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CURSO: PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO 
ESCOLAR COM ÊNFASE EM COORDENAÇÃO, 
SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: 
SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO 
PEDAGÓGICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor: José Olimpio dos Santos 
 
 
 
 
 
Pós-graduação afirmativo 
Prof. José Olimpio dos Santos – cel.: (65) 8112 0482 ou 9981 0482 e-mail: jose.olimpio@hotmail.com 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SSUUPPEERRVVIISSÃÃOO 
EESSCCOOLLAARR 
 
 
SSUUPPEERRVVIISSÃÃOO EESSCCOOLLAARR:: 
DDOO QQUUEE SSEE TTRRAATTAA ?? 
 
 
Prof. José Olimpio dos Santos – cel.: (65) 8112 0482 ou 9981 0482 e-mail: jose.olimpio@hotmail.com 
3 
INTRODUÇÃO 
 
O início de um novo milênio nos conduz a inevitáveis indagações acerca 
das transformações que a escola precisará sofrer para garantir a qualidade dos 
serviços educacionais. 
 
Num panorama nacional e internacional marcado pela vertiginosa expansão 
dos meios de comunicação das organizações globalizadas, a escola não se poderia 
furtar a uma conexão com as novas estruturas organizacionais. Novas estratégias 
prometem aumentar a qualidade e a produtividade, e constitue-se em desafio 
permanente para o futuro dos profissionais que têm a missão de formar os alunos para 
os novos tempos. 
 
Segundo Gandin (1997), 
 
“As experiências não vem de se ter vivido 
muito, mas de se ter refletido intensamente sobre o que se 
fez e sobre as coisas que aconteceram”. 
(Gandin, 1997) 
 
É com essa visão que acreditamos estar contribuindo com o processo de 
evolução da educação ao oferecer a disciplina SUPERVISÃO ESCOLAR. 
 
Seguindo as instruções contidas nos módulos, certamente você terá a 
oportunidade de discutir, rever, desvelar e somar ao seu repertório de conhecimentos 
tantos outros que venham enriquecer o seu fazer pedagógico. 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. José Olimpio dos Santos – cel.: (65) 8112 0482 ou 9981 0482 e-mail: jose.olimpio@hotmail.com 
4 
OBJETIVO 
 
Leia atentamente a frase abaixo e procure avaliar que profissional da 
educação poderia ter sido o seu autor 
 
 Querendo aumentar os nossos conhecimentos profissionais, sobre as 
questões da educação brasileira, abrimos este diálogo, com a comunidade escolar, 
buscando informações que venham enriquecer-nos, pois somos educadores 
conscientes do nosso papel na sociedade e formadores de cidadãos que necessitam 
estar conscientes e críticos no exercício da cidadania. 
 
 
Um diretor de escola? Um secretário escolar? 
 
 Um orientador educacional? 
 
Um supervisor escolar? Um professor ? 
 
 Um secretário de educação? 
 
Certamente , qualquer um dos profissionais acima poderia tê-la dito. A 
proposta de ouvir a comunidade escolar nem sempre acontece. Entretanto, deveria ser 
um procedimento de rotina no trabalho de supervisão. Os supervisores precisam criar 
o diálogo para, a partir dele, conhecer o grupo de trabalho: seus anseios, suas 
dificuldades, suas propostas, e organizar – coletivamente - os procedimentos 
pedagógicos de uma escola. 
 
Supervisão, com o significado de “ver sobre”, permite ver os detalhes 
contidos no geral. 
 
Prof. José Olimpio dos Santos – cel.: (65) 8112 0482 ou 9981 0482 e-mail: jose.olimpio@hotmail.com 
5 
O QUE É SUPERVISÃO ESCOLAR? 
 
 
 
O significado etimológico do termo supervisão escolar é visão sobre todo o 
processo educacional para que a escola possa alcançar seus objetivos. O principal 
objetivo da supervisão escolar é oferecer orientação profissional quando e onde forem 
necessárias, visando o aperfeiçoamento da situação de ensino-aprendizagem. 
 
COM QUEM TRABALHA O SUPERVISOR? 
 
Parte-se do pressuposto de que a escola é um sistema social composto por 
um conjunto de funções todas elas inter-relacionadas e inter-influentes. Portanto, as 
ações conduzidas em uma determinada área afetam, de alguma forma, as ações de 
outra área. É necessário uma linha integrada de ação entre o diretor da escola, o 
supervisor escolar e o orientador educacional. 
 
Segundo Lück , 
 
“a administração da escola, a supervisão 
escolar e a orientação educacional se constituem em três 
áreas de atuação decisivas no processo educativo, tendo 
em vista sua posição de influência e liderança sobre todas 
as atividades desenvolvidas na escola. O clima emocional 
de trabalho, o estabelecimento de prioridades de ação, o 
tipo de relacionamento professores-professores, 
professores-alunos, escola-comunidade, dentre outros 
aspectos importantes da vida escolar, dependem, 
sobremaneira, da atuação dos elementos que ocupam 
aquelas posições”. 
(Lück, 1991) 
 
O SUPERVISOR PROPÕE MUDANÇAS? 
 
O papel do Supervisor Educacional, inicialmente visto como uma espécie de inspetor 
ou fiscal, começou a ser definido a partir dos autores que agora citaremos. 
 
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6 
Segundo Ben Harris, supervisão é 
 
“o conjunto de comportamentos e ações, com 
o objetivo de manter ou mudar o pensamento da escola a 
fim de influenciar diretamente a obtenção de seus principais 
objetivos de ensino. A supervisão tem, desse modo, seu 
impacto sobre o educando, através docentes e das 
metodologias de ensino empregadas.” 
(Ben Harris, 1963, p. 44) 
 
Sob o ponto de vista de Kimball Wiles, os supervisores 
 
“são os mediadores. Ajudam a estabelecer a 
comunicação. Ajudam os indivíduos a ouvirem uns aos 
outros. Servem como ligação para pôr as pessoas em 
contato com aqueles que têm problemas semelhantes ou 
com pessoas-recurso que podem ajudá-los. Estimulam os 
membros do quadro de pessoal a verificar a extensão em 
que as idéias e os recursos estão sendo compartilhados e o 
grau em que os indivíduos são encorajados e apoiados 
quando tentam novas coisas. Tornam as coisas mais fáceis 
para executar os acordos que surgem das reuniões de 
avaliação. Ouvem os indivíduos discutirem seus problemas 
e recomendam outros recursos que podem ajudá-los na 
busca de soluções. Trazem aos professores, que neles 
confiam, sugestões e materiais adequados. Eles sentem, 
conforme sua competência, os sentimentos que os 
professores têm sobre o sistema e sobre sua política, 
recomendando que a administração analise os atritos 
existentes entre os membros do quadro de pessoal. 
Oferecem assessoria para o bom funcionamento do grupo 
e para o tipo de realidade e de estrutura de reunião que 
facilitam a comunicação. Estão, acima de tudo, 
interessados em ajudar os indivíduos a se aceitarem 
mutuamente porque sabem que, quando os indivíduos 
valorizam uns aos outros, crescem através da interação e 
oferecem um clima emocional melhor para o crescimento 
do aluno. O papel do supervisor transformou-se em papel 
de apoio, de assistência e de participação, em vez do de 
direção. A autoridade da pos ição do supervisor não 
d iminui , mas é usada de um outro modo, para 
promover o crescimento através da responsabilidade e 
criatividade, ao invés da dependência e conformidade.” 
 (Kimball Wiles, 1967, p. 22) 
 
William Burton e Leo Bruechner foram dois pioneiros na área de supervisão, 
cujo livro clássico de 1955 - Supervision: A Social Process – New York, identifica como 
princípios que governam a operação da supervisão: a criatividade, a sensatez e o 
espírito de cooperação. 
 
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7 
O supervisor precisa interagir com as instâncias burocráticase pedagógicas 
das escolas. A supervisão escolar é necessária, de uma ou de outra forma, para ajudar 
o trabalho dos professores. Cabe frisar que na maioria das escolas podemos observar 
a composição heterogênea dos docentes: cada mestre tem formação diferente, tem 
uma maneira de ser, de pensar e de atuar. Diante deste quadro, a supervisão é 
essencial para harmonizar o projeto político pedagógico da escola. Existem outras 
razões que também demonstram a necessidade da supervisão, tais como: 
 
� a supervisão evita que a rotina se torne arraigada no ensino; 
� promove o aperfeiçoamento profissional do magistério; 
� garante a unificação e o desenvolvimento dos programas educacionais. 
� facilita a inserção da escola em seu meio ambiente, em perspectiva integradora e 
renovadora; 
� pode contribuir de maneira científica para o planejamento integral da escola; 
� coopera para a interação entre a escola e a comunidade; 
� estimula a renovação do ensino; 
� é instância facilitadora da utilização dos dados culturais do meio ambiente 
como fonte alimentadora da prática pedagógica. 
 
Segundo Sergiovanni (1978, p. 41), 
 
“se deixada à sua própria sorte, a escola evolui 
para uma estrutura monolítica que capta e usa seus 
participantes para realizar seus fins, e não os fins dos 
indivíduos.” 
(Sergiovanni, 1978, p. 41) 
 
Enfim, a supervisão escolar deve partir do pressuposto de que vai trabalhar 
com professores de diferentes disciplinas e com eles discutir planos que levem à 
melhoria do processo ensino-aprendizagem, retificando possíveis equívocos e 
melhorando a atuação do professor, a partir de dados concretos recolhidos 
principalmente da observação do desempenho dos alunos. 
 
Para a Supervisão Escolar funcionar bem, é necessário que tenha as 
seguintes características: 
 
� cooperação - todos os professores, o pessoal administrativo, pais e alunos devem, 
juntos, sentir-se responsáveis pelo desenvolvimento da ação educativa da escola; 
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8 
� integração - todos os planos de aula devem ser integrados por uma mesma 
filosofia do currículo; 
 
� postura científica - a supervisão deve ser estruturada reflexivamente e com base 
na mediação do funcionamento dos processos ensino-aprendizagem, para que os 
resultados ofereçam sugestões de reajustamento constante do mesmo, a fim de 
torná-lo mais ajustado e eficiente; 
 
� flexibilidade - A supervisão não deve ser rígida, deve estar aberta às mudanças e 
se adaptar às exigências dos educandos e da sociedade; 
 
� permanência - A ação da supervisão deve ser permanente e não intermitente. 
 
