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1 Ac. Beatriz Mendonça Martins ROTEIRO DE EXAME FÍSICO LESÕES ELEMENTARES Modificações na Cor → Sem relevo o Mácula <1cm o Mancha> 1cm Pigmentares → melanina → melanócitos → Epiderme o Acrómica o Hipocrómica o Hipercrómica o Deposição de pigmento: Hemossiderina – escuro Bilirrubina – amarela Vascular → vasodilatação → Derme → Vascularização o Eritema Hemorrágica → extravasamento de sangue (pulpura) o Petéquia <1cm o Equimose> 1cm o Vibrices – linear Neoformação Vascular o Telangiectasias – dilatação permanente dos vasos o Angioma - ↑ nº de vasos Formações sólidas → há relevo Pápula <1cm Tuberculo > 1cm Placa > 1cm → disco Nodulo > 1 cm (ervilha) Nodosidade (+volumoso) Goma (nódulo → endureceu, amoleceu, esvaziou e reparou) Tumoração > 3 cm Vegetação – verrucosa ou condilomatosa Liquenficação → prurido Infiltração – espessamento Colecções Liquidas → relevo Vesicula < 1cm Bolha > 1cm Cisto → + firme e denso Pustula < 1 cm Abcesso > 1 cm (derme, hipoderme e subcutâneo) Hematoma → sangue Soluções de Continuidade Erosão – epiderme (se trauma → escoriação) Ulcera – derme e hipoderme Escara → úlcera com necrose Fissura Escama – eliminação superficial de pele Crosta Digitopressão Se desaparecer – interrompe o fluxo Se não desaparecer Liquido claro Liquido Purulento 2 Ac. Beatriz Mendonça Martins Lesões Sequenciais Atrofia Cicatriz o Atrófica o Hipertrófica o Queloide Registo: Número (isolada ou múltiplas) lesão de tamanho em região, de cor (cor e se uniforme ou não), bem ou mal delimitada, de forma, disposição (herpetiforme, circular, oval, anular, reticulada, linear, serpiginosa), confluente ou não, com borda (regular ou irregular), e com ou sem relevo, se há ou não secreção. Palpação… PELE Inspecção - toda a superfície da pele e mucosas Paciente despido o Iluminação adequada, preferencialmente natural, o Temperatura adequada o Privacidade – lençol, biombo Analise o Coloração – bronze, palidez, eritema, icterícia, cianose o Integridade/continuidade - lesões o Simetria, o Higiene. Palpação Pesquisar o Elevações, o Humidade – normal, pele seca ou humidade aumentada ou ↑ sudorese o Textura – em parâmetros normais, pele lisa ou fina, pele áspera ou pele enrugada o Espessura – pinçar a epiderme e o córion – espessura normal, atrófica ou hipertrófica o Temperatura o Elasticidade – Pinçar a pele e fazer tracção – normal, aumentada ou diminuida o Turgor – pinçar com subcutâneo – avaliar a prega a desfazer-se o Mobilidade – Palma da mão – avaliar a capacidade de se mover sobre os tecidos profundos – normal, dimuinida, ausente ou aumentada o Sensibilidade. UNHA Inspecionar o pigmentação das unhas ou leito ungueais, o tamanho, o simetria, o sulcos, o depressões cupuliformes o descamação. Inspeccionar e palpar as pregas ungueais laterais e proximais o Vermelhidão, o Edema, o Dor, o Exsudato, o Verrugas, 3 Ac. Beatriz Mendonça Martins o Cistos o Nódulos. Palpar a lâmina ungueal o Textura, o Firmeza, o Espessura, o Uniformidade o Aderência ao leito ungueal. PELOS Inspeccionar avaliar cor, distribuição e quantidade. Palpar o cabelo para avaliar sua textura. Exame Bom dia/ Boa tarde… Como é que o senhor(a) se chama? Apresentação o Sou (nome), estudante de medicina, estou a acompanhar o professor (nome), ele foi só beber um cafezinho mas volta já. O senhor(a) importa-se que eu faça o exame por enquanto? Importa-se que o meu colega/ seu acompanhante fique na sala durante o exame? LAVAR AS MÃOS!!!!!! Aquecer as mãos Aquecer o estetoscópio Realizar o procedimento Lavar as mãos Despedir-se Cabeça e Pescoço Anatomia Crânio x Face → Linha imaginária que une o nasio e parte inferior do osso frontal até ao básio (região inferior do osso occipital) Pescoço Superiormente o Anterior – Borda inferior da mandíbula e ângulo da mandíbula o Posterior - linha nucal suprema Inferiormente o Externo – Linha imaginária que une a incisura jugular, o acrómio e a protuberância cervical (C7 e T1) o Interno - Abertura torácica superior CABEÇA /CRÂNIO Inspecção Tamanho – micro/macrocefalia/ 4 Ac. Beatriz Mendonça Martins normocefalica Formato – alterações: abaulamentos ou depressões, fechamento das suturas Simetria ao eixo mediano Posicionamento da cabeça (deve ser mantida erecta (leve extensão)e quieta) Tiques Fácies – atípica (sem tipo) ou outras Lesões Artéria temporal Pelos compatíveis com o sexo Palpação Simetria Ulcerações Tumorações Depressões Dor Palpar as artérias temporais, observando espessamento, rigidez e dor à palpação e auscultá-las para sopros. Palpar a articulação temporomandibular bilateralmente. Registo de Exame: Cabeça, Couro Cabeludo e Cabelos: Paciente com tamanho e formato de cabeça compatíveis com os padrões esperados para a idade, sem deformações, tumorações ou lesões à inspecção e palpação. A distribuição do cabelo é considerada homogénea, por toda a sua região de implantação, não sendo perceptível alopécia ou calvice. Cabelos de cor preta, homogéneos, sem alterações da sua coloração por extensão, lisos. PESCOÇO → Tirar blusa! (devido a região supraclavicular) Inspecção Simetria, Alinhamento da traqueia → ver espaço entre a linha medina e M.ECM Movimento do osso hióide e cartilagens com a deglutição Músculos – atrofia ou hipertrofia, alterações Massas, Pregas cutâneas, Turgência jugular Proeminência da artéria carótida Lesões Movimento do osso hióide e das cartilagens com a deglutição. Amplitude de movimento do pescoço Palpação Posição da traqueia (com os dois polegares), Deslocamento traqueal (com o indicador e o polegar) Pulso carotídeo Refluxo jugular Linfonodos Exame da tiróide → métodos - pode ser pela frente ou por trás TIREOIDE → nos primeiros anéis da traqueia Perguntar se fez tireoidectomia Leve extensão do pescoço, Pedir ao pct pra deglutir (um copo de água ajudará), 5 Ac. Beatriz Mendonça Martins Localizar (com a polpa digital) o istmo da tiróide: Proeminência laringe (cartilagem tiróide) → Cartilagem cricóide → istmo da tiróide Palpação com toque gentil (com a dedos indicadores, médio e anelar, entra em garra) - pode ser realizada pelo lado, pela frente e por trás do paciente. Empurrar o conjunto traqueia-glândula com a mão esquerda para o lado direito e palpar o lobo direito com a mão direita e vice-versa. → mão entra medialmente e profundamente ao M.ECM Se aumentado ausculta → sopro OBS: algumas glândulas tireóideas são retroesternais, ficam mais para baixo, sendo impossível localizá-las no exame físico. Registo de Exame: Tireóide não visível à inspecção estática. Visível à inspecção dinâmica, ao deglutir. Palpável, com aproximadamente o tamanho de 2cm cada lobo, sem