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INTRODUÇÃO 
A Escola da Ponte é um bom exemplo de instituição com uma nova 
visão de ensino e metodologia. Sua característica é levar em 
consideração a promoção da autonomia e da liberdade dos 
estudantes, pensando-os como protagonistas do processo de 
ensino-aprendizagem. 
Como podemos perceber, a visão de ensino semelhante a 
uma linha de montagem – na qual professor e aluno 
desempenham apenas um papel, tendo o mesmo tempo e a mesma 
forma de aprender – está sendo repensada; por conta disso, novas 
abordagens didáticas na área têm sido estudadas. 
Com as mudanças nesses paradigmas da educação, o estudo das 
abordagens didáticas passa a analisar como a prática docente – 
compreendida pela dinâmica de ensino-aprendizagem – pode ser 
executada de maneira mais eficiente. 
Para obter essa eficiência, no entanto, não existe uma única linha 
de abordagem. A maneira como os educandos aprendem é um 
assunto amplamente debatido, influenciando tais abordagens. Para 
compreendermos essas linhas, seguiremos os passos de um 
professor que se depara com o desafio de escolher um caminho 
para tornar a sua atuação mais eficiente. 
Desse modo, como primeiro passo, serão apresentadas as 
principais teorias da aprendizagem: elas são muito utilizadas e 
conhecidas no campo da Educação, pois este espaço mostra-se 
necessariamente complexo, com um conjunto de teorias que 
sustenta o processo de ensino e de aprendizagem. Podemos, 
assim, dizer que o professor precisa conhecer as teorias que vão 
subsidiar sua abordagem didática. 
Conhecer as principais teorias da aprendizagem deve representar 
um constante exercício de estudos, possibilitando que os 
professores se aprofundem e escolham aquelas com as quais mais 
se identifiquem. Portanto, estamos falando de escolhas. 
Essas escolhas têm se tornado cada vez mais difíceis quando 
levamos em consideração o mundo contemporâneo com os 
inúmeros desafios à vida cotidiana e ao exercício da docência. 
Afinal, tais mudanças têm impactado fortemente a prática do 
professor em sala de aula nos dias de hoje. 
Neste momento, você deve estar se perguntando: 
 
Essas (e outras) questões fazem parte da profissão docente, 
embora seu raio de influência dependa da prática desenvolvida por 
cada professor. Tais perguntas sempre lhe acompanharão em sua 
atividade profissional. 
O foco sobre as teorias da aprendizagem se concentra em sua 
perspectiva de desenvolvimento, considerada por muitos como uma 
das mais emblemáticas do século passado por meio da intensa 
relação com a Psicologia da Educação. Vamos ver a seguir alguns 
de seus conceitos. 
 
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA OU 
BEHAVIORISMO 
Nossos estudos sobre as teorias da aprendizagem começam com o 
destaque a uma das correntes teóricas mais importantes da área: o 
behaviorismo. Originada em estudos feitos no campo da Psicologia, 
esta corrente de pensamento compreende e define o 
comportamento humano como o resultado de influências sociais. 
Segundo a teoria behavorista, o sujeito pode ser moldado de acordo 
com estímulos e respostas. 
Podemos destacar John B. Watson como o principal criador dessa 
teoria e, logo em seguida, outros estudiosos também se juntaram 
ao behaviorismo, como Ivan Pavlov e B.F. Skinner. 
Assim, podemos entender que o behaviorismo é parte de um 
sistema educacional tradicional, pois está amparado em 
estímulos, respostas e reforços. Talvez você ainda esteja se 
perguntando: 
 
Se já recebeu nota baixa alguma vez na vida, isso certamente 
reforçou alguma ideia em você. É isso que o behaviorismo analisa. 
À medida que somos elogiados, o nosso comportamento muda. 
Nesta abordagem, o principal instrumento da modelagem é o 
reforço. Este pode ser entendido como qualquer ocorrência que 
aumente a intensidade de um determinado comportamento. Pode 
ser positivo (recompensa) ou negativo (remoção de algo adverso). 
Nessa perspectiva, a educação está fortemente ligada à 
transmissão cultural, devendo imprimir no sujeito conhecimentos e 
padrões de comportamentos éticos e sociais, além de competências 
consideradas fundamentais para o controle do ambiente e da 
realidade. O processo de ensino-aprendizagem é uma mudança 
comportamental do sujeito resultante das práticas vividas e 
reforçadas pelo professor. Por isso: 
 