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PRINCÍPIOS DA SUPERVISÃO ESCOLAR 
 
Os princípios fundamentais da supervisão escolar são: 
 
� estruturar-se com base em uma filosofia de educação coerente com a linha da 
escola; 
� atuar democraticamente; 
� abranger a todos, orientar a todos - professores, pessoal administrativo, pais 
e alunos; 
� ser cooperativa, mobilizando todos os envolvidos; 
� ter postura científica, para que se desenvolva com base em planejamentos e 
avaliações constantes dos resultados de seus trabalhos, para que possa haver um 
processo contínuo de realimentação crítica que conduza a modificações nesses 
trabalhos, sempre que necessário; 
� ser objetiva - todo o plano de trabalho deve derivar da realidade político-
educacional, sem imposição de modelos pré-estabelecidos. 
 
 
 
 
 
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10 
ETAPAS DA SUPERVISÃO ESCOLAR 
 
� Planejamento: representa o roteiro de todo o trabalho a realizar, durante um 
período letivo semestral ou anual. 
 
� Acompanhamento: o supervisor vai acompanhar, nesta etapa, o desenrolar das 
atividades determinadas pelo planejamento. 
 
� Avaliação: atua sobre os resultados dos trabalhos realizados, a fim de prevenir 
desvios, propor retificações e mesmo alterações que melhor ajustem a ação da 
escola às necessidades do educando e da comunidade. 
 
ATIVIDADES DE ESTUDO 
 
Como você avalia o trabalho de Supervisão Escolar no local onde trabalha? 
 
Convidamos para esta reflexão inicial e sugerimos que você relacione um 
autor da bibliografia com algum outro que você conheça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11 
BIBLIOGRAFIA 
 
LUCK, Heloísa. Ação Integrada: administração, supervisão e orientação 
educacional. Petrópolis: Vozes, 1991. 
MAIA, Graziela Brandão (org.). Administração e Supervisão Escolar - questões 
para o novo milênio. São Paulo: Pioneira, 2000. 
RANGEL, Mary e SILVA JUNIOR, Celestino Alves da. Nove olhares sobre a 
supervisão escolar. Campinas: Papirus, 1997. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 
AGUIAR, Marcia Angela. Supervisão escolar e política educacional. São Paulo: 
Cortez, 1991. 
ANDRADE, Narcisa Veloso de. Supervisão em educação: um esforço para a 
melhoria dos serviços educacionais. Rio de Janeiro: FENAME, 1976. 
BRANDÃO, Carlos (org.). O educador: vida e morte; escritos sobre uma 
espécie em perigo. Rio de Janeiro: Graal, 1982. 
ETTINGER, Karl E. Controle e supervisão. São Paulo: IBRASA. 
GUAPYASSU, Zilda de Macedo Carvalho. A importância da supervisão 
educacional junto as escolas da rede oficial no estado do Rio de Janeiro. 
Rio de Janeiro: FGV, 1979 (TESE). 
JOHNSON, Junia Flavia D’Affonseca. O papel do supervisor de acordo com as 
diferentes abordagens da administração pública. Rio de Janeiro: 1976. 
KALO, Leila Juliette. Supervisão Escolar: Expectativas e percepções do 
Supervisor escolar, do coordenador de área e do professor quanto ao 
desempenho das funções do supervisor escolar - estudo de caso. Rio 
de Janeiro: FGV,1980. (dissertação de mestrado). 
LENHARD. Rudolf. Fundamentos da supervisão escolar. São Paulo: Pioneira, 1973. 
LUCK, Heloísa. Ação Integrada: administração, supervisão e orientação 
educacional. Petrópolis: Vozes, 1991. 
MARINHO, Maria Marlene. As funções dos técnicos de supervisão no ensino de 
primeiro grau em Goiânia. Goiânia: ed. da Univ. Fed. Goiás, 1980. 
Prof. José Olimpio dos Santos – cel.: (65) 8112 0482 ou 9981 0482 e-mail: jose.olimpio@hotmail.com 
12 
MEDEIROS, Luciene. Supervisão educacional: possibilidades e limites. São 
Paulo: Cortez, 1985. 
MONTELH, Bernard (org.). Ainsi change l’ école: l’ éternel chantier des 
novateurs. Paris: série Mutations - número: 136, 1993. 
PEREIRA, Ruth da Cunha. Supervisão educacional; um estudo sobre atribuições 
e pré-requisitos. Rio de Janeiro: UERJ, 1981. 
RANGEL, Mary. Supervisão pedagógica: um modelo. Petrópolis: Vozes, 1979. 
RIOS, Lilian Rodrigues. Princípios científicos de supervisão. Brasília: 
CETEB, 1975. 
SERGIOVANNI. Novos padrões de supervisão escolar. São Paulo: USP, 1978. 
WEBER, Max. The theory of social and economic organization. Free Press, 
1947. 
WEBSTER, William Gerald. Learner - centered principaship: the principal as 
teacher of teachers. New York: Praeger, 1994. 
WILES, Kimball. Técnicas de supervision para mejores escuela. México, 1977. 
____________. Manual do supervisor educacional. Rio de Janeiro: Secretaria do 
Estado, 1982. 
____________. O fazer e o pensar dos supervisores e orientadores educacionais. 
São Paulo: Loyola, 1991. 
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13 
BIBLIOGRAFIA – COMPLEMENTAR 
 
DALMAS, Ângelo. Planejamento Participativo na Escola – Elaboração, 
Acompanhamento e Avaliação – 11ª ed., Ed. Vozes: Petrópolis, 2003. 
DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação – 12ª ed. , ed. Vozes: Petrópolis, 
2002. 
FERREIRA, Naura S. Carapeto. Supervisão Educacional para uma Escola de 
Qualidade: da Formação à Ação. Ed. Cortez: São Paulo. 
SILVA, Neura Syria F, Correa da . Supervisão Educacional – Uma Reflexão Crítica 
– 10ª ed., ed. Vozes: Petrópolis, 2000. 
 
 
 
 
 
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14 
AUTO-AVALIAÇÃO 
Responda às questões abaixo, marcando apenas uma das alternativas 
 
1. QUAL É O SIGNIFICADO DO TERMOS SUPERVISÃO ESCOLAR? 
( A ) VISÃO PARCIAL DO PROCESSO EDUCACIONAL; 
( B ) VISÃO GERAL SOBRE TODO PROCESSO EDUCACIONAL; 
( C ) FISCALIZAÇÃO DO PROCESSO EDUCACIONAL; 
( D ) FISCALIZAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA; 
( E ) MESMO QUE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL. 
 
2. NA ÓTICA DE KINBALL WILES O SUPERVISOR OCUPA PRINCIPALMENTE UM PAPEL DE: 
( A ) ADMINISTRADOR; 
( B ) EXPEDITOR; 
( C ) FISCALIZADOR; 
( D ) MEDIADOR; 
( E ) ANALISTA. 
 
3. A SUPERVISÃO É FUNDAMENTAL PARA UMA ESCOLA POIS ELA: 
( A ) EVITA CONFLITOS DIMINUINDO O CONTATO DA ESCOLA COM A COMUNIDADE; 
( B ) CONTRIBUI NO DIAGNÓSTICO E ENCAMINHAMENTO DE ALUNOS COM BAIXO RENDIMENTO NAS PROVAS, PARA 
ESCOLAS ESPECIAIS; 
( C ) CONTRIBUI NO PLANEJAMENTO POLÍTICO-PEDAGÓGICO; 
( D ) FISCALIZA A EXECUÇÃO DO PLANEJAMENTO E OS HORÁRIOS DOS PROFESSORES; 
( E ) REPASSA A RESPONSABILIDADE DA REALIZAÇÃO DOS FINS ALMEJADOS PELA ESCOLA PARA OS DOCENTES; 
 
4. AS CARACTERÍSTICAS DA SUPERVISÃO ESCOLAR SÃO: 
( A ) COOPERATIVA, INTEGRADA, CIENTÍFICA E FLEXÍVEL; 
( B ) COOPERATIVA, DESINTEGRADA, CIENTÍFICA E FLEXÍVEL; 
( C ) ISOLADA, DESINTEGRADA, CIENTÍFICA E FLEXÍVEL; 
( D ) COOPERATIVA, INTEGRADA, CIENTÍFICA E INFLEXÍVEL; 
( E ) COOPERATIVA, INTEGRADA, CIENTÍFICA E ISOLADA. 
 
5. DENTRE AS FUNÇÕES RELACIONADAS ABAIXO, ASSINALE A ÚNICA QUE NÃO FAZ PARTE DO COTIDIANO DO 
SUPERVISOR: 
( A ) SELECIONAR, ANALISAR E VERIFICAR TODO MATERIAL PEDAGÓGICO PARA FACILITAR A APRENDIZAGEM DOS 
ALUNOS NAS DIVERSAS DISCIPLINAS; 
( B ) PROMOVER DEBATES, PALESTRAS COM OS PROFESSORES PROCURANDO LHE DESPERTAR NOVAS FORMAS 
DE TRABALHO; 
( C ) PROGRAMAR AS REUNIÕES, COC, PLANEJAMENTO, JUNTAMENTE COM A DIREÇÃO; 
( D ) MANTER A UNIDADE DO TRABALHO PEDAGÓGICO PARA O ANO LETIVO; 
( E ) FISCALIZAR OS HORÁRIOS E O COMPORTAMENTO DOS PROFESSORES. 
 
6. QUAIS AS ETAPAS DA SUPERVISÃO ESCOLAR: 
( A ) AVALIAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E METODOLOGIA; 
( B ) VISITAS, METODOLOGIA E AVALIAÇÃO; 
( C ) MEDIAÇÃO, REUNIÕES E ACOMPANHAMENTO; 
( D ) PLANEJAMENTO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO; 
( E ) PLANEJAMENTO, ACOMPANHAMENTO E CONTROLE. 
 