massas palpáveis. Sem sopros. LINFONODOS Presença de linfonodos nas regiões da cabeça, pescoço, claviculares, epitrodeares, axilares ou inguinais, Inspecção o se linfonodos visíveis procurar (e área adejacente) avaliar: Edema, Eritema, Linhas vermelhas Lesões cutâneas Palpação o Avaliar: Tamanho, Forma, Calor, Dor à palpação, Mobilidade, Consistência (coalescentes ou individualizados). OBS.: Caso sejam encontrados linfonodos aumentados, procurar na região adjacente sinais de infecção ou neoplasia. Pode-se verificar, também, se a massa se transilumina, de modo geral, os cistos fazem isso, os linfonodos não. Dor geralmente significa inflamação, já que processos neoplásicos normalmente são indolores. ORDEM DE PALPAÇÃO: CABEÇA: 1) Linfonodos pré-auriculares anteriormente ao pavilhão auditivo, 2) Linfonodosretroauriculares superficialmente ao processo mastoideo, 3) Linfonodos occipitais na base do crânio, 4) Linfonodos parotídeos 5) Linfonodos submandibulares no meio do ângulo e da ponta da mandíbula e 6) Linfonodos Submetonianos na linha média atrás da ponta da mandíbula. PESCOÇO: 1) Linfonodos cervicais superficiais no ECM, 6 Ac. Beatriz Mendonça Martins 2) Linfonodos cervicais profundos ao longo da borda anterior do músculo trapézio, 3) Linfonodos tonsilares no ângulo da mandíbula, 4) Linfonodos cervicais profundos posteriores – margem posterior do ECM 5) Linfonodos cervicais profundos anteriores – margem anterior do ECM 6) Linfonodos supraclaviculares, palpando profundamente o ângulo formado pela clavícula e o ECM, a área dos gânglios de Virchow (gânglios que podem resultar de neoplasias tanto abdominais quanto torácico. AXILAS: Apoiar o antebraço do paciente sobre seu braço contra-lateral e posicionar a palma da mão examinadora directamente sobre a axila. Palpar com movimentos leves e circulares, caso algum linfonodo seja palpável, tentar deslizar os dedos pelo mesmo. Cadeias anteriores, médias e anteriores. Palpar o Superior, intermédias e inferiores – palpa as três cadeias ao mesmo tempo o Ou o Posteriores, média e anteriores OUTRAS REGIÕES: Linfonodos peitorais Linfonodos epitrocleares Linfonodos inguinais superiores (ou femorais, ficam próximos dos canais inguinais) e inferiores (mais profundamente na virilha), Linfonodos poplíteos. ORELHA Audição e Equilíbrio Ouvido externo Pavilhão auditivo Inspecção o Forma, o Simetria, o Tamanho, o Acidentes anatómicos, o Cor o Implantação na cabeça – ao nível da prega ocular (normal) o Lobo preso ou livre o Secreção o Lesões o Observar as superfícies lateral e medial e o tecido circundante e região mastóide, avaliando os mesmos aspectos. Palpação o Consistência da cartilagem o Pavilhão e as regiões mastoideas o Dor, o Edema ou se há nódulos (observar elasticidade, consistência (firme e móvel)) 7 Ac. Beatriz Mendonça Martins o Puxar pavilhão pra cima e para baixo – se dor – otite de ouvido externo o Pressionar tragos → dor – otite de ouvido externo Conduto auditivo Inspeccionar com otoscópio Rectificar conduto auditivo → puxar cranealmente e posteriormente Observar o Cerume, o Cor, o Lesões, o Corrimentos o Presença de corpos estranhos o Odor. Membrana timpânica → divisor de águas (ouvido externo/ ouvido médio) Avaliar o Pontos de referência Umbigo, Cone de luz Cabo do martelo o Cor, o Contorno o Perfurações o Abaulamento – aumento de pressão no ouvido medio o Mobilidade (com o acessório pneumático). Lembrar de não tocar nos 2/3 ósseos do meato com o otoscópio para evitar dor no paciente. Ouvido Médio Inspecção e palpação da região mastóide → células mastóides (contacto com o ouvido médio) Menbrana timpânica Osteofarigeo da tuba auditiva Condução óssea o Weber o Rinner Ouvido Interno → Explicar o exame ao paciente! Equilíbrio Lesão nervosa ouve bem no lado contrário à lesão. Weber → perguntar se os dois ouvidos estão a ouvir diferente (lado lesado ouve mais) o Diapasão no vértice da cabeça o Lateralização do som → se diferente é postivo (normal é negativo) Rinner o Diapasão processo mastóide → perto do ouvido o Registar tempo o Ar = 2 x tempo no osso Registo de Exame: Ouvidos implantados devidamente ao nível da prega ocular, com lobos livres (ou presos), sem alterações morfológicas do pavilhão externo. À palpação, mostrou-se indolor, sem a presença de sinais flogísticos ou linfonodoadenomegalias em pavilhão externo e região mastóidea. OLHO Preparar o paciente 8 Ac. Beatriz Mendonça Martins Saco Lacrimal o Retirar os óculos do paciente. o Afastar cabelo Sobrancelhas Inspecção Textura e distribuição do pelo – normal para o sexo, ter atenção a pessoas que fazem depilação Tamanho, Simetria Distancia em relação à linha mediana Extensão Lesão – sinais flogisticos Globo Ocular Tamanho Simetria Distancia Inferiorização Protuberância ou retracção do globo Edema e lesões Supercílios e Cílios Quantidade Tamanho Direcção Coloração Pálpebras Posição Cor Fissura palpebral – fechar os olhos → Normal: sem desvios, linha horizontalizada Movimento de abertura e fechamento → Músculo levantador da pálpebra Bordas → cílios e supercilios Elevação Pitose Edemas e lesões Conjuntiva Mucosa o Cor - anemia Pterigio Lesões Aparelho Lacrimal Inspeccionar e palpar região superolateral da orbita → Glândula lacrimal Globo ocular – ressecamento … Inspeccionar ponto lacrimal na papila Palpar lateral do nariz → saco lacrimal Inspeccionar meato nasal inferior → onde desagua o ducto lacrimal Observar: o Dor 9 Ac. Beatriz Mendonça Martins o Edema o Alteração Córnea Opaficação Formato – ver em perfil Aro senil Esclera (só anterior) Coloração Vasos Manchas pigmentares Comparar cor → simetria Iris e Pupila → “posição de ataque” – olhos a nível dos olhos do paciente para melhor visualização Tamanho Forma Simetria Cor Comparar sempre as duas! Reflexos o Fotomotor directo → músculo esfíncter da pupila e músculo dilatador da pupila o Fotomotor indirecto - concensual o Acomodação → globos convergem e pupila contrai (miose) Cristalino Transparência Retina → Campo visual Campimetria de confrontação → campo visual (parte superior e inferior, parte nasal e temporal). Fundo de olho o Reflexo vermelho o Cor o Lesões na retina o Vasos sanguíneos o Disco óptico o Macula Exames específicos Acuidade visual – escala de letras → nervo óptico Movimentação ocular o + → Músculos recto superior, inferior, medial e lateral o X → predominantemente os músculos oblíquos superior e inferior Registo de Exame: Olhos sem alterações morfológicas à inspeção (estas poderiam ser pterígeo, estrabismo etc), bem como apresenta movimentação preservada em todos os seus eixos e reflexos preservados (fotorreagentes, consensuais e acomodativos). Sobrancelhas