 
 
 
ABORDAGEM COGNITIVISTA 
Nesta abordagem, o conhecimento é considerado uma construção 
contínua do sujeito no meio em que transita. O cognitivismo realça 
aquilo que é ignorado pela abordagem comportamentalista: o ato de 
conhecer. O interesse da teoria cognitivista é saber como o ser 
humano conhece o mundo, investigando a percepção, o 
processamento de informação e a compreensão dele. 
Vamos entender como a teoria cognitivista funciona: 
 
 
O cognitivismo não concebe modelos prontos de mundo, aluno ou 
sala de aula. Tudo está em um contínuo processo de vir a ser, pois 
seu objetivo didático é a autorrealização e o uso pleno das 
potencialidades do sujeito. Desse modo, de acordo com a 
abordagem cognitivista, o mundo e o homem não estão prontos e 
acabados (como ocorre no behaviorismo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A abordagem cognitivista leva em consideração o cotidiano, a 
vivência, a realidade e as experiências do aluno. No entanto, muitas 
vezes, é difícil estabelecer a relação entre a teoria ensinada e a 
prática. 
O processo de ensino cognitivista ocorre a partir de uma 
metodologia criada pelo professor na qual a aprendizagem do aluno 
se desenvolve em um contexto que privilegia a liberdade para 
aprender. Notemos que várias correntes e diversos representantes 
desta teoria podem ser agrupados da seguinte maneira: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo as teorias cognitivistas, o processo do conhecimento é 
construído pela relação entre sujeito e sujeito ou sujeito e objeto, ou 
seja, cada sujeito constrói o seu conhecimento a partir do contato 
com o meio e da relação que ele faz. 
O sujeito constrói o seu conhecimento não a partir de uma estrutura 
fixa, mas sempre em uma relação de troca. Por isso, tais teorias 
designam a existência de uma variedade de elementos responsável 
por possibilitar o aprendizado. 
Vamos conhecê-las mais profundamente a partir de agora. 
 
 
Teoria cognitivista construtivista 
O Construtivismo é uma linha de pensamento que gerou um grande 
impacto na Pedagogia, principalmente pelas ideias de Jean Piaget. 
Sua principal indagação diz respeito à forma como o sujeito 
conhece o mundo. Uma das principais preocupações de Piaget era 
compreender como e quais são os mecanismos utilizados pelo 
homem para o conhecer e se adaptar a ele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cada informação do meio social é processada na mente do sujeito 
a partir dos elementos que lhe são oferecidos. Assim, cada um 
reestrutura de maneira única esse conhecimento e o integra ao 
corpo de um saber já construído. Dessa maneira, Piaget avalia o 
contato social como o principal meio de aprendizado. 
Para Jean Piaget, a interação social não está relacionada apenas a 
uma transferência verbal, e sim ao uso do pensamento e da 
cooperação. 
 
 
 
 
 
 
 
Essa afirmação propicia a compreensão de que a abordagem 
construtivista estabelece diferenças entre ensino e aprendizagem. 
Afinal, o que cada estudante aprende não constitui exatamente 
aquilo que o docente explica em sala de aula, tampouco o que era 
planejado previamente por ele. A aprendizagem, portanto, depende 
diretamente de conhecimentos anteriores àqueles evocados por 
nossas experiências. 
Então, talvez apareça a seguinte questão: 
 
 
 
O professor precisa estabelecer situações que desestabilizem os 
conhecimentos anteriores de seus alunos. No entanto, é 
fundamental haver a compreensão de que isso, 
concomitantemente, requer a presença de: 
 
 
 
Teoria cognitivista sociointeracionista 
Lev Vygotsky é seu maior representante. Para este autor, a 
mediação é um fato fundamental para o processo cognitivo do 
sujeito,sendo realizada por meio da relação interpessoal e dos 
sistemas de signos(linguagem, escrita, símbolos e objetos). 
A linguagem é um instrumento de mediação da aprendizagem para 
criar situações concretas de produção, reflexão, colaboração e 
construção de conhecimento. Ela abandona, dessa forma, o 
esquema linear de reprodução ou consumo. 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos reconhecer a interação entre os alunos como uma 
estratégia pedagógica. Para que haja um conhecimento, o sujeito 
deve ser entendido como um ser social que constrói sua 
individualidade a partir das interações mediadas pela cultura. Dessa 
maneira, a relação que a pessoa estabelece com o meio social é 
condição fundamental para ela se constituir como indivíduo. 
 
