO_____ 
(5) TEVE ALERGIA A ALGUM MEDICAMENTO? SIM_____ NÃO_____ 
QUAL?__________________________. 
(6) POSSUI URTICÁRIA OU ALERGIA DE PELE? SIM_____ NÃO_____ 
(7) TEM ASMA, BRONQUITE OU RINITE ALÉRGICA? SIM_____ NÃO_____ 
(8) É HIPERTENSO OU CARDIACO? SIM_____ NÃO_____ 
(9) TEM INSUFICIÊNCIA RENAL? SIM_____ NÃO_____ 
(10) É DIABÉTICO?. SIM_____ NÃO_____ 
(11) É PORTADOR DE MIELOMA MÚLTIPLO? SIM_____ NÃO_____ 
(12) ESTA GRÁVIDA? SIM_____ NÃO_____ 
 
 
SINTA-SE A VONTADE PARA PERGUNTAR O QUE ACHAR NECESSARIO. 
ESTANDO CIENTE DESTAS INFORMAÇÕES, AUTORIZO A REALIZAÇÃO DO EXAME 
SOLICITADO. 
 
 SÃO PAULO, 
 
 
_____________________________________ ________________________ 
ASSINATURA DO PACIENTE OU RESPONSÁVEL ENTREVISTADO POR: 
 
 
 
 
 
 36 
 
Exames de Rotina em TC 
 
 
1 . Crânio 
 
 
 A tomografia de crânio está indicada: 
 
- Nos Tumores do encéfalo. 
- Nos Processos Infecciosos. 
- Nas doenças vasculares. 
- Nas doenças degenerativas. 
- No Trauma crânio-encefálico. 
- Nas malformações 
 
 
 A entrevista prévia do paciente será útil para a escolha adequada do protocolo a 
ser utilizado e para a viabilidade do uso de meio de contraste. 
 O contraste na TC é utilizado sempre que há uma ruptura da barreira hemato-
encefálica , como nos casos de tumores vascularizados e nos processos infecciosos ou, 
ainda, quando o objetivo for a contrastação de vasos arteriais e/ou venosos. 
 O contraste utilizado é a base de iodo, sendo preferível os meios não iônicos, 
devido a sua menor toxicidade. O volume a ser administrado é determinado pelo médico 
que supervisiona o exame. Normalmente o volume total não excede a taxa de 2 ml/Kg. 
 No exame de crânio de rotina em um sistema helicoidal a taxa de 1 ml/kg é a mais 
utilizada. 
 Exemplo: 
 
 paciente de 70 Kg Volume de contraste = 70 ml. 
 
 
 O posicionamento pode variar entre diferentes serviços, no entanto, a convenção 
mais aceita, estabelece como parâmetro cortes paralelos à linha orbito-meatal. 
 Os cortes da fossa posterior são em geral mais finos, variando entre 2 , 3 , e 
podendo chegar até 5 mm.. Com cortes desta espessura, reduz-se a magnitude dos 
artefatos produzidos pela massa óssea densa correspondente a porção petrosa do osso 
temporal. Os cortes supra-tentoriais são realizados em geral com 8 ou 10 mm. 
 O planejamento abrange um número de cortes entre 15 e 20, indo do forame 
magno até o vértex cerebral. 
 Quando o exame for realizado em duas fases (sem contraste e com contraste), 
será importante manter o mesmo posicionamento do paciente antes e após a injeção do 
meio iodado. 
 A documentação pode ser feita em dois filmes (um com a série sem contraste, o 
outro da série contrastada) , formatados com 20 exposições cada. 
 É conveniente manter na primeira exposição o SCOUT com as linhas de 
referência. 
 37 
 
 
 Documentação : 1 filme com 19 imagens + SCOUT( sem contraste ) 
 1 filme com 19 imagens + SCOUT (com contraste ) 
 1 filme c/ janela óssea (se necessário). 
 
/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / Nível - WL Janela - WW 
 Parênquima 36 200 - 80 
 Tecido ósseo 250 2000 
 
 
CT - Crânio 
 
 Fig.1 - Posicionamento Fig.2 – Scout 
 
 
 
 Fig.3 – Base do crânio Fig. 4 – fossas posterior e 
 Média. 
 38 
 Fig. 5 – Ventrículos cerebrais Fig. 6 - Região Parietal. 
 Plexos coróides. Linha média. 
 
