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CARACTERÍSTICAS GERAIS DO CÂNCER TODOS os tipos de câncer são causados por alguma alteração no nosso genoma ALTERAÇÕES GENÔMICAS Substituições de base Inserções e deleções Alterações do número de cópias Rearranjo TIPOS E FREQUÊNCIAS DO CÂNCER BASE GENÉTICA DO CÂNCER Maioria das mutações são aleatórias Número de mutações presentes em um tumor varia desde algumas até milhares MUTAÇÕES PASSAGEIRAS Ocorreram à medida que a neoplasia progrediu, mas não a causou GENES CONDUTORES Provocam o desenvolvimento ou progressão do tumor MUTAÇÕES GÊNICAS CONDUTORAS São influenciadas por fatores ambientais carcinógenos Pode ser uma mudança em um único nucleotídeo, sendo ela de inserção ou deleção ou pode ocorrer, também, por erro de replicação isolados EXEMPLOS: Translocações particulares Rearranjos complexos, por estilhaçamento cromossômicos seguido de um rearranjo Multiplicação de um segmento cromossômico, a chamada amplificação gênica A: SINALIZAÇÕES NORMAIS B: SINALIZAÇÕES ANORMAIS E PERDA DE INTEGRIDADE DO GENOMA CATEGORIAS FUNCIONAIS DOS GENES CONDUTORES Oncogenes ativados Genes supressores de tumor ONCOGENES ATIVADOS Derivado de um proto-oncogene, que são normais e que, após mutações, possuem níveis excessivos de atividade, quando são chamados de oncogenes ativados (ganho de função proliferativa) Pode ocorrer por mutação codificante, mutação reguladora, translocação ou amplificação gênica A mutação em um alelo no proto- oncogene pode levar ao desenvolvimento do câncer. Logo, essa característica é dominante, mas sua penetrância não é completa (sua presença não leva, necessariamente, ao desenvolvimento do tumor) GENES SUPRESSORES DE TUMOR São genes que suprimem o desenvolvimento de um tumor Porém, quando há mutações, perdem suas expressões nas proteínas, o que leva ao desenvolvimento de neoplasias e, consequentemente, à perda de função do controle de sua proliferação A mutação de um alelo NÃO leva ao desenvolvimento do câncer EX: BRCA1 E BRCA2 EM CÂNCER DE MAMA Predisposição mendeliana (3 a 5% dos casos) Associados também ao aumento de risco de câncer de ovário e trompas de falópio Outros fatores genéticos e ambientais têm papel na penetrância final Padrão de herança dominante com alta penetrância (aumenta o risco em 4 a 7 vezes do desenvolvimento tumoral em mulher) OBS: No câncer, quando se fala em padrão dominante, refere-se ao fato de aumentar o risco de desenvolver a patologia, não que sua presença a causará A TEORIA DOS DOIS EVENTOS DE INATIVAÇÃO DO TSG NO CÂNCER MENDELIANA Indivíduo nasce com uma mutação e a outra ocorre durante sua vida ESPORÁDICA Não nasce com nenhuma mutação, ambas ocorrem durante a vida em seus dois alelos PERDA DA HETEROZIGOSIDADE ROXO: TSG alterado AMARELO: TSG funcional Pode ocorrer por: I – SILENCIAMENTO EPIGENÉTICO Não há alteração do DNA Há perda da função sem mutação II – MUTAÇÃO III – RECOMBINAÇÃO SOMÁTICA Dois cromossomos com o RB1 inativado IV – PERDA E DUPLICAÇÃO Perdeu o cromossomo normal e duplica aquele alterado V – PERDA DO CROMOSSOMO Apenas há perda do RB1 funcionante ESTÁGIOS NA EVOLUÇÃO DO CÂNCER ALTERAÇÕES GENÉTICAS HEREDITÁRIAS Herdamos de nossos pais Cerca de 5 a 10% dos casos de câncer ALTERAÇÕES GENÉTICAS ADQUIRIDAS Podem acontecer ao longo da vida É a maioria dos casos de câncer EX: Tabagismo, exposição à luz solar, infecções virais, como o HPV CÂNCER HEREDITÁRIO Incidência aumentada na família devido herança de gene mutante com alta penetrância São conhecidos 100 genes diferentes de risco elevado Alguns distúrbios também podem levar a predisposição aumentada EX: Síndrome de Down Há 10 a 20 vezes mais risco de leucemia CARACTERÍSTICAS Múltiplos afetados em uma família Idade de manifestação mais precoce Doenças bilateral, já que, como nasceu com a mutação, está presente em praticamente todas as células ONCOGENES ATIVADOS EM SÍNDROMES DE CÂNCER HEREDITÁRIO EX: ADENOMATOSE ENDÓCRINA MÚLTIPLA 2 (MEN2) Doença autossômica dominante Leva à incidência de carcinoma medular da tireoide Mutações no proto-oncogene RET (cromossomo 10) Proteína RET relacionada com transdução de sinais de crescimento e diferenciação em vários tecidos. Indivíduos que possuem mutações ativantes nessa proteína, possui 60% mais chance de desenvolver MEN2 OBS: Quanto mais cedo diagnosticada, mais bem conduzida a clínica e o tratamento TSG NO CÂNCER HEREDITÁRIO EX: RETINOBLASTOMA Mutação no locus RB1 Produto do RB1 é uma fosfoproteína que regula a entrada da célula na fase S do ciclo celular. A mutação impede que as células atinjam a checagem do ciclo e permitem a proliferação descontrolada É hereditário em 40% dos casos. TESTE DO OLHO Aparecimento do olho branco TESTES PARA MUTAÇÕES GERMINATIVAS QUE CAUSAM CÂNCER HEREDITÁRIO Feita por sequenciamentos de históricos familiares CÂNCER ESPORÁDICO ATIVAÇÃO DE ONCOGENES POR MUTAÇÕES PONTUAIS Gene RAS mutado oncogene e proto-oncogene diferem-se em apenas 1 nucleotídeo Proteína Ras anormal permanece estimulando a divisão celular ATIVAÇÃO DE ONCOGENES POR TRANSLOCAÇÃO CROMOSSÔMICA Muito presente em leucemias e linfomas Desenvolvimento da leucemia mieloide crônica ou leucemia linfocítica aguda PERDA DE GENE SUPRESSOR DE TUMOR NO CÂNCER ESPORÁDICO GENE TP53 Relacionado à síndrome de Li- Fraumeni, que é uma síndrome familiar rara Alterações no TP53 são vistas em uma gama de cânceres esporádicos GENE RB1 Mutado no retinoblastoma e em muitos canceres esporádicos, incluindo câncer de mama APLICAÇÃO DA GENÔMICA PARA INDIVUALIZAÇÃO DA TERAPIA DO CÂNCER CONHECER O TUMOR A partir do padrão de expressão, sabe-se qual é o tumor A e qual é o tumor B Cada tumor tem uma assinatura de seu comportamento, o que permite sua diferenciação Técnica de microarranjo CORRELACIONAR COM OS DESFECHOS CLÍNICOS CONHECIDOS Prognóstico e com a terapia a ser aplicada CONHECER A IMPORTÂNCIA FUNCIONAL ENTRE O GENES ENVOLVIDOS NO DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA CÂNCER E O AMBIENTE O câncer é uma doença multifatorial e, por isso, é influenciado por vários fatores, como a exposição à radiações e carcinógenos químicos, a exemplo de tabaco e de resíduos tóxicos
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