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ATLAS DE PARASITOLOGIA HUMANA

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FORMA PARASITÁRIA
	ESPÉCIE
	PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
	
	
Giardia lamblia
(Trofozoíto)
	O protozoário Giardia lamblia também é conhecido como Giardia duodenalis , Giardia intestinalis ou Lamblia intestinalis.No entanto, o nome que o identifica atualmente é Giardia lamblia . Este protozoário flagelado tem uma forma trofozoíta móvel e uma forma cística não móvel. O diagnóstico desse parasita não é difícil, mas deve-se levar em consideração que a eliminação fecal de trofozoítos e cistos é irregular. Portanto, é recomendável fazer exames seriados em dias não sucessivos. Os trofozoítos são geralmente vistos nas fezes líquidas, nas quais é possível apreciar não apenas a morfologia, mas também o movimento particular na queda de folhas. Enquanto cistos, é mais comum observá-los nas fezes formadas.
	
	
Entamoeba histolytica
(Trofozoíto)
	E. histolytica tem duas formas parasitárias: o cisto e os trofozoítos. O cisto é a forma infecciosa, não possui locomoção e é resistente no ambiente externo; os trofozoítos representam a forma vegetativa, sendo móveis e ativos. E. histolytica é alimentada por fagocitose, ou seja, emite pseudópodes com os quais introduz pequenas partículas que compõem seu alimento no conteúdo celular onde é digerido. No seu desenvolvimento, estão presentes as fases trofozoítas e cistos. Os trofozoítos são a forma móvel amebóide. O cisto é a forma não ativa, resistente a condições adversas.
	
	
Ascaris lumbricoides
(Ovo)
	Ascaris lumbricoides é um organismo que tende a ser confundido com outros semelhantes, como a minhoca. No entanto, há uma característica distintiva que permite a identificação diferencial. Essa característica refere-se ao fato de Ascaris lumbricoides ser um organismo pseudocelomático, o que implica que sua cavidade geral não é de origem mesodérmica. Neles, o mesoderma invade apenas parcialmente a blastocele durante o desenvolvimento embrionário. Da mesma forma, é um organismo triblástico, pois durante o seu desenvolvimento embrionário aparecem as três placas germinativas: endoderme, mesoderma e ectoderma. Deles se originam os diferentes órgãos e sistemas que compõem o organismo adulto. É um organismo heterotrófico e parasitário. Os heterotróficos são aqueles que não sintetizam seus próprios nutrientes, portanto devem se alimentar de outros seres vivos ou substâncias produzidas por outros. Também é um endoparasita porque requer viver dentro do hospedeiro, alimentando-se dos nutrientes ingeridos por ele. É também um organismo patogênico, pois é responsável pelo desenvolvimento de ascaridíase em indivíduos infectados. Essa patologia pode ser de leve a muito grave.
	
	
Enterobius vermicularis
(Ovo)
	É um helminto nematódeo de 0,3 a 1,0 cm, conhecido como oxiúrus. Morfologicamente, apresenta como característica do verme adulto um par de asas cefálicas. Após o acasalamento, o macho é eliminado com as fezes e a fêmea adulta (1) se dirige até o ânus para fazer a ovipostura, principalmente à noite. Com freqüência, não consegue retornar para a ampola retal, morrendo nesse local. Os ovos (2) maturam rapidamente na pele da região perianal ou no solo, apresentando larvas infectantes. Então, os ovos maduros devem ser ingeridos pelo hospedeiro para a continuidade do ciclo. Os ovos ingeridos eclodem no intestino delgado. As larvas migram pela mucosa intestinal até o ceco e intestino grosso, onde atingem a maturidade. O período pré-patente é de um a dois meses. Provocam poucas lesões significativas na mucosa. Na região perianal e períneo, pode haver laceração da pele, com hemorragia, dermatite e infecções secundárias. Localizações ectópicas podem se manifestar como uretrite e vaginite. As manifestações incluem prurido anal intenso, especialmente à noite; náuseas, dor abdominal, emagrecimento, diarréia. A contaminação entre pessoas da mesma casa é comum. Hábitos de higiene corporal e limpeza de roupas íntimas, toalhas e lençóis previne a infecção.
	
	
Trichuris trichiura
(Ovo)
	É um nematódeo geralmente associado a infecções pelo Ascaris lumbricoides. O verme adulto (1) é facilmente identificado pela extremidade anterior afilada. Seu tamanho varia de três a cinco centímetros. Ocorre ingestão dos ovos (2) infectantes, que são larvados. Eclodem no intestino e as larvas se desenvolvem nas criptas cecais. Há acasalamento e liberação dos ovos (operculados). Eles ficam mergulhados na mucosa e podem causar reação inflamatória. O período pré-patente é de cinco a sete semanas. Há ação tóxica/irritativa dos tecidos, podendo levar a necroses focais. Em geral a infecção é assintomática, mas pode haver febre, náuseas, dor abdominal e prolapso retal (grave em crianças com grande número de parasitos). Alta prevalência em locais quentes e peridomícilio. A prevenção é feita através de cuidados na preparação de alimentos, higiene corporal e tratamento dos doentes.
	