com distrubuição homogênea de pêlos, sem lesões aparentes. Pálpebras sem edemas, sem retrações e sem equimoses. Integridade da via óptica aferente e eferente – II par craniano Nervos oculomotor III, troclear IV e obducente VI Miose/ Medriase Normal - eucórica 10 Ac. Beatriz Mendonça Martins Aparelho lacrimal normofuncionante, com globo ocular hidratado, sem edemas ou lacrimejamento excessivo. NARIZ Inspecção Forma Tamanho Simetria da pirâmide nasal Cor Lesões Narinas Linhas de Dennie-morgan → prurido nasal crónico e alergias. Palpação Crista e tecidos moles Avaliar: Dor Massas Desvios de Cartilagem e ossos Cavidade Nasal – Parte mais anterior e inferior Limites Teto – fronto-nasal, etimoide e esfenóide Assoalho – processo palatino da maxila Medial – septo Lateral – conhas nasais Inspecção Vestíbulo (+ vimbrices (pelos)) e cavidade propriamente dita Mucosa - coloração Lesões Secreção Septo – parede medial Alinhamento Cor … Conchas – apenas inferior e médio com respectivos meatos → parte lateral Seios frontais e Maxilares Inspeção – edema Palpação - com o polegar – dor e edema Registo de Exame: Nariz sem edemas, sinais flogísticos, tumorações, edema de cornetos ou desvio de septo perceptível à inspecção. À palpação, revela-se indolor, sem massas palpáveis, crepitações ou deformidades. Seios paranasais sem sinais flogísticos à inspecção e sem dor à palpação e compressão dos mesmos. 11 Ac. Beatriz Mendonça Martins BOCA Lábios Limites Superiormente – nariz Inferiormente- linha mento-labial Lateralmente – sulco naso-labial Inspecção Tamanho Formato Simetria Cor Edema Lesões Palpação – edema, dor… Pedir ao pct para sorrir → nervo facial Vestíbulo da boca Mucosas – cor e lesões, palpar – edema e deformidades Frénulo do lábio – superior e inferior Bochecha – papila do ducto protoide Separação entre o vestíbulo e a cavidade bocal Dentes o Oclusão, o Cáries, o Desgastes, o Dentes frouxos o Ausência o Anormalidades de superfície. Gengivas o Cor, o Lesões, o Endurecimento, o Espessamento o Massas o Palpá-las analisando o que foi previamente inspeccionado e dor. Cavidade bocal Limites Tecto – processo palatino da maxila Assoalho – músculo milo-hioide Anterior e lateralmente – dentes Posteriormente – Parede posterior da farige 12 Ac. Beatriz Mendonça Martins Dorso da língua o Analisar apenas ápice e corpo da língua, visto ser impossível ver a raiz Inspecção Cor, Volume, Tamanho, Simetria, Edema, Ulcerações Pedir ao pct para estender a língua enquanto se inspecciona - desvio, tremor e limitação de movimento → nervo hipoglosso Palpação Edema Lesões Deformações Ventre da língua e Assoalho Pedir ao Pct para por a ponta da língua nos dentes da frente Inspecção Veias sublinguais Frénulo da língua – cor, lesões… Carúncula – ducto submandibular Crista Faríngea – ductos sublinguais Palpação Edema Lesões Deformidades Lateral da língua Mover língua do pct com gaze Pregas folhadas Palato duro e mole Inspeccionar o Forma – atípico ou não ogival e sem fenda palatina o Movimento (“ah”) → nervo glossofaríngeo e vago o Palato deve se elevar simetricamente, com a úvula permanecendo na linha mediana o O palato duro pode apresentar uma proeminência óssea na linha mediana, chamada de torus palatinus, que não tem consequência clínica, porém, qualquer nódulo fora da linha mediana pode indicar tumor. Úvula e tonsilas Inspeccionar o Tamanho o Cor o Presença de criptas 13 Ac. Beatriz Mendonça Martins Registo de Exame: Oroscopia realizada demonstrado paciente com boa higiene bucal, com dentição completa em ambas as arcadas, sem sinais de alterações flogísticas em gengivas, paredes laterais, palato ou língua. Apresenta um palato semi-arqueado, não ogival. Apresenta lingua rosácea, com tamanho normal, com movimentação preservada e simétrica. Apresenta arcos palatinos sem sinais flogísticos. 14 Ac. Beatriz Mendonça Martins EXAME FÍSICO NO TÓRAX Limites o Tórax faz parte do tronco Externos: Superiormente – Linha que une a incisura jugular, o acrómio e a protuberância cervical (C7 e T1) Inferiormente – Rebordo costal Internos: Superiormente – Abertura torácica superior – 1ª costela Inferiormente – Diafragma Referencias Anteriormente o Ângulo de Louis – lateralmente → 2ª costela – coração o 3º Espaço intercostal → fissura horizontal D o 5º Espaço intercostal → fissuras oblíquas o Ápice do coração – VE – cruzamento da linha hemiclavicular E com o 5º espaço intercostal o Área do pulmão – ápice ocupa a área supra clavícular e a base vai desde o 6º espaço intercostal até ao 8º espaço intercostal Posteriormente o Borda superior da escápula – 1º/2º espaço intercostal o Ângulo inferior da escápula – 7º/8º espaço intercostal o Fissura oblíqua – 4º/5º espaço intercostal o Área do pulmão – ápice encontra-se na 1ª costela e a base vai desde o 10º espaço intercotal até 12ª costela Ângulo de Louis – 2ª costela Linha médio esternal Linhas hemiclavicular Linhas esternais Linhas paraesternais Ângulo de Cherby 15 Ac. Beatriz Mendonça Martins Linha escapular Linha vertebral Angulo inferior da escápula - 7º EIC 16 Ac. Beatriz Mendonça Martins o Paciente sentado ou em DD o Examinador a direita do paciente o Sem roupa (de preferência) o Inspecção, palpação, percussão e ausculta o Percussão pouco realizada,poucas informações - Coração o Compara se uma região a correspondente no hemitórax oposto o Tórax anterior e dorso e região axilar Respiratório Inspecção → Inspeccionar anterior, posterior e região axilar (lateral) Estática – Estrutura Forma o Simetria do tórax o Simetria da coluna o Tórax em barril o Tórax em peito de pomba ( pectus carinatum) o Tórax escavado (pectus excavatum) o Tórax cifoescoliótico Musculatura - Alterações tróficas Alterações ósseas e articulares - Deformidades, calos ósseos, Abaulamentos e depressões Pele - Cor, lesões, cicatrizes e fístulas Tecido celular subcutâneo - Edema, circulação colateral, lipodistrofias Mamilo Dinâmica – Funcionamento Tipo de respiração – Torácico ou abdominal Frequência respiratória - Normal de 12 a 20 rpm 17 Ac. Beatriz Mendonça Martins Ritmo respiratório - Normal: insp e exp tem duração igual, sem pausas entre elas, ritmo regular o Anormais: o Cheyne-Stokes: crescendo- decrescendo- pausa- crescendo- decrescendo- pausa (Doenças vasculares cerebrais) o Kussmaul: respiração rápida profunda e regular (Acidose Metabólica) o Biot: totalmente irregular em frequência e amplitude. Pode ter apneia (Grave sofrimento cerebral) Expansibilidade torácica - Movimentos respiratórios simétricos ou assimétricos Sinal de Lemos Torres - Abaulamento dos espaços intercostais durante a expiração (DP) Uso da musculatura acessória o Tiragem - Depressão inspiratória dos espaços intercostais e regiões supra esternais e supraclaviculares (Obstrução brônquica (unilateral), edema, inflamação e fibrose pulmonar) o Respiração paradoxal, o ECM e escalenos. Registo Inspecção: Forma atípica, pele sem alterações, ausência de abaulamentos ou retracções, e deformidades ósseas FR=16 irpm ou rpm. Ritmo regular. Expansibilidade normal à inspecção Palpação Com movimentos circulares usando a superfície dos dedos, palpamos toda a superfície torácica o Sensibilidade o Enfisema subcutâneo o Deformidades / calos ósseos Elasticidade – calcificação das cartilagens Expansividade torácica – Fazer anteriormente (superiormente – lobo superior e inferiormente – lobo médio P. direito + região lingular do P. esquerdo) e posteriormente (superiormente – lobo superior e inferiormente lobo inferior) → sentir amplitude e simetria o Ápice o Base (Lareto-lateral) Técnica: o MANOBRA DE LASÉGUE (bases pulmonares) - mãos espalmadas o MANOBRA DE RUAULT (ápices pulmonares) - Examinador por trás coloca as mãos (dedos polegares unidos formando um ângulo) apoiadas nas costas (por cima da fossa supraclavicular) do paciente sentado. Comparar movimentos das mãos bilateralmente (N= mãos angularem iguais) Frémito Toracovocal: o Vibração dos sons produzidos nas cordas vocais o “33” o Mesma mão (direita) o Região distal da palma e proximal dos dedos o Face posterior e lateral (cima para baixo) o Face anterior (apenas na região infraclavicular) o Pode ser mais sentido a na região posterior direita o Fazer em todas as regiões e comparar com regiões simétricas o ↑: Condensações o ↓: Pneumotórax e derrame pleural Registo Palpação: Ausência de pontos dolorosos, enfisema de subcultâneo e calos ósseos Expansibilidade preservada e simétrica. Frêmito toracovocal presente e com distribuição normal. Ausência de frêmitos brônquico e pleural 18 Ac. Beatriz Mendonça Martins Percussão Pedir ao paciente para realizar a manobra de Raul – abraço → afastar as escápulas Espaços intercostais Som claro pulmonar Hipersonoro ou Timpânico: enfisema pulmonar (simétrico) e pneumotórax (unilateral) Maciço ou submaciço: consolidação,derrame pleural Técnica: o apoia o 2º ou 3º dedo da mão esquerda sobre os espaços intercostais o Com o dedo indicador ou médio da mão direita aplica se 2 golpes rápidos e firmes (movimenta se o punho) o Do Ápice para a base pulmonar, nas faces anterior, lateral e posterior o Comparando os 2 hemitórax Só identificar alterações na periferia do pulmão, espaço pleural e parede toráxica (até ±5cm) Avalia os limites inferiores (tamanho) dos pulmões em expiração forçada e inspiração profunda (varia de 3 a 5 cm) Registo Percussão: Som claro pulmonar presente e simétrico. Submaciçez hepática a partir do 5º espaço intercostal direito. Mobilidade dos limites pulmonares presente Ausculta Pulmonar Orientar a respiração – respirar com a boca, mais frequentemente e com mais força Comparar os hemitórax Mover o estetoscópio de cima para baixo → em renda grega o Som traqueal Abaixo do istimo da tiroide o Som brônquico: Esterno (audível e rude) o Som Broncovesicular 1º e 2º espaços intercostais (anterior) e região interescapular (posterior). É intermediário entre o MV e o brônquico o Murmúrio vesicular: Todo o tórax. Pode estar reduzido ou abolido Factores interferentes: espessura da parede toráxica e frequência/ profundidade da respiração Ruídos adventícios contínuos (≥ 250 milisegundos) o Quando o ar passa por uma estrutura estreitada o ↑ velocidade sibilo, ↓ velocidade ronco o Sibilos: som agudo, semelhante a um assobio ou chiado o Roncos: som grave, semelhante a roncar ou ressonar o Ins ou expiratórios o Localizados ou difusos o Raros ou frequentes o Podem variar após tosse ou expectoração o Broncoespasmo Ruídos adventrícios descontínuos (≤ 20 milisegundos) o Explosivos (curta duração) o Creptações grosseiras: maior duração, graves e mais intensas 19 Ac. Beatriz Mendonça Martins o Creptações finas: menor duração, agudas e pouco intensas o Inspiratório o Bases pulmonares o Creptações finas podem ocorrer sem significado clínico (idosos) o Edema e consolidação pulmonar o Creptações grossas= bronquiectasias e bronquite crônica Registo Ausculta Pulmonar: Presença e distribuição dos sons normais. Presença ou ausência de ruídos adventrícios Ex: Murmúrio vesicular positivo em ambos os hemitórax sem ruídos adventrícios OU MV + em AHT sem RA Ex: sibilos raros em base de HTD. Roncos difusos em ambos os HT. Creptos finos em 1/3 médio de LE Cornagem: o Obstrução parcial das vias aéreas superiores (traqueia ou laringe) o Audível a distância do paciente Atrito pleural: o Irregular e mais intenso na inspiração Ausculta da voz: o Áreas simétricas do tórax o Sussurrar 33 o Som abafado e não claro o ↑ se tiver consolidação pulmonar o ↓ em derrame pleural ou pneumotórax Coração o Paciente em DD o Médico à direita do paciente Vascular e Periférico Pulsos Aferir PA Teste de Allen Edema Pescoço Impulsões arteriais no pescoço, fúrcula esternal e região epigástrica Turgência jugular (paciente a 45°) – Comprometimento do retorno venoso Palpação das carótidas: o amplitude, o ritmo o Frequencia o Não se analisa as paredes das carótidas (“não se pode brincar de palpar parede de carótida” – placas de ateroma → desprende → tromboembolia → AVC isquemico o Frémitos. Ausculta buscando sopros Inspecção Abaulamentos ou retracções (pode se posicionar aos pés do paciente) Visualização do ictus cordis – VE → 4º ou 5º espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular o Olhos na linha de visão do tórax do pct Batimento do ventrículo direito – não visíveis habitualmente, se houver = alteração Impulsões sistólicas – Observado em: o Fúrcula esternal – se visível alteração de aorta, HAS e doenças valvares 20 Ac. Beatriz Mendonça Martins o Região de artéria pulmonar – linha para esternal E com o 2º EIC – hipertensão pulmonar Ictus Cordis Choque da ponta do coração Inspecção = homens magros ou pessoas com hipertrofia Palpação= mão espalmada na região mitral e buscar sentir o choque da ponta e depois localiza com os dedos indicador e médio Caso não palpe: posicione o paciente em decúbito lateral esquerdo Avaliado: o localização o Extensão normal: ± 2 cm – medir pelo numero de polpas digitais necessárias pra cobrir o Intensidade: +/++++ o + ou ++ normal o 3+ 0u 4+ muito propulsivos o Não palpável = pouco propulsivos o Mobilidade – mudar o pct de posição e sentir se há mudança da posição do ictus o Duração o Ritmos o Frequência 4º ou 5º espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular Se desviado para esquerda e baixo (↑ de VE) Se só