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15 
7. O PRINCIPAL OBJETIVO DA SUPERVISÃO ESCOLAR É: 
( A ) OFERECER ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL QUANDO E ONDE FOREM NECESSÁRIAS, VISANDO O 
APERFEIÇOAMENTO DA SITUAÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM. 
( B ) CONTRIBUIR PARA A REALIZAÇÃO DA FINALIDADE ESCOLAR, CONFORME SEU PERFIL E MISSÃO. 
( C ) ESTRUTURAR PEDAGOGICAMENTE A ESCOLAR BUSCANDO UM FUNCIONAMENTO ADEQUADO A SUAS 
FUNÇÕES; 
( D ) EVITAR QUE A ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA SE DESESTRUTURE INTEIRAMENTE, PROPORCIONADNO 
UMA OFRMAÇÃO CONTÍNUA AOS EDUCADORES E DEMAIS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO; 
( E ) APENAS AS ALTERNATIVAS C E D ESTÃO CORRETAS. 
 
8. QUAL DOS PRINCÍPIOS ABAIXO NÃO FAZ PARTE DA SUPERVISÃO ESCOLAR? 
( A ) ESTRUTURAR-SE COM BASE NA LINHA DA ESCOLA; 
( B ) ORIENTAR PROFESSORES, PESSOAL DO ADMINISTRATIVO, PAIS E ALUNOS; 
( C ) PLANEJAR TRABALHOS DE ACORDO COM A REALIDADE DA ESCOLA; 
( D ) ATUAR DE FORMA AUTORITÁRIA E INFLEXÍVEL; 
( E ) MOBILIZAR TODOS OS PROFISSIONAIS E A COMUNIDADE ESCOLAR. 
 
9. A SUPERVISÃO ESCOLAR É IMPORTANTE PARA A EDUCAÇÃO, POIS: 
( A ) PODE PROMOVER MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO NO PROFESSOR; 
( B ) PUNE OS PROFESSORES ANTIGOS; 
( C ) DIVULGA NOVAS METODOLOGIAS AOS PROFESSORES; 
( D ) SONDA AS APTIDÕES DOS ALUNOS; 
( E ) ATENDE AOS EDUCANDOS. 
 
10. NAS ALTERNATIVAS ABAIXO, QUAL NÃO APRESENTA COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS DO SUPERVISOR? 
( A ) ORIENTAÇÃO DE MÉTODOS, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DO ENSINO; 
( B ) ORGANIZAÇÃO DOS PROGRAMAS CURRICULARES DA ESCOLA; 
( C ) INOVAÇÃO DOS MATERIAIS DE INSTRUÇÃO; 
( D ) MOBILIZAÇÃO DE PAIS E FUNCIONÁRIOS NAS REUNIÕES E PROJETOS DA ESCOLA; 
( E ) AVALIAÇÃO DOS ALUNOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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17 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O início de um novo milênio nos interroga sobre as transformações que a 
escola precisará sofrer para garantir a qualidade dos serviços educacionais. 
 
Vivemos num país que, a todo momento, é chamado a participar de decisões no 
âmbito internacional. Menos passivo, submete-se a novos desafios e, sacudido por turbulências 
de todo tipo, adere rapidamente às mudanças tecnológicas e ambientais. 
 
A escola não se poderia furtar a uma conexão com as novas estruturas 
organizacionais. Novas estratégias prometem aumentar a produtividade, tornar o 
ensino mais econômico e serão desafiadoras para o futuro dos que dela dependerem. 
 
Segundo Gandin (1997), “as experiências não vêm de se ter vivido muito, 
mas de se ter refletido intensamente sobre o que se fez e sobre as coisas que 
aconteceram”. É com essa visão que acreditamos estar contribuindo com o processo 
de qualificação da educação ao oferecer a disciplina Planejamento. 
 
Assim esperamos levar o aluno a ter uma visão geral dos conceitos de administração 
e planejamento voltados para a área de educação. Auxiliar ao administrador na busca da 
maximização dos recursos existentes na Instituição Educacional e fazer o profissional da 
educação entender e aplicar os princípios de um planejamento participativo, dinâmico e flexível. 
 
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18 
O QUE É PLANEJAR? 
 
Consideramos, para início de conversa, algumas definições apresentadas 
por Gandin (1997). 
 
“ Planejar é organizar a própria ação de grupo, 
sobretudo.” 
“Planejar é pôr em ação um conjunto de técnicas para racionalizar 
a ação.” 
“Planejar é realizar o que é importante (essencial) e, além disso, 
sobreviver... se isso for essencial (importante).” 
“ Planejar é agir racionalmente.” 
 
E convidamos você a compará-las 
com as que são apresentadas a seguir: 
 
“Planejamento não é um oráculo inspirador de todas as 
soluções...”. 
 (Menegolla e Sant Anna, 1993) 
 
 “Planejamento não é uma fórmula mágica para todos os 
problemas”. 
(Menegolla e San Anna, 1993) 
 
“Processo de tomada de decisão, execução e teste de decisões”. 
(Goldberg, 1973). 
 
Processo de estruturação e organização da ação 
intencional, realizado mediante: 
• análise de informações relevantes do presente e 
do passado, objetivando, principalmente, o estabelecimento de 
necessidades a serem atingidas; 
• estabelecimento de estados e situações futuros, 
desejados; 
• previsão de condições necessárias ao 
estabelecimento desses estados e situações;• escolha e determinação de uma linha de ação 
capaz de produzir os resultados desejados, de forma a maximizar 
os meios e recursos disponíveis para alcançá-los. 
(Luck, 1999) 
 
“Processo permanente e metódico de abordagem racional e 
científica de problemas” 
(Baptista,1979) 
 
 “Planejamento não é um ditador, mas é algo altamente 
democrático e desencadeador de invocações; por isso, é 
um processo que evolui, que avança e não permanece 
estático.” 
 
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Selecionamos estas definições para que pudéssemos tecer algumas considerações 
sobre o que é planejamento. Como ponto de partida dessa discussão já podemos observar que os 
autores citados, ao conceituarem planejamento, chamam a atenção para as questões: 
organizacional (técnica) e interativa (social) do ato de planejar. Entretanto, sabemos que a 
criação do planejamento vai muito além de métodos e técnicas. 
 
 
 
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QUE OUTROS ELEMENTOS FAZEM PARTE 
DO PLANEJAMENTO? 
 
Se você já planejou, com certeza, levou algum tempo pensando na idéia antes de 
tentar organizá-la para uma realização eficiente. E o que você pensou antes é que direcionou 
toda a execução deste planejamento. 
 
Sabe-se que para planejar não basta papel e caneta, é preciso que se tenha 
idéias e uma vontade inquietante de experimentá-las. 
 
Nesse ponto de nossa conversa, é importante salientar que enquanto 
estamos planejando, estamos analisando a realidade e interagindo com ela. 
Construímos mentalmente o que futuramente pensamos realizar estabelecendo a 
predisposição para a prática. É através do levantamento das características da 
realidade contextual, sua descrição e análise que será possível traçar objetivos e criar 
ações específicas para alcançá-los. O referencial para a revisão do planejamento será 
a avaliação permanente segundo Luck (1999). 
 
Planejar é uma prática tão antiga quanto o nascimento das ciências e das religiões. 
Conhecemos alguns fatos indicadores da idéia de planejamento e da necessidade de planejar 
como, por exemplo, na Bíblia sagrada - “ No princípio criou Deus os céus e a terra”. Com esta 
narrativa se percebe a tendência de se ordenar os acontecimentos em um limite de tempo, se 
imagina que outros feitos ocorreriam após o” início” o que em seguida é confirmado no texto 
sagrado: “Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse 
dia de toda a obra que fizera.” 
 
Ao estudarmos a origem dos seres vivos também nos defrontamos com relatos que 
se detêm na cronologia dos acontecimentos tentando compreender a sua complexidade. 
“Os primeiros seres vivos teriam surgido entre 3,5 e 
4 bilhões de anos passados... Durante os primeiros dois bilhões de 
anos, desenvolveram sua arquitetura celular... Há cerca de 1,5 
bilhão de anos surgiram os seres pluricelulares...”. 
(Amabis, 1998) 
Parece ser da natureza do homem a vontade de ordenar, agrupar, prever, classificar e 
registrar os acontecimentos que vivencia ao longo de sua vida. Mas se observarmos com atenção 
os relatos apresentados percebemos que são totalmente desprovidos de uma prática avaliativa. 
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Por que Deus descansou? Por que ele terminou tudo no sétimo dia e não no décimo? O que teria 
feito os primeiros seres vivos surgirem há 3 bilhões de anos? 
 
Provavelmente estas perguntas ao serem respondidas trariam novos elementos para o 
aprimoramento de um plano inicial. O texto de um projeto deve clarificar o conteúdo do plano 
de trabalho. A sua avaliação é fundamental para o sucesso final. 
 
A organização temporal e espacial dos acontecimentos, que observamos nos textos 
religiosos e científicos, parece ter sido o pano de fundo para que conhecessem a lógica dos 
acontecimentos e a correspondência entre causa e efeito, já que o narrador não fez parte deste 
contexto e quer compreendê-lo, hoje, para intervir, interagir e transformá-lo, tornando-o 
adequado às suas necessidades. 
 
Assim pode-se perceber que quando consideramos o tempo, o espaço físico, os 
custos, as características do grupo envolvido, as possibilidades de mudanças e os meios de 
avaliação de um processo, estamos nos apropriando de dados fundamentais para bom resultado 
de um plano. 
 
Mas se planejar é uma prática tão antiga, espontânea e natural, por que não gostamos 
de planejar? 
 
Gandin (1997), aponta algumas dificuldades na prática do planejamento e considera 
que sejam responsáveis por uma certa resistência, muito comum nos docentes, ao ato de 
planejar. 
 
Dentre as dificuldades apontadas por ele ressaltamos três : 
 
1- A própria existência do “planejador”; 
2- Pensar planejamento como se fosse fabricação de planos; 
3- O fato do planejamento apontar para transformação. 
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QUEM É O PLANEJADOR NA EDUCAÇÃO? 
 
Quando o planejador é um professor, que trabalha em diferentes níveis 
organizacionais de estrutura escolar, muitas vezes com uma carga horária intensa em regência 
de turmas, certamente, em sua rotina profissional não haverá o adequado espaço de tempo 
necessário à realização de um planejamento, mais qualificado, das suas atividades docentes. 
 