 
 O Crânio em cortes coronais. 
 
 Eventualmente cortes coronais podem ser necessários para uma melhor 
elucidação diagnóstica. 
 O posicionamento do paciente é semelhante à posição de HIRTZ utilizada na 
radiologia convencional. Alguns equipamentos permitem o posicionamento em decúbito 
dorsal. Neste caso, o paciente fica com a cabeça numa posição mais baixa em relação ao 
corpo. 
 Alguns pacientes sentem um desconforto importante no posicionamento coronal 
em decúbito dorsal. A posicão em decúbito ventral com o mento apoiado sobre um 
suporte radiotransparente (isopor) pode ser a alternativa. Em ambos os posicionamentos no 
entanto, se faz necessário angular o gantry para que os cortes se aproximem da 
perpendicularidade da linha órbito meatal. 
 Cortes de 5 mm - Incremento 5 mm . 
 
 Fig. 7 – Decúbito Dorsal Fig. 8 – Decúbito Ventral 
 
 39 
 
 
/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / Nível - WL Janela - WW 
 Parênquima 40 180 
 Tecido ósseo 250 2000 
 
 
 
 
 2 . Seios Paranasais. 
 
 
 Os exame tomográfico dos seios paranasais deve ser feito em dois planos. O axial 
e o coronal. O campo de visão deve estar ajustado às dimensões das cavidades paranasais. 
(Aproximadamente 15 cm). Os cortes axiais com 5 mm de espessura – Incremento 0 (zero) 
são paralelos ao palato duro e iniciam num plano abaixo dos recessos alveolares e 
ultrapassam o limite superior dos seios frontais (aproximadamente 20 cortes ). 
 Os cortes no plano axial devem ser documentados com duas janelas; uma para as 
partes moles e a outra para o tecido ósseo. 
 A série coronal deve preferencialmente ser obtida com o paciente em decúbito 
ventral, mento apoiado sobre material radiotransparente (isopor). Nesta posição torna-se 
possível elucidar eventuais níveis líquidos, comuns nos processos agudos. 
 Os cortes coronais, a critério do médico radiologista, podem ser documentados 
com duas janelas (partes moles e ossos ) ou utilizando-se apenas uma janela intermediária. 
Os cortes no plano coronal frequentemente são de menor espessura que os axiais, 3 mm de 
espessura com 4 mm de incremento. 
 Nas sinusopatias, rinites, e outras doenças comuns das vias aéreas, não se faz 
necessária a administração do meio de contraste. Estas patologias representam mais de 90 
% das solicitações. 
 
Planejamento: 
 SCOUT ( Axial / Coronal ) 
 
 Scout - Axial Scout - Coronal 
 40 
 
 Documentação: 
 
 Série Axial: 
- 1 filme p/ partes moles 
- 1 filme p/ ossos 
- 19 imagens por filme + SCOUT com referência. 
 
 Seios Maxilares Seios Etmoidais 
 
 
/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / Nível - WLJanela - WW 
 Partes moles 30 250 
 Tecido ósseo 150 2000 
 
 
 
 
 Série Coronal: 
- 1 ou 2 filmes com janela intermediária. 
(20 à 30 imagens ) 
 Janela óssea – Axial Janela Intermediária – Coronal 
 
 41 
 
 
 
/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / Nível - WL Janela - WW 
 Janela Intermediária 100 1500 
 
 
 
 
 
3 . Sela Túrcica 
 
 
 O exame da sela tem por objetivo a avaliação dos tumores que acometem a hipófise 
e as patologias que afetam a integridade do arcabouço selar. Os microadenomas e os 
macroadenomas são os tumores mais frequentes. 
 O exame é feito no plano coronal. No exame da sela túrcica, devemos ter um 
cuidado especial no planejamento para evitar que os cortes passem no plano das obturações 
dentárias, o que causa artefatos do tipo “strike”. 
 O scout é feito em perfil com o paciente posicionado em decúbito dorsal ou 
ventral. A aquisição dos cortes é feita diretamente com meio de contraste A 
injeção deve ser rápida, preferencialmente com o auxílio de uma bomba injetora, a uma 
velocidade média de 2 à 3 ml / segundo. O volume a ser injetado é de 1ml / kg. 
 O cortes são adquiridos em fase precoce, aproximadamente 15 segundos do início 
da injeção. A espessura dos cortes pode variar entre 1 e 3 mm. 
 O FOV oscila entre 8 e 12 cm. 
 