para a esquerda (↑ de VD ou, derrames pleurais ou pneumotórax a direita e atelectasias a esquerda) Para cima:↑ da cúpula diafragmática Para a direita: derrames pleurais ou pneumotórax a esquerda e atelectasias a direita O exame do ictus cordis se completa com a ausculta Ele coincide com o foco mitral Palpação Pulsos – carotídeo, jugular, aórtico abdominal Ictus Batimento do VD Impulsões sistólicas Bulhas Frémito – mão espalmada nos focos de ausculta → sopro (se houver) Bulhas • Ruídos cardíacos ouvidos à auscuta cardíaca • 4 bulhas • B1 e B2 as mais importantes • B1= fechamento das atrioventriculares – Mais audível em foco mitral e tricúspede – Grave (TUM) Basicamente mitral – Fase de contracção isovolumétrica até inicio da ejecção ventricular • B2= fechamento da aórtica e pulmonar – Mais audível em foco aórtico e pulmonar – Mais aguda (TA) – Final da sistole – O componente aortico é ouvido no pericardio todo, enquanto o pulmonar somente no foco pulmonar • B1→ B2 Sístole • B2 →B1 Diástole (diminui se taquicardia) • Desdobramento de B1= TRUM ou TLUM • Crianças, jovens e magros OU bloqueio do ramo direito do feixe de Hiss • Ritmo se altera discretamente com a repiração (↑ ins e ↓ exp) 21 Ac. Beatriz Mendonça Martins • Desdobramento de B2 • Normalmente pode estar desdobrada na inspiração • ↑ o volume em VD e pulmonar demora para se fechar • Foco pulmonar – Contínuo: Bloqueio do ramo direito e CIA – Paradoxal (na expiração) no bloqueio do ramo esquerdo • B3 = enchimento ventricular rápido – Início da diástole – TUM TA tum – Campânula e no ictus – Pode ser fisiológica em crianças e jovens – Patológica=Insuficiência mitral ou tricúspede – B3 e taquicardia= ritmo de galope • B4 = contração atrial – Final diástole (pré sistólica) – tu TUM TA – Sempre patológica – HAS, estenose ou insuficiência aórtica e IAM – Ictus e com campânula Ausculta Ordem dos Focos – Por bulhas: o Mitral – Linha hemiclavicular com 4º/5º EIC o Tricúspide – Linha para esternal com 4º/5º EIC o Aórtico – linha paraesternal D com o 2º EIC o Aórtico acessório – Linha paraesternal E com o 3º EIC o Pulmonar - Linha paraesternal E com o 2º EIC Auscultar: fúrcula esternal, região supraclavicular, região axilar → locais de irradiação de sopros Caracterização do ritmo cardíaco o Regular o Irregular Frequência cardíaca o 60 a 100 bpm Bulhas (1ª e 2ª) – BRNR em 2T, sem desdobramentos de B1 e B2 e sem sopro. o Fonética – Normofonetica ou hiperfonética o Ritmos – ritmico ou arritmico o Tempo – dpois tempos ou triplice o Desdobramentos Ruídos adicionais o 3ª e 4ª o Clicks, estalidos o Ruídos de próteses Sopros cardíacos o Fases do ciclo cardíaco o Tipo o Localização o Duração o Intensidade o Tonalidade o Timbre 22 Ac. Beatriz Mendonça Martins o Irradiação Atritos Sons Parasitas Ruído de ejecção pulmonar o 2º EIE o Valvula pulmonar prejudicada Estalido de Abertura Mitra o Ictus, área paraxifoide e rebordo esternal E. o Valva mitral endurecida Clique meso-sistólico do Prolapso da Valva Mitral o Ictus, área paraxifoide e rebordo esternal E. o Prolapso da valva mitral Sopro Sistólico Sopro Diastólico23 Ac. Beatriz Mendonça Martins Exame Físico do Abdómen Limites Externamente: o Superiormente – Rebordo costal o Inferiormente – Virilha – Espinhas ilíacas ântero-superiores, Tubérculo púbico – ligamento inguinal Internamente: o Superiormente – Diafragma o Inferiormente – Músculos do assoalho pélvico o Anteriormente – Músculo recto abdominal o Posteriormente – L1 a L5 o Lateralmente – Músculos oblíquo externo, oblíquo interno e transverso Regiões Hipocôndrio Direito Fígado Vesícula biliar Rim direito Supra-renal direita Flexura hepática do colon Epigástro Fígado Estômago e piloro Cólon transverso e omento Duodeno Pâncreas Aorta abdominal e linfonodos Hipocôndrio Esquerdo Estômago Flexura esplénica do cólon Baço Corpo e cauda do pâncreas Rim esquerdo Supra-renal esquerda Flanco/ Lateral Direito Figado Colon ascendente Intestino delgado Rim direito Ureter direito Mesogástro/ Umbilical Intestino delgado Aorta abdominal e linfonodos Flanco/ Lateral Esquerdo Colon descendene Intestino delgado Rim esquerdo Ureter esquerdo Fossa Ilíaca/ Inguinal Direita Ceco Apendice Vermiforme Ovário e tuba uterina Hipogástro/ Pelvica Intestino delgado Sigmoide Recto Bexiga Uréteres Útero Fossa Ilíaca/ Inguinal Esquerda Sigmoide Ovário e tuba uterina Linhas: Hemiclaviculares Rebordo Costal Espinha ilíaca Linha mediana Linha a cicatriz umbilical 24 Ac. Beatriz Mendonça Martins Linha de Spiegal Linha arqueada de Douglas Ambiente: Boa iluminação; Temperatura agradável – temperatura fira → contractura abdominal/ Temperatura quente → pessoa fica inquieta; Biombo Preparo do paciente: Posição relaxada e confortável Decúbito dorsal Braços ao lado do corpo Pernas descruzadas Pés apoiados Cabeça apoiada → evita a híper-lordose Exposição total do abdome até à pubis (genitália coberta) Esvaziar bexiga Aquecer mãos e estetoscópio, unhas curtas Examinar pelo lado direito do paciente Inspecção Estática Tipo morfológico do pct: o Longilineo – magro – abdómen plano ou escavado (alto e magro) o Brevilineo – plano ou globoso (Baixo e gordo) o Normolineo – sem tipo definido – plano ou globoso, geralmente. Forma do abdome: o Plano o Globoso (ascite volumosa, distensão gasosa, gestação, obesidade), o Em avental, o Em batráquio (obesidade) – vai pros lados, o Escavado Simetria Pele Pelos Cruzamento das duas ↓ Triângulo de Hasselbach (Zona de Fragilidade → Hérnias) 25 Ac. Beatriz Mendonça Martins o Distribuição: andrógena ou genicoide Abalamentos/ Depressões Cicatrizes cirúrgicas Cicatriz umbilical: elevação, herniação, secreções. o Plana o Intruso o Extruso Dinâmica Ondas peristalticas – Local, sentido e a frequência dos movimentos Pulso aórtico abdominal Circulação colateral (usar a técnica dos dois dedos comprimindo a veia p/ ver direcção do fluxo) o Cava superior - Obstrução da cava superior / fluxo descendente / (TU mediastino e pulmão, aneurisma de AO) o Cava braquiocefálica - (“esclavina”) Obstrução do tronco braquicefálico/ fluxo ascendente/(Tu mediastino/ mediastinte/TU pulmão/ aneurismas do tronco) o Cava Inferior - Obstrução da V. cava inferior/ fluxo ascendente/ (TU comprimindo cava inf/ trombose/ aderências) o Portal - obstrução da veia porta e de seus ramos intra-hepáticos/ centrífuga em relação ao umbigo “ Cabeça de medusa ”/ (cirrose/ Tu abdominal comprimindo a porta) Manobra de Vasalva o Diátase (frouxidão da linha alba) dos rectos abdominais; o Herniações umbilicais e inguinais. Paciente em pé – observar hérnia. Ausculta o Perguntar onde doi!! o Auscultar o abdome antes da percussão e palpação (manobras podem intensificar os ruídos intestinais) o Auscultar no mesogastro – local de ↑ concentração de alças intestinais o Ausculta por quadrantes o Ruídos intestinais (peristalse) - ouvir por pelo menos 2-4 minutos; o Normalidade: frequência (1 a 2 sons a cada 2-4 min) + intensidade do som o ↑ fisiológico da frequência do som → hora do pequeno- almoço/almoço /jantar. o Borborigmos (borbulhamentos) - “ roncar do estômago ” com líquido – se audível sem estetoscópio o Sopros vasculares (focos na aorta/ a. renais/ a. ilíacas/ a. Ilíacas internas) + fígado e baço o Não ausculta a artéria, mas sim a projecção do som. o Oclusão vascular - arterioesclerose (sistólicos-diastólicos/ Pode ter sopro de aumentado Fígado Baço 26 Ac. Beatriz Mendonça Martins epigástrica e lateral ao recto abdominal) o Estenose de A. renal o Zumbido venoso o S. De Cruveilhier-Baumgarten (circulação colateral + sopro + frémito periumbilical) o Atrito inflamação de superfície peritoneal de órgão (tumor hepático, pós-biopsia hepática, enfarto esplénico) Percussão o A sequência pode ser indefinida, devendo ser de consenso do profissional. o Sabendo que se pegar vísceras ocas sairá um som e se for maciça outro. o Há predomínio de som timpânico (vísceras ocas). Em vísceras maciças o som será maciço. o Devemos escolher um quadrante e ir “costurando” – fazendo zig-zag, em sentido horário até completar o círculo. o Não é uma quantidade definida, depende do tamanho do abdome, a necessidade do profissional. o O som pode ser alterado por alimentação, se a bexiga está cheia, etc. Devemos levar tudo em consideração antes de fechar diagnóstico. o Avaliar a distribuição dos gases. o Pode-se reconhecer uma massa sólida ou líquida em local indevido na cavidade abdominal, durante a percussão do intestino delgado. Hepatometria o Percutir de cima para baixo na LHCD/ Borda sup = som submaciço (≈ 5º EIE) e Borda inf =palpação ou percussão o Começar a partir do 2º EIC, Começar na FID o Hepatimetria normal < 12 cm (lobo direito) o superestimada: macicez em base pulmonar direita o subestimada: presença de gás no cólon (timpanismo QSD) o CAUSAS DE HEPATOMEGALIA o Alcoolismo, Esteatose hepática não alcoólica, Hepatite A, hepatite B, hepatite C, cirrose biliar primária colangite o esclerosante o Carcinoma hepatocelular, metástase de tumores o Insuficiência cardíaca congestiva o Leucemia, Síndrome de Reye o Intolerância hereditária à frutosa, Doença por armazenamento de glicogênio, Amiloidose, sarcoidose BAÇO o Percutir baço ≠ Percutir espaço de Traube o Espaço de Traube: Superior - 6° EICE/ Inferior - rebordo costal/ Lateral - linha axilar anterior/ Medial - apêndice xifóide o Percussão: 6º ao 10º EICE da linha axilar posterior até à anterior sempre no mesmo EIC. o Baço: entre as linhas axilares anterior e posterior, costelas 9ª à 11ª (rebordo costal na 10ª costela) → fazer linha obliqua o N= timpânico (Macicez sugere esplenomegalia) o CAUSAS DE ESPLENOMEGALIA o Resposta imune devido à infecção, como na endocardite bacteriana subaguda ou na mononucleose) o Aumento na destruição de eritrócitos (esferocitose hereditária ou talassemia maior) o Doença mieloproliferativa o Doença infiltrativa (sarcoidose, dç de Gaucher, amiloidose, alguns tipos de câncer) o linfoma o leucemia linfocítica crônica 27 Ac. Beatriz Mendonça Martins o Aumento na pressão venosa (cirrose, esquistossomose, câncer de pâncreas e insuficiência cardíaca congestiva PESQUISA DE ASCITE o Piparote – Colocar a mão na região esquerda e golpear o lado direito, sentir ondulações o Semicírculos de Skoda – Em percussão fazer semicirculos desde a região epigastrica até a região das cristas iliacas, perceber macicez em região ascitica (macicez em regiões laterais e inferiores) o Macicez móvel – decúbito lateral contrário à macicez encontrada na percussão normal se a macicez e realizar percussão na mesma região quem se se sentiu a macicez se continuar maciço é tumor ou cisto, se se mover é ascite, diferenciar tumor, cisto e ascite.o Manobra do rechaço – possível palpação do fígado. o Manobra da poça – Por o pct de quatro, percutir barriga (para acites pouco volumosas - pouco usado devido ao desconforto). Palpação o Decúbito dorsal o Médico à direita do paciente o Olhar para a cara do paciente – ver reacção o 9 Regiões o Sentido anti-horário e começar, num paciente normal, na FIE ou pela região contrária à dor. SUPERFICIAL: Com uma mão espalmada Movimentos circulares Analisar: o Pontos sensíveis (dolorosos) o Contractura da parede Hipertonia voluntária (generalizada): posicionamento inadequado; frio; cócegas; tensão emocional → Pequena flexão das pernas para reduzir tensão Hipertonia involuntária (localizada): irritação peritoneal; abdómen em tábua o Integridade da parede (orifícios herniários e diastase); Cicatriz umbilical – análise de hérnia. o Dedo indicador o Entrar perpendicularmente o Procurar por anel herniário PROFUNDA: Técnica deslizante de Hausman; Examinador a direita o Excerto para cólon esquerdo, sigmóide e baço, onde o examinador pode se posicionar a esquerda Bimanual; Eleva as mãos na inspiração (deslizando, fazendo pregas na pele) e desce na expiração (aprofundando); Analisar: o Sensibilidade dolorosa o Visceromegalias o Identificar massas abdominais: Localização, Forma, Consistência, Mobilidade, Sensibilidade, Dimensões, Oulsatilidade; 28 Ac. Beatriz Mendonça Martins PALPAÇÕES ESPECIFICAS Estruturas procuradas na palpação: Fígado/ Baço/ Sigmóide/ Bexiga distendida/ Útero gravídico/ Rim D (pólo inferior) /Aorta/ Promontório sacral FIGADO 1 a 2 cm do rebordo costal e 5 a 8 cm do apêndice xifóide Normal: não palpável, borda fina, superfície lisa, consistência mole e não doloroso. Características do fígado a serem descritas: Tamanho (hepatimetria) Borda (fina, romba, cortante) Superfície (lisa x irregular) Consistência (mole x endurecida) Sensibilidade (doloroso?) Técnica de Lemos-Torres Paciente com abdome relaxado; Não aprofundar excessivamente a mão; Regida pelos movimentos respiratórios (inspiração - diafragma move o órgão para baixo); Pct em DDH e médico à sua direita; Mão E na região costo-lombar fazendo compressão póstero-anterior; Mão D espalmada na face anterior abdome Técnica de Mathieu - Manobra em garra Duas mãos lado a lado em garra Examinador a direita do tórax De baixo para cima – começar na cicatriz umbilical Posição intemediária entre o decúbito dorsal e o lateral esquerdo Características Fisiológicas Patológicas Exemplos Borda Inferior Fina Romba ICC, cirrose Superfície Lisa Irregular Câncer, cirrose Consistência Firme Mole Duro Esteatose Cirrose, câncer Sensibilidade Indolor Dor