Algumas pessoas são mais organizadas , têm um melhor domínio do tempo, 
enquanto outras estão sempre atrasadas e sem saber o que combinaram. Cada um de nós 
apresenta características bio-psíquicas que nos diferenciam dos outros. Ser mais ou menos 
organizado pode ser uma conduta resultante do processo de educação a que nos submetemos. 
Não podemos esquecer, entretanto, da predisposição genética que poderá fazer a diferença no 
final do processo educacional. 
 
O compromisso com a qualidade do que se realiza é um outro ponto que poderá 
favorecer ou prejudicar a prática do planejamento. 
 
As frases do tipo: “Assim já está bom”, “Já está tudo arrumado na minha cabeça”, 
são comuns nas conversas escolares. Mas há quem diga: “Isto pode ficar melhor, ainda.” 
 
No início do ano letivo, no período determinado para o planejamento, os 
professores retornam à escola com a incumbência de preparar o planejamento de 
curso, geralmente uma semana antes do retorno dos alunos. Durante o restante do 
ano não se falará mais em planejamento. Como se aquele feito não precisasse de 
revisão ou ajustes. 
 
Este procedimento já denota a visão equivocada do ato de planejar. Alguns 
professores, mais críticos e atentos ao processo de trabalho escolar, discutem o fato de se 
planejar abstratamente um trabalho destinado a uma população que muitas vezes ainda não é 
conhecida do educador. Não sabem com certeza a faixa etária do grupo, rendimentos obtidos em 
etapas anteriores, grau de interesse em suas áreas específicas de atuação. 
É comum, ainda, reclamações do tipo: “Todo ano tenho que fazer isso. Vou escrever 
qualquer coisa, ninguém vai ler mesmo. Na minha sala eu acabo fazendo o que quero.” Ou 
atitudes como a de copiar o sumário do livro didático adotado e apresentar como se fosse o 
planejamento de curso. 
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PLANEJAR É FABRICAR PLANOS? 
 
O entendimento de que planejamento é o mesmo que montar uma lista do que se tem 
a fazer é bastante limitado, pois exclui, entre outras, duas das mais importantes etapas do 
planejamento que são: a de diagnósticoe de avaliação, como lembra Gandin (1997). 
 
Geralmente a palavra planejar embute, no imaginário social, a idéia de 
preenchimento de fichas, formulários, cronogramas ou agendas. Na maioria das vezes 
esses dados são apenas anotações que auxiliam o indivíduo a prevenir-se dos 
problemas gerados pelo esquecimento de compromissos assumidos por ele. 
Representam uma pequena parte do planejamento de sua rotina diária. 
 
Os planos de trabalho costumam Ter uma abrangência de tempo maior do 
que os projetos de trabalho, na visão de Luck (1999). Isto provavelmente estaria 
relacionado ao fato de que os planos consideram períodos longos de exercício escolar 
e envolvem um maior número de indivíduos. 
 
Na apreciação de Menegolla e Sant Anna, 
 
“Parece haver, entre os professores, uma idéia 
de que o planejamento é desnecessário e inútil por ser 
ineficaz e inviável na prática.” 
(Menegolla e Sant Anna, 1993) 
 
Na verdade, para estes autores, todo esse mal entendido sobre o 
planejamento advém do fato de que planejar a educação é planejar o indefinido, por se 
tratar de um processo tão abrangente, considerando que o processo educativo 
caminha ao encontro do futuro, onde as variáveis nem sempre são totalmente 
conhecidas, afirmando que 
“Devemos, pois, planejar a ação educativa para 
o homem, não lhe impondo diretrizes que o alheiem. 
Permitindo, com isso, que a educação ajude ao homem a 
ser criador de sua própria história.” 
 
Esta proposta está clara em Gandin (1999), quando comenta que a tendência na 
organização de um planejamento atual e democrático é a de ser participativo já que esta parece 
ser uma das condições para que o planejamento esteja voltado aos interesses de todos. 
 
 
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O PLANEJAMENTO APONTA PARA MUDANÇA? 
 
Lamentavelmente, quando alguém descobre que através do planejamento flexível é 
possível propor caminhos de transformação na educação, novamente surge a resistência à sua 
realização pelo medo da criação do novo e da mudança. 
 
Por tal motivo, o planejamento necessita buscar a eficiência e a eficácia de uma ação 
para que ela seja reconhecidamente necessária e aceita, conforme comenta Gandin (1997). 
 
O planejamento pode apontar para a transformação, ainda que temida, gerando 
resistência, é seu papel prevê-la e criar condições para que se realize. O caráter político do 
planejamento dá conta do compromisso com a mudança, com a busca de melhores condições de 
trabalho, mas, principalmente com o desejo de construir um mundo melhor. Com essa visão, 
Luck, 1999, ressalta que “pensar na dimensão política (do planejamento) implica pensar, ao 
mesmo tempo, nas repercussões de ações educativas sobre os outros e as coletividades, como 
no próprio envolvimento destes na determinação dessas ações. O sentido político do 
planejamento educacional é evidenciado pelo compromisso efetivo que o planejamento expressa 
com a transformação da realidade, o que se manifesta pela determinação de ações objetivas e 
factíveis para tornar concretas situações vislumbradas no plano das idéias”. (grifo nosso ) 
 
Em seu texto Luck comenta que o planejamento é político já que 
pressupõe o envolvimento de pessoas, de vários níveis hierárquicos, no seu 
processo. E afirma que ele será plenamente político quando for participativo. 
 
A experiência tem demonstrado que quando planejamos ganhamos tempo e 
tornamos viáveis a realização de idéias e eliminamos os erros que decorrem da improvisação e 
da falta de sistematização. São vários os níveis de planejamento que envolvem o processo de 
educação. 
 
Fala-se muito no planejamento que é realizado dentro das escolas mas não podemos 
esquecer que antes dele há os realizados nas Secretarias de Educação Municipal e Estadual, os 
realizados pelo Ministério de Educação e, ainda, os planos das Coordenadorias Regionais. 
 
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QUAL A IMPORTÂNCIA DA ARTICULAÇÃO ENTRE OS DIFERENTES 
NÍVEIS ADMINISTRATIVOS DE PLANEJAMENTO? 
 
Para Menegolla (1993), os vários níveis de planejamento podem ser exemplificados 
na relação: LDB, currículo escolar e plano de aula. 
 
É desejável que o planejamento, realizado nos níveis superiores da administração 
educacional, possa contribuir para aperfeiçoar o trabalho dos educadores na escola e em todo o 
sistema escolar. Que se constitua em um fórum permanente indo ao encontro dos desejos e 
necessidades da sociedade. Certamente, nem sempre é assim que os planejamentos são 
realizados. Muitas vezes são entregues a tecnoburocratas, sem vivência nas salas de aula, 
distantes da realidade escolar, acabando por ser apenas mais um instrumento de obediência, 
limitador de ações criativas e, de acordo com Kuenzer e colaboradores, 
 
”uma força dominadora ...onde a criatividade é 
tolhida, as iniciativas são castradas...” 
(Kuenzer, 1990) 
 
Precisa-se pensar no planejamento educacional de forma participativa, 
diagnosticando as reais necessidades do ambiente e da comunidade escolar, tentando 
atendê-las, sem “pacotes” ou modelos pré-fabricados. Este é o caminho para uma 
escola verdadeiramente democrática. 
 
Nota-se neste contexto a apresentação de algumas considerações sobre a 
importância do planejamento educacional. Procure, nas indicações bibliográficas 
oferecidas, enriquecer este estudo e para avaliá-lo responda às questões a seguir. 
 
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27 
BIBLIOGRAFIA 
 
ABRAMOVICH, Fanny. Quem educa quem? São Paulo: Summus, 1985. 
ALVES, Rubem. A gestação do futuro. Campinas: Papirus, 1986. 
ANDRADE, Cândido T. de Souza. Como administrar reuniões. São Paulo: Loyola, 1995. 
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A Educação como cultura. São Paulo: Brasiliense, 1985. 
BRANDÃO, Zaia. ( org.) A crise dos paradigmas e a educação. São Paulo: Cortez, 1990. 
CALAZANS, M. Julieta e Col. Planejamento e educação. Petrópolis: Vozes, 1994. 
CALVINO, Ítalo. (Trad. Ivo Barroso). Seis propostas para o próximo milênio. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1990. 
CHIAVENATO, Adalberto. Teoria geral da administração. São Paulo: Mac Graw-Hill, 1987. 
DEMO, Pedro. Desafios modernos da educação. Petrópolis: Vozes, 1993. 
FERREIRA, Francisco. Planejamento sim e não. São Paulo: Paz, 1993. 
GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. São Paulo: Loyola, 1994. 
GANDIN, Danilo. Prática do planejamento participativo. Petrópolis: Vozes, 1995. 
_____________ . Temas para um projeto político – pedagógico. Petrópolis: Vozes, 1999. 
GROSSI, Esther. Lei de Diretrizes e bases da educação 9.394/96. Rio de Janeiro: DP & A, 
1999. 
LUCK. Heloísa. Planejamento em Orientação Educacional. Rio de Janeiro: Vozes, 1999. 
MENEGOLLA, Maximiliano; SANT ANNA, Ilza Martins. Por que planejar? Como 
planejar? Currículo- Área – Aula. Petrópolis: Vozes, 1993. 
OLIVEIRA, Romualdo; CATANI, Afrânio. Constituições estaduais brasileiras e educação. 
São Paulo: Cortez, 1993. 
VEIGA, Ilma P.A. (org.). Projeto político pedagógico da escola: uma construção possível. 
Campinas: Papirus, 1995. 
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28 
BIBLIOGRAFIA – COMPLEMENTAR 
 
FERREIRA, Francisco W. Planejamento sim e não. São Paulo: Paz e Terra, 2002. 
GANDIN, Danilo. Planejamento: como prática educativa. São Paulo: Loyola, 1999. 
GANDIN, Danilo. A Prática do Planejamento Participativo.Petrópolis: Vozes, 2000. 
GANDIN, Danilo e GANDIN, Luiz Armando. Temas para um Projeto de Político-
Pedagógico. Petrópolis: Vozes,1999. 
HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e Mudança na Educação: Os Projetos de Trabalho. 
Porto Alegre:ARTMED,1998. 
MENEGOLLA M. e SANT’ANNA, Ilza M. Por que planejar? Como planejar? Petrópolis: 
Vozes, 2000. 
PADILHA, P.R.. Planejamento Dialógico. São Paulo: Cortez, 2003. 
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de Ensino, aprendizagem e 
Projeto Político – Pedagógico. São Paulo: Libertad, 1999. 
 