 
 
 Documentação: 
 
 1 Filme c/ 12 exposições – Janela de parênquima. 
 1 Filme c/ 12 exposições – Janela óssea. 
 
 
/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / Nível - WL Janela - WW 
 Parênquima 40 180 
 Tecido ósseo 150 2000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42 
 
 
4. Osso Temporal 
 
 
 O osso temporal aloja as estruturas da orelha interna, média e externa. 
 Os distúrbios de equilíbrio são freqüentes e podem estar relacionados com as 
porções média e interna da orelha. A TC do osso temporal está indicada nas seguintes 
patologias: 
 
 
 Neurinoma do acústico. 
 Tumores glômicos. 
 Colesteatoma. 
 Otites média crônica e aguda 
 Labirintite. 
 
 
 O estudo do temporal é feito em dois planos: Axial e Coronal. Nas pesquisas 
de tumores, a utilização de contraste iodado ajuda a definir as dimensões reais da massa. 
Nas otites e na labirintite, não há necessidade de uso de contraste, todavia, o radiologista 
poderá decidir pela sua administração se assim julgar conveniente. 
 Os cortes devem cobrir toda a região da orelha média, com espessuras de 1mm 
a cada 1 mm de deslocamento (incremento = 1) . A porção mais posterior evidencia os 
canais semi-circulares do labirinto, particularmente o semi-circular posterior. A porção 
mediana destaca a imagem do vestíbulo e da cadeia ossicular. Na porção anterior evidencia-
se a imagem da cóclea. 
 Especial cuidado deve-se ter com o filtro utilizado no processamento das 
imagens pelo computador. Um filtro para tecido denso deve ser utilizado, considerando-
se a alta densidade da porção petrosa do osso temporal. Nos equipamentos General Elétric 
o filtro utilizado é o EDGE, também empregado nas imagens das corticais ósseas. 
 O posicionamento deve ser o mais simétrico possível, de forma que, se consiga 
obter num mesmo plano os dois meatos acústicos, pois o estudo do temporal é 
freqüentemente comparativo. No posicionamento do paciente, o profissional de 
radiologia deverá atentar para que a lâmpada de referência coincida bilateralmente com o 
“tragus” no pavilhão auricular. Este cuidado será fundamental para um exame de 
qualidade. 
 No posicionamento coronal deve-se tomar os mesmos cuidados. 
 Para as aquisições neste plano o paciente pode estar em decúbito ventral ou 
dorsal. Na opção pela escolha do posicionamento deve-se levar em consideração o grau 
de conforto e a estabilidade do paciente. 
 Não é fácil estabelecer uma assimetria das orelhas médias no plano coronal, por 
esta razão , é comum uma varredura além das estruturas conhecidas, posteriormente, 
reconstruindo-se um lado de cada vez com um campo de visão pequeno. 
 A espessura de corte, a exemplo dos cortes axiais, deve também ser de 1 mm 
obtidos a cada 1mm de deslocamento da mesa. 
 43 
 
Cortes Axiais Bilateral. 
 
 Mastóides – Canais S.C. Sup. Orelha Média - MAI 
 Cóclea – Mesotímpano Cóclea – Hipotímpano 
 
 
 Cortes Coronais – Unilateral 
 
 Vestíbulo / C.S.C. Cóclea / Martelo 
 
 
 
 Documentação: 
 
 Plano Axial - 1 filme formatado em 20 - Janela de Osso Temporal. 
 
 Plano Coronal – 1 filme formatado em 20 para cada lado do Temporal 
 44 
 Janela de Osso Temporal. 
 
/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / Nível - WL Janela - WW 
 Janela p/ Osso Temporal 400 4000 
 Janela partes moles 40 200 
 
 Total ( 3 filmes ). 
 
 
 OBS: Se injetado contraste iodado, será necessário uma documentação de 
 partes moles. Isto será especialmente importante nas pesquisas de 
 neurinoma do acústico. 
 
 
 5 . Face. 
 