localizada Abcesso amebiano Pulsatilidade Ausente Presente Regurgitação tricúspide grave BAÇO Baço normal não é palpável; Durante a inspiração - bordo esplénico encontra-se com as pontas dos dedos indicadores e médio Posição intermediária de Schuster o Decúbito intermediário entre o lateral direito e o dorsal o Perna direita estendida o Perna esquerda flectida (90°) o Mão esquerda na cabeça Manobra bimanual ou em garra (Mathieu-Cardarelli) Análise o Tamanho Distância que vai do rebordo costal esquerdo ao ponto extremo de palpação do órgão na linha hemiclavicular E; o Consistência e bordos esplenomegalias crônicas - duras e bordos cortantes; infecções agudas – mole o Sensibilidade dor - infarto esplênico 29 Ac. Beatriz Mendonça Martins RIM Rim D pode ser palpável - mais abaixo que rim E (deve fazer-se posição de schuster); Método de Guyon o Utilizado na palpação renal. o Com o paciente em decúbito dorsal, põe-se uma mão na região dorsal, tracionando o rim anteriormente, enquanto a outra mão entra abaixo do rebordo costal anteriormente, ao encontro da mão esquerda, tentando pegar o rim entre as duas mãos. o Em alguns pacientes emagrecidos e com a musculatura abdominal flácida, o pólo superior do rim direito pode ser palpável. o Em condições patológicas como a hidronefrose, rim policístico e tumores, o rim pode se tornar palpável. Manobra de Israel (tipo “sandwich”) o utilizada na palpação renal. o Com o paciente em decúbito lateral e membros superiores sobre a cabeça, o examinador posiciona as mãos diametralmente opostas uma a outra, uma na região lombar e outra no flanco do paciente, tentando pegar o rim. Método de Goelet o utilizado na palpação renal. o Com o paciente em ortostase, flete-se o joelho do lado que será palpado, apoiando-o sobre uma cadeira. o A seguir, faz-se uma tração anterior com uma das mãos enquanto a outra é usada na tentativa de palpar o pólo inferior do rim. OBS: Percussão da loja renal (punho percussão lombar- PPL) Sinal do Giordano positivo (ou PPL positivo) sugere pielonefrite (dor intensa na percussão) RESUMO DA DESCRIÇÃO DE EXAME DO AP ABDOME NORMAL Abdome plano, sem lesões de pele, cicatrizes, circulação colateral ou hérniações. Pulsações arteriais e peristalse não identificáveis à inspecção. Peristalse normal presente nos quatro quadrantes e ausência de sopros em focos arteriais abdominais. Hepatimetria medindo cerca de 12 cm (lobo direito). Traube livre. Ausência de hipertimpanismo difuso ou macicez em flancos. Fígado e baço impalpáveis. Abdome indolor à palpação superficial e profunda (colocar: “sem sinais de irritação peritoneal” em casos de queixas agudas importantes) Ausência de massas. MANOBRAS E SINAIS ESPECIAIS Sinal de Murphy o durante a expiração, comprime-se com o polegar o ponto de junção entre o rebordo costal direito e a borda lateral do músculo reto abdominal (ponto cístico). o Ao realizar a inspiração, o paciente irá expandir o abdome, projetando a vesícula biliar em direcção ao polegar do examinador. o Em casos de colecistite, isso será doloroso ao paciente, forçando-o a interromper a inspiração. Manobra de percussão de Murphy o realiza-se punho-percussão indirecta na junção do rebordo costal com a musculatura paravertebral. o O examinador deve posicionar uma mão espalmada sobre a região lombar do paciente, que deverá ficar entre o dorso (do paciente) e o punho (do examinador). o O paciente irá sentir dor em casos de pielonefrite, mas também poderá sentir dor em casos de cálculo ureteral ou mesmo compressão de raiz nervosa por hérnia discal. Sinal de Abrahams o Percussão dolorosa no ponto cístico Sinal de Blumberg o Dor à descompressão brusca no ponto de McBurney. Indica irritação peritoneal e está fortemente associado com apendicite. Sinal de Rovsing o Dor no quadrante inferior direito à palpação do quadrante inferior esquerdo. o Apendicite. 30 Ac. Beatriz Mendonça Martins o Deve-se tentar "ordenhar" o conteúdo do intestino grosso a partir do cólon sigmoide, em direção ao ceco, visando distender o apêndice vermiforme. Em casos de apendicite, a distensão provocará dor. Sinal do Psoas (T12 a L4 → trocânter maior do fémur) o Levantar perna direita ou em DLE esticar perna direita (apendicite) Sinal de Aaron o É a dor sentida no espigástrio ou précordio quando se pressiona o ponto de McBurney ou a fossa ilíaca direita. Esse sinal sugere apendicite aguda. Sinal de Lapinsky (m. obturador interno - rebordo do forame obturado → fossa trocantérica) o Dor à compressão de FID quando o paciente eleva o membro inferior direito estendido. o Apendicite Sinal do Obturador (m. obturador interno - rebordo do forame obturado → fossa trocantérica) o Dor em FID ao realizar a rotação interna do membro inferior direito flexionado. o Apendicite Sinal de Jobert o Timpanismo à percussão de áreas de macicez do abdome (ex: loja hepática), por perfuração de víscera oca (pneumoperitôneo). o Isso ocorre porque o ar, sendo menos denso do que o líquido, tende a ocupar as regiões superiores (infradiafragmáticas) doabdome. Sinal de Chilaidite o Timpanismo à percussão da loja hepática, por interposição temporária ou permanente do cólon ou intestino delgado no espaço hepatodiafragmático. o Quando essa interposição é sintomática caracteriza a síndrome de Chilaiditi. Dor abdominal, Náuseas, Dor retroesternal, Sintomas respiratórios, Vómitos, Distensão abdominal, Obstrução ou suboclusão intestinal Giordano o Dor à percussão da junção do rebordo costal com a musculatura paravertebral. o Realiza-se a percussão direta com a borda ulnar da mão, que deve estar espalmada. o Indica pielonefrite e apresenta valor propedêutico análogo à manobra de percussão de Murphy. Sinal de Torris Homini o Dor a percussão de loja hepática (abscesso hepático) o Sinal da percussäo do calcanhar o Inflamação peritoneal EPÓNIMOS • Ângulo de Treitz: ângulo formado entre a porção descendente a parte horizontal inferior do duodeno, sendo utilizado clinicamente para diferenciar hemorragias digestivas altas e baixas. • Ponto de McBurney: traçando-se uma linha entre a cicatriz umbilical e a espinha ilíaca anterossuperior, o ponto se localiza na junção do terço lateral com os dois terços mediais da linha. • Ponto de Guyon: localiza-se na interseção do bordo externo da coluna vertebral com a costela que corresponde à saída (pelo forame de conjugação) do XII nervo intercostal (nervo subcostal). Também é conhecido como ponto costovertebral. • Ponto de Pasteau: ponto suprailíaco lateral. Localiza-se a 1 cm acima da crista ilíaca anterossuperior, sobre a linha medioaxilar. Corresponde ao ramo perfurante lateral do XII nervo intercostal. • Espaço de Traube: delimitado superiormente pelo 6º espaço intercostal esquerdo, lateralmente pela linha axilar anterior e inferiormente pelo rebordo costal. O espaço de Traube deve ser timpânico à percussão. Macicez nessa região é forte indício de esplenomegalia, mas outras causas existem (plenitude gástrica pós-prandial, fecaloma, adenocarcinoma gástrico, ascite volumosa, situs inversus ou extenso derrame pleural à esquerda. 