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AUTO-AVALIAÇÃO 
Responda às questões abaixo, marcando apenas uma das alternativas. 
 
1. QUAIS SÃO OS COMPONENTES DE UM PLANO DE TRABALHO? 
( A ) LEVANTAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS, SUA DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA REALIDADE CONTEXTUAL. 
DESCRIÇÃO DOS OBJETIVOS. ESPECIFICAÇÃO DA AÇÃO E AVALIAÇÃO; 
( B ) CONTINUIDADE, OBJETIVIDADE E FLEXIBILIDADE; 
( C ) ANÁLISE, PREVISÃO E SOLUÇÃO DO PROBLEMA; 
( D ) MARCO REFERENCIAL, DIAGNÓSTICO E PROGRAMAÇÃO; 
( E ) OPERACIONALIDADE E TERMINALIDADE. 
 
2. QUAL É A TENDÊNCIA ATUAL NA ORGANIZAÇÃO DE UM PLANEJAMENTO DEMOCRÁTICO? 
( A ) SER EFICIENTE; 
( B ) SER PARTICIPATIVO; 
( C ) MANTER A REALIDADE; 
( D ) O EXERCÍCIO DA NEUTRALIDADE POLÍTICA; 
( E ) SER REALIZADO ANUALMENTE. 
 
3. EM QUAL SEQÜÊNCIA ESTÁ REPRESENTADO OS VÁRIOS NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DE UM 
PLANEJAMENTO? 
( A ) LDB , CURRÍCULO ESCOLAR, PLANO DE AULA; 
( B ) SOCIAL, ECONÔMICO, EDUCACIONAL; 
( C ) GERAL , ESPECÍFICO E ESCOLAR; 
( D ) ESPECÍFICO, GERAL E INTEGRADO; 
( E ) PLANO DE CURSO, PLANO DE DISCIPLINA, LDB. 
 
4. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE PLANO DE TRABALHO E PROJETO? 
( A ) O PLANO É O DOCUMENTO QUE REGISTRA ESSAS IDÉIAS; 
( B ) PLANOS TENDEM A ABRANGER UM PERÍODO DE TEMPO MAIOR QUE OS PROJETOS; 
( C ) OS PLANOS SÃO EVENTUAIS E OS PROJETOS PERMANENTES; 
( D ) OS PROJETOS SÃO MAIS GENÉRICOS; 
( E ) OS PROJETOS NÃO PRESSUPÕEM CUSTOS. 
 
5. A FINALIDADE DE UM PLANEJAMENTO É: 
( A ) A EFICIÊNCIA E O CONTROLE DE UM FATO; 
( B ) A EFICIÊNCIA E A EFICÁCIA DE UMA AÇÃO; 
( C ) A EFICÁCIA DE UMA ADMINISTRAÇÃO; 
( D ) COMPREENSÃO DO PROCESSO EDUCATIVO; 
( E ) TODAS AS RESPOSTAS ESTÃO CORRETAS. 
 
6. QUAIS SÃO AS DUAS MAIS IMPORTANTES ETAPAS DO PLANEJAMENTO ? 
( A ) A DE DIAGNÓSTICO E DE CONCLUSÃO; 
( B ) A DE AVALIAÇÃO E DE CONCLUSÃO; 
( C ) A DE DIAGNÓSTICO E DE AVALIAÇÃO 
( D ) A DE DIAGNÓSTICO E DE INICIALIZAÇÃO; 
( E ) A DE AVALIAÇÃO E DE INICIALIZAÇÃO. 
 
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7. DAS FRASES ABAIXO, QUAL A QUE "NÃO" CORRESPONDE À DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO? 
( A ) PLANEJAR É AGIR RACIONALMENTE; 
( B ) PLANEJAR É REALIZAR O ESSENCIAL; 
( C ) PLANEJAR É ORGANIZAR A PRÓPRIA AÇÃO; 
( D ) PLANEJAR É SIMPLESMENTE DESCREVER TODA A SEQÜÊNCIA DE UMA AÇÃO; 
( E ) PLANEJAR É TRANSFORMAR A REALIDADE NUMA DIREÇÃO ESCOLHIDA. 
 
8. A REALIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO PARA PROPOR CAMINHOS DE TRANSFORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO, 
ENCONTRA RESISTÊNCIA PELO: 
( A ) TEMPO, O ESPAÇO FÍSICO E OS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA AÇÃO; 
( B ) TEMPO, O CUSTO E AS IMPROVISAÇÕES; 
( C ) O CUSTO E AS PESSOAS ENVOLVIDAS; 
( D ) MEDO DA CRIAÇÃO DO NOVO E O CUSTO; 
( E ) MEDO DA CRIAÇÃO DO NOVO E DA MUDANÇA. 
 
9. A RESISTÊNCIA OFERECIDA AO PLANEJAMENTO É ORIGINADA NO FATO DE: 
( A ) O PLANEJAMENTO SER UMA TAREFA TRABALHOSA; 
( B ) O PLANEJAMENTO SER EXIGIDO PELO ADMINISTRADOR DA ESCOLA; 
( C ) O PLANEJAMENTO GERALMENTE NÃO SER PARTICIPATIVO E APONTAR PARA TRANSFORMAÇÕES; 
( D ) O PLANEJAMENTO, GERALMENTE, SER DESNECESSÁRIO; 
( E ) O PROFESSOR NÃO SABER PLANEJAR. 
 
10. O PLANEJAMENTO, EM UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA, CARACTERIZA-SE POR SER: 
( A ) ATUALIZADO; 
( B ) PERMANENTE; 
( C ) PARTICIPATIVO; 
( D ) POLÍTICO; 
( E ) CRIATIVO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FUNDAMENTOS 
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INTRODUÇÃO 
 
A Educação, entendida como apropriação do saber historicamente 
acumulado, ou seja, como processo pelo quais as novas gerações assimilam as 
experiências, os conhecimentos e os valores legados pelas gerações precedentes, é 
fenômeno inerente ao próprio homem e o acompanha durante toda a sua vivência. Os 
desenvolvimentos filosófico, científico, artístico e tecnológico, bem como as mudanças 
que são introduzidas nos valores e nas maneiras de conduzir-se socialmente, são 
sempre cumulativos e se fazem com base nas conquistas alcançadas anteriormente e 
transmitidas às novas gerações através de algum processo educativo. 
 
Nos primeiros agrupamentos humanos, o processo educativo podia ser 
extremamente simples; acontecia através do contato informal, no próprio cotidiano 
através da convivência entre pais e filhos; anciões e jovens, no qual os mais velhos 
transmitiam o seu saber acumulado aos mais jovens. Atualmente, o conhecimento, a 
complexidade e o montante do saber produzido historicamente e a velocidade da 
renovação e atualização deste saber, determinam a necessidade de instituições 
formalmente destinadas para essa tarefa. 
 
A Escola é uma das principais responsáveis pela transmissão e construção 
deste saber, de forma sistemática e organizada. Contudo, novas maneiras de ensino-
aprendizagem começam a ganhar corpos, em função da necessidade de se chegar 
aos cidadãos dos lugares mais distantes de um país, proporcionando aos alunos uma 
dinâmica escolar estrumaras, conectando-os aos grandes centros acadêmicos e 
culturais. Para tanto, novamente a Administração Escolar é chamada para contribuir 
com a organização administrativa exigida por novas demandas sócio-educacionais. A 
existência da Escola hoje é irreversível e não podemos mais conceber este 
conhecimento transmitido única e exclusivamente de maneira informal. Seja lá como 
for, toda organização, como a escolar, necessita de administração para se alcançar, de 
forma racional, os objetivos a que se propõe. 
 
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A Educação, é indiscutivelmente, um fator de desenvolvimento que favorece 
a conquista de melhores condições para qualidade de vida dos cidadãos. Neste 
sentido, as questões educacionais são, mais do que nunca, questões a serem 
resolvidas com a participação de todos os envolvidos no processo educacional, ao 
invés de serem discutidas somente pelos órgãos superiores. 
 
A escola sofreu uma mudança no seu perfil. Atualmente é considerada 
como uma organização social, que diretamente irá influenciar social, cultural e 
politicamente a comunidade à que serve. Todos os envolvidos na sua dinâmica 
possuem papel relevante nas tomadas de decisões, uma vez que irão influenciar direta 
ou indiretamente em suas vidas. O cotidiano escolar é constituído pelos pais, 
professores, supervisores, diretores, funcionários e alunos. 
 
Neste primeiro módulo, iremos fazer considerações gerais a respeito deste 
tema. Veremos a Administração Educacional, em sua forma conceitual, através do 
estudo dos princípios de Administração em geral, da Administração Escolar e do 
Sistema Educacional no contexto político–social da Educação Brasileira. 
 
 
 
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O PAPEL DA EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE 
 
Todos os seres humanos conscientes da necessidade de promovermos 
mudanças no modelo social no qual vivemos hoje. Certamente também concordamos 
que a Educação éum dos caminhos para esta mudança. Estamos sempre falando e 
criando metodologias de mudanças e precisamos, conforme Gandim lembra no texto a 
seguir, pensar em que tipo de mudança estamos empenhados em promover. 
 
“ A metodologia da mudança, ao tempo em que 
exige do grupo a definição clara do tipo de mudança que 
intenta, requer que o grupo defina os fins. Isso quer dizer 
que ou se muda para algo que importa ou a mudança não 
tem importância alguma. Isso quer dizer, também, que a 
mudança pela mudança é algo inteiramente desprovido de 
sentido.” 
(Gandim, 1997, p. 14) 
 
O grupo, à medida que vai estabelecendo-se, vai definido metas que deseja 
alcançar com a sua existência e com o seu trabalho. Para que se alcance os fins 
almejados, é preciso que exista um conhecimento a respeito da sociedade e do 
homem inseridos nesse processo de mudança. Para tal a metodologia para mudança 
tem que 
 
...“ter uma ação condizente com uma 
concepção. Para que a mudança aconteça e para que valha 
a pena que ela aconteça, é necessário, respectivamente, 
que se realize uma ação capaz de vivenciar uma concepção 
e que haja uma concepção teoricamente viável e eticamente 
justificada.” 
(Gandim,1997, p. 16) 
 
No processo educacional, é necessário que o grupo tenha claro para si que 
concepção de educação irá adotar como proposta de desenvolvimento pessoal. É 
importante que se tenha claramente definidas as relações que a educação tem com a 
sociedade, as características que a definem e as principais linhas de ação. 
 
