Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Rodolfo Ribeiro Teorias da administração Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) ( Jeane Passos de Souza - CBR 8 a /6189) Ribeiro, Rodolfo Teorias da administração / Rodolfo Ribeiro. – São Paulo : Editora Senac São Paulo, 2017. (Série Universitária) Bibliografia. e-ISBN 978-85-396-1997-9 (ePub/2017) e-ISBN 978-85-396-1998-6 (PDF/2017) 1 . Administração I. Título. II. Série 17-635 s CDD – 658.001 BISAC BUS043000 Índice para catálogo sistemático: 1 . Teoria geral da Administração 658.001 TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃOMaterial para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Rodolfo Ribeiro Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo Presidente do Conselho Regional Abram Szajman Diretor do Departamento Regional Luiz Francisco de A. Salgado Superintendente Universitário e de Desenvolvimento Luiz Carlos Dourado Editora Senac São Paulo Conselho Editorial Luiz Francisco de A. Salgado Luiz Carlos Dourado Darcio Sayad Maia Lucila Mara Sbrana Sciotti Jeane Passos de Souza Gerente/Publisher Jeane Passos de Souza (jpassos@sp.senac.br) Coordenação Editorial/Prospecção Luís Américo Tousi Botelho (luis.tbotelho@sp.senac.br) Márcia Cavalheiro Rodrigues de Almeida (mcavalhe@sp.senac.br) Administrativo João Almeida Santos (joao.santos@sp.senac.br) Comercial Marcos Telmo da Costa (mtcosta@sp.senac.br) Acompanhamento Pedagógico Ariádiny Carolina Brasileiro Maciel Designer Educacional Angélica Lucia Kano Mônica Rodrigues dos Santos Revisão Técnica Silmara Cristiane Gomes Colaboração Josivaldo Petronio da Silva Coordenação de Preparação e Revisão de Texto Luiza Elena Luchini Preparação de Texto Amanda Lassak Revisão de Texto Creart Editora Projeto Gráfico Alexandre Lemes da Silva Emília Correa Abreu Capa Antonio Carlos De Angelis Editoração Eletrônica Michel Iuiti Navarro Moreno Veridiana Freitas Ilustrações Michel Iuiti Navarro Moreno Imagens iStock Photos E-pub Ricardo Diana Proibida a reprodução sem autorização expressa. Todos os direitos desta edição reservados à Editora Senac São Paulo Rua 24 de Maio, 208 – 3 o andar Centro – CEP 01041-000 – São Paulo – SP Caixa Postal 1120 – CEP 01032-970 – São Paulo – SP Tel. (11) 2187-4450 – Fax (11) 2187-4486 E-mail: editora@sp.senac.br Home page: http://www.editorasenacsp.com.b r © Editora Senac São Paulo, 2017 Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Sumário Capítulo 1 A administração e sua importância na sociedade, 7 1 Contextualização, 8 2 A importância da administração, 10 3 Mudanças e transformações, 13 Considerações finais, 15 Referências, 15 Capítulo 2 A administração científica e a busca por produtividade, 17 1 Frederick W. Taylor e a administração científica, 18 2 A obra dos engenheiros da administração científica, 22 3 Implicações da perspectiva das tarefas, 25 Considerações finais, 28 Referências, 29 Capítulo 3 Administração clássica: a estrutura organizacional e o papel do gestor, 31 1 Henry Fayol e a Teoria Administrativa, 32 2 A obra dos autores clássicos e a Teoria Administrativa, 37 3 Implicações da Teoria Administrativa, 40 Considerações finais, 42 Referências, 43 Capítulo 4 Estrutura organizacional e a perspectiva estruturalista, 45 1 Max Weber e a Teoria da Burocracia, 46 2 A perspectiva estruturalista, 51 3 Implicações da Teoria Estruturalista, 54Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Considerações finais, 55 Referências, 56 Capítulo 5 A organização na perspectiva neoclássica, 57 1 A perspectiva neoclássica, 58 2 A organização das organizações, 61 3 As funções do administrador, 64 Considerações finais, 66 Referências, 67 Capítulo 6 Resolução de problemas e tomada de decisão, 69 1 O processo de tomada de decisão, 70 2 Modificações do modelo racional, 74 3 Estilos de tomada de decisão, 78 Considerações finais, 80 Referências, 81 Capítulo 7 A administração de operações, 83 1 Elementos da administração de operações, 84 2 Planejamento de operações, 87 3 Sistemas just in time, 91 Considerações finais, 93 Referências, 94 Capítulo 8 A gestão da qualidade: o cliente em primeiro lugar, 95 1 Perspectivas da qualidade, 96 2 Mestres e filosofias da qualidade, 100 3 Criação de produtos e serviços de qualidade, 105 Considerações