Teoria cognitivista significativa 
Os estudos sobre esta teoria têm como base o autor David Paul 
Ausubel, responsável pela elaboração do conceito de 
aprendizagem significativa. Na abordagem cognitiva, ele observa 
o que ocorre dentro da mente humana durante a construção do 
conhecimento. 
Para Ausubel, a estrutura cognitiva refere-se ao conteúdo total 
das informações, aos fatos, aos conceitos e aos princípios 
organizados pela pessoa. A aprendizagem é vista como o processo 
em que o novo conteúdo se organiza e se integra à estrutura 
cognitiva já existente. Dessa maneira, o professor precisa fazer a 
relação significativa entre o conteúdo acadêmico e o social para que 
o aluno perceba o significado do que aprende. 
 
 
 
 
 
 
Para haver aprendizagem significativa, são necessárias duas 
condições: 
 
 
 
Com esse duplo marco de referência, as proposições de Ausubel 
partem da consideração de que os indivíduos apresentam uma 
organização cognitiva interna baseada em conhecimentos de 
caráter conceitual, sendo que a sua complexidade depende muito 
mais das relações que eles estabelecem entre si que do número de 
conceitos presentes. 
Essas relações têm um caráter hierárquico; dessa forma, a 
estrutura cognitiva é compreendida fundamentalmente como uma 
rede de conceitos organizados hierarquicamente de acordo com o 
grau de abstração e de generalização. 
Agora que você já foi apresentado às teorias contempladas na 
abordagem cognitivista, demonstraremos como elas influenciam na 
atuação do professor e na sua prática em espaços escolares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No módulo anterior, buscamos perceber como os sujeitos aprendem 
e como esse aprendizado pode ser visto de formas diferentes. 
Diante desse desafio, passamos a refletir sobre o professor e seu 
papel na construção dessa abordagem didática. 
Quanto à investigação de seus processos na prática docente, talvez 
você esteja com os seguintes questionamentos: 
 
Dessa maneira, cabe ao professor acompanhar o processo de 
ensino-aprendizagem ao fomentar novas descobertas, possibilitar a 
ampliação desses conhecimentos e adaptar as suas práticas de 
acordo com a turma. 
 
 
 
A didática serve para indicar os processos de ensino-aprendizagem. 
Com eles, você vai poder pensar tecnicamente e acompanhar a 
evolução dos alunos. 
Não basta, porém, compreender um conteúdo do ponto de vista 
técnico. O processo de compreensão é do aluno, e não do 
professor, pois será o estudante que vai descobrir os seus 
caminhos e construir as pontes necessárias para seu 
desenvolvimento. Ser didático, além de se preparar, é estar 
disposto a compreender que seu aluno precisa de 
acompanhamento no processo de aprendizado. 
A didática não deve ser entendida como uma prática, mas como um 
processo no qual cada aluno desenvolve seus aspectos cognitivos. 
O professor, por sua vez, acompanha esse processo e fomenta 
novas descobertas, possibilitando a ampliação desses 
conhecimentos. 
Todo aquele que se coloca na condição de educando espera que 
quem o conduzirá esteja preparado. Independentemente de nosso 
tempo de convivência, nós, enquanto professores, devemos estar 
dispostos e sermos capaz de acompanhá-lo para provocar e 
permitir processos de aprendizagem, cada um com seu ritmo e 
dentro de suas necessidades. Desse modo, atuar didaticamente é: 
 
 
O uso da didática, aliás, possui uma funcionalidade muito mais 
ampla: fundamental para todo sujeito no ato de educar, ela impacta 
diretamente o processo de ensino-aprendizagem. 
 