Quando os grupos são maiores e mais complexos, surge a necessidade de 
uma equipe de coordenação. Não queremos dizer, com isto, que exista a 
obrigatoriedade de hierarquia, em termo de alguém que mande e outro(s) que 
obedeça(m), contudo precisamos ter alguém que possa coordenar o grupo de modo 
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que ele organize suas finalidades e consiga implementar ações coerentes com as 
mesmas, de forma sinergética, ou seja, com espírito de equipe propositiva. 
 
A educação precisa estar atenta às estratégias da nova ordem mundial, 
para que possa cumprir o papel desafiador de ser um elemento importante no 
processo de transformação da sociedade. A introdução da qualidade, como critério, é 
uma das referências básicas para a reconstrução deste sistema. 
 
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ADMINISTRAÇÃO - ASPECTOS GERAIS 
 
A medida que a complexidade da sociedade humana foi aumentando, 
através dos tempos, foram sendo necessárias certas mudanças na forma de 
administração. O espaço, o tempo, as relações humanas e econômicas devem compor 
o pano de fundo na discussão sobre educação para resolver problemas de interesse 
comum da comunidade escolar. 
 
As exigências históricas, cada uma em seu tempo, determinaram caminhos, 
no campo da administração, com o propósito de melhor organizar a construção de 
conhecimentos. 
 
Numa tentativa de conceituar administração em geral, é preciso 
descontextualizá-la dos seus determinantes sociais. Após este passo podemos dizer 
que 
 
“a administração é uma atividade específica do 
ser humano, pois somente o homem é capaz de estabelecer 
objetivos livremente e utilizar-se dos recursos de modo 
racional”. 
(Martins, 1999, p. 24) 
 
Nota-se que a administração está inserida num contexto em que existem 
condicionamentos de ordem política, econômica e social, podemos dizer que 
 
“a administração é um processo de planejar, 
organizar, dirigir e controlar recursos humanos, materiais, 
financeiros e informacionais, visando à realização de 
objetivos” 
(Martins, 1999, p. 24). 
 
A administração, como é entendida e realizada atualmente, é produto de 
longa evolução histórica e reflete as contradições sociais e os interesses políticos da 
sociedade em pauta. Considerando-a em seu sentido geral, pode ser conceituada 
como a utilização racional de recursos para a realização de fins determinados, o que a 
caracteriza como uma atividade exclusivamente humana como já dissemos 
anteriormente. 
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37 
A atividade administrativa é, então, não apenas exclusiva mas também 
necessária à vida do homem. O animal, como ser indiferenciado da natureza, busca 
objetivos livremente, colocando-os então no plano da necessidade. O homem, embora 
faça parte da natureza, como o animal, consegue diferenciar-se dela pela sua livre 
ação. Ele só é humano porque transcende sua situação natural. 
 
A administração, entretanto, não se ocupa do esforço despendido por 
pessoas isoladamente, mas com o esforço coletivo. 
 
"A administração é uma atividade generalizada 
e essencial a todo esforço humano coletivo, seja na 
empresa industrial, na empresa de serviços, no exército, 
nos hospitais, na igreja etc. O homem cada vez mais 
necessita cooperar com outros homens, para atingir seus 
objetivos: neste sentido, a administração é basicamente a 
coordenação de atividades grupais.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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38 
EDUCAÇÃO E SEU DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO 
 
Analisando a educação em diferentes momentos históricos, Martins (1999) 
concluiu que, 
 
"nos povos primitivos a educação tinha o 
objetivo de ajustar a criança ao meio pela aquisição de 
experiência das gerações passadas, realizada por imitação. 
A educação oriental tinha por objetivo o domínio da 
linguagem e da literatura. A educação grega visou 
primordialmente ao desenvolvimento individual, 
característica que é o marco inicial da educação liberal. A 
educação em Roma fundamenta-se nos conceitos de 
direitos e deveres que no período primitivo, desenvolveu-se 
no lar, porém, a partir do período imperial, surgiram as 
escolas de diversos graus, inclusive as universidades. A 
educação clássica, que se desenvolveu na Grécia e em 
Roma, tinha caráter humano e cívico.” 
(Martins, J., 1999, p. 25) 
 
Posteriormente, rompendo com as concepções liberal e individualista dos 
gregos e prática dos romanos, surgiu o modelo de Educação utilizado na Idade Média 
de caráter mais cristão. Somente mais tarde com a Reforma, inicia-se a chamada 
Educação moderna caracterizada por ser promovida pelo Estado e destinada a todo 
povo independente de seu gênero ou classe social. 
 
Através desse breve relato é possível perceber que o desenvolvimento 
filosófico, científico, artístico e tecnológico, bem como as mudanças dos valores 
sociais e nas maneiras de conduzir-se socialmente, são sempre transmitidos de uma 
geração a outra e, de forma cumulativa, mesmo sofrendo mudanças permanecem no 
tecido social, caracterizando-o. 
 
Inicialmente bastante simples e até informal, podemos afirmar que hoje o 
processo educativo abriga preocupações profundas com o sistema de ensino, sendo 
de essencial importância considerar não apenas suas condições (infra-estrutura), mas 
também a dimensão político-social do processo de ensino-aprendizagem. Nesse 
contexto, surge a demanda de uma administração escolar. 
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39 
ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 
 
CONCEITOS 
 
"Numa rápida passagem pela história da 
humanidade iremos perceber que, à medida que as 
transformações econômicas, sociais, e políticas foram 
ocorrendo, os grupos humanos responsáveis pelas mesmas 
foram exigindo aprimoramento do processo administrativos.” 
 (Martins, 1999, p. 15) 
 
A administração escolar pressupõe uma filosofia e uma política diretoras 
estabelecidas pelo grupo escolar.Está estruturada para gerar processos criadores de 
condições adequadas às atividades deste grupo, objetiva a unidade e à economia de 
ação, bem como ao sucesso do processo educacional. Engloba atividades do tipo: – 
planejamento, organização, assistência à execução (gerência), avaliação dos 
resultados (medidas), prestação de contas (relatório). 
 
A partir da concepção de educação daqueles que estabelecem a política 
educacional, podemos inferir seu tipo de administração escolar. Como por exemplo: se 
a política educacional priorizar o intelectualismo e o professor como centro do 
processo educativo, teremos uma educação tradicional e, consequentemente, uma 
administração humanista tradicional; se priorizarmos o aluno ativo como centro do 
processo educativo, teremos uma educação escolanovista e, consequentemente, uma 
administração humanista moderna; mas se priorizarmos o aluno tem-se uma educação 
progressista e uma forma humanista-progressista de administração. 
 
A prática administrativa, ao longo da história da educação, foi desenvolvida 
com forma centralizada de poder. Esta conduta promoveu a competição, a intimidação 
e a segregação nos trabalhos escolares. Atualmente a prática administração tende à 
descentralização e prioriza as parcerias, como ilustra o texto abaixo. 
 
 “A administração escolar é um conjunto 
complexo de atividades que criam condições para a 
integração e o bom funcionamento de grupos que operam 
em divisão do trabalho. Aí está explícito que a unidade total 
de tarefas é subdividida em unidades menores e confiadas 
a pessoas ou grupos que possuem certa autonomia para 
executá-las. Portanto, quanto mais poderes os indivíduos ou 
grupos têm para realizar tarefas, mais descentralizada e 
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democrática é a administração escolar. Não é, pois, 
recomendável a centralização que caracteriza a 
administração autoritária, ainda mais quando o conceito 
atual é que a administração tem a função de zelar pelo 
funcionamento harmonioso e orgânico dos grupos.” 
 (Martins, 1999: 34) 
 
A maior preocupação da administração escolar deve ser a manutenção da 
unidade grupal. Não podendo, no entanto, deixar de preocupar-se com a economia da 
ação e o progresso do empreendimento. Não obstante, deve cuidar também da 
otimização de recursos, sem diminuir o rendimento. Isto quer dizer que a 
administração escolar não pode economizar recursos que possam implicar na queda 
da qualidade do ensino, pois esta é a meta enquanto a otimização de recursos é meio. 
 
A tarefa de administrador é, ainda, um grande desfio nas instituições 
educacionais. 
 
Muitas destas instituições não dispõe de um profissional qualificado para o 
desempenho desta função. O cargo de diretor geralmente considerado "de confiança" 
acaba sendo ocupado por profissionais que, usam o poder do cargo, coagindo os 
outros profissionais com promessas de prêmios, incentivando as competições internas 
e os conflitos interpessoais, no intuito de manter o domínio sobre o grupo. 
 
A formação qualificada do administrador escolar começa a ser vista como 
uma necessidade, urgente, para a conquista de um espaço educacional que respeite 
os princípios de cidadania e a convivência democrática. 
 
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41 
BIBLIOGRAFIA 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Mc Graw Hill, 
1979. 
KWASNICKA, Eunice L. Teoria geral da administração. São Paulo: Atlas, 1997. 
LACERDA, Beatriz P. Administração escolar. São Paulo: Pioneira, 1977. 
LANHARD, Rudolf. Introdução à administração escolar. São Paulo: Pioneira, 1976. 
MARTINS, J. Administração Escolar. São Paulo: Atlas, 1999. 
PARO, Vitor H. Administração escolar: uma introdução crítica. São Paulo: Cortez, 
1988. 
 