finais, 106 Referências, 108 Capítulo 9 A psicologia entra nas organizações, 109 1 A administração e o comportamento humano, 110 2 O comportamento humano no contexto organizacional, 115 3 Comportamento: psicologia e outras ciências, 117 Considerações finais, 119 Referências, 119 Capítulo 10 Motivação no trabalho e suas principais teorias, 121 1 Motivação no trabalho, 122 2 Teorias de motivação, 123 3 Aplicação de teorias de motivação, 130 Considerações finais, 132 Referências, 132 Capítulo 11 Estilos de liderança, 135 1 Liderança nas organizações, 136 2 Liderança: estilos e outras abordagens, 140 Considerações finais, 146 Referências, 147 Capítulo 12 A complexidade na gestão e o pensamento sistêmico, 149 1 Componentes do sistema, 150 2 Sistemas abertos, 153 3 Organizações e sistemas abertos, 154 4 Críticas em relação à teoria geral dos sistemas, 157 Considerações finais, 158Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Referências, 158 Capítulo 13 Gestão por processos, 161 1 As empresas como uma coletânea de processos, 162 2 Fluxogramas, 168 3 A tecnologia como aliada dos processos, 170 Considerações finais, 171 Referências, 172 Capítulo 14 Ambiente e estratégia, 173 1 Ambiente empresarial, 174 2 Objetivos da empresa: valor para os stakeholders, 179 Considerações finais, 183 Referências, 183 Capítulo 15 Administração e sustentabilidade, 187 1 Sustentabilidade?, 188 2 O tripé da sustentabilidade: triple bottom line, 191 3 Consumidor consciente, 195 Considerações finais, 197 Referências, 197 Capítulo 16 Novos tópicos em administração, 201 1 Administração e complexidade, 202 2 Empresas virtuais, 204 3 Empreendedorismo social, 207 Considerações finais, 210 Referências, 210 Sobre o autor, 215 6 Teorias da administração 6 Teorias da administração 9 Capítulo 1 A administração e Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. sua importância na sociedade Neste primeiro capítulo, você terá uma breve introdução da importância atual do estudo da administração. A chamada “era da informação” alterou profundamente a dinâmica das organizações e as últimas décadas apresentaram-se aos administradores como um modelo de um ambiente de negócios extremamente competitivo e com crescente demanda por maior qualidade e valor nos produtos e serviços ofertados aos consumidores. O principal papel das organizações é viabilizar a existência de diversas transações na economia de um bairro ou distrito, de uma cidade, de um estado ou país.Sem as organizações, toda transação, por mais simples que fosse, se tornaria complexa e custosa. Desta forma, o consumidor é a razão da existência de uma organização. Nenhuma empresa existe somente para si. Contextualização Chiavenato (2010) aborda a sociedade atual como a “sociedade das organizações”. As organizações fazem parte de nossa vida cotidiana e também têm papel fundamental em satisfazer nossas necessidades. Considerando, por exemplo, a pirâmide proposta por Abraham Maslow (1943), podemos identificar o papel das organizações na satisfação de algumas de nossas necessidades mais básicas. Água e comida, por exemplo, são algumas de nossas necessidades básicas. Elas não poderiam ser consumidas diariamente em larga escala pela população mundial sem que um conjunto de organizações realizassem transações e ofertassem ao mercado consumidor esses produtos. Além disso, se as organizações não existissem, não teríamos geração de empregos, fornecimento de serviços ligados à saúde dos cidadãos, entre outros recursos.Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. As organizações podem ser públicas ou privadas, muito embora essa classificação não seja objeto de nosso estudo nesse primeiro momento. Milgrom e Roberts (1993) apresentam o sistema econômico como uma grande organização, composta por subníveis de organizações que transacionam entre si e a ausência das organizações nos remeteria à Idade Média ou à “era da agricultura”. A “sociedade das organizações” traz um peso maior ao estudo da administração. Conforme apontado por Silva (2008), o estudo da administração envolve direcionar atividades e/ou empresas à maior competitividade e lucratividade. Assim, o administrador não afeta apenas uma série de outras carreiras como também possibilita maior bem-estar à sociedade. PARA