CONCEITUANDO A DIDÁTICA 
A didática deve ser entendida como uma ferramenta pedagógica 
que impulsiona o professor a refletir sobre as formas de 
abordagem do conhecimento, das metodologias, da 
necessidade de planejamento e de tudo que envolve o 
processo de ensino-aprendizagem. Como não se limita à técnica, 
ela se dedica ao estudo do processo de ensino-aprendizagem, 
oferecendo uma reflexão constante que orienta as abordagens 
didáticas a fim de fortalecer tal processo. 
A abordagem didática deve ser entendida como um “fazer 
reflexivo” que leva o professor a ampliar sua visão sobre as formas 
de ensinar e de aprender, facilitando a escolha das metodologias 
que dão sentido à sua prática. 
Ela provoca reflexões sobre a forma de atuação dela no processo 
de aprendizagem dos alunos e a maneira de melhorar sua prática 
a partir do seu cotidiano. 
A abordagem didática também ultrapassa a dimensão técnica, pois 
exige compromisso do mestre com o aprendiz, fazendo com que o 
professor adote uma postura reflexiva, na qual a construção de 
conhecimentos ganha nova dimensão, provocando a entrada de 
aprendizagens significativas que façam sentido para o público a que 
se destina. 
O papel da abordagem didática é fazer a diferença em qualquer 
campo com demanda educativa (instituições públicas, privadas ou 
do terceiro setor), pois ela auxilia na construção de cenários de 
ambientação para que a aprendizagem aconteça e se consolide. 
Na abordagem didática, o professor deve: 
 
Dar sentido ao que é apresentado 
Podemos dizer que ela é a proposta de reflexão sobre a prática. O 
professor utiliza variadas teorias da aprendizagem para observar o 
andamento do processo de ensino. 
 
Ter o cuidado de buscar novos caminhos 
O professor deve desenvolver e adaptar métodos e técnicas que 
possam ser utilizados na construção de determinados 
conhecimentos, sabendo contextualizá-los a cada realidade e 
respeitando os procedimentos mentais desenvolvidos nessa 
construção. 
 
Quem é didático, atua como um mediador que considera e respeita 
a cultura e a história do seu aluno, associando, a partir dessas 
singularidades, os saberes da vida aos que precisam ser 
construídos. Portanto, no universo da abordagem didática, diversas 
teorias podem ser utilizadas para a obtenção da melhor proposta 
com o objetivo de atender à necessidade dos alunos. Ou seja, você 
precisa compreender que todo professor tem uma abordagem 
didática para pensar, fazer sua aula e instruir seu aluno. 
 
 
ABORDAGEM DIDÁTICA PARA AS 
FUTURAS GERAÇÕES 
Você sabia que a nossa sociedade passa por grandes 
transformações e que cada geração é classificada de uma maneira 
diferente? Para a reflexão apropriada de uma abordagem didática 
atual, o professor deve ter algum conhecimento sobre as gerações 
e seus processos históricos. 
Pensar a abordagem didática atualmente é compreendê-la de uma 
forma diferente, pois é preciso considerar os avanços tecnológicos, 
a popularização da internet e a mistura geracional. 
Como você pôde observar, cada uma dessas gerações (X, Y, Z e 
Alpha) apresenta características diferentes. A definição de uma 
abordagem didática que não leve em conta tais elementos pode 
interferir profundamente no processo de ensino e aprendizagem. As 
diferenças geracionais direcionam a construção do seu processo 
docente, mas sem haver a criação de uma “camisa de força”. 
Portanto, sempre deve existir espaço para a criatividade. 
Precisamos, enquanto professores, reconhecer as diferenças 
geracionais e nos comportar como um orientador de caminhos. 
Nosso objetivo é propor desafios e, principalmente, direcionar os 
alunos para o trabalho cooperativo e colaborativo mediante a 
potencializaçãodo diálogo, da troca de conhecimentos e da 
produção coletiva dos discentes. 
Atualmente, o professor na sala de aula da educação básica 
trabalha principalmente com crianças das gerações Z e Alpha. 
Dessa forma, ele terá de repensar sua prática pedagógica e seus 
caminhos didáticos, pois precisará lidar com perfis geracionais 
diferentes do seu. 
Essas medidas são importantes. Nossos alunos têm um perfil 
geracional diferente, já que cresceram utilizando ambientes 
colaborativos, como Instagram, Facebook, Pinterest e Snapchat. 
Além disso, eles estão acostumados aos games, que são jogados 
em grupos, embora seus jogadores estejam distantes 
geograficamente. 
Por essa razão, a abordagem didática atual deve enfatizar o 
enfoque social em detrimento do individual, privilegiando atividades 
e trabalhos realizados em mesas agrupadas fisicamente nas quais 
sejam utilizadas ações de pesquisa, análise de situações e 
resolução de problemas. 
O melhor procedimento didático é aquele acompanhado de uma 
significação para cada geração. A didática está presente de forma 
imperativa em todos os espaços de aprendizagem: na construção 
de instrumentos de apoio ao ensino, como conteúdos digitais, assim 
como em materiais, livros e projetos didáticos. Afinal, ela mesma é 
um instrumento qualificador do trabalho educativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECAPITULANDO 
Como vimos no módulo anterior, a abordagem didática se separa 
em dois grandes blocos. Amparada por uma teoria e concepção de 
mundo, de sujeito e de sociedade, ela propõe um: 
 