 
 
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42 
 
BIBLIOGRAFIA -COMPLEMENTAR 
ANTUNES, Ângela. Aceita um Conselho? Como organizar o colegiado escolar. 
2ªed. São Paulo: Cortez, 2002. 
BARBOSA, Eduardo F.. Implantação da Qualidade Total na Educação. Belo 
Horizonte: Fundação Cristiano Ottoni, 1995. 
COSTA, Vera Lúcia C.; MAIA, E. Marisa e MANDEL, Lúcia Mara. Gestão Educacional 
e Descentralização. 3ªed. São Paulo: Cortez, 2002. 
FARO, Vitor H. Administração Escolar. 11ª ed.São Paulo: Cortez, 2002. 
FERREIRA, Naura S. C.Gestão Democrática da Educação: atuais tendências, 
nossos desafios. São Paulo: Cortez, 2003. 
FERREIRA, Naura S. C. e AGUIAR,M.A. Gestão da Educação: impasses, 
perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2001. 
LÜCK, Heloisa. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. Rio de Janeiro: 
DB&A, 2000. 
LIBÂNEO, J.C.; OLIVEIRA, J.F. E TOSCHI, M.S.. Educação Escolar: Políticas, 
Estrutura e Organização. Coleção Docência em Formação. Série : Saberes 
Pedagógicos. São Paulo: Cortez, 2003. 
MARTINS, Ângela Antunes. Autonomia da Escola. São Paulo: Cortez, 2002. 
MARTINS, José Prado. Administração Escolar: uma abordagem crítica do 
processo administrativo.São Paulo: Atlas, 1999. 
MEZONO, João Catarim. Educação e Qualidade Total. Petrópolis: Vozes, 1997. 
RAMOS, Cosete. Excelência na Educação.Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. 
TACHIZAWA, Takeshi e ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de. Gestão de Instituições 
de Ensino. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1999. 
 
 
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AUTO-AVALIAÇÃO 
Responda às questões abaixo, marcando apenas uma das alternativas. 
 
1. UMA CARACTERÍSTICA COMUM A QUALQUER ADMINISTRAÇÃO MODERNA É: 
( A ) SER CENTRALIZADA 
( B ) CONSIDERAR O RECURSO HUMANO MAIS DO QUE O RECURSO TÉCNICO 
( C ) NÃO CONSIDERAR OS RECURSOS HUMANOS 
( D ) SER DESCENTRALIZADA E PRIORIZAR PARCERIAS 
( E ) A FORMA DE TRABALHO JÁ EXISTENTE 
 
2. EM QUE IMPLICA ATUALMENTE A TENDÊNCIA DE ADMINISTRAR? 
( A ) TER O CONTROLE TOTAL DO GRUPO 
( B ) TER O CONTROLE TOTAL DA PRODUÇÃO 
( C ) TER A VISÃO HOLÍSTICA DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO DE UM GRUPO 
( D ) COORDENAR AS TAREFAS PEDAGÓGICAS 
( E ) COORDENAR AS TAREFAS ADMINISTRATIVAS 
 
3. O ADMINISTRADOR PRECISA TER A SUA PRÁTICA PAUTADA EM: 
( A ) UMA VISÃO AMPLA E CUIDADOSA DO FUTURO 
( B ) UMA CONCEPÇÃO DE GRUPO COOPERATIVO 
( C ) UM CONHECIMENTO SEGURO DO CONTEXTO ADMINISTRATIVO 
( D ) UMA ANÁLISE PRÉVIA DAS RELAÇÕES DE CAUSA E CONSEQÜÊNCIA 
( E ) TODAS AS RESPOSTAS ESTÃO CORRETAS 
 
4. UM ADMINISTRADOR NÃO DEVE PROPOR MUDANÇAS EM QUE SITUAÇÕES: 
( A ) QUANDO ESTAS FOREM ESSENCIAIS À MELHORIA DO PROCESSO DE TRABALHO 
( B ) SEMPRE QUE ACHAR QUE ESTÁ NA HORA DE MODERNIZAR O PROCESSO 
( C ) QUANDO OS RESULTADOS APRESENTADOS FOREM INSUFICIENTES 
( D ) QUANDO NÃO CONCORDAR COM A FORMA DE TRABALHO DO GRUPO 
( E ) QUANDO O GRUPO NÃO ESTIVER PREPARADO PARA FAZÊ-LA 
 
5. A ESCOLA SOFREU UMA MUDANÇA NO SEU PERFIL. ATUALMENTE É CONSIDERADA COMO: 
( A ) UMA ORGANIZAÇÃO SOCIAL, QUE DIRETAMENTE IRÁ INFLUENCIAR SOCIAL, CULTURAL E POLITICAMENTE A 
COMUNIDADE À QUE SERVE. 
( B ) UMA ORGANIZAÇÃO SOCIAL, PREOCUPADA COM O LUCRO E A QUALIDADE DE VIDA DA COMUNIDADE 
( C ) UMA ORGANIZAÇÃO SOCIAL, PREOCUPADA COM A SEGURANÇA DE CADA UM DE NÓS 
( D ) UM MARCO SOCIAL INFLUENCIANDO TODA UMA COMUNIDADE 
( E ) FORMADORA DE OPINIÃO, CAPAZ DE ESTABELECER UMA RESISTENCIA A ONDA GLOBALIZADORA QUE ATINGE 
O MUNDO. 
 
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6. QUAL É A MAIOR PREOCUPAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR? 
( A ) A OTIMIZAÇÃO DE RECURSOS 
( B ) EVITAR DISPERDÍCIOS 
( C ) CONTROLAR GASTOS 
( D ) AUMENTAR OS RENDIMENTOS 
( E ) MANTER A UNIDADE GRUPAL 
 
7. UMAMETODOLOGIA PARA A MUDANÇA EDUCACIONAL DEVE TER ? 
( A ) UMA AÇÃO CONDIZENTE, MAS SEM NENHUMA CONCEPÇÃO DE MUNDO ESTABELECIDA 
( B ) UMA AÇÃO CONDIZENTE COM UMA CONCEPÇÃO DE MUNDO INDIVIDUALISTA 
( C ) UMA VISÃO ÉTICA E UMA AÇÃO CONTUNDENTE 
( D ) UM MOVIMENTO DE ELITES 
( E ) UMA CONCEPÇÃO ABSTRATA INDIVIDUALISTA 
 
8. NO PROCESSO EDUCACIONAL, É NECESSÁRIO QUE O GRUPO TENHA CLARO PARA SI QUE: 
( A ) A ESCOLA É UM ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO INDIVIDUAL E SOCIAL 
( B ) QUE É A ESCOLA QUE VAI MUDAR A SOCIEDADE 
( C ) QUE NINGUÉM SOBREVIVE OU SE DESENVOLVE SEM A ESCOLA 
( D ) QUE A ESCOLA É UMA CÉLULA SOCIAL DESARTICULADA COM A NOVA ORDEM MUNDIAL 
( E ) QUE O PROCESSO EDUCACIONAL É ESSENCIALMENTE PRÁTICO 
 
9. ADMINISTRAÇÃO PODE SER ENTENDIDA COMO: 
( A ) PROCESSO DE PLANEJAR VOLTADO PARA O USO DOS RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS 
( B ) PROCESSO DE PLANEJAR, ORGANIZAR, DIRIGIR E CONTROLAR OS RECURSOS HUMANOS, MATERIAIS, 
FINANCEIROS E INFORMACIONAIS, VISANDO ALCANÇAR OBJETIVOS 
( C ) PROCESSO DE PLANEJAR, DISTRIBUIR E CONTROLAR O PRÓPRIO SER HUMANO 
( D ) PROCESSO GENERALIZADO VOLTADO PARA A REALIZAÇÃO DE UMA TAREFA DO PLANO DE CURSO 
( E ) PROCESSO DE COORDENAÇÃO PARA TRABALHOS DE GARANTIA DA QUALIDADE 
 
10. A EDUCAÇÃO ROMANA FUNDAMENTAVA-SE EM: 
( A ) NOÇÕES DE DIREITOS E DEVERES 
( B ) PRÁTICAS RELIGIOSAS 
( C ) PRINCÍPIOS DE CIVISMO 
( D ) VALORES HUMANÍSTICOS 
( E ) TODOS AS RESPOSTAS ESTÃO CORRETAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 INTRODUÇÃO 
 
“...simplesmente não posso pensar pelos 
outros, para os outros, nem sem os outros.” 
(PauloFreire) 
 
Estamos trazendo, para esse “início de conversa” três idéias 
extremamente fortes e presentes no cotidiano de nossas existências: 
 
 
 EDUCAÇÃO 
 TRABALHO 
 CIDADANIA 
 
Embora usualmente utilizados, estes conceitos não são compreendidos de 
forma integral. Falamos em educação de maneira tão discursiva, por exemplo, que 
nem chega a parecer que tudo o que temos hoje presente na história da educação 
nacional foi construído, de certa forma, por todos e por cada um de nós. Por vezes 
falamos com tal isenção que nos colocamos à parte do que existe, como se não nos 
coubesse nenhuma parcela de responsabilidade. 
 
Ousamos, até, usar sistematicamente o pronome “ELES” em nossas falas, 
deixando num outro lugar, bem longe de nós, os “responsáveis” pelo “descalabro” 
educacional. 
 
E a nossa responsabilidade? O que temos feito para mudar? O que temos 
conseguido encaminhar, em ações concretas, para romper os paradigmas que tanto 
nos incomodam? 
 
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES 
 
As idéias das pessoas, as nossas idéias, se formam, essencialmente, 
através de suas, de nossas práticas sociais. Por tanto, as práticas sociais escolares, 
criam um ideário sobre educação que é concreto e cuja autoria pertence a todos nós 
que nela atuamos. E o mesmo acontece em relação à noção de Trabalho e de 
Cidadania. 
É importantíssimo perceber, então, que as práticas escolares tanto 
constituem-se por concepções de Educação, Trabalho e Cidadania que temos como 
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47 
continuam, depois de nós, constituindo idéias sobre essa mesma Educação, Trabalho 
e Cidadania. 
 
Escolhemos essas três idéias por considerarmos que são totalmente 
imbricadas, relacionadas, conexas. Chegamos mesmo a afirmar que não existe uma 
sem as outras, ou, se tal acontecer, a existência será menos completa. 
 
Embora a prática da educação tenha estado sempre dominada por 
considerações menos profissionais e técnicas como devemos esperar, sua teoria tem 
estado quase sempre dominada pela convicção de seu objetivo e seus meios são 
somente as idéias. 
 