 O estudo da face está indicado principalmente nos tumores e nos traumas 
faciais. 
 O planejamento típico inclui dois planos; axial e coronal, com documentação em 
duas janelas, uma para partes moles e outra para ossos. 
 No plano axial, os cortes de 5 mm de espessura vão, desde o mento até o 
frontal, paralelos ao plano do palato duro. Especial cuidado deve-se ter com os pacientes 
portadores de próteses fixas e obturações. Nestes casos, poderá ser necessário dois 
planejamentos, de forma a evitar que os cortes passem sobre os materiais de alta 
densidade. 
 O estudo no plano coronal preferencialmente deve ser feito no decúbito ventral, 
para que se demonstre eventuais níveis líquidos, especialmente nas cavidades paranasais. 
Neste plano os cortes vão desde o seio esfenoidal até os ossos nasais. A simetria no 
posicionamento será fundamental para a qualidade do exame. 
 Cortes de 5 mm a cada 5 mm de espaçamento. 
 
 Documentação: 
2 janelas no plano axial ( Ossos + Partes moles ) 
2 janelas no plano coronal ( Ossos + Partes moles ) 
 
/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / Nível - WL Janela - WW 
 Janela p/ Ossos 150 2000 
 Janela partes moles 40 200 
 
 
 
6 – Órbitas 
 
 O estudo das órbitas é feito em dois planos; Axial e Coronal. 
 Uma fase sem contraste no plano axial com cortes de 3mm de espessura com 
incremento de 3 mm. FOV entre 16 e 20 cm. 
 45Após injeção do meio de contraste são realizados cortes nos dois planos. O axial 
segue o mesmo planejamento da série sem contraste. No plano coronal os cortes vão desde 
o dorso da sela túrcica (região do quiasma) até o cristalino, em cortes de 3 mm de 
espessura com incremento de 3 à 5 mm. 
 A documentação é feita com duas janelas (partes moles + ossos) em ambos os 
planos. 
 Na pesquisa de trauma da região orbitária uma reconstrução tridimensional poderá 
enriquecer a documentação do exame. Nos tumores do nervo óptico, as reconstruções no 
plano do nervo óptico também são de grande valia. 
 
 
 
 
7 - Pescoço. 
 
 O estudo do pescoço freqüentemente está relacionado com a pesquisa de tumores, 
gânglios, processos infecciosos e nódulos da tireóide. 
 A tomografia de pescoço é realizada diretamente com contraste iodado. Os vasos da 
região devem estar bem contrastados para diferenciá-los de eventuais gânglios ou nódulos. 
A injeção do meio de contraste deve ser feito em duas etapas ( 50 % do volume numa fase 
inicial e, após 1 minuto, injeta-se os outros 50%). Este procedimento é útil para 
demonstrar simultaneamente contraste nos vasos venosos e arteriais aumentando a 
especificidade do método. 
 A injeção da primeira fase do contraste pode ser feita manualmente. Na segunda fase 
o meio deve ser injetado por bomba a uma velocidade de 2 ml por segundo. Inciam-se os 
cortes com 20 segundos da injeção em aquisição helicoidal. 
 O volume médio de contraste é de 1,5 ml por Kg de peso. ( Ex.: Paciente de 70 kg = 
100 ml ). 
 Recomenda-se instruir o paciente no momento da aquisição dos cortes para que o 
mesmo evite engolir saliva. 
 
 Documentação: 
- Em geral apenas janela de partes moles. 
- 
/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / Nível - WL Janela - WW 
 
 Janela partes moles 40 200 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 46 
 
7 - Tórax. 
 
 
 O estudo do tórax na tomografia computadorizada é o método de escolha no 
diagnóstico diferencial das patologias que afetam o parênquima pulmonar e, 
particularmente, o interstício. É também um método altamente eficaz no estudo dos 
grandes vasos, tromboembolismo pulmonar, processos infecciosos e tumores em geral. 
 
 Principais objetivos do exame do Tórax na T.C.: 
 
- Análise do parênquima pulmonar. 
- Análise da distribuição vaso-brônquica. 
- Análise das estruturas mediastinais e hilares. 
- Análise dos grandes vasos e área cardíaca. 
- Pesquisa de tromboembolia. 
- Integridade do arcabouço ósseo. 
 
A tomografia do tórax pode ser tecnicamente dividida em: 
 
 Tórax Rotina. 
 Tórax em Alta Resolução. 
 Estudo de vasos. 
 Estudo de tromboembolia pulmonar (TEP) 
 
 
 
O exame de rotina. 
 