Fazer reflexivo 
O professor deve pensar sua prática de forma contextualizada a 
partir de uma teoria da aprendizagem. Assim, cabe ao docente 
refletir sobre as relações, reações e ações que vão influenciar a 
aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos. 
Ensino-aprendizagem 
Todo professor precisa saber que o processo de aprendizagem não 
está desvinculado do ensino: ambos estão juntos. 
O professor ensina e o aluno aprende, mas ele também acaba 
aprendendo nesse processo. Todos nós, enfim, aprendemos e 
ensinamos no ato educativo. 
Você, enquanto professor, deve refletir sobre qual abordagem irá 
auxiliar no seu processo como educador. Seu objetivo é facilitar o 
aprendizado do aluno, levando em consideração seu cotidiano, sua 
vivência e seu saber. Para isso, é importante, antes de 
tudo, planejar suas aulas tendo em vista os blocos da abordagem 
didática e os currículos que atuam dentro dos espaços 
educacionais. 
 
PLANO DE AULA 
Durante a elaboração do plano de aula, o professor deve articular 
as competências e habilidades solicitadas pelo seu demandante 
com as estratégias que serão utilizadas. Portanto, ele corresponde 
ao nível de maior detalhamento e objetividade do processo de 
planejamento didático, tendo como finalidade a previsão dos 
conteúdos e atividades de cada aula. 
Todo plano de aula deve ser composto por conteúdo e tema, 
competências, estratégias didático-metodológicas e avaliação 
(com possíveis intervenções didáticas). Durante a elaboração do 
planejamento e deste plano, é preciso ter em mente as seguintes 
perguntas: 
 
O planejamento didático deve ser uma ferramenta teórico-
metodológica usada pelo professor para intervir na realidade. Celso 
Vasconcelos (2000) define que o planejamento, 
 
 
 
 
 
 
Nessa discussão, são estabelecidas três dimensões: a realidade 
(onde estamos), os fins (aonde queremos chegar ou o que 
desejamos alcançar) e a mediação (como alcançar o que 
planejamos). 
 
Quando planejamos e aplicamos nosso plano em sala de aula, 
temos uma intenção subjacente à ação didática. Para que as 
competências se concretizem mais facilmente, é necessário que 
este plano tenha as seguintes características: 
 
 
 
Agora que você já possui uma ideia sobre o plano de aula, que tal 
elaborarmos um utilizando as duas teorias aprendidas (cognitivista 
sociointeracionista e behaviorismo)? Para isso, lembre-se de que 
todo plano deve conter: 
 
1 - Conteúdo: assunto central sobre o qual será tratado o plano. 
 
2 - Tema da aula: tópicos relacionados ao conteúdo da aula. 
 
3 - Segmento: para o qual ano este plano foi pensado. 
 
4 - Duração: tempo estimado da aula. 
 
5 - Objetivos: aquilo que se pretende alcançar com ela. 
 
6 - Metodologia: que caminhos são realizados nela e o que é feito. 
 
7 - Recursos: que materiais são necessários para que haja a aula. 
 
8 - Avaliação: como ocorre a mensuração da aprendizagem. 
 