Segundo Enguita (1989), tudo no desenvolvimento cotidiano da relação 
pedagógica leva a pensar assim. O discurso do professor, o conteúdo do livro-texto, a 
memória ou a capacidade de raciocínio do aluno são manifestações de idéias. As 
demais ocorrências se apresentam diante dos olhos dos agentes do processo 
educacional como subsidiárias e contingentes ao núcleo do processo de ensino e 
aprendizagem ou derivadas únicas e exclusivamente das determinações devidas à 
organização coletiva do ensino. 
 
E isso encontra eco no eixo de mudança das realidades escolares, uma vez 
que todo professor já mudou, por exemplo, o conteúdo de suas aulas, viu serem 
substituídos alguns programas por outros etc... mas somente algumas gerações 
viveram diretamente transformações, no sentido de “grandes mudanças”, como a 
passagem da escola unidocente à seriada, ou da escola dominical à de cinco dias por 
semana. 
 
É também importante sinalizar que o campo do discurso escolar presta-se 
mais, normalmente, à iniciativa pessoal do professor, sua disponibilidade, sua decisão, 
sua autonomia que o das “práticas escolares” enquanto um campo de políticas de 
ação organizadas para a concretização de alguns fins determinados e específicos. 
 
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Por exemplo, é muito fácil falar em “educação para valores”, mas é muito 
menos fácil conceber essa ação como ação concreta de uma política de gestão 
escolar, isso implicaria envolver não apenas aquele professor que já considera ser 
essa opção uma opção viável interessante, mas envolver toda a comunidade escolar, 
dentro de um Projeto Político-Pedagógico fruto de ampla discussão e reflexão acerca 
do responsabilizar a todos e a cada um, num movimento de adesão coletiva, de 
enredamento. 
 
Assim, se “educar para valores” é importante para todos, que cada um se 
comprometa por fazê-lo dentro e fora de seu “espaço imediato de trabalho”. 
 
O processo de elaboração conjunta do Projeto Político-Pedagógico Escolar 
é fundamental para situar a dimensão do “trabalho coletivo” como política no âmbito 
das práticas escolares. 
 
 Isso demanda o estabelecimento de três tipos de marco: 
 
a) marco contextual – implica levantamento da situação global (sócio-econômico-
político-cultural-educacional...) da instituição e de todos os envolvidos, traçando-se um 
perfil bem definido do campo de possibilidades de ação que se tem. 
 
b) marco doutrinário – implica levantamento das concepções de sociedade / 
educação que se tem, incluindo visões de homem e valores fundamentais. 
 
c) marco operacional – implica determinar que tipode ações deverão estar presentes 
para referenciar os dois marcos anteriores. 
 
É preciso, no entanto, estar atento às necessárias problematizações, já que 
muitas vezes somos levados a pensar sob os parâmetros hegemônicos, isto é, os 
modelos dominantes, que nem sempre são os que queremos ou devemos referendar. 
 
Por exemplo, ninguém nega que a competição e o individualismo são 
valores pregnantes na nossa sociedade neo-liberal capitalista, mas também não 
podemos negar que no seio desta mesma sociedade há inúmeras manifestações de 
valores outros, como de solidariedade e cooperação, mesmo sendo contra-
hegemônicos. 
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Nosso exercício assim, enquanto elaborador de práticas escolares, seria 
identificar,na origem e no desenvolvimento, os valores que realmente seriam 
referência para um trabalho constituinte de cidadania. 
 
No texto literário de Ítalo Calvino, As Cidades Invisíveis, é possível 
identificar um significativo diálogo entre Marco Polo (o navegador) e Kublai Khan (o 
mestre) em que Marco Polo, decepcionado por saber que o último porto é sempre o 
“porto do inferno” resolve negar-se a continuar caminhando, navegando. 
 
No entanto Kublai Khan se coloca enfaticamente contra tal posição de 
Marco Polo, defendendo que esse deveria, ao contrário, ser o verdadeiro motivo da 
continuidade do seu caminhar pois que, segundo ele, “inferno já é o que existe mesmo 
entre nós, no nosso cotidiano das relações humanas, mas temos que identificar o que, 
no inferno, não é infernal, e continuar apostando e desenvolvendo ações nesse 
sentido. 
 
Nos últimos vinte anos, as transformações sociais, políticas e econômicas 
foram tão acentuadas que ao falar sobre a sociedade no princípio dos anos 70, 
verificamos que os pontos de contatos com a realidade atual são muito tênues. A 
situação é idêntica em relação ao sistema educativo e, assim, em relação a todos os 
profissionais que nele atuam. 
 
É preciso, historicamente, situar o profissional professor e só assim poder-
se-á chegar à discussão dos outros profissionais da Escola. 
 
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CIDADE PERFEITA 
Ítalo Calvino 
 
 
 O atlas do grande Khan também contém os mapas de terras prometidas visitadas 
na imaginação mas ainda não descobertas ou fundadas: a Nova Atlântida, Utopia, a Cidade do 
Sol, Oceana, Tamoé, Harmonia, New-Lamark, Icária. 
 
 Kublai perguntou para Marco: 
 
 - Você , que explora em oportunidade e é capaz de interpretar os símbolos, 
saberia me dizer em direção a qual desses futuros nos levam os ventos propícios? 
 
 - Por esses portos eu não saberia traçar a rota nos mapas nem fixar a data da 
atracação. Às vezes, basta-me uma partícula que se abre no meio de uma paisagem 
incongruente, um aflorar de luzes na neblina, o diálogo de dois passantes que se encontram no 
vaivém, para pensar que partindo dali construirei pedaço por pedaço a cidade perfeita, feita de 
fragmentos misturados com o resto, de instantes separados por intervalos, de sinais que alguém 
envia e não sabe quem capta. Se digo que a cidade para qual tende a minha viagem é 
descontínua no espaço e no tempo, ora mais rala, ora mais densa, você não deve crer que pode 
parar de procurá-la. Pode ser que enquanto falamos ela esteja aflorando dispersa dentro dos 
confins do seu império; é possível encontrá-la, mas da maneira que eu disse. 
 
 O Grande Khan já estava folheando em seu atlas os mapas das ameaçadoras 
cidades que surgem nos pesadelos e nas maldições: Enoch, Babilônia,Yahoo, Butua, Brave New 
World. 
 Disse: 
 
 - É tudo inútil, se o último porto só pode ser a cidade infernal, que está lá no 
fundo e que nos suga num vórtice cada vez mais estreito. 
 
 E Polo: 
 
 - O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o 
inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de 
 
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não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste 
até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem 
contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é infernal, preservá-lo 
e abrir espaço. 
 
 
 
 
 
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UM RECORTE HISTÓRICO 
 
 “... O passado é lição para se meditar, não para 
reproduzir.” 
(Mário de Andrade) 
 
Antônio Nóvoa (1995) um dos nomes mais representativos da literatura 
pedagógica atual destacou em seu livro intitulado “Profissão Professor”, podemos 
destacar alguns fatos marcantes que nos ajudarão a construir uma visão sobre a 
caracterização do profissional da educação. 
 
SÉCULOS XVII E XVIII 
 
. o saber religioso X saber laico ( Estado) 
. professor = padre 
 
 . um corpo de saberes e técnicas 
Saberes congregacionais e jesuítico 
. conjunto de normas e valores 
 
Saberes e técnicas = organizado em torno de princípios 
e estratégias de ensino 
 
 saber geral X saber específico 
Pedagogia 
 saber pedagógico 
 
Corpo de saberes e técnicas produzido por pedagogos de fora, do exterior 
do “mundo dos professores” por teóricos e especialistas. 
 
Conjunto de normas e valores. 
 
 Influenciados por crenças e atitudes morais e religiosas 
 Ética e normas de caráter religioso 
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Missão de educar X prática de ofício 
Motivações não desaparecem 
 Vocação X profissão 
 
Igreja // Estado 
 
 internas 
Instituições mediadoras das relações da profissão docente 
 externas 
 
NO SÉCULO XVIII 
 
� A intervenção do Estado provoca a homogeneização, a 
unificação e a hierarquização à escala nacional, instituindo 
professor como corporação profissional. 
 
OBJETIVO 
 
Promover a constituição de um corpo profissional isolado, 
submetido à disciplina do Estado. 
 
� Era necessário tirar os professores da alçada das comunidades locais, 
organizando-os como um corpo do Estado. 
 
Regime Estatal 
 
garante ao docente o estatuto de autonomia e independência 
em relação aos párocos, aos notáveis locais e às populações 
 
Função compartilhada entre Estado e docente 
 
Prof. José Olimpio dos Santos – cel.: (65) 8112 0482 ou 9981 0482 e-mail: jose.olimpio@hotmail.com 
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MODELO IDEAL DO PROFESSOR 
 
Situar-se entre o funcionalismo e a profissão liberal 
 
Logo: 
 
� Ensinar só com a licença e a autorização do Estado, após uma série de exames 
que requer um número de condições. 
 
� Dar suporte ao exercício docente: 
 
 - contribui para delimitar o campo profissional do ensino 
 - atribui ao docente o direito exclusivo de intervenção na área 
 
LICENÇA DOCENTE 
 
� facilita a definição de um perfil de competências técnicas; 
� serve de base ao recrutamento dos professores; 
� delineia a carreira docente; 
� têm o aval do Estado os grupos docentes; 
� legitimação oficial de sua atividade; 
� afirmação profissional e reconhecimento social; 
� professor como funcionário (de caráter particular); 
� sua ação está impregnada de forte intencionalidade política pelos projetos e 
finalidades do Estado. 
 
PAPEL DA ESCOLA 
 
• se impõe como instrumento privilegiado de estratificação social; 
Prof. José Olimpio dos Santos – cel.: (65) 8112 0482 ou 9981 0482 e-mail: jose.olimpio@hotmail.com 
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• professor se destaca nessa estratificação social como agentes culturais e 
políticos no percurso de ascenção social. 
 
PAPEL DO PROFESSOR 
 
Promove o valor educação, criando as condições para a 
valorização de suas funções para a melhoria do seu estatuto 
sócio-profissional. 
 
SÉCULOS XIX E XX 
 
Época dos congressos de professores: 
• laboratórios; 
• de valores comuns; 
• de ideário coletivo de origens religiosas. 
 
TRABALHO DE PRODUÇÃO

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