PENSAR Estamos em contato direto ou indireto com as organizações desde o ventre: clínicas especializadas em exames de imagem ou laboratoriais, que acompanham periodicamente a evolução de uma gestação, por exemplo, e hospitais e maternidades, com profissionais gabaritados e equipamentos de última geração, são exemplos de organizações que geraram, ao longo dos anos, melhoria contínua no bem-estar social. Até chegar à “sociedade das organizações”, algumas etapas foram percorridas, conforme proposto por Chiavenato (2010) na figura 1. Figura 1 – Evolução histórica: momentos econômicosMaterial para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Era da informação Era da agricultura Era industrial · Atividades agrícolas de baixa produtividade · Trabalho artesão (início ao fim do produto) · Organizações industriais · Mercado de consumo · Superespecializaçãodas atividades e ênfase na produção · Ambientes estáveis · Influência de TI (internet & extranet) · Globalização · Melhor educação e produção de conhecimento · Ambientes instáveis Fonte: adaptado de Chiavenato (2010, p. 9). A constante evolução nas soluções de TI disponíveis e os acessos de alta velocidade à internet e extranets diminuíram espaços e distâncias. Expressões como home office (escritório em casa), coworking (modelo de trabalho em que há compartilhamento de espaço e de recursos de escritório) e cloud computing (computação em nuvem) fazem parte de nosso cotidiano e apenas são possíveis em função da capacidade atual disponível para acessar dados e produzir informação de forma praticamente instantânea. Ecossistemas de TI, representados por smartphones, tablets e computadores pessoais, interligados por meio de plataformas operacionais conjuntas, também compõem a equação atual da era da informação: (-) espaço, (-) tempo e (+) conectividade. PARA PENSAR Uma nova geração de consumidores surge no mercado neste momento. Rotulados como a “geração do milênio”, os novos consumidores são o grande desafio dos administradores do futuro, especialmente por conta da impaciência e da proximidade com a tecnologia que os caracterizam. Acostumados com respostas rápidas e alta conectividade, esses consumidores esperam receber respostas das empresas em tempo não superior a 10 minutos. Constatou-se, por exemplo, que 81% dos consumidores da “geração do milênio” prefere contatar suas empresas por meio das redes sociais (SALESFORCE, 2015). Fidelizar essa nova geração será o grande desafio dos novos administradores.Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. A importância da administração O estudo da administração consiste em aplicar teorias que levem à melhoria contínua das organizações. Quando falamos nisso, não estamos necessariamente nos referindo ao Kaiezen[footnoteRef:1]. O papel do administrador consiste na melhoria contínua do conjunto de atividades que compõem uma organização. [1: Kaizen: método japonês de melhoria contínua da produção aplicado na indústria para o aprimoramento diário e constante.] Organizações bem administradas criam consistência, crescimento e prosperidade. Em um mundo competitivo e com consumidores sempre mais exigentes, torna-se cada vez mais difícil para as empresas se recuperarem de gestões ruins. Historicamente, a administração era vista como um conjunto de funções e papéis ou como a aplicação de algumas habilidades específicas. Essas abordagens focam basicamente no comportamento do administrador. Para isso, Silva (2008) propõe o seguinte esquema: Quadro 1 – Evolução do estudo da administração ABORDAGEM CONTEXTUALIZAÇÃO/DESCRIÇÃO Conjunto de funções Foco em funções/atividades Conjunto de papéis Foco em ações administrativas Aplicação de habilidades específicas Aplicação de conjunto de qualificações Fonte: adaptado de Silva (2008, p. 5). O administrador também tem como papel usar as teorias administrativas para a tomada de boas decisões. Essas teorias podem ser desenvolvidas pelos próprios estudiosos (teorias de configuração) ou por métodos científicos (teorias científicas). Nesse sentido, Silva (2008) propõe um fluxo, conforme indicado na figura 2.Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Figura 2 – Formação do conhecimento e habilidade de administrar Teoria Aquisição da habilidade de administrar Prática Definições Fatos relevantes Conceitos Técnicas Orientações Palestras e seminários Integração sistemática da teoria e prática nos meios significativos e úteis da administração Experiência simulada Casos para estudo Participação em eventos específicos Fonte: Silva (2008, p. 5). A figura 2 apresenta como os conhecimentos técnicos e a experiência prática são absorvidos pelos administradores. A era da informação aumentou a velocidade do aprendizado e o grau de obsolescência do conhecimento. O grande volume de dados e demandas por informações, em 2005, criou uma estrutura de serviço de informação conhecida como Big Data (TARIFA, 2014), que envolve os chamados 3Vs de dados: volume, velocidade e variedade. A partir dos 3Vs, é possível analisar praticamente todos os dados que estão disponíveis ao acesso público por meio de potentes computadores e ferramentas de análises. A aplicação do Big Data envolve esforço das áreas de tecnologia da informação das empresas em integrar suas necessidades às plataformas ofertadas pelos grandes atores do mercado. Cabe ao administrador entender as reais necessidades de sua empresa e se o Big Data não será só mais um sistema em sua arquitetura de tecnologia da informação.O administrador atual tem que lidar com um número crescente de dados. Os avanços em tecnologia da informação e a conexão de altíssima velocidade, embora tenham aumentado o acesso ao conhecimento e o nível de produtividade, exigem do administrador um maior discernimento na interpretação dos dados para, assim, transformá-los em decisões adequadas.Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. PARA PENSAR Ridley Rhind (1968) explorou o valor dos sistemas de informação das empresas (da sigla MIS: management information systems), reconhecendo o valor desses sistemas para auxiliar administradores na tomada de decisão. Embora os computadores tenham maior capacidade de processamento de dados, o papel do gestor é indispensável na interpretação desses dados, a fim de se chegar à tomada de decisão em todos os níveis organizacionais. Mudanças e transformações A era da informação mudou radicalmente o panorama das organizações. O trabalho se tornou mais cerebral e o foco se voltou para atividades criativas e inovadoras. As singularidades foram estimuladas de modo que as decisões tomadas considerassem o maior número de visões e pontos de vista para se chegar à melhor escolha. Estruturas horizontalizadas e equipes multidisciplinares tendem a reduzir o custo de transação dentro das organizações atuais. A era da informação transformou ambientes estáveis, previsíveis e burocratizados em ambientes instáveis, uma vez que locais com estruturas hierárquicas verticalizadas e burocratizadas promovem a perda de informação ao longo da cadeia de decisão, conforme relatam Milgrom e Roberts (1992). Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. PARA PENSAR Em pesquisa realizada em 2012, cerca de 1.500 CEOs elegeram a criatividade como principal atributo de liderança na geração de valor (IBM, 2012). Embora a criatividade seja essencial para obter vantagem competitiva, muitas empresas, em especial as menores, têm dificuldade em maximizar talentos internos. Em decisão recente, a equipe Ferrari de Fórmula 1, por exemplo, adotou uma estrutura horizontalizada para melhorar a comunicação entre as muitas equipes de seus projetos (BILLIOTTE, 2016). Por que o trabalho na era da informação deixou de ser individualizado, isolado e solitário e passou a ser uma atividade conjunta? A resposta está na limitação natural do ser humano. O volume atual de informação remete a um trade-off (conflito de escolha) natural entre especialização e coordenação, ou seja, na ideia de que ninguém sabe tudo. A era da informação exige que os talentos sejam aplicados de maneira produtiva e rentável. O papel dos gestores, então, é converter talentos em vantagem competitiva. Os quadros criativos se especializam em conhecimentos e funções, enquanto os líderes coordenam os esforços e garantem melhores tomadas de decisão. O sucesso das organizações dependerá de suas capacidades em interpretar os ambientes nos quais estão inseridas. Uma geração de consumidores cada vez mais exigentes em relação aos 3Vs norteadores do Big Data exigirá das organizações soluções novas e diferentes não apenas para os problemas já conhecidos, mas também para os novos problemas dentro das variações da conjuntura econômica. Por isso, "o que fazer” passa a ser mais importante do que “como fazer”. Na era da informação, o foco nas pessoas e em suas singularidades afeta diretamente a cultura organizacional. Assim como as pessoas têm uma identidade, as organizações também têm, pois são formadas por pessoas que definem o seu DNA. Na medida em que as suposições e os valores básicos que compõem esse DNA são repassados a novos membros, a cultura organizacional passa a ser construída e consolidada.Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. A identidade organizacional é reflexo da imagem da organização, das pessoas que a compõem e dos produtos e serviços ofertados por ela ao mercado consumidor. Esse fenômeno pode ser observado no impacto de marcas como Apple, Google, Heineken e Ferrari. Essa identidade é composta por: · Missão: a razão de existir da organização; · Visão de futuro: conjunto de metas e objetivos dessa organização. Enquanto a missão organizacional responde a perguntas como “quem somos?”, “o que fazemos?” e “por que fazemos?”, a visão organizacional reflete o que a organização pretende ser quando comparada ao que ela realmente é. Considerações finais Ao longo do capítulo, analisamos a importância do estudo da administração e dos desafios que o mundo atual representa. Ao ampliar o acesso a dados, a era da informação também aumentou a produtividade das organizações. Agora, o maior desafio dos novos administradores é transformar esse grande volume e variedade de dados em informações relevantes. O estudo da administração se torna ainda mais importante no contexto atual. Em função da velocidade com a qual novos problemas surgem e da necessidade de novas soluções, o papel do administrador é tomar decisões que melhorem continuamente o cotidiano das organizações. Nesse sentido, a capacidade de inovação pessoal se tornou o principal ativo das organizações no mundo de hoje. A cultura organizacional, a identidade organizacional e o ambiente no qual as organizações estão inseridas passam por grandes transformações. Ao administrador caberá, então, interpretar essas mudanças e conduzir as organizações ao caminho que leve à conquista e à fidelização dos novos consumidores. Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Referências BILLIOTTE, Julien. Ferrari keen to adopt McLaren-like technical structure. F1.com. 3 ago. 2016. Disponível em: <http://en.f1i.com/news/67078-ferrari-kehttp://en.f1i.com/news/67078-ferrari-ke-en-to-adopt-mclaren-like-technical-structure.html>. Acesso em: 16 fev. 2017. CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à teoria das organizações. São Paulo: Manole, 2010. GRIFFIN, Matthew. How to build a lean high performance innovation team. [s.d.]. Disponível em: <http://www.innovationmanagement.se/2013/05/13/ how-to-build-a-lean-high-performance-innovation-team/>. Acesso em: 16 fev. 2017. IBM. Capitalizando na complexidade: insights dos CEOs. 2012. Disponível em: <https://www.ibm.com/br/services/bcs/studies/ceo_study10/pdf/CEO_ Study_2010_Full_Portuguese.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2017. MASLOW, Abraham Harold. A theory of human motivation. Psychological Review, v. 50, n. 4, p. 370-396, 1943. MILGROM, Paul; ROBERTS, Julian. Economics, organization and management. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1992. SALESFORCE. State of service: insights on customer service trends from over 1,900 industry leaders. 2015. Disponível em: <http://www.outsourcingportal.eu/ pl/userfiles/image/raporty/2016/1/15/state-of-service-report-salesforce.pdf>. Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Acesso em: 10 out. 2016. SILVA, Reinaldo O. Teoria da administração. São Paulo: Pearson, 2008. TARIFA, Alexandre. O que é big data e como usar na sua pequena empresa. Exame.com. 16 set. 2014. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/pme/notihttp://exame.abril.com.br/pme/noti-cias/o-que-e-big-data-e-como-usar-na-sua-pequena-empresa>. Acesso em: 16 fev. 2017. A administração e sua importância na sociedade9 12 Teorias da administração A administração e sua importância na sociedade 11
Compartilhar