Behaviorismo 
Imagine que você precisa ministrar uma aula para uma turma do 
quarto ano do Ensino Fundamental sobre a superfície terrestre 
brasileira. Levando em consideração a abordagem behaviorista, 
veja um plano de aula com características behavoristas. 
 
 
 
Sociointeracionista 
Imagine-se agora ministrando, para a mesma turma, uma aula 
sobre produção e interpretação de texto. Levando em consideração 
a abordagem comportamentalista sociointeracionista, veja um 
plano de aula que possua as características do 
sociointeracionismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Como vimos, ao longo dos anos, o processo educativo foi se 
tornando o foco de investigação e criação de diferentes teorias. 
Entender como ocorre o aprendizado e a melhor forma de 
potencializá-lo possibilitou que os professores aprofundassem 
suas escolhas e suas ações dentro dos diversos espaços 
educacionais. Nesse âmbito, aprendemos sobre duas importantes 
teorias: a abordagem comportamentalista ou behaviorismo, que 
busca compreender e definir o comportamento humano como o 
resultado de influências sociais de acordo com estímulos e 
respostas; e as abordagens cognitivistas, cujo objetivo é saber 
como o ser humano conhece o mundo. O propósito deste tema é 
instrumentalizar o professor para que ele seja capaz de perceber a 
importância do direcionamento de sua abordagem. 
A abordagem didática é um processo que busca dar significado ao 
trabalho do professor, já que lhe permite perceber o fim de sua 
ação, construindo propostas fundamentadas. Por isso, a didática 
docente deve ser atrelada ao fazer reflexivo e ao ensino-
aprendizagem, levando em consideração as multiplicidades de 
cotidianos que permeiam a escola. Já seu planejamento, seja ele 
behaviorista ou cognitivista, deve conter os seguintes 
itens: objetivo, finalidade do conteúdo, estratégias didático-
metodológicas e recursos. Além disso, é fundamental que a 
construção do plano de aula possua coerência, unidade, 
continuidade, sequência, objetividade, funcionalidade, 
precisão e clareza nas informações detalhadas. 
 
 
Referências 
CANDAU, Vera Maria (Org). A didática em questão. 36. ed. 
Petrópolis: Vozes, 2014 
FAZENDA, Ivani. Didática e interdisciplinaridade. Campinas: 
Papirus, 2015. 
FIGUEIREDO, L. C. M. Matrizes do pensamento psicológico. 
Petrópolis: Vozes, 1989. 
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 
1982. 
LIBIK, Ana Maria. Aprender Didática – ensinar Didática. Livro III. 
Curitiba: InterSaberes, 2012. 
MIZUKAMI, M.G. Ensino, as abordagens do processo. São 
Paulo: EPU, 1986. 
MONTES, Marta T. do Amaral. AuCoPre: uma metodologia ativa 
para o trabalho didático com fóruns de discussão. Curitiba: Appris, 
2017. 
MORAN, J. M; MASETTO, M. T; BEHRENS, M. A. Novas 
Tecnologias e mediação pedagógica. 19. ed. São Paulo: Papirus, 
2012. 
PELIZZARI, Adriana. Teoria da aprendizagem significativa 
segundo Ausubel. Disponível 
em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/00000123
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PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas: 
problema central do desenvolvimento. Rio de Janeiro, Zahar, 1976. 
PIAGET, J. Epistemologia genética. Tradução de Álvaro Cabral. 3. 
ed. São Paulo: Martins 
Fontes, 2007. 
SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil: 
Campinas: Autores associados, 2007 
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SAVIANI, D. Escola e democracia. 35. ed. rev. Campinas: Autores 
Associados, 2002. 
SIQUEIRA, Vinicius.O signo linguístico – Saussure e a AD. 
Disponível em: https://colunastortas.com.br/signo-linguistico/. 
Acesso em: 09 dez. 2019. 
VASCONCELLOS, Celso. Planejamento projeto de ensino-
aprendizagem e projeto político-pedagógico. 7 ed. São Paulo: 
Libertad, 2000. 
VIGOTSKI, L. S. Psicologia pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 
2003. 
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins 
Fontes, 1998. 
VIGOTSKI, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins 
Fontes, 1993. 
 
 
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	INTRODUÇÃO
	ABORDAGEM COGNITIVISTA
	PLANO DE AULA
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Referências

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