 
 
 O tórax rotina está indicado no estudo geral da região, especialmente 
quando o paciente não tem definido o quadro da sua patologia, também nos “ Check-ups” 
e nos rastreamentos de metástases. 
 A critério do radiologista poderá ou não ser realizado com meio de 
contraste iodado. 
 Os cortes são feitos com aproximadamente 10 mm de espessura a cada 10 
mm (incremento 10 mm) em aquisição helicoidal e, preferencialmente, numa única 
apnéia. 
 A varredura inicia-se no plano superior aos ápices pulmonares e ultrapassa 
os recessos costo-frênicos. Neste nível observamos com freqüência as glândulas supra 
renais, que, muitas vezes, é a referência para a conclusão do estudo. 
 A fase contrastada é feita normalmente com o mesmo planejamento 
utilizado na fase sem contraste. 
 O volume de contraste em média é de 1,5 ml por kg de peso. Deve ser 
administrado por meio de bomba injetora a uma velocidade de 2 à 3 ml por segundo. Os 
 47 
cortes tomográficos são adquiridos aproximadamente com 30 segundos do início da 
injeção. 
 
 Posicionamento Scout c/ planejamento. 
 
 
 Região dos ápices Região supra-aórtica 
 
 Arco aórtico Câmaras / Grandes vasos 
 
 
 48 
 
 
 
 A documentação do exame é feita com duas janelas. Uma voltada para mediastino 
(partes moles) e outra para o parênquima pulmonar (pulmão) . Na suspeita de lesões 
ósseas, uma terceira documentação com janela específica deve ser acrescentada. 
 
 
 Janela de “pulmão “ Base dos pulmões. 
 
 
 Documentação: 
 
 Fase sem contraste: 
 - Janela para mediastino (partes moles ). 
 
 Fase pós contraste: 
- Janela para mediastino (partes moles). 
- Janela para parênquima pulmonar. 
- Janela para ossos ( se necessário ). 
 
Exemplos de “janela “. 
 
/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / Nível - WL Janela - WW 
 Parênquima pulmonar - 800 2.000 
 Mediastino 30 300 
 Ossos 200 2000 
 
 
 OBS: Alguns serviços adotam no exame de rotina do tórax uma fase única 
 diretamente com contraste. 
 
 
 
 
 49 
Tomografia Computadorizada do Tórax em Alta Resolução ( TCAR ) 
 
 
 As patologias que afetam exclusivamente o parênquima pulmonar e , 
particularmente, o interstício, são melhores demonstradas no estudo pulmonar em 
alta resolução , técnica conhecida pela sigla TCAR. 
 Nesta técnica, realizam-se cortes de espessura muito reduzida, 
normalmente de 1 mm, com espaçamento a cada 10 mm., cobrindo toda a região 
pulmonar (aproximadamente 25 / 30 cortes). Utiliza-se filtro específico de 
parênquima pulmonar (LUNG). 
 A documentação deste exame deve ser feita de forma a se colocar em 
evidência os detalhes do interstício e os da trama vaso-brônquica através de fotos 
ampliadas. 
 Usualmente formata-se o filme 35 x 43 em 6 quadros ou no máximo 9 
quadros. A documentação é feita exclusivamente com janela de pulmão. 
 
 
Estudo dos grandes vasos. 
 
 
 O estudo do coração e dos grandes vasos da base como: a artéria aorta, 
a artéria pulmonar e as veias cavas, constitui-se num segmento à parte do estudo 
torácico. 
 Com o advento dos novos recursos gráficos, que possibilitou a 
reconstrução de modelos tridimensionais em alta definição dos vasos impregnados 
por contraste , tornou-se importante a administração deste meio, através de 
bomba injetora e, com velocidade rápida de infusão. Administrando-se de 2 à 4 
ml por segundo, obtém-se uma contrastação uniforme do principais vasos. 
Convém fazer a aquisição com cortes de pequena espessura, normalmente de 3 à 5 
mm, em modo helicoidal. A aquisição no modo helicoidal permite que os 
cortes possam ser reconstruídos a incrementos menores do que a espessura do 
corte. Este procedimento é especialmente útil quando há interesse na reconstrução 
de modelos tridimensionais ou para técnicas de navegação no interior dos vasos.

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