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CONSIDERAÇÕES GERAIS Breve introdução sobre as paredes, cavidades, regiões e planos. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O ABDOME: Receptáculo dinâmico e flexível que abriga grande parte do sistema digestório, genital e urinário. CONCEITOS IMPORTANTES • Tela subcutânea: Camada de tecido conjuntivo frouxo localizada loco abaixo da pele, ela é comporta em sua maioria por gordura e uma porção membranácea. • Fáscias: Camada de tecido conjuntivo denso que envolve e isolam estruturas profundas do corpo. • Peritônio: Camada interna que reveste a parede anterolateral e as vísceras do abdome. • Cavidade peritoneal: Espaço virtual, geralmente preenchido por líquido, situado entre o peritônio e as vísceras. CONTENÇÃO DAS ESTRUTURAS NO ABDOME • Parede anterolateral: Parede multilaminar musculoaponeurótica responsável pela contenção anterolateral das vísceras abdominais. • Diafragma: Membrana rígida que faz a contenção superior do abdome. • Músculos da pelve: Responsáveis pela contenção inferior do abdome. *As paredes são responsáveis também pela contração (aumento da pressão abdominal) e distensão da cavidade. LIMITES DA CAVIDADE ABDOMINAL • Superior: Diafragma, localizado no quarto espaço intercostal. • Inferior: Diafragma da pelve, limite virtual que divide a cavidade abdominal da pelve, geralmente usa-se o termo cavidade abdomino-pélvica. REGIÕES DA CAVIDADE ABDOMINAL • 9 regiões: Divisão + aprofundada, o abdome é dividido em 2 planos sagitais que atravessam a linha m clavicular e dois planos transversais, um subcostal (superior) e outro intertubercular (inferior). • 4 regiões: Divisão em quadrantes, simples. Seccionada por um plano sagital mediano e um plano transversal transumbilical. PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME Resumo correspondente ao tópico do livro “Anatomia Orientada para a Clínica”, de Moore. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME • Extensão: Caixa torácica → Pelve • Limites: Cartilagens da VII e X costelas + processo xifóide (superior) e Lingamento inguinal + margens superiores do cíngulo do MMII (inferior). TOPOGRAFIA DA PAREDE LATERAL: Pele → Tela subcutânea → Fáscia de revestimento (porção superficial) → Músculo oblíquo externo → Fáscia de revest. (intermediária) → Músculo oblíquo interno → Fáscia de revest. (profunda) → Músculo transverso → Fáscia transversal → Gordura extraperitoneal → Peritônio parietal. TOPOGRAFIA DA PAREDE ANTERIOR: Pele → Tela Subcutânea → Fáscia de revestimento → Porção anterior da bainha do músculo reto → Músculo reto do abdome → Porção posterior da bainha do músculo reto → Fáscia parietal do abdome → Gordura extraperitoneal → Peritônio parietal. *A depender da zona seccionada, encontraremos musculatura ou intersecções tendíneas do músculo reto, mais detalhes serão abordados adiante. TELA SUBCUTÂNEA: Porção logo abaixo da pele, é composta por tecido conjuntivo frouxo, a porção interna é constituída predominantemente de gordura, existem duas divisões conhecidas da tela subcutânea. • Fáscia de Camper: Panículo adiposo da tela. • Fáscia de Scarpa: Estrato membranáceo da tela, localizado mais posteriormente na lâmina. (Olhar figura da topografia) FÁSCIA DE REVESTIMENTO: Camada de tecido conjuntivo denso envoltora da camada trilaminar muscular, subdivide-se em porção superficial, intermediária e profunda. FÁSCIA PARIETAL DO ABDOME: Contínua, reveste a parte interna do abdome, sua nomenclatura varia conforme a região onde se encontra. No músculo transverso, é conhecida como fáscia transversal. MÚSCULOS DA PAREDE ANTEROLATERAL: • 3 músculos planos: Oblíquos externo, interno e músculo transverso do abdome. • 2 músculos verticais: Reto do abdome e piramidal. MÚSCULO OBLÍQUO EXTERNO: Músculo maior e mais superficial dos músculos planos, suas fibras seguem um sentido inferomedial (como quem coloca a mão no bolso) em sua maioria e sentido quase horizontal na porção superior. • Origem: Faces externas da 5ª a 12ª costela. • Inserção: Extensa aponeurose que se insere na linha alba, tubérculo púbico e porção superior da crista ilíaca. • Ação: Sustentação das vísceras, rotação e flexão do tronco. MÚSCULO OBLÍQUO INTERNO: Camada muscular fina entre o transverso e o oblíquo externo, suas fibras seguem direção perpendicular ao oblíquo externo, em sentido superomedial (como quem coloca a mão no tórax). • Origem: Fáscia toracolombar, dois terços anteriores da crista ilíaca e tecido conjuntivo situado profundamente ao terço lateral do ligamento inguinal. • Inserção: Margem inferior da 10ª a 12ª costela, linha alba e linha pectínea. • Ação: Comprime e sustenta as vísceras. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O *LINHA ALBA: Entrelaçamento das aponeuroses dos músculos planos, formando uma rafe mediana na face anterior do abdome. • Anel umbilical: Defeito da linha alba que permitia a passagem da artéria e veia umbilical, por onde o feto era nutrido. MÚSCULO TRANSVERSO DO ABDOME: Camada muscular mais profunda dos músculos planos, suas fibras tem orientação quase que transversal (horizontal), com exceção da porção inferior. • Origem: Faces internas das 7ª a 12a cartilagens costais, aponeurosetoracolombar, crista ilíaca e tecido conjuntivo do ligamento inguinal. • Inserção: Linha alba com aponeurose do M. oblíquo interno do abdome, crista púbica e linha pectínea do púbis. • Ação: Compressão e sustentação das vísceras. *PLANO NEUROVASCULAR: Região situada entre o músculo oblíquo interno e o músculo transverso, é nesse plano que os vasos sanguíneos e ramos nervosos se depositam para suprir as demandas do músculo. MÚSCULO RETO DO ABDOME: Principal músculo vertical, os dois músculos são divididos pela linha alba, é fixado na bainha através de intersecções tendíneas, que dão o aspecto de “gomos” ao músculo. • Origem: Sínfise púbica e crista púbica. • Inserção: Processo xifóide e 5ª a 7ª cartilagens costais. • Ação: Flexiona o tronco e comprime as vísceras abdominais, estabiliza e controla a inclinação da pelve (antilordose). MÚSCULO PIRAMIDAL: Segundo o próprio Moore, é um músculo pequeno e insignificante localizado na porção inferior do abdome, anteriormente ao músculo reto, sua função é tensionar a linha alba. 20% da população já não apresenta esse músculo. BAINHA DO MÚSCULO RETO: É uma membrana que cobre a face anteroposterior do músculo reto, é resultado do entrelaçamento das aponeuroses dos músculos planos. • Lâmina anterior: É o resultado da aponeurose do músculo oblíquo externo + lâmina anterior da aponeurose do oblíquo interno. • Lâmina posterior: É o resultado da aponeurose do músculo transverso do abdome + lâmina posterior do oblíquo interno. *Abaixo da cicatriz umbilical, as aponeuroses dos três músculos planos atravessam a face anterior do músculo reto, deixando a parte posterior do músculo protegida apenas pela fáscia transversal, mais fina e menos resistente. LINHA ARQUEDA: Situada na região posterior do reto do abdome, a linha arqueada marca a mudança da lâmina posterior da bainha para a fáscia transversal. *A bainha do músculo reto é bem inervada e vascularizada, conforme a figura. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O INERVAÇÃO DA PAREDE ABDOMINAL *Mapa de Dermátomos: Guia para identificar qual nervo inerva aquela determinada região, o mapa corresponde bem com os nervos daregião abdominal, sendo um bom meio de estudo. Ex: O dermátomo T10 inclui o umbigo, e o L1 inclui a prega inguinal. NERVOS • Toracoabdominais (T7-T11): Inervam essa região bifurcando-se em ramos anteriores e ramos laterais cutâneos, os ramos laterais inervam apenas de T7-T9. Responsáveis pela invervação dessa região, musculatura e pele. • Nervo Subcostal (T12): Ramo anterior do nervo T12, possui ramos cutâneos anteriores e laterais, inervando também musculatura e pele. • Nervo íleohipogástrico: Ramo de L1. Inerva o oblíquo interno, transverso, região hipogástrica e inguinal superior + pele adjacente. • Nervo íleoinguinal: Outra ramificação de L1. VASCULARIZAÇÃO DA PAREDE ANTEROLATERAL DRENAGEM • Plexo subcutâneo complexo: Rede venosa na região subcutânea que preenche todo o abdome. • Veias torácica interna e lateral: É onde desemboca a parte superior do plexo subcutâneo superior medial e lateral, respectivamente. • Veias epigástrica superficial e inferior: É onde desemboca a parte inferior do plexo. • Veia toraco-epigástrica: Anastomose da epigástrica superficial com a torácica lateral, pode acontecer ou não no corpo. • Veias peri-umbulicais: Anastomosam-se com o plexo cutâneo que circunda o umbigo. IRRIGAÇÃO RAMOS DA ARTÉRIA TORÁCICA INTERNA • Artéria Musculofrênica: Desce ao longo da margem costal, irrigando os hipocôndrios e a porção anterolateral do diafragma. • Artéria Epigástrica superior: Desce na bainha do músculo reto irrigando a região epigástrica, o músculo reto e a porção umbilical superior. RAMOS DA AORTA • 10ª e 11ª artérias intercostais posteriores e Artéria Subcostal: Descem pelo músculo oblíquo interno e transverso, irrigando toda a parede superficial e profunda lateral + lombar. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O RAMOS DA ARTÉRIA ILÍACA EXTERNA • Artéria Epigástrica inferior: O oposto da superior, irrigando a parte inferior do músculo reto e da região umbilical, além da camada profunda da região púbica. • Artéria Cincunflexa ilíaca profunda: Segue paralelo ao ligamento inguinal, irrigando o músculo ilíaco e as paredes profundas da região inguinal. RAMOS DA ARTÉRIA FEMORAL • Artéria Circunflexa ilíaca superficial: Segue na tela subcutânea ao longo do ligamento inguinal, irrigando a região inguinal superficial e face anterior adjacente da coxa. • Artéria Epigástrica superficial: Segue ao longo do ligamento inguinal em direção ao umbigo, irrigando a parte superficial da região púbica e umbilical inferior. FACE INTERNA DA PAREDE ANTEROLATERAL: Fáscia transversal + Gordura extraperitoneal + Peritônio parietal. REGIÃO SUPRAUMBILICAL LIGAMENTO FALCIFORME: Se estende entre a parede antero anterossuperior do abdome e o fígado, em sua porção superior ele divide os lobos do fígado e em sua porção inferior é local de encerramento do ligamento redondo e das veias paraumbilicais. • Ligamento redondo: Remanescente fibroso da veia umbilical que comunicava os vasos umbilicais com o fígado no período pré-natal. REGIÃO INFRAUMBILICAL PREGAS PERITONEAIS UMBILICAIS: 5 pregas, uma mediana, duas mediais e duas laterais, proeminências que revestem estruturas do corpo. • Prega umbilical mediana: Segue do ápice da bexiga até o umbigo, revestindo o ligamento umbilical mediano. • Prega umbilical medial: Revestem os ligamentos umbilicais mediais. • Prega umbilical lateral: Revestem os vasos epigástricos inferiores. FOSSAS UMBILICAIS: Depressões laterais às pregas umbilicais de fraqueza da parede do abdome, sendo susceptível à herniações. • Fossas supravesicais: Entre a prega medial e mediana. • Fossas inguinais mediais: Entre a prega medial e a lateral, conhecidas como trígono de Hesselbach, principal região de hernia inguinal direta. • Fossas inguinais laterais: Laterais às pregas inguinais, incluem os anéis inguinais profundos, que são possíveis zonas de fraqueza para o surgimento de hérnias inguinais indiretas (a mais frequente). REGIÃO INGUINAL, FUNÍCULO ESPERMÁTICO E TESTÍCULO Resumo correspondente ao livro “Anatomia Orientada para a Clínica”, de Moore V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O REGIÃO INGUINAL: Região entre a espinha ilíaca anterossuperior (EIAS) e o tubérculo púbico, é uma região importante pois é a zona de entrada e saída da cavidade abdominal. ANATOMIA TOPOGRÁFICA DA REGIÃO INGUINAL Pele → Tela Subcutânea (Fáscia de Camper → Scarpa) → Aponeurose do músculo oblíquo externo → Fáscia de revestimento (intermédia) → Canal Inguinal Músculo oblíquo interno → Fáscia de revestimento (profunda) → Músculo transverso → Fáscia transversalis → Gordura extraperitoneal → Peritônio parietal. LIGAMENTO INGUINAL: Faixa fibrosa formado pelo espessamento da aponeurose do m. oblíquo externo vai da EIAS até o púbis. • Ligamento lacunar: Feixes fibrosos do ligamento inguinal que seguem posteriormente e se fixam no ramo superior do púbis. • Ligamento inguinal reflexo: Fusão do ligamento inguinal com a porção inferior da aponeurose do oblíquo externo. TENDÃO CONJUNTO: Área de união das aponeuroses dos músculos oblíquo interno e transverso que se inserem no tubérculo púbico, a região abaixo desse tendão é uma região de fraqueza da parede abdominal, maior em quem possui uma inserção alta do tendão conjunto. TRATO ILIOPÚBICO: Formado pela porção espessada da fáscia transversal na região inguinal. CANAL INGUINAL: Túnel que permite a passagem do abdome para uma região externa (escroto, no caso dos homens e grandes lábios, no caso das mulheres). É