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Afasia, conhecendo um pouco mais... As afasias são condições que alteram a capacidade dos pacientes de se comunicar de forma adequada, podem ser decorrentes de lesões no cérebro, comumente no hemisfério esquerdo, causadas por um AVC, ou outras doenças degenerativas, metabólicas, traumas emocionais, traumatismo craniano, por tumores, doenças Infecciosas: como abscessos cerebrais e inflamações das meninges: são responsáveis pela maioria das afasias infantis. A palavra afasia vem do grego (A = não, ausência,) (FASIA = falar) e é importante frisar que as afasias não são ausência da fala e sim disfunções dos componentes da linguagem, estas afetam a capacidade de se expressar verbalmente e também de compreender a linguagem verbal. Mesmo sabendo a pessoa não consegue falar, em consequência da lesão no cérebro que prejudica a sua capacidade de se expressar, além de não conseguir interpretar o que lhe é dito. Ficam prejudicadas também a compreensão da linguagem escrita (leitura) e a capacidade de escrever e gesticular. . A afasia infantil pode se desenvolver antes ou depois do nascimento, sendo perinatal se a lesão cerebral aparece durante a gravidez ou a adiquirida e a desenvolvimental que ocorrem entre os dois e nove anos de idade. A adquirida aparece por algum fator externo quando a criança já adquiriu a linguagem parcial ou totalmente, os autores Boone e Plante (1994), citam ainda a afasia desenvolvimental, que ocorre quando a criança ainda não adquiriu uma capacidade linguística, mas por um motivo externo perde a capacidade de desenvolver essa competência. Os tipos de afasia infantil são: Afasia Recetiva: A criança ouve ou lê a palavra/historias, mas não a interioriza e nem compreende o significado, só decodifica a escrita; Afasia Anômica: A dificuldade aparece na escolha das palavras corretas para fazer a descrição das coisas; Afasia Expressiva: apesar de saber o que quer dizer, a criança tem dificuldades na fala e/ou escrita; Afasia Global: a criança demora a compreender o que é dito, escrito, não conseguem também produzir sons De modo geral, a criança com algum tipo de afasia apresenta características como dificuldades em entender e obedecer uma ordem, entender e interpretar frases, perceber a diferença entre sons/fonemas, parecem desatentas, esquecidas ou se distraem facilmente, podem demonstrar agitação, entre outros. Observa-se também insuficiência ou pobreza de vocabulário, má retenção verbal, erros gramáticais. O papel do pedagogo é muito importante para a recuperação do aluno afásico, tendo sempre o cuidado de não trata-lo como mentalmente incapaz, mas sim buscar meios junto com o professor, que estimulem este aluno, através de atividades diversificadas ou outros meios de participação nas atividades propostas como alternativas de ensino. A abordagem educacional multidisciplinar e sensorial, podem ser utilizadas na promoção de momentos de socialização e aprendizagem, através de jogos e brincadeiras. De acordo com Ferreira, (2001) o educador para colaborar com o processo de reabilitação, deve manter atitudes positivas junto ao indivíduo; evitar comentários que prejudiquem seu bem estar, respeitar as suas opiniões pois apesar de não se expressar pode estar compreendendo; e suas habilidades de julgamento e intelectualidade podem estar preservadas. O contato com a família deve ser constante, tanto para obter informações necessárias sobre o desenvolvimento do aluno, quanto para dar retorno da sua evolução na escola e se necessário rever ou traçar novas estratégias de ensino. Através da intervenção clínica (fonoaudiólogo, neurologista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo) aliada a educacional, muitos alunos com afasia recuperam as suas capacidades de comunicação e faculdades linguísticas. Além da afasia existem outros distúrbios de aprendizagem podemos destacar os Transtornos funcionais específicos e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Como Transtornos funcionais específicos podemos citar: A dislexia que se caracteriza pela dificuldade no reconhecimento fluente das palavras, decodificação e soletração das mesmas; a disgrafia onde o aluno demonstra dificuldades na elaboração da linguagem escrita, apresenta formação léxica aquém do esperado, uso incorreto de letras ou alinhamento incorreto; e a discalculia que é a dificuldade que o aluno tem para aprender tudo que esteja direta ou indiretamente ligado a questões que envolvem números; tais como probleminhas, aplicação e conceitos matemáticos. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): A criança não consegue se concentrar com facilidade, principalmente se o conteúdo não for tão interessante para ela. E tende a querer realizar várias tarefas ao mesmo tempo. O hiperativo pode ser muito agitado ou distraído. Vale reforçar que em todos eles a importância do diagnóstico e do acompanhamento são imprescindíveis para a eficácia do tratamento e melhor qualidade de vida do aluno, destacando mais uma vez o quanto o papel da escola é importante para esta recuperação, de acordo com Soares(2003), O trabalho do professor é ajudar a promover mudanças, intervindo diante das dificuldades que se apresentam durante o processo de aprendizagem, trabalhando com os desequilíbrios e facilitando o aluno a aprender a aprender. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: AZEVEDO, Nádia Pereira da Silva Gonçalves de; Pereira Lima Carvalho, Magda Wacemberg. A escrita na afasia: da perda a reconstituição da linguagem. São Paulo. Revista do GEL, v. 14, n. 2, p. 27-52, 2017. CAROPRESO, F. O conceito freudiano de representação em “Sobre a concepção das afasias”. Paidéia: Cadernos de Psicologia e Educação, 13(25), 13-26, 2003. FERREIRA, Francielle Aparecida Krieger; SOCHA, Katia. Compreensão e encaminhamentos da afasia pelo profissional docente. Artigo apresentado ao curso de Pós – Graduação Lato Sensu em Neuropsicologia Educacional da Universidade do Contestado – UnC. FONSECA, Prof Dra Suzana Carielo da ; CATRINI, Melissa . Considerações sobre a afasia infantil: um estudo de caso. In: SILEL, 2009, Uberlândia. Anais do SILEL. Uberlândia: EDUFU, 2009. v. 01. FONTANESE, Sabrina Roberta Oliveira; SCHMIDT, ANDRÉIA . Intervenções em afasia: uma revisão integrativa. Revista CEFAC (Online), v. 18, p. 252-262, 2016. SENNEY, A.L. Como identificar a afasia Infantil – Revista Minha Vida., 2019. Disponível em www.minhavida.com.br – Acesso em 25/ out 2020 VIEIRA, C. H. Sobre as afasias: o doente e a doença. In: LIER-DE VITTO, M. F.; ARANTES, L. (Org.). Aquisição, patologias e clínica de linguagem. São Paulo: EDUC, FAPESP, 2006. p. 235-246. https://educamais.com/afasia-na-sala-de-aula/ http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_unicentro_ped_pdp_leliane_aparecid a_arruda.pdf https://www.einstein.br/guia-doencas-sintomas/afasias http://lattes.cnpq.br/8022477493426972 http://www.minhavida.com.br/ https://educamais.com/afasia-na-sala-de-aula/ http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_unicentro_ped_pdp_leliane_aparecida_arruda.pdf http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_unicentro_ped_pdp_leliane_aparecida_arruda.pdf https://www.einstein.br/guia-doencas-sintomas/afasias
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