	
Hymenolepis nana
(Ovo)
	H. nana tem comprimento de apenas 15 a 40 mm. Requer somente um hospedeiro, mas também pode cumprir seu ciclo em dois. Suas larvas migram somente dentro da parede intestinal e seu período de vida é relativamente curto (4 a 6 semanas). H. nana é mais frequente em populações que vivem em condições de pobreza e higiene precária, em particular quando pulgas estão presentes. H. nana apresenta 3 formas de infecção: Um ciclo indireto com 2 hospedeiros, envolvendo roedores como hospedeiros definitivos principais e besouros-de-grão, pulgas, ou outros insetos que se alimentam de fezes de roedores contaminados como hospedeiros intermediários. Os seres humanos podem ser infectados pela ingestão de insetos parasitados Um ciclo oral-anal, no qual ovos são passados de uma pessoa para outra ou se reciclam externamente em um único hospedeiro. Autoinfecção interna: por meio da qual os ovos eclodem dentro do intestino e iniciam uma 2ª geração, sem nunca saírem do hospedeiro. A autoinfecção pode resultar em quantidade maciça de vermes, que podem produzir náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, perda ponderal e sintomas sistêmicos inespecíficos. As infecções são frequentemente assintomáticas, mas infecções intensas podem provocar dor abdominal com cólicas, diarreia, anorexia, perda ponderal, sinais de má absorção e pruritis ani. O diagnóstico é feito pelo achado de ovos em amostras de fezes.
	
	
Taenia spp.
(Ovo)
	É um cestódeo causador da teníase. O adulto (1) não possui ganchos no escólex (2), apenas ventosas. Possui mais de um metro e meio de comprimento, podendo atingir até doze metros. Há eliminação de proglotes (3) nas fezes da pessoa contaminada, cada uma possuindo vinte a setenta mil ovos (4). O hospedeiro intermediário (boi) ingere os ovos e desenvolve o cisticerco nos músculos. Depois, o homem pode ingerir carne contaminada e mal cozida, levando ao desenvolvimento da tênia adulta no intestino. O período pré-patente é de sessenta a setenta dias. A teníase e uma infecção intestinal que leva à inflamação crônica eosinofílica da mucosa intestinal; manifesta-se por dor abdominal, sensação de fome, astenia, perda de peso mesmo na vigência de bom apetite, náuseas, diarréia. A prevenção inclui saneamento básico e cozimento adequado da carne. O congelamento e o resfriamento da carne permitem a viabilidade dos cisticercos por alguns dias. O homem é o grande agente de contaminação do ambiente e por isso deve ser tratado adequadamente com medicação tenicida.
	
	
Taenia solium
(Cisticerco)
	É um cestódeo causador da teníase. O adulto (1) possui, além das ventosas, ganchos no escólex (2). Possui mais de um metro e meio de comprimento, podendo atingir de cinco a seis metros. Há eliminação de proglotes (3) nas fezes da pessoa contaminada, cada uma possuindo milhares de ovos (4). O hospedeiro intermediário (porco ou próprio homem) ingere os ovos e desenvolve o cisticerco (5) nos seus tecidos, principalmente o muscular. Depois, o homem pode ingerir carne contaminada e mal cozida, levando ao desenvolvimento da tênia adulta no intestino. O período pré-patente é de sessenta a setenta dias. A teníase é uma parasitose intesinal,decorrente da ingestão de cisticercos; o verme adulto, no intestino humano, provoca aumento da motilidade intestinal, inflamação crônica eosinofílica. Os sintomas são: dor abdominal, sensação de fome, astenia, náuseas, diarréia, perda de peso mesmo na vigência de bom apetite. O diagnóstico é feito pela visualização de ovos ou proglotes nas fezes. A cisticercose se constitui no desenvolvimento de cisticercos no tecido humano, decorrentes da ingestão acidental de ovos da Taenia. Ocorre em locais diversos do organismo, principalmente no cérebro (neurocisticercose), olhos, músculos e fígado. Manifesta-se por convulsões, perda da acuidade visual, psicoses, fadiga, cãibras. O diagnóstico é feito por métodos de imagem e sorologia. A prevenção inclui saneamento básico e cozimento adequado da carne. O congelamento e o resfriamento da carne reduzem a viabilidade dos cisticercos para alguns dias.
	
	
Diphyllobothrium latum
(Ovo)
	D. latum é o maior parasita de seres humanos (até 10 m de comprimento). D. latum e os cestódeos que causam esparganose são as únicas tênias humanas com ciclos de vida aquáticos. Na água doce, ovos da D. latum proveniente de fezes humanas eclodem em larvas que nadam livremente e que são ingeridas por microcrustáceos. Os microcrustáceos são ingeridos por peixes, nos quais as larvas tornam-se infecciosas. Muitos outras Diphyllobothrium sp podem infectar humanos, mas não são tão comuns. A difilobotríase ocorre mundialmente, em especial onde lagos calmos são contaminados por águas de esgoto. Infecções nos EUA e no norte da Europa ocorrem em pessoas que ingerem peixe cru de água doce. A infecção é menos comum com tratamento de esgoto. A infecção costuma se assintomática, mas pode haver sinais e sintomas GI leves (desconforto abdominal, diarreia e/ou perda ponderal). Tênias de peixe utilizam vitamina B12, o que ocasionalmente resulta em deficiência de vitamina B12 e em anemia megaloblástica. Raramente, uma infecção grave leva à obstrução intestinal ou doença da vesícula biliar decorrente da migração das proglótides. O diagnóstico da difilobotríase é feito pela identificação de ovos operculados característicos ou grandes proglotes (segmentos de tênias) nas fezes. É feito um hemograma completo para avaliar a anemia.

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