revestido por paredes e tem início e fim marcado por anéis. CANAL INGUINAL: Túnel que permite a passagem do abdome para uma região externa (escroto, no caso dos homens e grandes lábios, no caso das mulheres). É limitado por paredes e tem início (chamamos de teto) e fim (assoalho) marcado por anéis. • Parede anterior: Antes de visualizar o canal, nós temos a aponeurose do músculo oblíquo externo e algumas fibras do oblíquo interno lateralmente. • Parede posterior: Formado pela fáscia transversal e tendão conjunto medialmente. • Parede inferior (assoalho): Ligamento inguinal. • Parede superior (teto): Tendão conjunto = M. oblíquo interno + M. transverso *Para ter uma melhor noção dos limites do canal, favor olhar o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=XrUGnE_qf3w ANEL INGUINAL: Óstio que permite a passagem das estruturas pelo canal inguinal. • Anel profundo ou interno: Local de entrada do canal no abdome. • Anel superficial ou externo: Local de saída das estruturas do abdome para o escroto (homens) ou para os grandes lábios (mulheres). CANAL INGUINAL https://www.youtube.com/watch?v=XrUGnE_qf3w V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O *No interior do canal inguinal nós conseguimos visualizar o funículo espermático nos homens, que possui o músculo cremáster como camada mais externa e nas mulheres se encontra o ligamento redondo do útero. TRIÂNGULO INGUINAL (de Hasselbach): Região de fraqueza das aponeuroses, susceptível à formação de hérnias diretas. Possui 3 limites: • Parede medial: Margem lateral da bainha do músculo reto. • Parede superolateral: Vasos epigástricos inferiores profundos (prega inguinal lateral). • Parede inferolateral: Ligamento inguinal. ORIFÍCIO MIOPECTÍNEO: Região de fraqueza das aponeuroses, susceptível à formação de hernias. É formado pelo triângulo de Hesselbach + triângulo lateral + triângulo femoral. *As hérnias serão detalhadas no capítulo de hérnias.CONTEÚDO DO CANAL INGUINAL: • Sexo masculino: Funículo espermático. • Sexo feminino: Ligamento redondo do útero. VASCULARIZAÇÃO DA REGIÃO INGUINAL • Artéria e veia pudenda superficial • Artéria e veia epigástrica inferior superficial • Artéria e veia circunflexa ilíaca superficial DRENAGEM DA REGIÃO INGUINAL • Linfonodos inguinais superficiais • Linfonodos inguinais profundos • Linfonodos pré-sinfisiais INERVAÇÃO DA REGIÃO INGUINAL • Ramo genital do nervo genitofemoral: Encontra-se no interior do funículo espermático e atravessa o canal inguinal. • Nervo cutâneo femoral lateral: Passa pela asa do ilíaco e ganha a coxa. • Nervo ílioinguinal: Passa por fora do funículo, mas também no canal inguinal. • Nervo íleohipogástrico: Passa por fora, mais superficial. LIGAMENTO INGUINAL MÚSCULO CREMÁSTER MARGEM LATERAL DA BAINHA DO RETO ABDOMINAL VASOS EPIGÁSTRICOS INFERIORES PROFUNDOS V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O FUNÍCULO ESPERMÁTICO: “Tubo” com diversas estruturas dentro que vão para o escroto. CAMADAS DO FUNÍCULO • Fáscia espermática interna: Deriva da fáscia transversal do abdome. • Fáscia cremastérica: Deriva da fáscia intermediária e profunda do oblíquo interno. • Músculo cremáster: Responsável por elevar os testículos em situações de frio e relaxar no calor. • Fáscia espermática externa: Derivada da fáscia de revestimento do músculo oblíquo externo e de sua aponeurose. CONTEÚDO DO FUNÍCULO ESPERMÁTICO • Ducto deferente e artéria do ducto deferente • Artéria testicular: Ramo da aorta. • Artéria cremastérica: Ramo da epigástrica inferior. • Plexo venoso pampiniforme: Conjunto com várias veias, derivada da veia testicular. • Ramo genital do nervo genitofemoral • Vasos linfáticos • Vestígio do processo vaginal DUCTO DEFERENTE: Canal que sai do epidídimo e ascende pelo funículo, fletindo no anel profundo até a face posterior da bexiga, dilatando em sua porção distal (ducto ejaculatório) e desembocando na uretra prostática. VASCULARIZAÇÃO DO DUCTO DEFERENTE • Artéria e veias do ducto deferente: Passam adjavente ao ducto, realizando as trocas de gases. DRENAGEM LINFÁTICA → Igual ao canal inguinal! INERVAÇÃO → Plexo venoso pampiniforme TESTÍCULO E EPIDÍDIMO CAMADAS DO ESCROTO: Pele → Tela subcutânea (túnica de Dartos) → Fáscia espermática externa → Fáscia cremastérica → Músculo cremáster → Fáscia espermática interna → Túnica vaginal parietal. TESTÍCULO: Gônada masculina, responsável pela produção dos espermatozóides. ESTRUTURAS EXTERNAS DO TESTÍCULO • Túnica vaginal visceral: Primeira camada de revestimento, a túnica vaginal é análogo ao pericárdio, pleura e peritônio, uma lâmina parietal mais externa e uma visceral mais interna. • Túnica albugínea: Logo abaixo da túnica vaginal, importante na manutenção do tônus testicular. • Lóbulos testiculares: Compreende a região onde se abrigam os túbulos seminíferos. • Séptulos do testículo: Separa cada lóbulo. • Ductos eferentes do testículo: Comunicação do testículo com o epidídimo. ESTRUTURAS INTERNAS DO TESTÍCULO • Túbulos seminíferos contorcidos: Local de produção dos espermatozóides. • Rede testicular: Local de união dos túbulos seminíferos. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O EPIDÍDIMO: Responsável pela maturação dos testículos no escroto. • Cabeça: Porção superior, faz comunicação direta com os testículos. • Corpo: Porção medial do epidídimo, verticalizada. • Cauda: Porção final, que conecta o epidídimo com o ducto deferente. VASCULARIZAÇÃO DO ESCROTO • Artérias testiculares: Ramo da aorta. • Plexo venoso pampiniforme: Drena para as veias testiculares, que drenam para a veia cava e veia renal esquerda. É a estrutura termorreguladora do testículo. DRENAGEM → Igual a região inguinal! • Linfonodos inguinais superficiais • Linfonodos inguinais profundos • Linfonodos pré-sinfisiais INERVAÇÃO DO ESCROTO • Plexo testicular: Deriva das raízes do plexo sacral. • Ramo genital do nervo genitofemoral • Ramo escrotal anterior do nervo ilíoinguinal PERITÔNIO Membrana serosa que reveste a parede abdominal e as vísceras nela inseridas. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O PERITÔNIO: Membrana serosa transparente, contínua, brilhante e escorregadia que reveste a cavidade abdominopélvida, é dividido em duas lâminas: • PERITÔNIO PARIETAL: Porção que reveste a cavidade abdominopélvica e possui a mesma vascularização, drenagem e inervação da parede. É sensível à dor, calor, frio, pressão e laceração. • PERITÔNIO VISCERAL: Porção da membrana que reveste as vísceras do abdome. É insensível ao toque, calor, frio e laceração, sendo estimulado por distensão e irritação química. *A dor no peritônio parietal é bem localizada, exceto a porção inferior do diafragma, que refere dor para a cintura escapular. *A dor no peritônio visceral é difusa, mal localizada, isso porque as fibras que o inervam se convergem em zonas concêntricas do corpo. Por exemplo, irritação do intestino inferior reflete dor em região periumbilical. ORGÃOS DA CAVIDADE: Os órgãos na cavidade abdominopélvica são também classificados conforme o revestimento peritoneal. • Órgão intraperitoneal: São órgãos revestidos quase completamente pelo peritônio. (Ex: Estômago e baço) • Órgão retroperitoneal: O revestimento dos órgãos retroperitoneais é parcial, geralmente apenas uma das faces é revestida. (Ex: Rins) • Órgão extraperitoneal: São órgãos na cavidade que não são revestidos pelo peritônio. (Ex: Bexiga e órgãos sexuais) CAVIDADE PERITONEAL: Espaço potencial entre a lâmina parietal e visceral onde circula o líquido peritoneal, composto por água e eletrólitos e que realiza a lubrificação das lâminas. PREGA PERITONEAL: É uma reflexão (dobra) do peritônio que “descola” da parede pela presença de vasos, ductos e ligamentos. Por exemplo, o omento (abordado abaixo) é uma prega peritoneal formada pela presença das vísceras abdominais na parede. FORMAÇÕES PERITONEAIS MESENTÉRIO: Lâmina dupla de peritônio formada pela projeção de um órgão. Isso garante a fixação do órgão na parede e é meio de comunicação neurovascular, pois dentro deles passam veias e artérias que suprem essas vísceras, são denominados: • Mesentério do intestino delgado ou mesentério próprio: Porção do mesentério que reveste o delgado. • Mesocólon transverso e sigmóide: Reveste o cólon transverso e o sigmóide. • Mesoapêndice: Reveste o apêndice. OMENTO: Prega peritoneal de camada dupla que se estende do estômago e duodeno proximal até as estruturas adjacentes, existem dois tipos. • Omento maior: Prega peritoneal de quatro camadas, se fixa primeiramente na curvatura maior do estômago e desce como um avental por toda parede, até se dobrar lá em baixo e subir, se fixando a parte anterior do cólon transverso e seu mesentério. • Omento menor: Camada dupla que se fixa a pequena curvatura do estômago e a porção proximal do duodeno com o fígado. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O *PARA LEMBRAR: O mesentério prende os órgãos na parede posterior, enquanto o omento mantém algumas vísceras juntas e em sua conformação correta. LIGAMENTOS PERITONEAIS: Dupla camada de peritônio que une as vísceras entre si ou as fixam na parede posterior. LIGAMENTOS PERITONEAIS HEPÁTICOS • Ligamento Falciforme: Fixa o fígado na parede posterior. • Ligamento Hepatogástrico:Fixa o fígado no estômago, parte do omento menor. • Ligamento Hepatoduodenal: Fixa o fígado no duodeno proximal, parte do omento menor. LIGAMENTOS PERITONEAIS GÁSTRICOS • Ligamento Gastrofrênico: Fixa o estômago à parede inferior do diafragma. • Ligamento Gastroesplênico: Fixa o estômago ao baço. (Parte do omento maior) • Ligamento Gastrocólico: Fixa o estômago ao duodeno tranverso. *Como na imagem acima, os ligamentos são porções do omento separadas a fim de descrição e para facilitar o entendimento anatômico. SUBDIVISÕES DA CAVIDADE PERITONEAL COMPARTIMENTO SUPRACÓLICO: Dividido pelo mesocólon transverso, o compartimento supracólico encontra-se anterior e superior ao mesocólon, onde está o estômago, baço e fígado. COMPARTIMENTO INFRACÓLICO: Localizado inferiormente o mesocólon transverso e posterior ao omento maior, é nesse compartimento que está localizado o intestino delgado, cólon ascendente e descendente, a raíz do mesentério do intestino delgado divide o compartimento infracólico em direito e esquerdo (conforme imagem abaixo). *O compartimento infracólico e supracólico pode ser conhecido também como saco maior. BOLSA OMENTAL OU SACO MENOR: Compartimento localizado posteriormente ao estômago e ao fígado (omento menor) e anterior ao pâncreas. Tem a função de permitir o livre movimento do estômago sobre as estruturas posteriores e inferior, permite também sua dilatação. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O RECESSOS DA BOLSA OMENTAL: Os recessos são pequenas cavidades vazias que delimitam o saco menor, o recesso superior se dá no diafragma, enquando o recesso inferior encontra-se nas dobras do omento maior (parte azul entre o verde na imagem de cima). FORAME OMENTAL: Espaço de comunicação entre o saco maior e o menor, ele tem largura aproximada de 1 dedos e possui limites conhecidos. LIMITES DO FORAME OMENTAL • Anterior: Ligamento hepatoduodenal. • Posterior: Veia cava inferior e pilar direito do diafragma. • Superior: Lobo caudal do fígado. • Inferior: Parte superior do duodeno. CORRELAÇÃO CLÍNICA ASCITE: Acúmulo de mais de 20mL de fluido na cavidade peritoneal, ocorre geralmente por conta de uma hipertensão portal, que gera maior extravazamento de líquido pro espaço intersticial (no caso a cavidade peritoneal). Uma das causas frequentes de hipertensão portal é a cirrose hepática. PERITONITE: Inflamação do peritônio geralmente por disseminação linfática ou ruptura intestinal (apendicite), esse quadro gera uma infecção bacteriana importante que pode levar (se não tratada) a uma sepse. DOR VISCERAL X DOR PARIETAL: A dor visceral é uma dor por irritação química ou distensão, estimula fibras que convergem para regiões concentricas do corpo, isso leva a uma dor mais difusa e mal localizada. Já na dor parietal, o acometimento é mais focal e as fibras mais específicas, o que leva a uma dor mais localizada. Na apendicite, o paciente apresenta inicialmente uma dor difusa nos quadrantes inferiores pois a inflamação só acometeu o peritônio visceral. Já quando o paciente apresenta dor em fossa ilíaca direita, bem localizada é possível que tenha havido o acometimento do peritônio parietal, e a inflamação tenha agravado. ADERÊNCIAS: Ocorrem quando há lesão da superfície peritoneal com cicatrização e formação de fibrina e fixações anormais entre o peritônio visceral e o parietal ou entre o visceral e a própria víscera revestida. As aderências limitam o movimento dos órgãos e podem gerar dor crônica e incômodos. PERITÔNIO E PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS: Como o peritônio é bem inervado, os pacientes submetidos à cirurgia abdominal sentem mais dor nas incisões grandes e invasivas do peritônio (laparotomia) do que nas pequenas incisões laparoscópicas ou cirurgias vaginais. É o revestimento de peritônio (muitas vezes denominado clinicamente serosa), que torna relativamente fácil obter anastomoses terminoterminais impermeáveis de órgãos intraperitoneais, como o intestino delgado. É mais difícil obter anastomoses impermeáveis de estruturas extraperitoneais que têm uma lâmina adventícia externa, como a parte torácica do esôfago. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/ligamento-hepatoduodenal https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/diafragma https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/figado https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/duodeno ESÔFAGO, ESTÔMAGO E DUODENO Anatomia do aparelho digestivo alto, vísceras abdominais altas. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O ESÔFAGO: Orgão tubular/membranáceo que conduz o alimento da faringe até o estômago. HISTOLOGIA • Mucosa • Submucosa • Musc. Circular • Musc. Longitudinal • Adventícia *A camada adventícia é a mais importante, pois o esôfago não tem serosa e essa camada é bem fina e difícil de dar pontos, o que torna a cirurgia ainda mais complicada. ANATOMIA RELAÇÕES ANATÔMICAS CONSTRIÇÕES ESOFÁGICAS • Constrição cervical: Região mais apertada no início do esôfago pela ação do músculo constritor inferior da faringe. • Constrição broncoaórtica: Constrição combinada pela pressão do arco aórtico e do brônquio esquerdo, formando juntos uma região mais apertada no esôfago. • Constrição diafragmática: Constrição necessária para permitir que a passagem do esôfago pelo hiato esofágico do diafragma. VASCULARIZAÇÃO PORÇÃO CERVICAL: Deslocada para a esquerda, está em contato íntimo com a tireóide e a coluna cervical. • Artérias: Artéria tireóidea inferior. • Veias: Veia jugular interna. PORÇÃO TORÁCICA: Em contato com inúmeros órgãos, de difícil acesso e está deslocada para a direita por conta da aorta. • Artérias: Ramos da aorta (artéria esofágica) e artéria brônquica. • Veias: Sistema ázigo. PORÇÃO ABDOMINAL: Inicia-se na passagem pelo hiato esofágico e entrada na cavidade abdominal, deslocada para a esquerda. • Artérias: Artéria gástrica esquerda e artérias frênicas (diafragma). • Veias: Veia porta-hepática. DRENAGEM LINFÁTICA • Porção cervical: Linfonodos paratraqueais. • Porção torácica: Linfonodos mediastinais posteriores. • Porção abdominal: Linfonodos gástricos esquerdos. INERVAÇÃO • Simpática: Tronco simpático. • Parassimpática: Nervo vago e nervo laríngeo recorrente (porção cervical) e nervo esplâncnico maior e plexo esofágico, que são V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O ramos do nervo vago. (Porção torácica e abdominal). ESTÔMAGO DIVISÕES DO ESTÔMAGO • Cárdia: É a região ao redor do óstio cárdico, inferiormente ao EEI. • Fundo: Porção superior, iniciado pela incisura cárdica, está em contato direto com a cúpula diafragmática esquerda. • Corpo: Principal e maior parte, localiza-se entre o fundo e a região pilórica • Região pilórica: Está dividida em antro pilórico, que é a porção inicial, mais dilatada e canal pilórico, que é a porção final, mais afunilada, onde se encontra o esfíncter do estômago, o piloro. • Curvaturas menor e maior: Margens direita côncava e esquerda convexa do estômago, respectivamente. PORÇÃO INTERNA DO ESTÔMAGO • Pregas gástricas: São estrias longitudinais da contração da mucosa gástrica. • Canal gástrico: Sulco formado entre uma prega e a curvatura menor, onde passa a saliva e restos alimentares do estômago quase vazio. RELAÇÕES ANATÔMICAS • Órgão intraperitoneal: Com exceção dos vasos ao longo das curvaturas. • Anterior: Lobo hepático esquerdo, diafragma e a parede abdominal. • Posterior: Bolsa omental (e todos os órgãos do leito do estômago).• Ínfero-lateral: Cólon transverso. *Leito do estômago: Região onde repousa o estômago em decúbito dorsal, estão cobertos pela bolsa omental, são: cúpula diafragmática esquerda, baço, rim esquerdo, artéria esplênica, pâncreas e mesocolo transverso. (Olhar as estruturas da imagem abaixo) VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL → Ramos do tronco celíaco! • Artéria gástricas esquerda e direita: A esquerda é um ramo direto do tronco celíaco, já a artéria gástrica direita vem de um ramo da artéria hepática própria. • Artéria gastromental esquerda e direita: A gastromental esquerda vem de um ramo da artéria esplênica, e a direita vem de um ramo da artéria gastroduodenal. • Artérias gástricas curtas: Vem de um ramo da artéria esplênica. • Artéria gástrica posterior: Vem também de um ramo da artéria esplênica. OLHAR IMAGEM! V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O VASCULARIZAÇÃO VENOSA → DESEMBOCAM NA VEIA PORTA! • Veia gástrica direita e esquerda: Drenam direto para a veia porta. • Veias gástricas curtas e gastromentais esquerdas: Drenam para a veia esplênica. • Veia gastromental direita: Drenam para a veia mesentérica superior. • Veia pré-pilórica: Drena direto pra veia porta, e ascende sob o piloro. (Usado pelos cirurgiões para localizar o piloro) *RELEMBRAR → Veia mesentérica superior + veia esplênica = Veia porta! DRENAGEM LINFÁTICA • Linfonodos gástricos e gastromentais: Drenam os 2/3 superiores do estômago. • Linfonodos pancreaticoesplênicos: Drenam o fundo gástrico e uma pequena porção do corpo. • Linfonodos pilóricos: Drenam os 2/3 direitos do terço inferior do estômago. • Linfonodos pancreaticoduodenais: Drenam o 1/3 esquerdo do terço inferior do estômago. INERVAÇÃO • Parassimpática: Troncos vagais anteriores e posteriores. • Simpática: Nervo esplâncnico maior, forma plexos ao redor das artérias gástricas. DUODENO LIMITES: Óstio pilórico (superior) e flexura duodenojejunal (inferior). PORÇÕES DO DUODENO E SUAS RELAÇÕES ANATÔMICAS 1. Parte superior: É a primeira passagem do quimo pelo intestino delgado, começa com uma região dilatada que chamamos de ampola ou bulbo duodenal. Essa porção é superposta pelo fígado e vesícula biliar e está fixa superiormente pelo ligamento hepatoduodenal e inferiormente pelo omento maior. 2. Parte descendente: Porção em forma de C (segue a forma da cabeça do pâncreas), totalmente retroperitoneal, é uma região muito importante pois é onde se encontram a papila maior e menor duodenal. • Papila maior: É o óstio que desemboca conteúdos da ampola hepatopancreá- tica (ducto colédoco + pancreático principal). • Papila menor: É o óstio que desemboca conteúdos do ducto pancreático acessório. 