31 Ac. Beatriz Mendonça Martins • Linha de Piorry: vai da fúrcula esternal à extremidade distal da primeira costela flutuante esquerda, passando pelo espaço de Traube. Macicez à percussão no espaço de Traube medialmente a linha de Piorry indica esplenomegalia verdadeira, haja vista que o baço congesto cresce em sentido medial, projetando-se para a região da cicatriz umbilical. • Linha de Spiegel: linha semilunar ao longo da borda lateral do músculo reto do abdome. • Triângulo de Hasselbach: é uma região triangular, limitada inferiormente pelo ligamento inguinal e superiormente pela borda do reto abdominal e vasos epigástricos inferiores. É um dos pontos frágeis da parede abdominal, propenso a herniação inguinal direta. • Sinal de Cruveilhier-Baumgarten: na presença de obstrução ou resistência ao fluxo sanguíneo da veia porta, há recanalização da veia umbilical e circulação colateral superficial na parede abdominal, com fluxo centrífugo em relação a cicatriz umbilical (circulação portal do tipo caput medusae). A ausculta das calibrosas veias de circulação colateral revela um zumbido venoso, constituindo o sinal de Cruveilhier-Baumgarten. • Sinal de Courvoisier-Terrier: vesícula biliar indolor e palpável em hipocôndrio direito, indicando progressiva distensão da vesícula por compressão tumoral de vias biliares extra-hepáticas (ex: tumores periampulares, principalmente câncer de cabeça do pâncreas). • Lobo de Riedel: é uma variação anatômica do fígado em que o lobo direito é alongado. Deve ser diferenciado de um possível crescimento neoplásico. • Sinal de Cullen: equimose periumbilical que pode ser observada quando há sangramento retroperitoneal. Pancreatite necrosante e gravidez ectópica rota estão entre as possíveis causas. • Sinal de Grey-Turner: equimose nos flancos. Pode estar presente em casos de sangramento retroperitoneal, tendo valor propedêutico semelhante ao sinal de Cullen. Pancreatite necrosante é uma causa frequente. • Manobra de Valsava: descrita no capítulo "Exame do Aparelho Cardiovascular". Aqui, ressalta-se que a manobra também leva ao aumento da pressão intra-abdominal, permitindo avaliar herniações através da parede do abdome. • Manobra de Smith-Bates: utilizada para avaliar massas visíveis no abdome. Solicita-se ao paciente, em decúbito dorsal, que realize flexão do quadril, sustentando os membros inferiores em extensão. Dessa maneira, o paciente irá contrair a musculatura do abdome. Caso a massa permaneça visível e palpável, significa que é uma massa da parede abdominal (ex: lipoma) ou que há enfraquecimento ou falha na musculatura abdominal (hérnias). Se a massa desaparecer, ela está abaixo da musculatura da parede abdominal. • Manobra de Schuster: utilizada para a palpação do baço. O paciente é colocado em semidecúbito lateral direito, com o braço esquerdo sobre a cabeça. O membro inferior direito permanece em posição neutra, enquanto o esquerdo é fletido (joelho e quadril). Apoia-se a mão esquerda por sobre o rebordo costal e a direita é usada para palpar desde a cicatriz umbilical até abaixo do rebordo costal, em direção ao baço. Ressalta-se que o baço não é palpável no adulto normal, mas pode ser palpável em crianças e em casos de esplenomegalia. • Manobra de Debakey: utilizada para delimitar a posição de um aneurisma de aorta abdominal em relação às artérias renais (suprarrenal ou infrarrenal). Tenta-se inserir a mão entre o rebordo costal e a margem superior do aneurisma. Não sendo possível inserir a mão, trata-se de um aneurisma suprarrenal. Do contrário, quando é possível inserir a mão, conclui-se que o aneurisma é infrarrenal. • Posição de Sims: decúbito lateral esquerdo com os membros superiores fletidos sobre o abdome. Utilizada para realizar o toque rectal. • Sinal de Kehr: é a ocorrência de dor aguda no ombro devido a presença de sangue ou outros irritantes na cavidade peritoneal homolateral quando o paciente está deitado e com as pernas elevadas. O sinal de Kehr no ombro esquerdo é considerado um sinal clássico de ruptura de baço. • Nódulo da Irmã Maria José: nódulo umbilical (decorrente de linfonodomegalia) metastático, indicativo de neoplasia intra-abdominal. • Pêntade de Reynolds: é o conjunto de cinco sinais e sintomas associados à colangite tóxica. São eles: (1) dor abdominal, (2) icterícia, (3) febre com calafrios, 32 Ac. Beatriz Mendonça Martins (4) choque séptico (5) confusão mental. • Tríade de Charcot: é o conjunto de três sinais e sintomas associados à colangite (processo de infecção das vias biliares). São eles: (1) icterícia, (2) dor abdominal (3) febre com calafrios. • Tríade de Mackler: caracteriza a ruptura transmural do esófago (síndrome de Boerhaave). Os elementos da tríade são: (1) vômito, (2) dor torácica (3) enfisema subcutâneo (tórax e pescoço). • Sinal de Ringler: visualização, na radiografia de abdome, da parede gástrica ou intestinal devida à presença de gás na cavidade abdominal (pneumoperitôneo). • Cicatriz de Kocher: cicatriz arqueada subcostal, localizada no hipocôndrio direito. Indica colecistectomia aberta. • Incisão de Lanz: realizada no ponto de McBurney, seguindo o sentido das fibras do músculo oblíquo externo. • Incisão de Pfannenstiel: é uma incisão transversal (levemente arqueada em sentido cranial) realizada logo acima da sínfise púbica, utilizada em procedimentos ginecológicos, como, por exemplo, o parto cesáreo. Permite boa visualização da pelve central, mas a visualização das porções laterais da pelve e partes superiores do abdome é limitada. • Hérnia de Littré: presença de um divertículo de Meckel em um saco herniário. • Hérnia de Garengeot: apêndice cecal no conteúdo de hérnia femoral. • Hérnia de Spiegel: protrusão na linha de Spiegel. É causada por um defeito na aponeurose do músculo transverso abdominal. • Divertículo de Meckel:é um divertículo congênito, uma pequena protuberância do intestino delgado presente ao nascimento. A maioria dos pacientes são assintomáticos. Se os sintomas ocorrem, eles tipicamente aparecem antes dos dois anos de idade, sendo feito o diagnóstico por cintilografia com tecnécio-pertecnetato de sódio e o tratamento por ressecção cirúrgica.
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