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Síndromes medulares

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Síndromes medulares 
O que é síndrome? É um conjunto de sinais e/ou sintomas que caracterizam uma determinada patologia.
E o que é medula espinhal? Juntamente com o cérebro, a medula espinhal forma o sistema nervoso central (SNC). Ela é responsável por conduzir informações de diversas partes do organismo para o cérebro e deste para outras regiões, sendo responsável também pelos atos reflexos. Assim, lesões nessa porção do SNC podem causar diversos prejuízos ao organismo. A medula espinhal é constituída por uma substância branca (formada principalmente por feixes de fibras dos axônios) e uma substância cinzenta (formada principalmente por corpos celulares de neurônios), além de um canal central por onde circula o líquido cefalorraquidiano. Vale também dizer que ela é revestida por três membranas, denominadas meninges, que lhe conferem proteção. 31 pares de nervos espinhais se ramificam a partir da medula, conectando-a a todas as partes do corpo.
 
 		
Corte transverso: substância branca e substância cinzenta. Na parte cinzenta é onde está localizada a maior concentração de neurônios. Na parte anterior, onde vão estar os cornos anteriores que estão relacionados principalmente com a motricidade. Os cornos posteriores estão relacionados, sobretudo com a sensibilidade. Os cornos laterais que existem na região torácica e lombar, justamente regiões que estão relacionadas com o sistema nervoso autônomo simpático.
A medula não ocupa todo o canal vertebral, ela acaba antes, isso faz com que as últimas raízes tenham um percurso quase verticalizado até sair pelos seus forames de conjugação. E essa figura anatômica é que dá a conformação semelhante aos pelos de uma calda de cavalo e é chamada por tanto de calda equina.
Mielopatia transversa 
Secção transversal completa da medula espinal causa abolição imediata de todas os tipos de sensibilidade e motricidade voluntária abaixo da lesão. Na fase inicial, denominada fase de choque medular, os reflexos profundos e superficiais também estão abolidos. Somente após algumas semanas aparecerão o sinal de Babinski e os reflexos profundos, que progressivamente tornar-se-ão hiperativos. Na fase de choque medular, ocorrem retenção urinária e fecal secundárias à arreflexia do detrusor e à paralisia do peristaltismo intestinal, respectivamente. O limite superior da anestesia, denominado nível de sensibilidade, possibilita reconhecer o segmento em que ocorreu a transecção. Mielopatias transversas podem ter diversas etiologias. Traumas, compressões agudas por tumores malignos, infecções e inflamações agudas são algumas das causas mais comuns. Secções situadas acima de C4 são ainda mais graves porque causam paralisia dos movimentos respiratórios.
Síndrome medular anterior
São lesões que afetam desproporcionalmente a porção anterior da medula. A associação de lesão dos tratos piramidais e das colunas anteriores da medula, onde se localizam os neurônios motores inferiores ou motoneurônios, determina a concomitância das síndromes motoras deficitárias periférica e central (ou piramidal). Uma doença, como a poliomielite, onde o vírus destrói, sobretudo essa parte. O paciente tem o comprometimento da motricidade, mas é conservada a sensibilidade.
Síndrome cordonal posterior
É quando se tem o comprometimento dessas modalidades sensitivas: propiocepção, tato epicrítico e palestesia. É caracterizada pela perda da sensibilidade proprioceptiva consciente. O comprometimento da sensibilidade cinético-postural condiciona o aparecimento de ataxia que piora com oclusão palpebral (sinal de Romberg, erro de direção). Quando a lesão acomete os fascículos cuneiformes, pode manifestar-se estereoanestesia nas mãos (incapacidade de reconhecer a forma de objetos pelo tato). A sensibilidade vibratória e a discriminação táctil também são afetadas abaixo da lesão. No funículo posterior têm o fascículo grácil e o cuneiforme, eles estão correlacionados, sobretudo com certas modalidades sensitivas, ou seja, nas partes posteriores vai ter a transmissão de informações que estão correlacionadas com o tato fino, que é o tato epicrítico. E vamos ter a transmissão da informação da noção de posição consciente do próprio corpo, que é a propriocepção. Tem também a sensibilidade vibratória, que é a palestesia. Ou seja, se o paciente tem lesão no funículo posterior, ele vai ter uma diminuição ou ausência de propriocepção, tato epicrítico e palestesia.
Síndrome medular central
Geralmente é produzido por uma lesão por causa de uma dilatação do canal central da medula. O paciente vai ter a perda de sensação de dor e temperatura de modo geral mas com preservação de posição e vibração, ou seja, o paciente vai ter uma alteração sensitiva dissociada. Uma lesão situada ao redor do canal central pode comprometer as fibras nervosas responsáveis pela condução das sensibilidades térmica e dolorosa que cruzam para os lados opostos nessa região, para então constituírem os tratos espinotalâmicos. Ocorre anestesia térmica e dolorosa de ambos os lados do corpo, porém afeta apenas os dermátomos correspondentes aos segmentos acometidos. A extensão de área cutânea afetada dependerá da extensão longitudinal da lesão, ou seja, do número de segmentos comprometidos.
Hemisecção medular
Síndrome que compromete toda metade da medula. Como as vias sensitivas que transitam na parte posterior da medula não cruzam, a perda sensitiva é do mesmo lado da lesão (sensação de vibração, o tato epicrítico e a propriocepção justamente do mesmo lado da lesão). Já as vias que transmitem a sensação de dor e temperatura não transitam do mesmo lado da medula, elas entram na medula, sobem pelo mesmo lado e depois cruzam para o outro lado, ou seja, há perda de sensação de dor e temperatura contralateral.
Síndrome da cauda equina 
Comprometimento das últimas raízes que saem do cone medular. O paciente apresenta incontinência urinária ou mesmo uma retenção urinária (ele urina, mas não consegue esvaziar completamente a bexiga), passa a ter uma hipoestesia ou anestesia nas nádegas e área genital (anestesia em sela). Geralmente é ocasionado por hérnia discal grande e causa abruptamente esses sintomas no paciente. É uma das únicas ocasiões que existe indicação para fazer cirurgia de emergência, porque se não operar rápido o paciente pode não recuperar os danos.

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