3. Parte inferior (horizontal): Segue transversalmente à esquerda, sua face anterior é coberta pelo peritônio, enquanto na face posterior está o psoas maior, veia cava inferior, aorta e vasos testiculares/ovarianos direitos. 4. Parte ascendente: Segue superiormente paralelo à aorta até alcançar a margem inferior V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O do corpo do pâncreas, onde se encontra a flexura duodenojejunal, a flexura está suspensa pelo músculo suspensor do duodeno, conhecido como ligamento de Treitz, além dele, forma um ângulo agudo na flexão inferior, conhecido também como ângulo de Treitz. VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL • Artéria pancreáticoduodenal superior: Ramo da artéria gastroduodenal → artéria hepática comum → tronco celíaco. • Artéria pancreáticoduodenal inferior: Ramo da artéria mesentérica superior. VASCULARIZAÇÃO VENOSA • Veias pancreaticoduodenais: Veias provenientes de ramos da veia esplênica e mesentérica superior. DRENAGEM LINFÁTICA • Linfonodos pancreaticoduodenais e linfonodos pilóricos: Drenam a face anterior do duodeno. • Linfonodos mesentéricos superiores: Drenam a face posterior do duodeno. INERVAÇÃO • Plexos periarteriais: Ramos dos troncos vagais e do nervo esplâncnico que percorrem as artérias pancreaticoduodenais que irrigam o órgão. JEJUNO, ÍLEO E INTESTINO GROSSO Visão anatômica das vísceras intestinais, com base no Anatomia Orientada para a Clínica. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O JEJUNO E ÍLEO: O jejuno é a 2ª parte do intestino delgado, tem início na flexura duodenojejunal (ângulo de Treitz) e a divisão com o íleo pouco definida, já o jejuno termina na junção íleocecal, delimitada por uma valva que separa o intestino delgado e grosso. • Localização: O jejuno está localizado em sua maioria no quadrante superior esquerdo, enquanto o íleo está em grande parte no quadrante inferior direito. • Mesentério: As suas estruturas são fixadas na parede abdominal através do mesentério, que possui sua raíz oblíqua, inferior e direita. Além da fixação, tem função de carrear os vasos, nervos e linfonodos para as vísceras. IRRIGAÇÃO DO JEJUNO E ÍLEO • Artérias jejunais e íleais: Ramos da Artéria Mesentérica Superior. • Arcos arteriais → Artérias retas: Ramificações das artérias jejunais e ileais, se anastomosam no final do trajeto e isso ajuda a circ. Colateral. • Veia Mesentérica Superior: Drena p/ a Porta. DRENAGEM LINFÁTICA • Linfonodos justaintestinais: Se localizam próximo à mucosa do intestino delgado. • Linfonodos mesentéricos: Localizados no mesentério. • Linfonodos centrais superiores: Localizados na porção mais superior da artéria mesentérica superior. INERVAÇÃO • Plexo mesentérico superior: Inervação simpática. • Troncos vagais posteriores: Inervação parassimpática. INTESTINO GROSSO PECULIARIDADES DO I. GROSSO (Delgado não tem!) • Apêndices omentais: Projeções pequenas, adiposas na serosa do cólon, semelhante ao omento. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O • Tênias do colo: 3 faixas longitudinais que tem origem no apêndice vermiforme e terminam no colo sigmóide, tem função de fixação. o Tênia mesocólica: Lugar de fixação do mesocolo transverso e sigmóide. o Tênia omental: Onde se fixam os apêndices omentais. o Tênia livre: Não possui mesentério ou omentos para se fixar. • Saculações: Saculações da parede do colo entre as tênias. CECO: Bolsa intestinal cega localizada em QID, não tem mesentério mas se liga à parede por pregas cecais. • Papila ileal: Local onde há presença de musculatura circular, responsável pela passagem e oclusão do intestino grosso com o delgado, a famosa valva íleocecal. APÊNDICE VERMIFORME: Divertículo intestinal cego com massa de tecido linfóide, coberto pelo mesoapêndice. O apêndice pode estar localizado em lugares distintos do intestino, conforme imagem. IRRIGAÇÃO DO CECO E APÊNDICE • Artéria ileocólica: Ramo da AMS, faz toda a irrigação do ceco. • Artéria apendicular: Ramo da ileocólica, irriga o apêndice vermiforme. • Veia ileocólica: Tributária da VMS. DRENAGEM → Linfonodos ileocólicos: Com uma drenagem semelhante ao intestino delgado, os linfonodos ileocólicos são mais proximais, próximos à serosa. (Olhar imagem dos linfonodos acima) INERVAÇÃO → A mesma do intestino delgado! COLO ASCENDENTE: Segue a margem direita da cavidade e vai do ceco até o lobo hepático, onde termina na flexura direita ou hepática. É uma porção retroperitoneal e se situa no sulco paracólico direito. IRRIGAÇÃO DO COLO ASCENDENTE • Artéria ileocólica: Ramo da AMS. • Artéria cólica direita: Ramo da AMS. • Arco justacólica /Artéria marginal: Anasto- mosedas artérias colônicas, forma um arco de anastomose responsável pela circulação colateral em casos de obstrução. • Veia ileocólica: Tributária da VMS. • Veia cólica direita: Tributária da VMS. DRENAGEM LINFÁTICA • Linfonodos epicólicos e paracólicos: Drenam na região serosa para o linfonodo cólico direito, onde segue o mesmo caminho do resto. INERVAÇÃO → A mesma do intestino delgado! COLO TRANSVERSO: Situado entre as flexuras colônicas hepática e esplênica. Está fixa à cavidade pelo diafragma, no ligamento frenocólico. Coberto por mesocólon transverso. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O IRRIGAÇÃO DO COLO TRANSVERSO • Artéria cólica média: Advém da mesentérica superior, mas pode ser irrigada por outras anastomoses do arco. • Veia mesentérica superior: Drena direto para a VMS. DRENAGEM LINFÁTICA → Linfonodos cólicos médios: Próximo à serosa do colo, olhar a imagem acima! INERVAÇÃO → A mesma do colo ascendente e ceco! COLO DESCENDENTE: Sob o sulco paracólico esquerdo, o colo descendente é um canal que vai da flexura esplênica até a fossa ilíaca esquerda. COLO SIGMÓIDE: Em forma de S, vai da fossa ilíaca até a junção retossigmóide, que se caracteriza pelo fim das tênias do intestino grosso. Coberto por mesocolo sigmóide. IRRIGAÇÃO DO COLO DESC. + SIGMÓIDE • Artéria cólica esquerda: Ramo da artéria mesentérica inferior, irriga o cólon esquerdo. • Artéria sigmóidea: Ramo da AMI, irriga o sigmóide. • Veia mesentérica inferior (VMI): Tributária da veia esplênica. DRENAGEM LINFÁTICA: • Linfonodos paracólicos e epicólicos: Superficiais, localizados na serosa do cólon. • Linfonodos cólicos esquerdos: Recebem a linfa dos linfonodos para e epicólicos. INERVAÇÃO • Nervos esplâncnicos lombares: Inervação simpática. • Nervos esplâncnicos pélvicos: Invervação parassimpática. RETO: Parte terminal fixa do intestino grosso, de aproximadamente 15 cm de comprimento, sua anatomia será melhor abordada nos resumos de anatomia da pelve. PÂNCREAS E BAÇO Anatomia e suas relações do baço e do estômago. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O PÂNCREAS: Glândula acessória da digestão, alongada, retroperitoneal, dividido em: • Cabeça: Parte expandida da glândula circundada pela curvatura em forma de C do duodeno. A cabeça está apoiada em grandes vasos como a VCI, início da veia porta, e veias renais. Além disso, o ducto colédoco passa em sua porção pósterossuperior. • Colo: Curto, situado sobre os vasos mesentéricos superiores. • Corpo: Seguimento do colo, está situado no assoalho da bolsa omental, sendo componente do leito do estômago. • Cauda: Anterior ao rim esquerdo e intimamente relacionado com o hilo esplênico, é a porção mais móvel do órgão. SECREÇÕES PANCREÁTICAS • Secreção exócrina: Suco pancreático, produzido no pâncreas e liberado através dos ductos pancreáticos principal e acessório. • Secreção endócrina: Hormônios insulina e glucagon, produzidos nas células de Lahngerhans e disseminados pelo sangue. DUCTOS PANCREÁTICOS • Ducto pancreático principal: Vai da cauda até cabeça, onde se une ao ducto colédoco, formando a ampola hepatopancreática, que vai despejar a secreção na ampola de Vater do duodeno. • Ducro pancreático acessório: Trajeto mais superior ao pancreático principal e vai se abrir no duodeno, na ampola menor. *Existe uma musculatura que impede o efluxo entre as secreções, são os músculos esfíncteres do colédoco, do pancreático principal e da ampola de Vater. VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL • Artéria Pancreaticoduodenal superior: Derivada do tronco celíaco. Possui ramos anteriores e posteriores, os ramos anteriores irrigam a cabeça do pâncreas. • Artéria Pancreaticoduodenal inferior: Derivada da artéria mesentérica superior, se complementa com a superior, irrigando a cabeça do pâncreas. • Artérias Pancreáticas: Magna, dorsal e da cauda do pâncreas, são ramos da artéria esplênica responsáveis por irrigar o colo, corpo e cauda do pâncreas. DRENAGEM VENOSA Cabeça do pâncreas Corpo do pâncreas Cauda do pâncreas V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O • Veias pancreaticoduodenais: Superiores e inferior, nesse caso, ambas são derivadas da veia mesentérica superior. • Veia pancreática magna: Compõe o grupo das veias pancreáticas, sendo tributárias da veia esplênica. • Veia da cauda do pâncreas: Também faz parte do grupo, sendo tributária da veia esplênica. DRENAGEM LINFÁTICA • Linfonodos pancreatico esplênicos: Uma vasta gama de linfonodos espalhados ao longo do pâncreas e baço. • Linfonodos pilóricos: Drenam a porção superior da cabeça do pâncreas, íntima relação com o piloro do estômago. INERVAÇÃO • Nervo vago: Realiza a inervação parassimpática. • Nervo esplâncnico abdominopélvico: Ramos desse nervo que vai fazer a resposta simpática ao abdome. BAÇO: Massa oval, carnosa, arroxeada, com importante função imunológica no corpo. LOCALIZAÇÃO: Localizado no hipocôndrio esquerdo, intraperitoneal e em contato com inúmeras vísceras. RELAÇÕES ANATÔMICAS • Anterior: Estômago. • Posterior: Diafragma. • Inferior: Flexura cólica esquerda, onde se fixam pelo ligamento esplenocólico. • Medial: Rim esquerdo. DIVISÕES DO BAÇO • MARGENS: Inferior e posterior. • FACES: Visceral (porção do hilo) e diafragmática. • POLOS: Anterior e posterior. DIVISÕES DO PARÊNQUIMA ESPLÊNICO • Túnica serosa: É o peritônio que reveste toda a víscera. • Túnica fibrosa: É o que chamamos de cápsula, ela que mantém a massa esplênica unida. • Polpa esplênica: É a substância do baço, divide-se em polpa branca e vermelha. o Polpa branca: Rica em nódulos linfáticos, função imunológica. o Polpa vermelha: Realiza a função hematolófica de degradação das hemáceas do corpo. • Trabécula esplênica: Conduzem os vasos pelo parênquima. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O VASCULARIZAÇÃO DO BAÇO → HILO ESPLÊNICO! • Artéria Esplênica: Ramo do tronco celíaco, possui inúmeros ramos que já estudamos. • Veia Esplênica: Junto da veia mesentérica superior, formam a veia porta-hepática. DRENAGEM LINFÁTICA → Linfonodos pancreaticoesplênicos (a mesma do pâncreas). INERVAÇÃO → Nervos esplênicos! Derivados do plexo celíaco, possuem função vasomotora. ANATOMIA E HISTOLOGIA DO FÍGADO E VIAS BILIARES Temáticas muito importantes para compreender as patologias do fígado e vias biliares. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O O FÍGADO: Segundo maior órgão do corpo! FUNÇÕES • Processamento e armazenamento de nutrientes • Neutralização de toxinas • Produção de proteínas plasmáticas HISTOLOGIA CONSTITUIÇÃO: A histologia hepática é constituída basicamente por lóbulos hepáticos e espaço porta. LÓBULOS HEPÁTICOS • Cordões hepáticos: Conjunto de hepatócitos organizados em fileira e em posição radial à veia centrolobular, que supre cada lóbulo. • Veia centrolobular: Derivada da veia porta, é a veia que tem como referência para a organização dos hepatócitos. • Sinusóides hepáticos: Espaço entre os cordões hepáticos, camada descontínua de células endoteliais fenestradas. • Espaço de Disse: É um pequeno espaço entre os hepatócitos e os capilares sinusoides, onde se localizam os micróvilos dos hepatócitos + células de Ito (armazenam lipídios + vit. A). • Célulasde Kupffer: Macrófagos do fígado, geralmente localizados nos sinusoides. *Lóbulo portal: região triangular cujo centro é o espaço porta e a periferia é formada pelas linhas que unem as três veias centro-lobulares (imagem acima). ESPAÇO PORTA: Entre os lóbulos, é formado pela veia porta, artéria hepática e ducto biliar (tríade porta). • Veia porta: Supre 80% dos nutrientes do fígado, porém é pobre em oxigênio. • Artéria hepática: Supre os outros 20%, principalmente porque leva oxigênio. TRAJETO DA VEIA PORTA → Vênulas portais (interlobulares) → Vênulas distribuidoras (ao redor dos lóbulos) → Capilares sinusoides → Veia centrolobular → Veia sublobular → Veia hepática → Veia cava inferior → Átrio direito. TRAJETO DA ARTÉRIA HEPÁTICA → Arteríolas interlobulares → Capilares sinusoides. VESÍCULA BILIAR CANALÍCULO BILIAR: É o local inicial de produção da bile, localizado entre os hepatócitos e rodeada por junções de oclusão para que a bile não vaze. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O TRAJETO DA BILE NO CORPO → Canalículo biliar → Ductulos biliares (canais de Hering) → Ducto biliar (no espaço porta) → Ductos hepáticos (direito e esquerdo) → Ducto hepático comum → Ducto cístico → Ducto colédoco + Ducto pancreático principal → Duodeno. ANATOMIA FÍGADO LOCALIZAÇÃO: Encontra-se no QSD, ocupando quase todo o hipocôndrio direito, parte do epigastro e também do hipocôndrio esquerdo. FACES HEPÁTICAS • Face diafragmática: Ântero-superior, porção convexa do fígado voltada para o diafragma. • Face visceral: Posteroinferior, é a porção plana/côncava que volta o fígado para as vísceras e a cavidade abdominal. RECESSOS HEPÁTICOS • Subfrênico: Extensões superior da cavidade peritoneal entre o diafragma e o fígado. • Sub-hepático: Extensão entre o fígado e o cólon ou porção supracólica. • Hepatorrenal: Espaço virtual entre o fígado e os rins, é dependente da gravidade em decúbito dorsal para que se lubrifique. LIGAMENTOS HEPÁTICOS • Ligamento triangular: Direito e esquerdo, melhor visível na vista posterior do fígado. • Ligamento coronário: Fixa o fígado na porção súpero-posterior ao diafragma. • Ligamento falciforme: O mais famosos, divide o fígado em lobo hepático direito e esquerdo. • Ligamento redondo: Continuação do ligamento falciforme, que ruma à cicatriz umbilical. ÁREA NUA DO FÍGADO: Porção hepática que não está coberta por peritônio. HILO HEPÁTICO: Localizado na porção inferior visceral, o hilo é composto pela famosa tríade portal (veia porta + artéria hepática + ducto hepático). V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O CÁPSULA DE GLISSON: Peritônio visceral que reveste o fígado. IMPRESSÕES HEPÁTICAS → Relações anatômicas! • Gástrica • Esofágica • Renal e Suprarrenal • Duodenal • Sulco da VCI LOBOS HEPÁTICO • Lobo hepático direito: Anatômico, grande, separado do lobo esquerdo pela fissura sagital esquerda/ fissura umbilical do lig. Falciforme. • Lobo hepático esquerdo: Anatômico, bem menor que o direito. • Lobo caudado: Acessório, posterior e inferior no fígado. • Lobo quadrado: Acessório, anterior e inferior no fígado. SEGMENTOS HEPÁTICOS → SUBDIVISÃO FUNCIONAL PARTE INFERIOR: Segmento I: Lobo caudado. LOBO ESQUERDO DIVISÃO LATERAL ESQUERDA • Segmento II: Posterior lateral esquerdo. • Segmento III: Anterior lateral esquerdo. DIVISÃO MEDIAL ESQUERDA: Segmento IV: Medial esquerdo. LOBO DIREITO DIVISÃO LATERAL DIREITA: • Segmento VI: Anterior lateral direito. • Segmento VII: Posterior lateral direito. DIVISÃO MEDIAL DIREITA • Segmento V: Anterior medial direita. • Segmento VIII: Posterior medial direita. *A divisão funcional é de extrema importância, pois é a partir dela que o médico sabe a melhor abordagem cirúrgica para o paciente. Cada segmento possui seu próprio ramo da tríade porta, o que nos permite segmentar áreas específicas. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O VASCULARIZAÇÃO HEPÁTICA O que diferencia o fígado de outros órgãos é que a maior parte dos nutrientes trazidos para ele são de origem venosa! É a veia porta responsável por nutrir 80% do fígado. VEIA PORTA: É a união da veia mesentérica superior + Veia esplênica, que recebe drenagem da veia mesentérica inferior. Todos os nutrientes chegam por essa veia, com exceção dos lipideos, que adentram a circulação linfática. ARTÉRIA HEPÁTICA: Ramo do tronco celíaco, a artéria hepática traz os outros 20-30% da nutrição hepática. VEIA HEPÁTICA/SUPRAHEPÁTICA: Dividida em hepática direita, esquerda e intermédia, realiza a drenagem do fígado por meio das veias centrolobulares. VEIA CAVA INFERIOR: É o grande vaso que recebe a drenagem do fígado e parte direto para o coração. VESÍCULA E VIA BILIAR TRAJETO DA BILE: A bile segue dos canalículos hepáticos até os ductos hepáticos direito e esquerdo, de lá, convergem no ducto hepático comum. Pelo “fechamento” da via biliar pelo esfíncter de Oddi, a bile produzida retorna pela via biliar até a vesícula biliar, onde passa pelo ducto cístico e é armazenada. Quando estimulada, a bile sai da vesícula e é depositada na porção descendente do duodenal. VESÍCULA BILIAR LOCALIZAÇÃO: Na fossa da vesícula biliar, que se encontra na face visceral hepática. Para visualizar a vesícula, é preciso rebater o fígado para cima. PORÇÕES DA VESÍCULA • Fundo: Extremidade distal ao óstio, larga e arredondada. • Corpo: Parte principal! Entra em contato direto com o fígado, colo transverso e porção superior do duodeno. • Colo: Extremidade oposta ao fundo, voltara para a veia porta e une-se ao ducto cístico. RELAÇÕES ANATÔMICAS: A vesícula está em íntimo contato com o duodeno, seu corpo encontra-se anterior ao duodeno e o colo encontra-se superior. DUCTO CÍSTICO: Une o colo da vesícula ao ducto hepático comum, possui junto ao colo uma prega espiral, que mantém o ducto aberto e permite, assim, que a vesícula armazene a bile. VASCULARIZAÇÃO • Arterial: Artéria cística, ramo da artéria hepática direita. • Venosa: Veias císticas diversas. V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O DRENAGEM LINFÁTICA → Linfonodos císticos: Localizados perto do colo, drenam diretamente para os linfonodos hepáticos. INERVAÇÃO: • Nervo vago: Inervação parassimpática. • Plexo celíaco: Inervação simpática. • Nervo frênico direito: Inervação aferente somática. DUCTO COLÉDOCO: União do ducto hepático comum e o ducto cístico forma o colédoco, que transporta a bile para a porção descendente do duodeno. • Ampola de Vater + Esfíncter de Oddi: Região + alargada, que recebe o ducto hepático principal, controlada por um esfíncter. VEIA PORTA: União da Veia Mesentérica Superior + Veia Esplênica, é um grande vaso de curto trajeto (7- cm) e a maior parte desse trajeto está contido no ligamento hepatoduodenal. • Anastomoses Portossistêmicas: Regiões de comunicação do sistema venoso porta com o sistema venoso sistêmico, serve como um mecanismo de “proteção” em casos de obstrução da veia porta, o sangue venoso ainda consegue chegar ao átrio direito por conta dessas anastomoses. CORRELAÇÃO CLÍNICA → HIPERTENSÃO PORTAL: Quando a circulação hepática encontra-se aumentada, o corpo recorre às anastomoses, que aumentam muito de volume, formando as famosas “varizes” da doença hepática.
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